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Fecho dos mercados: Brexit e risco de novo "shutdown" pressionam bolsas. Petróleo afunda

As bolsas europeias estiveram hoje a ser pressionadas pela elevada incerteza em torno do Brexit, bem como pelo risco de uma nova paralisação dos serviços federais nos Estados Unidos. Também o petróleo negoceia no vermelho, com os resultados decepcionantes de empresas de peso a contribuírem para agudizar os receios de um abrandamento económico global.

Reuters
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Os mercados em números

PSI-20 cedeu 1,21% para 5.089,92 pontos

Stoxx 600 recuou 0,92% para 354,53 pontos

S&P 500 cai 1,08% para 2.636,08 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal desce 0,2 pontos base para 1,648%

Euro soma 0,33% para 1,1443 dólares

Petróleo desvaloriza 3,41% para 59,54 dólares por barril em Londres

 

Incerteza sobre Brexit pressiona bolsas

A incerteza em torno do Brexit, uma nova ronda de negociações comerciais entre EUA e a China esta semana e a possibilidade de o governo norte-americano entrar novamente em "shutdown" pressionaram as bolsas europeias. O Stoxx 600 encerrou a sessão a cair 0,97% para 354,38 pontos.

Os investidores estão cautelosos um dia antes de o parlamento britânico ir votar o "plano B" da primeira-ministra, Theresa May, para a saída do Reino Unido da União Europeia. Mas também perante a possibilidade de o governo dos EUA voltar a enfrentar uma paralisação parcial.


O Congresso e a administração de Donald Trump conseguiram chegar a um acordo para reabrir o governo durante três semanas. Ainda assim, o presidente dos EUA afirmou ao The Wall Street Journal, no domingo, que outra paralisação é "certamente uma opção". 


Lisboa acabou por acompanhar esta tendência. O PSI-20 recuou 1,21% para 5.089,92 pontos no arranque da semana, pressionado sobretudo pela queda expressiva da Galp Energia. A petrolífera perdeu 2,94% para 13,54 euros, depois de os números para a produção terem desiludido o mercado.

 

Grécia soma boas notícias e juros caem
Os últimos dias foram positivos para a Grécia, agora percecionada com maior confiança por parte dos mercados e das diversas instituições internacionais. Na manhã desta segunda-feira, foi revelado o regresso de forma autónoma aos mercados num futuro "muito próximo", o que acontecerá pela primeira vez desde o início das intervenções externas.

Os juros associados à dívida a 10 anos colocada pela Grécia no mercado secundário caíram para mínimos de quatro meses, reflexo da estabilização política decorrente da ratificação, pelo parlamento helénico, do acordo para a mudança de nome da Macedónia e da aprovação, há duas semanas, da moção de confiança a que o primeiro-ministro Tsipras se submeteu na sequência da crise interna aberta pela saída do governo dos Gregos Independentes (Anel) em oposição ao compromisso alcançado com as autoridades macedónias. Já esta tarde, foi o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, a sinalizar a crescente robustez do sistema financeiro grego dizendo que bancos helénicos estão "bem capitalizados". Em janeiro, a Standard and Poor's (S&P) manteve a notação da dívida grega a longo prazo em "B+" com perspetiva positiva e confirmou o 'rating' a curto prazo em "B". 

Os juros da dívida grega a 10 anos seguem a ceder 2,7 pontos base para 4,057% e outras "yields" da Europa estão também a aliviar. A taxa remuneratória para as obrigações portuguesas a 10 anos desce 0,2 pontos base para os 1,648%, a par dos juros da dívida britânica, que no prazo a 10 anos recuam 3,8 pontos base para os 1,267%. Em sentido inverso estão os juros alemães e italianos, que sobem ligeiramente no mesmo prazo.

 

Libra cai com tomada de mais-valias

A libra esterlina não conseguiu aguentar-se acima dos 1,32 dólares, uma vez que muitos investidores reduziram a sua exposição procedendo à tomada de mais-valias. Isto numa altura em que pairam muitas incertezas em torno dos moldes da saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit). Amanhã, o parlamento britânico irá votar o acordo do Brexit delineado entre Londres e Bruxelas, já com emendas, mas uma vez mais não se espera que passe.

A libra segue a recuar 0,30% para 1,3152 dólares. Já o euro conseguiu inverter para a alta, no seu câmbio com a nota verde, seguindo agora a somar 0,33% para 1,1443 dólares.

 

Petróleo em queda com resultados corporativos dececionantes

As cotações do "ouro negro" seguem em baixa nos principais mercados internacionais, com as dececionantes previsões para os resultados de grandes empresas a intensificarem os receios em torno da desaceleração económica mundial, o que pesa num mercado já de si ansioso devido à forte produção dos EUA. Muitas empresas norte-americanas têm reportado contas abaixo do esperado e revisto em baixa as projeções para o atual trimestre. Hoje foi a vez da Caterpillar e da Nvidia Corp.

O West Texas Intermediate (WTI) para entrega em março segue a afundar 4,34% para 51,36 dólares por barril. Também o Brent do Mar do Norte – que é negociado em Londres e serve de referência às importações portuguesas – segue no vermelho, com os preços do contrato para entrega em março a cederem 3,41% para 59,54 dólares.

 

Alumínio perde terreno com levantamento de sanções sobre Rusal

O alumínio segue em baixa, penalizado pelo facto de os EUA terem levantado as sanções à russa Rusal, eliminando assim a ameaça de uma forte perturbação na oferta deste metal industria – e que tem pendido desde Abril do ano passado. O metal de base segue a cair 2,2% em Londres para 1.880 dólares por tonelada.

Ainda no Mercado Londrino de Metais (LME), destaque para o zinco, que sobe 1,2% para 2.706 dólares por tonelada – o valor mais alto desde Outubro.

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