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Fecho dos mercados: Europa sobe à boleia da Inditex e Grécia. Juros portugueses em mínimos de duas semanas

As bolsas europeias encerraram em alta com a Inditex e a banca grega a dar um contributo decisivo. No mercado obrigacionista, os juros portugueses registam uma queda significativa, atingindo mínimos de duas semanas e meia.

11 de Dezembro de 2019 às 17:20
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Os mercados em números 
PSI-20 subiu 0,01% para os 5.148,97 pontos
Stoxx 600 ganhou 0,22% para os 406,22 pontos
S&P 500 valoriza 0,16% para 3.137,61 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 3,4 pontos base para os 0,355%
Euro desce 0,01% para 1,1090 dólares
Petróleo em Londres cai 1,34% para 63,47 dólares o barril

Bolsas europeias sobem com Inditex e Grécia em destaque
As bolsas europeias subiram na sessão desta quarta-feira, 11 de dezembro, enquanto aguardam pelas decisões dos bancos centrais. Hoje é a vez da Fed e amanhã será o Banco Central Europeu (BCE). O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, valorizou 0,22% para os 406,22 pontos, após duas sessões no vermelho.

Os mercados aguardam também pelos resultados da eleição britânica que se realiza amanhã assim como por 15 de dezembro, dia para o qual os EUA têm programado a introdução de mais tarifas sobre a China. A expectativa é que estas sejam adiadas, mas ainda está em aberto.

A incerteza sobre estes eventos que deverão marcar esta semana e a negociação até ao final do ano levou os investidores a focarem-se noutras notícias secundárias. Na Europa, entre as cotadas o destaque vai para a subida superior a 5% da Inditex, dando um contributo decisivo para a subida do Stoxx 600. Isto depois de a empresa espanhola ter anunciado que as vendas da Zara, uma das marcas do grupo, aumentaram mais do que o esperado.  

Além disso, o destaque vai para a subida de quase 3% da bolsa grega numa sessão em que a banca brilhou. Em causa está a apresentação do "Plano Hércules" do Governo no Parlamento cujo objetivo é reduzir em 40% o crédito malparado que está no balanço dos bancos gregos.

Em Lisboa, o PSI-20 ficou praticamente inalterado ao subir 0,01% para os 5.148,97 pontos.

Juros portugueses em mínimos de duas semanas e meia
No mercado secundário, os juros associados às obrigações soberanas portuguesas a dez anos descem 3,4 pontos base para os 0,355%, o que representa o valor mais baixo em cerca de duas semanas e meia. Desde 18 de novembro que os juros (0,344% nesse dia) não negociavam num nível tão baixo.

Neste momento, os investidores aguardam as palavras dos bancos centrais - hoje a Fed e amanhã o BCE - e também as projeções económicas renovadas para anteciparem qual será o rumo da política monetária no próximo ano. Além disso, os mercados estão com o pé atrás face às negociações comerciais a quatro dias de entrarem em vigor mais tarifas dos EUA sobre a China. Porém, ontem a Dow Jones noticiou que deverá haver um adiamento enquanto decorrem reuniões entre Washington e Pequim. 

Nas últimas semanas procura por ativos com maior risco tem aumentado em detrimento dos ativos com menor risco como tende a ser o caso das obrigações soberanas, o que contribuiu para o agravamento dos juros de Portugal assim como dos restantes países europeus. 

Dólar espera sinais da Fed
No mercado do câmbio de divisas (forex), as atenções também estão focadas nas decisões dos bancos centrais dado que alguma alteração aos juros diretores tem um impacto significativo nas moedas. Em particular, os investidores estarão focado no que a Fed dirá sobre o potencial prolongamento para janeiro do atual programa 'repo' (acordo de recompra), um mercado de 2,2 biliões de dólares nos EUA, para aliviar o 'stress' que se tem sentido nesse mercado desde setembro.

Em causa está o dinheiro disponível para as instituições financeiras se financiarem (junto de outros bancos ou do banco central) para as suas necessidades de curto-prazo: os agentes económicos pedem empréstimos com garantias e prometem pagar em alguns dias a um valor superior.

Neste momento, o euro cede 0,01% para 1,1090 dólares. Já o índice da Bloomberg para o dólar, que compara-o a um cabaz de divisas, está inalterado.

Subida dos stocks nos EUA afasta petróleo de máximos de 12 semanas
O petróleo está a afastar-se de um máximo de quase três meses após um relatório nos EUA dar conta de uma subida dos stocks. A subida dos inventários norte-americanos mantém a dúvida sobre se a oferta continuará abundante face à procura no próximo ano, apesar dos esforços de corte de produção anunciados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) na semana passada.

Tinha sido esse acordo para um maior corte de produção conjunto, aliado ao corte individual da Arábia Saudita, a levar o petróleo a valorizações significativas tanto em Londres como em Nova Iorque, tendo negociado perto de máximos de 12 semanas.

Segundo a Bloomberg, um relatório da OPEP divulgado esta quarta-feira mostrava que o cartel teria de implementar os cortes de produção acordados na sua totalidade para equilibrar os mercados no início do próximo ano. A subida dos stocks nos EUA adiciona pressão a esse objetivo, pressionando a cotação do "ouro negro" em baixa. 

Neste momento, o WTI, negociado em Nova Iorque, desvaloriza 1,03% para os 58,63 dólares por barril, ao passo que o Brent, que é transacionado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, desce 1,34% para 63,47 dólares o barril. 

Ouro aguarda Fed. Paládio atinge novo recorde
O paládio segue a valorizar pela 14.ª sessão consecutiva, caminhando para o maior ciclo de ganhos desde 2000, segundo os dados da Bloomberg. O metal precioso atingiu assim um novo recorde, o que tem sido habitual este ano. A cotação do paládio, que sobe 0,59% para os 1.910 dólares por onça, continua a ser impulsionada pela paragem das operações das empresas mineiras sul-africanas.

Já o ouro, que é bastante sensível às decisões de política monetária, está em "modo de espera" até que a Reserva Federal norte-americana anuncie a decisão às 19h (hora em Lisboa). Os analistas antecipam que não haverá mudanças nos juros ou outras decisões marcantes pelo que a atenção estará no tom dado por Jerome Powell, presidente da Fed, e as novas projeções económicas. Neste momento, o ouro sobe 0,47% para os 1.471,22 dólares.
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