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Fecho dos mercados: Bolsas descem com apreensão com resultados, juros e euro em alta

A divulgação de dados económicos positivos na Zona Euro pode tirar alguma da pressão sobre o BCE para reforçar os estímulos, o que resultou numa subida do euro e das taxas das obrigações. Já as bolsas continuam em modo cauteloso com os resultados das cotadas.

Reuters
26 de Outubro de 2016 às 17:33
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Os mercados em números

PSI-20 cedeu 0,19% para 4.701,61 pontos

Stoxx 600 recuou 0,38% para 341,76 pontos

S&P 500 desliza 0,01% para 2.143,02 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal subiu 1,6 pontos base para 3,207%

Euro soma 0,24% para 1,0915 dólares

Petróleo desce 1,34% para os 50,11 dólares por barril em Londres

Bolsas europeias com comportamentos mistos

As acções do Velho Continente não tiveram uma tendência definida. As bolsas de Madrid e Milão ganharam 0,37% e 0,29%, respectivamente. Mas Londres, Frankfurt e Paris terminaram no vermelho. O índice europeu Stoxx 600 perdeu 0,38%, a terceira queda consecutiva. Apesar da divulgação de alguns dados económicos positivos, como os da confiança dos empresários alemães e da actividade industrial, a época de apresentação de resultados está a causar alguma apreensão.

Esta quarta-feira foi a vez da Bayer e da Vinci mostrarem números que desapontaram. "Os resultados não estão a ser suficientemente fortes para impulsionar o mercado. Alguns investidores que antecipavam uma aceleração dos lucros podem estar desapontados", explicou Ralf Zimmerman, estratego de acções do Bankhaus Lampe, à Bloomberg. A prejudicar as bolsas estiveram ainda as quedas das cotadas do sector petrolífero, que se ressentiram com a descida da cotação da matéria-prima.

No PSI-20 o dia também foi de perdas. O índice deslizou 0,19%, penalizado pelas descidas de 1,65% da Galp e de 1,60% da Jerónimo Martins. Já os CTT, a Altri e a EDP Renováveis avançaram mais de 1%, enquanto a EDP e a EDP Renováveis valorizaram 0,70% e 0,57%, respectivamente.

Juros descem nos prazos mais curtos, sobem nos mais longos

As taxas das obrigações portuguesas tiveram comportamentos distintos, num dia marcado pela subida dos juros na generalidade dos títulos de dívida da Zona Euro. Em dia de leilão a cinco anos, em que o Tesouro emitiu mil milhões de euros com juros mais baixos, as "yields" baixaram entre os prazos de quatro a seis anos. No entanto, nas maturidades mais longas, houve subidas. A taxa a dez anos aumentou 1,6 pontos base para 3,207%.

Mas a subida foi de menor dimensão que a da "yield" alemã. A taxa germânica a dez anos aumentou 5,5 pontos base para 0,085%, o que resultou numa diminuição do prémio de risco da dívida portuguesa em cerca de quatro pontos base para 312 pontos base. Também as taxas espanholas e italiana aumentaram. A "yield" de Espanha subiu 4,6 pontos base para 1,129% e a taxa italiana escalou 7,6 pontos base para 1,458%.

A divulgação de dados positivos para a economia da Zona Euro levou alguns analistas citados pela Bloomberg a considerar que a pressão para o BCE intensificar os estímulos pode estar a diminuir.

Euribor a três meses de regresso a mínimos

A Euribor a três meses voltou a fixar-se no valor mais baixo de sempre. O indexante baixou 0,1 pontos base para -0,313%, igualando o mínimo atingido pela primeira vez a 19 de Outubro, segundo dados da Lusa. Já a Euribor a seis meses ficou inalterada em -0,212%. Já no prazo a 12 meses a taxa avançou 0,1 pontos base para -0,070%.

Dados económicos tiram euro de mínimos

A moeda única abandonou os mínimos de sete meses face ao dólar. O euro valoriza 0,24% para 1,0915 dólares. Isto depois dos dados da confiança dos empresários alemães ter acelerado para o valor mais elevado em dois anos e de ter havido uma subida do índice que mede a actividade industrial para o nível mais alto dos últimos três anos. Segundo analistas citados pela Bloomberg, estes indicadores podem retirar alguma da pressão sobre o BCE para reforçar a dose de estímulos, o que se reflectiu numa recuperação do euro.

Petróleo atenua perdas após reservas nos EUA

Os preços do petróleo chegaram a ceder mais de 2% esta sessão. Mas atenuaram as descidas após terem sido divulgados os dados semanais das reservas petrolíferas na maior economia do mundo. Os analistas estimavam um aumento de dois milhões de barris, mas os dados da Administração de Informação de energia mostraram uma descida de 1,34 milhões, segundo dados da Bloomberg. O Brent seguia a descer 1,34% para os 50,11 dólares, tendo chegado a negociar em terreno positivo logo após a divulgação daqueles números. Já o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, desvaloriza 1,10% para 49,41 dólares.

 

Ouro perde brilho

O metal amarelo corrige dos ganhos recentes e do máximo de três semanas atingido na sessão anterior. O preço da onça de "troy" desce 0,47% para 1.267,89 dólares, numa altura em que os analistas traçam um cenário cauteloso para o metal precioso dada a probabilidade de subida das taxas de juro por parte da Reserva Federal dos EUA. 

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