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Produção da OPEP cresceu em Maio ao ritmo mais rápido em seis meses

A produção do cartel aumentou em mais de 300 mil barris por dia, em Maio, no mesmo mês em que o grupo acordou prolongar os cortes até Março de 2018.

Arábia Saudita frente-a-frente com o Irão - Os confrontos comprometerão as exportações de petróleo e gás do Estreito de Ormuz. Como consequência, o petróleo dispara e os planos de privatização da companhia de petróleo Saudi Aramco não resultam. A Arábia Saudita desvalorizará a sua moeda, obrigando a restante região a fazer o mesmo.
DR
13 de Junho de 2017 às 14:02
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A produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) aumentou, em Maio, ao ritmo mais rápido desde Novembro de 2016. De acordo com os dados revelados esta terça-feira, 13 de Junho, a produção cresceu em 336.100 barris por dia, impulsionada pela Líbia e Nigéria, dois membros excluídos do acordo do cartel para reduzir a oferta, que entrou em vigor em Janeiro.

Este crescimento da produção aconteceu precisamente no mês em que o grupo, juntamente com produtores fora da OPEP, acordou prolongar os cortes até ao final do primeiro trimestre de 2018 (sendo que o acordo inicial tinha uma duração prevista de seis meses, até Junho deste ano) para reduzir o excedente e tentar estabilizar os preços.

A Líbia e a Nigéria estavam excluídas do acordo devido aos ataques e crises políticas que afectaram a sua oferta. No mês passado, os dois países retomaram a produção, contribuindo para o crescimento global do cartel.

Ainda assim, o grupo acredita que os inventários de crude vão continuar a descer no segundo semestre deste ano, à medida que os seus cortes surtam efeito e a procura aumente.

Ao mesmo tempo, o grupo está confiante que os produtores que se juntaram ao acordo – como a Rússia, o Cazaquistão e o Sudão – vão reduzir a sua produção, mas não tanto como prometeram. Isto porque no que respeita aos produtores fora do grupo, a OPEP reviu em baixa as estimativas de produção em 200 mil barris por dia, quando aquele conjunto de países se comprometeu com um decréscimo de 558 mil.

"O reequilíbrio do mercado está em andamento", afirma a OPEP, no seu relatório. "O declínio observado no excedente deverá continuar no segundo semestre, apoiado pelos ajustamentos na produção por parte da OPEP e dos produtores participantes" fora do cartel.

O petróleo, que negociou com sinal verde durante toda a manhã, inverteu para terreno negativo, na sequência da divulgação do relatório.

Nesta altura, o West Texas Intermadiate (WTI), negociado em Nova Iorque, cai 0,43% para 45,88 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres desce 0,31% para 48,14 dólares.

Os preços da matéria-prima já desceram cerca de 14% este ano, penalizados pelos receios de que a estratégia da OPEP não seja suficiente para reduzir o excedente global, num contexto de crescimento da produção norte-americana. 

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