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Fecho dos mercados: Europa sobe para máximos de um mês e petróleo e dólar caem
As bolsas europeias ganharam terreno, num bom dia para as telecomunicações e construção. O urânio segue de vento em popa, mas o petróleo está a ceder terreno, bem como o dólar.
Os mercados em números
PSI-20 somou 0,40% para 5.615,27 pontos
Stoxx 600 avançou 0,40% para 392,09 pontos
S&P 500 cede 0,24% para 2.830,50 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal recua 1,4 pontos base para 1,717%
Euro valoriza 0,08% para 1,1652 dólares
Petróleo sobe 0,05% para 74,50 dólares por barril em Londres
Telecomunicações e construção deixam índice europeu em máximos de um mês
As bolsas do Velho Continente encerraram em alta, a serem impulsionadas sobretudo pelos sectores das telecomunicações e da construção. O índice europeu de referência Stoxx 600 fechou a ganhar 0,40% para 392,09 pontos, negociando no valor mais alto desde 15 de Junho.
Por cá, o PSI-20 acompanhou a tendência das congéneres europeias e fechou a somar 0,40% para 5.615,27 pontos, com 11 cotadas em alta, 6 em baixa e 1 inalterada. A animar o índice de referência nacional esteve a Jerónimo Martins. Depois de ontem ter chegado a cair 10%, a dona do Pingo Doce recuperou e fechou a somar 1,78%. Ainda no retalho, também a Sonae sustentou a praça lisboeta.
O sector da energia deu igualmente gás ao PSI-20, com destaque para a Galp, que chegou a atingir máximos de 10 anos durante a sessão. Isto no mesmo dia em que foi noticiado que um fundo da Schroders entrou no capital da petrolífera.
Juros aliviam em Portugal e sobem no resto da Europa
Os juros a 10 anos da maioria dos países da periferia do euro e da Alemanha estão a subir ligeiramente esta sexta-feira. Na Alemanha, as "yields" das Bunds avançam 0,6 pontos base para 0,410%. Igual tendência para os juros italianos no mesmo prazo, que ganham 3,2 pontos base para 2,737%, e para os juros de França – que somam 0,04 pontos base para 0,704%.
Em sentido contrário está a yield das obrigações portuguesas a 10 anos, que recua 1,4 pontos base para os 1,717%.
Euribor sobem a 9 meses e mantêm-se a 3, 6 e 12 meses
A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, manteve-se em -0,320%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,332%. Também a taxa a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez a 6 de Novembro de 2015, permaneceu em -0,269%.
A nove meses, a Euribor subiu para -0,216%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,224%, registado pela primeira vez a 27 de Outubro do ano passado. No prazo a 12 meses, a taxa Euribor, que desceu para valores abaixo de zero pela primeira vez a 5 de Fevereiro de 2015, manteve-se em -0,179%.
Dólar cai com PIB dos EUA aquém do esperado
O euro está a ganhar terreno face ao dólar, por via da debilitação da nota verde depois de anunciados os dados do PIB dos Estados Unidos no segundo trimestre. A economia dos EUA cresceu ao ritmo mais rápido desde 2014, mas ficou abaixo das estimativas.
A moeda única europeia acaba por beneficiar deste dado do outro lado do Atlântico e segue a ganhar 0,08% para 1,1652 dólares.
Petróleo desvaloriza com receio de menor procura
Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em baixa, com os investidores a ficarem preocupados com uma eventual redução da procura, por via da escalada das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.
O contrato de Setembro do West Texas Intermediate (WTI), transaccionado no mercado nova-iorquino, segue a perder 0,55% para 69,23 dólares. Já as cotações do contrato de futuros do Brent do Mar do Norte – que é negociado em Londres e serve de referência às importações portuguesas – para entrega em Setembro seguem a ceder 0,05% para 74,50 dólares por barril.
Urânio valoriza com fecho de instalações
Os preços do urânio seguem a ganhar terreno, tendo disparado para máximos de mais de sete meses, depois de a canadiana Cameco ter dito que vai prolongar por tempo indeterminado o encerramento das suas operações de McArthur River e de Key Lake.
O combustível nuclear avançou ontem 6,2% para 25,65 dólares por libra-peso, naquele que foi o maior ganho e mais alto preço desde Dezembro.