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Fecho dos mercados: Bolsas dos emergentes entram em "bear market". Investidores refugiam-se na dívida alemã e ouro

As bolsas mundiais estão a cair de forma consecutiva há já cinco sessões, com a crise nos emergentes e a escalada da guerra comercial a afastar os investidores para activos de menor risco, como a dívida alemã e o ouro.

Reuters
06 de Setembro de 2018 às 17:36
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,61% para os 5.261,96 pontos

Stoxx 600 perdeu 0,55% para 373,61 pontos

S&P500 cai 0,52% para 2.873,52

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 1 ponto base para 1,888%

Euro desvaloriza 0,12% para 1,1616 dólares

Petróleo em Londres perde 1,16% para 76,37 dólares

 

Bolsas mundiais caem pela quinta sessão

A turbulência nos mercados emergentes e a expectativa de escalada na guerra comercial continua a penalizar as bolsas a nível global, com os investidores a saírem dos activos de maior risco. O MSCI All-Country World Index está hoje a recuar pela quinta sessão consecutiva e as bolsas europeias caíram para níveis de Abril. Wall Street também está no vermelho, com os índices a serem pressionados pelas tecnológicas.

 

A crise na Argentina e na Turquia está a contagiar outros mercados emergentes, sendo que o índice MSCI para medir a evolução destas bolsas já recua mais de 20% face ao último pico atingido em Janeiro, entrando assim em "bear market".


Negócios explica o que está a penalizar os emergentes
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A crise argentina e turca estão a contagiar o sentimento noutros mercados emergentes e a determinar quedas expressivas nas bolsas e nas moedas. A jornalista Patrícia Abreu explica-lhe o que está a pressionar os emergentes.

O sentimento negativo dos investidores deve-se sobretudo à iminência de novas tarifas norte-americanas sobre a China e pela crise nos emergentes. Termina esta quinta-feira o período de consulta pública sobre o plano de Trump de aplicar novas tarifas sobre a China, e o presidente dos Estados Unidos já avisou que pretende mesmo avançar com a medida no fim deste período. Significa isto que nos próximos dias os Estados Unidos deverão anunciar novas taxas aduaneiras sobre 200 mil milhões de dólares de importações da China, dando mais um passo na guerra comercial contra Pequim.

 

Em Lisboa o PSI-20 está a acompanhar o sentimento negativo das restantes bolsas, tendo hoje fechado a cair 0,61% para os 5.261,96 pontos. Foi a oitava sessão seguida de perdas para o índice nacional, naquele que é o ciclo de quedas mais prolongado desde Janeiro de 2016.

 

Dívida alemã serve de refúgio

Com os investidores a fugirem do risco, as obrigações soberanas alemãs estão a servir de refúgio, o que é habitual em alturas de maior turbulência nos mercados. A "yield" das bunds a 10 anos cede 2,5 pontos base para 0,355%, enquanto os juros dos periféricos estão em alta ligeira. A taxa das obrigações portuguesas a 10 anos está a subir 1 ponto base para 1,88%, pelo que o "spread" face à dívida alemã está a agravar-se para 152,5 pontos base. A ‘yield’ associada às obrigações italianas a dez anos subiu 12,3 pontos base para 3,05%.

  

Moeda russa sob pressão

O dia até está a ser de alguma recuperação para as moedas emergentes mais penalizadas nas últimas sessões, nomeadamente o peso argentino e a rupia da Indonésia. Contudo, o rublo russo está em forte queda, depois do primeiro-ministro Dmitry Medvedev ter afirmado que as taxas de juro já estão muito elevadas, contraindo assim a ideia que o banco central do país terá que agravar o preço do dinheiro. Com estas variações, o índice MSCI para as moedas emergentes está pouco alterado, mas próximo de mínimo de 12 meses.  O índice do dólar segue pouco alterado e o euro negoceia em queda ligeira (-0,12% para 1,1616 dólares).

 

Taxas Euribor estáveis 

As taxas Euribor a três, seis e 12 meses ficaram hoje inalteradas, enquanto as taxas a nove meses subiram em relação a quarta-feira. A taxa Euribor a seis meses manteve-se nos -0,269%, a Euribor a três meses continuou hoje a ser fixada, pela vigésima nona sessão consecutiva, em -0,319%. Já a taxa Euribor a nove meses subiu para os -0,207%.

 

Aumento dos stocks penaliza petróleo 

O petróleo está a negociar em baixa nos mercados internacionais, penalizado pela crise nos emergentes e pelo cenário de escalada na guerra comercial, mas também pelo relatório do Departamento de Energia que mostra uma subida nos stocks de gasolina e destilados nos Estados Unidos. O WTI em Nova Iorque desvaloriza 1,6% para 67,62 dólares e o Brent em Londres perde 1,16% para 76,37 dólares.

 

Ouro beneficia com turbulência

O ouro é outro dos activos que está a beneficiar com a fuga dos investidores dos activos mais arriscados. O metal precioso está a valorizar 0,7% para 1.205,23 dólares, numa sessão que também está a ser de ganhos para a prata.

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