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Europa em máximos de um mês animada por época de resultados
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
Europa em máximos de um mês animada por época de resultados
As bolsas europeias encerraram esta terça-feira a registar os maiores ganhos em mais de um mês, com os resultados das empresas e a queda dos preços do gás a alimentarem esperança de que a inflação vá abrandar.
O índice Stoxx 600 - que agrega as principais empresas de Europa e é negociado em Londres - avançou 1,44%, para os 407,61 pontos - o nível mais alto desde 19 de setembro. Imobiliário, tecnologia e serviços financeiros foram os setores que mais ganharam, enquanto gás e petróleo tiveram o pior desempenho.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,94%, o francês CAC-40 valorizou 1,94%, o italiano FTSEMIB avançou 1,40%, o espanhol IBEX 35 pulou 1,49% e em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,94%. Só o britânico FTSE 100 registou perdas, ainda que ligeiras, de 0,01%
Os olhos estão agora postos na decisão do Banco Central Europeu sobre a subida das taxas de juro, que será anunciada na quinta-feira. Mesmo com muitos economistas a admitirem que uma recessão está a começar na Zona Euro, continuam a antecipar outra subida significativa, de 75 pontos base.
Euro aproxima-se da paridade face ao dólar. Sunak impulsiona libra
O euro segue a valorizar face ao dólar, estando a subir 0,85% para 0,9959 dólares, numa altura em que os investidores estão a aguardar a próxima reunião da Fed, que acontece a 1 e 2 de novembro.
Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais, incluindo a moeda única - cede 1,04% para 111,820 pontos. No mercado cambial, o destaque vai sobretudo para a libra, que viu nova força após a tomada de posse de Rishi Sunak como novo primeiro-ministro.
O novo líder prometeu corrigir os "erros" da antecessora Liz Truss e devolver "esperança" a um país que está sob pressão para cumprir os acordos pós-Brexit, enquanto lida com a inflação a dois dígitos.
A moeda britânica segue a valorizar face ao euro e ao dólar, estando a subir 0,80% para 1.1513 euros e 1,71% para 1.1471 dólares.
Petróleo valoriza à boleia da queda do dólar
A negociação de petróleo tem estado esta terça-feira em alta, impulsionada pela queda do dólar, com os investidores a continuarem a avaliar a possibilidade de uma queda na procura de 'commodities'.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, valoriza 1,22% para 85,61 dólares. Já o Brent do Mar do Norte - referência para as importações europeias - ganha 0,36% para 93,60 dólares por barril.
Desde finais de setembro, os preços têm oscilado, com os investidores a avaliarem o impacto das subidas das taxas de juro, que ameaçam a expansão económica e os planos de corte na produção da OPEP.
"Os mercados do petróleo vão estar atentos ao relatório do inventário de crude amanhã para encontrarem um caminho, tendo em conta o intervalo de negociação relativamente estreito dos últimos dias", diz à Bloomberg Stacey Morris, do VettaFi.
Ouro valoriza ligeiramente
O ouro segue a valorizar ligeiramente, numa altura em que o dólar regista um leve recuo. Os investidores estão de olhos postos na reunião da próxima semana da Reserva Federal dos Estados Unidos - nos dias 1 e 2 de novembro -, da qual sairá uma nova subida das taxas de juro.
O metal amarelo valoriza 0,28% para 1.654,42 dólares por onça, ao passo que a platina cede 1,08% para 918,07 dólares e o paládio desce 2,68% para 1.919,30 dólares.
O sucessivo aumento das taxas de juro tem pesado na atração do ouro, com os investidores a procurarem refúgio no dólar. Apesar de uma nova subida já ser esperada, tem-se intensificado a especulação de que o fim deste ciclo mais duro poderá estar perto do fim.
Desde o pico alcançado em março - já depois do início da guerra na Ucrânia - o metal amarelo tombou 20%.
Wall Street abre mista em dia de chuva de resultados. Xerox tomba 25,08%
Wall Street arrancou a sessão de forma mista, com os investidores de olhos postos na época de resultados e a prepararem-se para a próxima reunião de política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed).
O industrial Dow Jones cai 0,10% para 31.474,37 pontos, enquanto o Standard & Poor's 500 valoriza 0,25% para 3.806,80 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite soma 0,53% para 11.010,43 pontos.
Entre os principais movimentos de mercado, é de destacar a subida de 2,71% da Coca Cola depois de a empresa ter reportado resultados acima das estimativas dos analistas no terceiro trimestre.
Por sua vez, também a General Motors foi além das estimativas dos especialistas no terceiro trimestre e sinalizou que os constrangimentos nas cadeias de abastecimento estão a diminuir, o que levou os títulos a ganhar 1,29%.
Já a JetBlue derrapa 8,22%. A elevada procura por viagens compensou o aumento dos custos, mas não foi capaz de colocar os resultados em conformidade com as expectativas.
A Xerox tomba também 25,08%%.A empresa reportou um lucro que ficou cerca pela metade do que era esperado pelos especialistas. A companhia foi pressionada pelos problemas nas cadeias de abastecimento e pelo aumento dos custos.
Depois da sessão é a vez da Apple, Microsoft e Visa apresentarem resultados. Até agora, um quinto das cotadas do S&P 500 já prestaram contas, destas mais de metade superou as estimativas. Por outro lado, o mercado prepara-se para reunião da Fed marcada para os dois primeiros dias de novembro (já depois do BCE que tem encontro marcado para esta quina-feira).
Segundo a Bloomberg, o mercado espera um aumento de 75 pontos base, podendo reduzir o ritmo em dezembro, encerrando o ciclo de subidas em 2023, ao fixar a taxa de fundos federais em 4,9%.
Euribor sobe para novo máximo a três meses e cai a seis e a 12 meses
As taxas Euribor subiram hoje a três meses para um novo máximo desde novembro de 2011 e caíram a seis e a 12 meses face a segunda-feira.
A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, baixou hoje, para 2,106%, menos 0,026 pontos, contra um novo máximo desde fevereiro de 2009, de 2,132%, verificado em 24 de outubro.
A média da Euribor a seis meses subiu de 0,837% em agosto para 1,596% em setembro.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
No prazo de 12 meses, a Euribor também desceu hoje, pela segunda sessão consecutiva, ao ser fixada em 2,725%, menos 0,013 pontos que na segunda-feira, depois de ter subido em 21 de outubro para 2,778%, um novo máximo desde dezembro de 2008.
Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 1,249% em agosto para 2,233% em setembro.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou hoje, ao ser fixada em 1,577%, mais 0,019 pontos do que na segunda-feira e um novo máximo desde novembro de 2011.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 0,395% em agosto para 1,011% em setembro.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
Em 08 de setembro, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o segundo aumento consecutivo deste ano, já que em 21 de julho, tinha subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação.
No final da última reunião, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que o aumento histórico de 75 pontos base nas taxas de juros não é a "norma", mas salientou que a avaliação será reunião a reunião. A próxima é na quinta-feira.
A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa veste-se de verde de olho na "earnings season" e à espera do BCE. Londres recua
A Europa arrancou a sessão no verde, à exceção do Reino Unido, numa altura em que os investidores se preparam para a próxima reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e se mantêm atentos à época de resultados referente ao terceiro trimestre.
O Stoxx 600 soma 0,26% para 402,87 pontos. Entre os 20 setores que compõe o índice de referência, tecnologia, retalho e serviços financeira lideram os ganhos. Já o setor dos produtos químicos negoceia no vermelho, pressionado sobretudo pela Linde que cai 3,54% após dar conta que pretende sair da bolsa de Frankfurt.
Por sua vez, o UBS soma 1,67%. O lucro do terceiro trimestre, anunciado pelo banco suíço antes do arranque da sessão, ficou acima do esperado pelos analistas. Já o HSBC afunda 6,28%. O EBITDA (resultados antes de lucros, juros, impostos, amortizações e depreciações) do maior banco da Europa contraiu 42%.
Nas restantes praças europeias, o espanhol IBEX ganha 0,60%, o alemão DAX arrecada 0,20% e o francês CAC 40 valoriza 0,39%. Amesterdão sobe 0,71% e Milão cresce 0,20%. Já Londres recua 0,35% no dia em que Rishi Sunak deve ser indigitado como primeiro-ministro do Reino Unido.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros aliviam na Zona Euro, dias antes da reunião do Banco Central Europeu (BCE) que irá definir o futuro da política monetária que rege a região.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para a Zona Euro – alivia 4 pontos base para 2,284%.
Já os juros das obrigações italianas a dez anos recuam 8 pontos base para 4,485%,
Na Península Ibérica, a "yield" da dívida nacional subtrai 5,9 pontos base para 3,255% enquanto os juros das obrigações espanholas perdem 5,3 pontos base para 3,354%.
Euro cede. Dólar na linha d'água
O euro perde 0,23% para 0,9863 dólares. Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais, incluindo a moeda única – negoceia com uma subida muito ligeira (0,08%) para 112,07 pontos.
A política monetária dos EUA e da Zona Euro domina a atenção dos investidores. O Banco Central Europeu reúne-se esta quinta-feira enquanto a Reserva Federal norte-americana (Fed) tem encontro marcado nos dois primeiros dias de novembro. As duas reuniões podem ditar o futuro do par euro e dólar.
A moeda única tem sido penalizada contra a nota verde, devido à diferença de velocidades entre as políticas monetárias dos dois bancos centrais.
Gás derrapa 5%. Inverno ameno tranquiliza mercado
O gás negociado em Amesterdão (TTF), o qual serve de referência para o mercado europeu, regista uma queda de 5,2% para 94 euros por megawatt-hora, depois de esta segunda-feira ter derrapado abaixo do patamar dos 100 euros por megawatt-hora, pela primeira vez desde junho.
Espera-se que em novembro as temperaturas atípicas mais quentes continuem a fazer-se sentir em muitas cidades europeias.
Esta terça-feira, os ministros da Energia dos Estados-membros da UE reúnem-se para debater os detalhes do plano para fazer frente à crise energética.
Ouro na linha d' água de olhos postos em Lagarde e Powell
O ouro negoceia na linha d’ água (-0,04%) para 1.647,89 dólares por onça, numa altura em que os investidores se preparam para as próximas reuniões do Banco Central Europeu (BCE) e Reserva Federal norte-americana (Fed).
O metal amarelo já caiu 20% desde o pico alcançado em março, coincidindo com a data em que a Fed começou a subir os juros diretores para fazer frente à inflação. O banco central liderado por Jerome Powell reúne-se nos próximos dias 1 e 2 de novembro.
O mercado aponta para que a Fed aumente a taxa de juro de referência em 75 pontos base, podendo reduzir o ritmo em dezembro, encerrando o ciclo de subidas em 2023, ao fixar a taxa de fundos federais em 4,9%.
Antes disso, é tempo de olhar para Frankfurt, onde o banco central liderado por Christine Lagarde se reúne esta quinta-feira.
Petróleo a caminho de primeiro ganho mensal desde maio
O petróleo negoceia em terreno positivo numa altura em que o dólar recua e em que os investidores avaliam as restrições da oferta a muito curto prazo, a par de um maior apetite pelos ativos de risco, incluindo as matérias-primas. O ouro negro segue agora a caminho do primeiro ganho mensal desde maio.
O West Texas Intermediate (WTI) soma 0,19% para 84,74 dólares por barril, depois de dois dias de perdas. Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias - negoceia na linha d’ água, mais inclinado para terreno positivo (0,05%) para 93,34 dólares por barril.
O petróleo tem oscilado entre ganhos e perdas nas últimas sessões, à boleia da subida ou descida do dólar, que influencia as matérias-primas denominadas na nota verde. Esta terça-feira, o dólar está mais fraco favorecendo assim o petróleo. Os investidores preparam-se ainda para uma redução da produção do petróleo em novembro, conforme anunciado pela OPEP+.
Europa aponta para verde com banca na mira
A Europa aponta para um arranque de sessão no verde, dois dias antes da reunião do Banco Central Europeu e numa altura em que os investidores continuam a digerir os números da "earnings season" referente ao terceiro trismestre.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 somam 0,2%.
Esta terça-feira será dia de digerir sobretudo os resultados da banca. O UBS reportou esta terça-feira um lucro de 1,7 mil milhões de dólares no terceiro trimestre deste ano, ligeiramente acima das expectativas dos analistas.
Já o maior banco do bloco, o HSBC, registou uma queda de 42% do EBITDA (lucros antes de juros impostos e amortizações).
Na Ásia, na China Xangai subiu 0,1% enquanto Hong Kong valorizou 0,2% depois de esta segunda-feira ter perdido 5,9%. No Japão, o Topix avançou 1,1% e o Nikkei cresceu 0,95%. Já na Coreia do Sul o Kospi encerrou o dia na linha d’ água (-0,05%).