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Commerzbank nomeia atual administradora financeira para CEO. É a primeira mulher a liderar o banco

O cargo de topo já estava na mira há quatro anos. Bettina Orlopp vai substituir Manfred Knof "num futuro próximo", de acordo com o próprio banco alemão.

Reuters
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O Commerzbank nomeou a atual administradora financeira, Bettina Orlopp, para substituir o CEO Manfred Knof, que está de saída do cargo. O anúncio, feito pela instituição financeira em comunicado esta terça-feira, surge num momento delicado, já que o banco alemão tem sido alvo de movimentos de aquisição pelo rival italiano UniCredit.

Orlopp é a primeira mulher a ocupar a cadeira de CEO do banco. A nota divulgada prevê que a mudança ocorra "num futuro próximo", mas fontes conhecedoras do dossiê citadas pela Bloomberg apontam para que a substituição aconteça "nos próximos dias ou semanas". 

Bettina Orlopp é administradora financeira (CFO) do Commerzbank desde 2020, mas já percorre os corredores do banco há uma década, quando começou como responsável pelo desenvolvimento e estratégia do grupo. Em 2017, tornou-se a primeira mulher a integrar o conselho de administração do Commerzbank.

Antes de assumir o lugar de CFO, a gestora manifestou interesse em assumir o cargo de presidente executiva, tendo então recebido elogios de investidores, clientes e funcionários pelo trabalho levado a cabo nas contas do Commerzbank.

Quatro anos depois chega ao desejado lugar de CEO. "Embora tenhamos uma estratégia que seja eficaz, estão para vir tarefas de peso", admitiu Orlopp no comunicado. "Ao lado de todos os nossos principais parceiros, vamos navegar pelos desafios que temos pela frente com sucesso", acrescentou. 

O ainda CEO, Manfred Knof, anunciou, pouco antes da venda da participação do Commerzbank à UniCredit ser tornada pública, que não estaria disponvel para novo mandato quando o atual terminasse, em finais de 2025.

A procura por um substituto decorria numa altura em que capital da instituição financeira foi adquirido novamente por parte do italiano UniCredit, que esta segunda-feira fez saber que construiu uma participação efetiva de 21% no congénere gêrmanico, tendo em vista uma fusão entre os dois bancos. 

O Executivo liderado por Olaf Scholz, que ainda detém 12% do capital, demonstrou-se totalmente contra a negociação em curso.

Entretanto, também Bruxelas já se pronunciou sobre a potencial fusão, recordando que a atividade das empresas no espaço da UE não pode ser restringida "apenas por razões económicas". Através da porta-voz para os assuntos económicos e financeiros, Veerle Nuyts, a Comissão lembrou que "só se permitem restrições às liberdades fundamentais se forem proporcionais e se se basearem num interesse legítimo". Além disso, é necessário que a justificação assente nos tratados ou em motivos relevantes que um tribunal determine serem de interesse geral.   

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