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Fecho dos mercados: Bolsas recuperam com novas expectativas de acordo comercial. Petróleo sobe e juros aliviam

As bolsas europeias recuperaram das quedas de ontem, numa altura em que os investidores renovam expectativas de que um acordo entre os EUA e a China seja alcançado em breve. Ataques à Arábia Saudita estão a encarecer petróleo.

Reuters
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Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,76% para os 5.109,10 pontos
Stoxx 600 valorizou 1,01% para os 376,34 pontos
S&P 500 avança 1,22% para 2.846,30 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 1,7 pontos base para 1,139%
Euro cede 0,12% para 1,1209 dólares
Petróleo negociado em Londres ganha 1,61% para 71,36 dólares

Bolsas avançam com esperança de acordo comercial
Depois de os mercados terem sido fortemente penalizados na sessão de ontem, pela decisão da China de responder na mesma moeda ao aumento das tarifas norte-americanas, os investidores mostram-se agora mais confiantes de que os Estados Unidos e a China poderão alcançar um acordo comercial dentro das próximas semanas. Isto apesar de as autoridades norte-americanas estarem a preparar-se para aplicar tarifas à quase totalidade dos produtos chineses.

Mesmo assim, os investidores agarram-se às declarações de Donald Trump, que disse esperar que as negociações com Pequim sejam "muito bem sucedidas". Contudo, para já, há poucos detalhes sobre a evolução destas conversações, numa altura em que o presidente norte-americano confirma apenas que irá reunir-se com o homólogo chinês, Xi Jinping, durante o encontro do G20 que irá realizar-se no próximo mês.

O Stoxx 600, índice que reúne as principais cotadas europeias, acabou, assim, por encerrar a valorizar 1,01% para os 376,34 pontos. A mesma tendência é sentida em Nova Iorque, onde o S&P 500 está a avançar 1,22% para os 2.846,30 pontos.

Por cá, o PSI-20 recuperou de mínimos de três meses, ao avançar 0,76% para os 5.109,10 pontos, um desempenho para o qual contribuiu a subida de 2,3% do BCP.

Juros voltam a aliviar
Num contexto que tem sido marcado pela tensão internacional, com a disputa comercial entre os Estados Unidos e a China, os juros das obrigações soberanas aliviaram.

Os juros da dívida portuguesa a dez anos voltaram a descer, depois de três sessões a agravarem-se, e caíram 1,7 pontos base para os 1,139%. Em Espanha, a tendência foi semelhante, com os juros da dívida a dez anos a caírem 1,9 pontos base para 0,971%.

Dólar ganha terreno
Perante as expectativas dos investidores de que Donald Trump e Xi Jinping cheguem a acordo dentro das próximas semanas, o dólar vai ganhando terreno contra as principais moedas.

O índice da Bloomberg para o dólar, que compara a moeda norte-americana face a um cabaz das principais divisas mundiais, está a valorizar 0,18%.

Neste contexto, o euro desvaloriza 0,12% para 1,1209 dólares.

Ataques na Arábia Saudita impulsionam petróleo
Os preços do petróleo continuaram a ser impulsionados na sessão desta terça-feira, pela tensão geopolítica no Médio Oriente. Isto depois de a Arábia Saudita ter reportado vários ataques de que está a ser alvo: dois navios de transporte de petróleo foram atacados ontem e, já hoje, houve um outro navio alvo de ataque. As autoridades sauditas revelaram ainda que duas estações de petróleo do país foram atacadas por bombas lançadas a partir de drones.

As autoridades sauditas garantiram que o impacto dos ataques às estações da estatal Saudi Aramco foi "limitado", mas os receios em torno de um agravamento da oferta fizeram sentir-se sobre os mercados.

Resultado: o barril de Brent, negociado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, está a valorizar 1,61% para os 71,36 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, avança 1,47% para os 61,93 dólares por barril.

Ouro afasta-se da fasquia dos 1.300 dólares
O ouro tem estado a negociar próximo da fasquia dos 1.300 dólares por onça, numa altura em que os investidores se refugiam neste ativo para fugirem a outros de maior risco.

Ainda assim, e apesar de se manter em máximos de mais de um mês, o metal precioso está a desvalorizar nesta sessão, que foi marcada por um alívio dos receios, ao cair 0,42% para os 1.294,42 dólares por onça, depois de, na segunda feira, ter fechado a valer 1.299 dólares.
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