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Facebook com pior sessão de sempre arrasta Nasdaq

A forte queda das acções do Facebook, depois de a rede social ter ontem reportado resultados que decepcionaram o mercado, acabou por deixar em alerta quem investe na Amazon, com a retalhista a perder terreno antes de divulgar as suas contas. Também o índice do sector foi castigado: o Nasdaq registou a maior queda do último mês.

Reuters
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As bolsas norte-americanas encerraram em terreno misto esta quinta-feira. O S&P 500 e o Nasdaq foram fortemente penalizados pelo mergulho do Facebook, que arrastou todo o sector tecnológico. Já o Dow conseguiu manter-se no verde à conta das tréguas entre os EUA e a União Europeia em matéria de relações comerciais.

 

O Dow Jones fechou a ganhar 0,45% para 25.527,78 pontos, ao passo que o Standard & Poor’s 500 desvalorizou 0,30% para se estabelecer nos 2.837,47 pontos – depois de ontem ter atingido máximos de um mês.

 

Mas o mais afectado foi mesmo o índice tecnológico Nasdaq Composite, que encerrou a recuar 1,01% para 7.852,19 pontos.

 

Na sessão de quarta-feira, o Nasdaq chegou a atingir um novo máximo histórico nos 7.928,79 pontos, por conta das boas expectativas para os resultados do Facebook que iriam ser reportados assim que a bolsa encerrasse.

 

Mas os números divulgados pela rede social co-fundada por Mark Zuckerberg não foram os esperados, o que levou a que a cotada afundasse de imediato no "after hours" e hoje durante toda a sessão, pressionando assim outras cotadas do sector, como o Twitter e a Amazon – que se confessa ao mercado depois do fecho.

 

Quem investe na Amazon ficou com receio, com as posições mais prudentes a reflectirem-se numa queda de perto de 3% da empresa de comércio electrónico.

 

As acções da rede social de Mark Zuckerberg fecharam a cair 18,96% para 176,26 dólares, mas chegaram a afundar 20,11% para 173,75 dólares devido aos resultados considerados decepcionantes. Foi mesmo a pior sessão de sempre para a rede social, que está cotada embolsa há mais de cinco anos.

Após 12 trimestres sempre a superar as estimativas dos analistas, desta vez o Facebook ficou a abaixo. As receitas aumentaram 42% para 13,2 mil milhões de dólares, quando a projecção média apontada pelos analistas inquiridos pela Bloomberg era de 13,3 mil milhões.

  

Mas o que condicionou de forma mais relevante a confiança dos investidores foi o alerta que a empresa fez e que está relacionado com as medidas para aumentar a protecção dos dados dos utilizadores. O Facebook revelou que a margem de lucro vai baixar ao longo dos próximos anos devido ao aumento de custos. Pela negativa, anunciou também um abrandamento no crescimento do número de utilizadores nos seus principais mercados.

 

Na análise da Bloomberg, a empresa de Zuckerberg começou já a assistir aos "primeiros sinais de desencanto", em plena série de escândalos públicos em matéria de conteúdos e de protecção da privacidade dos dados dos seus utilizadores.

 

Apesar da queda histórica na sessão desta quinta-feira, o Facebook atingiu um recorde no dia de ontem e regista ainda um saldo positivo no acumulado do ano. Até ao fecho da sessão de quarta-feira a rede social estava a ganhar 23% e apresentava uma capitalização bolsista de 629 mil milhões de dólares. Com a queda de hoje o valor de mercado do Facebook está a encolher cerca de 120 mil milhões de dólares, situando-se agora pouco acima dos 500 mil milhões de dólares.

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