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Fecho dos mercados: Bolsas europeias atingem máximos de agosto. Alerta no défice leva à subida dos juros italianos

As bolsas europeias subiram pela quinta sessão consecutiva, atingindo máximos de agosto do ano passado. Já os juros italianos estão em máximos de mês e meio.

Reuters
16 de Abril de 2019 às 17:34
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Os mercados em números
PSI-20 desceu 0,23% para os 5.397,27 pontos
Stoxx 600 valorizou 0,29% para os 389,21 pontos
S&P valoriza 0,13% para 2.909,35 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 0,1 pontos para 1,192%
Euro desvaloriza 0,16% para 1,1286 dólares
Petróleo em Londres sobe 0,11% para 71,26 dólares o barril

Época de resultados leva bolsas europeias para máximos de agosto
As bolsas europeias fecharam em alta esta terça-feira, 16 de abril, beneficiando da época de resultados - principalmente nos Estados Unidos - e dos dados económicos positivos que deverão chegar da China com a divulgação do PIB do primeiro trimestre amanhã. Entre as cotadas europeias, o destaque vai para a Zalando, uma empresa de comércio eletrónico, que disparou mais de 10% depois de ter revelado que fechou o primeiro trimestre deste ano com lucros, quando os analistas esperavam prejuízos de 10 milhões de euros.

O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, valorizou 0,29% para os 389,21 pontos, atingindo máximos de oito meses (agosto de 2018). Os resultados nos EUA da BlackRock e do Bank of America estiveram a dar gás aos setores dos serviços financeiros, da banca e dos seguros, que se destacaram na Europa. Nos Estados Unidos também a Johnson & Johnson e United Health, do setor da saúde, divulgaram resultados acima do esperado. 

"O início da Earnings Season [época de resultados] nos EUA começou da melhor forma, numa altura em que estas apresentações adquirem uma relevância particular, já que são as primeiras contas trimestrais a serem publicadas relativas a uma época de resultados precedida por algum pessimismo, sobretudo ao nível dos analistas, para além de estes resultados se referirem a um setor, o financeiro, sobre o qual esse pessimismo é mais adensado", explicam os analistas do BPI. 

As principais praças europeias fecharam em alta, mas o PSI-20 foi a exceção ao desvalorizar 0,23% para os 5.397,27 pontos. A bolsa nacional foi penalizada pelo setor energético que impediu a quinta subida consecutiva do índice português. 

Juros italianos em máximos de mês e meio com alerta sobre o défice
O Banco de Itália avisou que o défice do Estado irá contra as regras europeias em 2020 e o efeito nos mercados não tardou a chegar. O economista-chefe da instituição alertou que o défice orçamental poderá atingir os 3,4% no próximo ano caso o IVA não seja aumentado. 

Isso poderá acontecer já em 2019 caso o Governo italiano avance com o aumento da despesa para combater a travagem da economia, agravando o défice orçamental (de 2,04% para 2,4%) que tinha sido acordado com a Comissão Europeia e o Conselho Europeu. Os juros italianos a dez anos estão a subir 1,5 pontos base para os 2,592%, acumulando três sessões consecutivas de subidas e atingido máximos de mês e meio. 

Também os juros portugueses a dez anos estão a subir pela terceira sessão consecutiva, afastando-se ligeiramente dos mínimos históricos registados na semana passada. No entanto, a subida é curta: 0,1 pontos base para os 1,192%.

Alguns membros do BCE desconfiados com previsões. Euro perde terreno
O euro está a desvalorizar 0,16% para os 1,1286 dólares depois de a Reuters ter noticiado que há uma "minoria significativa" no conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE) que acha que as atuais projeções são muito otimistas, apesar das fortes revisões em baixa. Estes governadores consideram que a segunda parte de 2019 não será de recuperação e até questionam o próprio modelo de previsão usado pelo BCE. 

Já a libra negociou em baixa depois da imprensa britânica ter avançado que as negociações entre os conservadores e os trabalhistas não estão a chegar a bom porto. A notícia foi depois desmentida pelo porta-voz do Partido Trabalhista. 

Petróleo sobe ligeiramente
O "ouro negro" está subir ligeiramente apesar da estimativa das reservas norte-americanas de crude - que já estão em máximos de 2017 - ter subido novamente. Nas últimas três, segundo os dados da Bloomberg, os inventários aumentaram 17 milhões de barris para os 456,6 milhões de barris. Até ao momento, a subida da oferta dos EUA tem impedido maiores subidas do petróleo. 

O crude, negociado em Nova Iorque, regista uma subida de 0,35% para os 63,62 dólares. Já o Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as importações portuguesas, sobe 0,11% para 71,26 dólares. 

Futuros do ouro em mínimos de dezembro
Os futuros do ouro estão a cair para o nível mais baixo desde dezembro numa altura em que os investidores dão prioridade a ativos mais arriscados como as ações. Além disso, o dólar está a ganhar terreno, o que retira o apetite por outros ativos de "refúgio" como é o caso do ouro.

O "metal precioso" está a cair pela quarta sessão consecutiva, registando uma queda de 1,08% para os 1.274,10 dólares. 

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