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Fecho dos mercados: Bolsas em recordes, dólar a subir e juros disparam com apostas no Trumpnomics

Após semanas de cautela, os investidores aparentam estar novamente a apostar no aumento do crescimento e da inflação motivado pelo Trumpnomics. As bolsas sobem, o dólar ganha força, mas as taxas de juro de países mais frágeis, como Portugal, sobem a pique.

Reuters
26 de Janeiro de 2017 às 17:26
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Os mercados em números

PSI-20 ganhou 0,20% para 4.583,03 pontos

Stoxx 600 subiu 1,25% para 367,50 pontos

S&P 500 cai 0,03% para 2.297,79 pontos

"Yield" 10 anos de Portugal subiu 13,5 pontos base, para 4,12%

Euro cai 0,67% para 1,0676 dólares

Petróleo sobe 2,27% para 53,95 dólares por barril, em Londres

Bolsas europeias em máximos de 13 meses

O Stoxx 600 valorizou pelo terceiro dia consecutivo e negociou no valor mais elevado dos últimos 13 meses. O índice que mede o ritmo cardíaco das bolsas europeias ganhou 0,25% para 367,50 pontos. Isto depois de esta quarta-feira as bolsas americanas terem registado novos máximos históricos. Esta sessão, o S&P 500 segue praticamente inalterado e o Dow Jones sobe 0,22%, mantendo-se acima da fasquia dos 20 mil pontos.

Na Europa, a nível sectorial o maior destaque pertenceu ao sector farmacêutico, com o respectivo índice a avançar 1,58%. Também as tecnológicas, o sector imobiliário e as cotadas de serviços financeiros tiveram ganhos, de cerca de 0,70%. A destoar estiveram os índices das construtoras automóveis e das mineiras, com descidas de cerca de 0,60%.

A bolsa portuguesa também valorizou. O PSI-20 ganhou 0,20%, com a Navigator e a Semapa a avançarem mais de 3%. A Corticeira Amorim e a Mota-Engil ganharam mais de 2%. Já entre os pesos-pesados, a EDP avançou 0,56%, enquanto a Galp deslizou 0,07%. A maior queda da sessão pertenceu ao BCP, com as acções a cederem mais de 2%.

Taxa a dez anos volta a disparar para mais de 4%

Num dia de subidas generalizadas nas taxas das obrigações soberanas, os títulos portugueses foram dos mais pressionados. A "yield" a dez anos aumentou 13,5 pontos base para 4,12% e chegou a transaccionar em 4,18%, o valor mais alto desde Fevereiro de 2016. Isto em dia de reunião do Eurogrupo, de dados da execução orçamental e em que os investidores voltaram a acreditar na ideia de mais inflação com Trump.

A subida dos juros nacionais foi mais expressiva que das "yields" espanhola e italiana. A taxa espanhola a dez anos aumentou 3,1 pontos base para 1,571%. Em Itália, a "yield" agravou-se em 12,2 pontos base para 2,234%. O dia também foi de subidas da taxa alemã a dez anos, que subiu dois pontos base para 0,484%.

 

Euribor com novos mínimos a seis e a 12 meses

As taxas Euribor renovaram mínimos históricos nos prazos a seis e a 12 meses e ficaram inalteradas a três meses. No prazo a seis meses, a taxa desceu 0,2 pontos base esta quinta-feira para -0,244%, um novo recorde negativo. A 12 meses a queda foi de 0,1 pontos base para -0,102%, um novo mínimo histórico. Já o indexante a três meses não sofreu alterações, mantendo-se em -0,328%, perto do recorde histórico de -0,329%.

 

Dólar novamente a ganhar força

O dólar abandonou os mínimos de sete semanas, com o índice que mede a força da nota verde face às outras principais divisas mundiais a subir 0,70% para 1.247,65 pontos. O regresso da divisa americana aos ganhos ocorre numa sessão marcada pelo optimismo nas bolsas e pela subida das taxas de juro das obrigações americanas. Um sinal de que o mercado volta a acreditar que as políticas económicas prometidas por Donald Trump resultem em mais inflação e crescimento. "A impressão é que os negócios baseados na reflação de possam ter sido retomados", referiu Shaun Osborne, estratego cambial do Scotiabank, citado pela Reuters.

 

Petróleo em máximos de dois meses com confiança na OPEP

Os preços do ouro negro registam subidas significativas, com a expectativa de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) consiga implementar os cortes de produção acordados a dar suporte. O Brent ganha 2,45% para 56,43 dólares. O West Texas Intermediate valoriza 2,27% para 53,95 dólares. Isto depois de responsáveis do Kuwait e da Argélia terem indicado que será provável que se cumpra com os cortes acordados no final do ano passado. "O mercado está a ficar um pouco mais confortável de que a OPEP consiga cumprir com os cortes prometidos. A OPEP continua a informar-nos que está a acelerar os cortes", referiu Bart Melek, estratego de matérias-primas da TD Securities, citado pela Bloomberg. 


Apetite pelo risco volta a tramar o ouro

O ouro perde 1,11% para 1.187,15 dólares por onça de "troy". É a terceira sessão de descidas, a pior sequência em um mês. A tirar brilho ao metal amarelo esteve o maior apetite pelo risco dos investidores e a subida do dólar. E alguns dos produtos que apostam na cotação do ouro estão a registar saídas de investimento. É o caso do fundo negociado em bolsa SPDR Gold Shares que viu o valor sob gestão cair para o nível mais baixo desde Março, segundo dados da Bloomberg. 

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