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Fecho dos mercados: Bolsas com maior queda em um mês, PSI-20 resiste e juros descem após debate em França
O Trumponomics foi um factor que animou as bolsas. Mas o mercado começa a ter dúvidas sobre se as medidas de Trump passarão facilmente no Congresso o que resultou em descidas do S&P 500 e do dólar. O euro beneficiou ainda da aparente vitória de Macron no debate em França.
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Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,09% para 4.635,88 pontos
Stoxx 600 desceu 0,53% para 375,67 pontos
S&P 500 desvaloriza 0,96% para 2.350,72 pontos
"Yield 10 anos de Portugal recua 2,4 pontos base para 4,213%
Euro avança 0,71% para 1,0815 dólares
Petróleo desce 0,99% para 51,11 dólares por barril, e Londres
Bolsas europeias com pior sessão em quase um mês
O Stoxx 600 teve o pior desempenho diário em quase um mês, perdendo 0,53%. Dos 19 sectores do índice, apenas três encerraram a sessão em terreno positivo (as "utilities", as petrolíferas e a banca). De resto as descidas foram generalizadas, mas mais intensas entre as cotadas dos sectores mineiro, tecnológico e automóvel, com os respectivos índices a terem descidas de entre 1,21% e 2,80%.
Nos EUA o dia também é de quedas, com os investidores a questionarem a probabilidade de as medidas económicas defendidas por Trump, e que deram ganhos às bolsas, passarem no Congresso. O S&P 500 perde 0,96% para 2.350,72 pontos, a maior descida desde Janeiro. "O efeito Trump está a desaparecer da mente das pessoas e a sensação é que o mercado precisa de outro catalisador", disse Steve Sosnick, gestor de risco de acções da Timber Hill, citado pela Bloomberg. Já o PSI-20 conseguiu escapar à tendência de quedas, com as subidas de 3,25% do BCP e de 0,76% da EDP a ajudarem o índice a terminar a sessão acima da linha de água com uma subida ligeira de 0,09%.
Juros da dívida descem
As taxas das obrigações dos países do Sul da Europa descem após Emmanuel Macron ter sido considerado como o vencedor do debate entre os candidatos à presidência francesa, batendo a candidata anti-euro Marine Le Pen. E os juros da dívida nacional não foram excepção. Baixaram 2,4 pontos base para 4,213%. O prémio de risco baixou para 375 pontos base, ajudado também pela subida de 1,9 pontos base para 0,459% da taxa germânica a dez anos.
Ainda assim, a descida dos juros portugueses foi inferior à registada nos títulos espanhóis e italianos. Baixaram 3,1 e 4,4 pontos base, respectivamente, para 1,815% e 2,319%. Já a taxa francesa desceu 2,2 pontos base 1,098%.
Euribor estáveis a três e seis meses
As taxas Euribor não sofreram alterações a três e a seis meses, mas subiram no prazo a 12 meses. O indexante a três meses manteve-se em -0,329%, segundo dados da Lusa. Também a taxa a seis meses não sofreu alterações, voltando a ser fixada em -0,241%. Já a Euribor a 12 meses subiu 0,3 pontos base para -0,106%.
Euro sobe após debate em França
O euro valoriza 0,71% para 1,0815 dólares. Os analistas explicam a recuperação da moeda única com o que foi considerado a vitória de Emmanuel Macron no primeiro debate televisivo entre os candidatos à presidência francesa, batendo a candidata anti-euro Marine Le Pen. "Quando temos em conta o número de pessoas preocupadas com esta eleição e do quão barato está o euro, se esse risco desaparecer então existe potencial de o dinheiro fluir para a Europa", referiu, citado pela Bloomberg, Andrew Sheets, do Morgan Stanley. Além deste factor, o dólar está a ser ainda penalizado pelas dúvidas em relação à implementação das medidas económicas prometidas por Donald Trump.
Petróleo em queda
O petróleo perde valor numa altura em que o mercado teme que as reservas nos Estados Unidos, cujos dados serão divulgados esta quarta-feira. Os analistas sondados pela Bloomberg estimam que os "stocks" tenham aumentado em 2,65 milhões de barris na semana passada o que, a confirmar-se, seria um sinal de que o efeito dos cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e de outros países está a ser dissipado pelo aumento da produção nos EUA. O West Texas Intermediate, negociado me Nova Iorque, desvaloriza 1,41% para 47,54 dólares. Já o Brent, negociado em Londres, perde 0,99% para 51,11 dólares.
Ouro sobe pela quinta sessão consecutiva
O ouro sobe pela quinta sessão. Desde que a Reserva Federal dos EUA anunciou a subida dos juros na passada quarta-feira mas reiterou que a posição de política monetária continuaria acomodatícia que o metal amarelo não pára de subir. Alicerçado no comportamento mais fraco do dólar, o ouro valoriza 0,92% esta quarta-feira para 1.245,54 dólares, o valor mais alto em duas semanas.