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Fecho dos mercados: Bolsas recuperam, petróleo cai e juros abaixo dos 3%

Depois da queda patrocinada pelas tecnológicas na sessão da segunda-feira, as bolsas europeias estiveram a recuperar terreno, com os investidores à espera da conclusão da reunião da Fed esta quarta-feira.

13 de Junho de 2017 às 17:12
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,87% para 5.303,85 pontos

Stoxx 600 ganhou 0,55% para 388,75 pontos

S&P 500 avança 0,33% para 2.437,39 pontos

Juros da dívida a dez anos desceram 3,5 pontos base para 2,949%

Euro cede 0,07% para 1,1195 dólares

Brent desce 0,46% para 48,07 dólares

Bolsas de regresso às subidas

Depois de um arranque de semana negativo, as principais praças europeias terminaram a sessão desta terça-feira, 13 de Junho, a valorizar. O índice europeu Stoxx 600 terminou a avançar 0,55%, numa sessão em que o sector tecnológico aliviou após ter registado a sua pior queda em quase um ano, com os investidores a aguardarem a decisão da Reserva Federal dos EUA, esta quarta-feira.

A instituição liderada por Janet Yellen deverá anunciar amanhã uma subida da taxa de fundos federais. A expectativa é que o banco central norte-americano suba a sua taxa de referência de 1% para 1,25%, com os especialistas a considerarem que Yellen poderá depois ter que fazer uma pausa, adiando uma nova subida de juros em Setembro, à espera que o Congresso aumente o tecto da dívida no país.

Em Lisboa, o índice PSI-20 somou 0,87%, animado pela recuperação das acções da EDP e pelos ganhos da Jerónimo Martins. A eléctrica, que na segunda-feira tinha caído mais de 3% após o Expresso ter noticiado que pretende recuperar 500 milhões de euros em rendas excessivas, esteve a subir 1,55% para 3,219 euros. Já a retalhista avançou 1,34% para 17,83 euros, a acompanhar os ganhos do sector na Europa.

Juros descem antes de leilão

Os juros da República Portuguesa estiveram a aliviar em todos os prazos. A taxa de referência a dez anos caiu 3,5 pontos base para 2,949% um dia antes de Portugal ir ao mercado, numa dupla emissão de longo prazo. O instituto que gere a dívida portuguesa vai tentar colocar entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros em Obrigações do Tesouro a cinco e a dez anos, isto na semana que a agência de notação financeira Fitch se pode pronunciar sobre a dívida portuguesa.

Na Europa, a tendência também foi de queda entre os restantes países da periferia, com as taxas de juro de Espanha e Itália a descerem. Já as "bunds" alemãs a dez anos avançaram 1,7 pontos base para 0,266%, reduzindo o prémio de risco face à dívida nacional para 268,29 pontos.

Euribor renova mínimos a 6 e 12 meses

As taxas Euribor voltaram hoje a manter-se a três meses e a cair a seis, nove e doze meses, para mínimos de sempre. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez em 06 de Novembro de 2015, desceu hoje para -0,270%, contra -0,266% da sessão anterior e um novo mínimo de sempre. No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também caiu para um novo mínimo de sempre, de -0,149%, contra -0,147% da sessão da véspera. A Euribor a três meses manteve-se em -0,331%.

Inflação puxa pela libra

A moeda britânica segue a recuperar, a reagir à divulgação que a taxa de inflação no Reino Unido subiu, em Maio, para o valor mais elevado dos últimos quatro anos. A libra valoriza 0,6% para 1,2719 dólares, tendo já tocado em 1,2738 dólares durante a sessão. Esta subida surgiu depois do gabinete nacional de estatísticas britânico ter adiantado que a taxa de inflação subiu de 2,7%, em Abril, para 2,9%, em Maio, um nível que não era alcançado desde Junho de 2013. Os economistas consultados pela Bloomberg antecipavam que o crescimento dos preços se mantivesse em 2,7%.

Maior produção da OPEP pressiona crude

Os preços do petróleo estão a perder valor nos mercados internacionais, com a matéria-prima a ser pressionada pelo facto da produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter aumentado em Maio, apesar do acordo de redução de produção por parte do grupo. O Brent, negociado em Londres, cai 0,46% para 48,07 dólares por barril, ao passo que o WTI, transaccionado em Nova Iorque, desvaloriza 0,69% para 45,76 dólares por barril.

A produção da OPEP aumentou, em Maio, ao ritmo mais rápido desde Novembro de 2016. De acordo com os dados revelados esta terça-feira, 13 de Junho, a produção cresceu em 336.100 barris por dia, impulsionada pela Líbia e Nigéria, dois membros excluídos do acordo do cartel para reduzir a oferta, que entrou em vigor em Janeiro.

Zinco perto de mínimos de sete meses

O zinco segue a negociar em mínimos de quase sete meses, arrastado pelos receios em torno da quebra da procura por aço no país. O metal desce 1,5% para 2.457 dólares por tonelada. "Um pouco menos consumo de aço significa menos consumo de zinco", explicou Peter Thomas, da Zaner, à Bloomberg. Segundo o mesmo especialista a descida da procura por aço "coloca pressão nos metais industriais".

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