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Europa fecha no verde com Stoxx 600 muito perto do "bull market". Petróleo também sobe
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira.
Europa fecha no verde com Stoxx 600 muito perto do "bull market"
A Europa terminou a primeira sessão da semana em alta, com os investidores de olhos postos na "earnings season".
O Stoxx 600 - que reúne as principais 600 empresas do bloco - subiu 0,62% para 454,81 pontos. Entre os 20 setores que compõem o índice de referência europeu, o da tecnologia comandou os ganhos e o de produtos químicos encabeçou as perdas.
Este último setor foi sobretudo pressionado pela queda de 5,36% das ações da Symrise, depois de a empresa ter reportado maus resultados.
Os investidores estiveram ainda atentos aos títulos da Marks & Spencer, os quais perderam 1,42% depois de a Numis ter revisto em baixa a recomendação para as ações da empresa.
O Stoxx 600 está muito próximo do "bull market", ou seja quando a cotação está 20% acima do seu mais recente preço mínimo, neste caso em finais de setembro do ano passado. Desde esta altura, o "benchmark" europeu já valorizou 18,40%.
Nas restantes praças europeias, Madrid avançou 0,29%, Frankfurt subiu 0,46% e Paris valorizou 0,51%. Londres arrecadou 0,18%, Amesterdão ganhou 1,25% e Milão cresceu 0,18%.
Por cá, a praça lisboeta acompanhou a tendência europeia e terminou o dia a valorizar 0,99%.
Juros agravam após pistas do BCE que o aumento das taxas vai continuar
Os juros da Zona Euro agravaram-se esta segunda-feira, após comentários do governador do banco central dos Países Baixos, Klaas Not, que afirmou que o Banco Central Europeu deverá manter a atual trajetória de subida dos juros diretores e realizar ainda dois aumentos de 50 pontos base nas próximas duas reuniões - em fevereiro e março.
"Reduzimos o ritmo do aumento em dezembro, de 75 para 50 pontos base – e esse será o ritmo para várias reuniões", afirmou Knot em entrevista ao jornal italiano La Stampa. "Isso significa que o faremos nas próximas duas reuniões, em fevereiro e março", sublinhou, antecipando a manutenção desta política de aperto monetário do BCE "até ao verão".
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos - referência para o mercado europeu - subiu 3,0 pontos base para 2,197%.
Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos somaram 3,7 pontos base para 4,013%.
Na Península Ibérica, a "yield" da dívida nacional a dez anos avançou 3,8 pontos base para 3,074%, enquanto os juros das obrigações espanholas na mesma maturidade registaram um acréscimo de 3,9 pontos base para 3,166%.
Fora da Zona Euro, a "yield" das Gilts britânicas a dez anos está em contraciclo e alivia em 1,4 pontos base para 3,356%.
Euro sobe face ao dólar. Ouro em queda
O euro segue a subir ligeiramente face ao dólar no mercado cambial, com um ganho de 0,08% para 1,0865 dólares.
No entanto, esta debilidade da nota verde é apenas em relação à moeda única, já que o índice do dólar da Bloomberg - que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais - soma 0,06% para 102,07 pontos.
Quem perde com o avanço do dólar é o ouro, que desliza 0,13% para 1.923,63 dólares a onça. As oscilações do dólar influenciam diretamente as matérias-primas denominadas na moeda norte-americana como é o caso do metal amarelo.
Esta semana, os investidores vão estar atentos à divulgação do índice de gastos dos consumidores nos EUA, considerado o indicador favorito da Fed. São ainda divulgados os números do sentimento económico nos EUA.
Petróleo prossegue ganhos com boas perspetivas da China
Os preços do petróleo arrancaram a semana em terreno positivo, prosseguindo assim o movimento de ganhos da semana passada.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, avança 0,73% para 82,24 dólares por barril.
Já o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, soma 1,28% para 88,75 dólares.
A impulsionar a tendência continua a estar o crescimento acima do esperado na China, no quarto trimestre, o que intensifica a expectativa de uma maior procura por crude daquele que é o maior importador mundial desta matéria-prima.
Wall Street abre no verde. Spotify sobe mais de 3%
Wall Street arrancou a primeira sessão da semana no verde, com os investidores atentos ao desenvolvimento da "earnings season" e a analisar o futuro da política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed).
O industrial Dow Jones avança ligeiramente (0,11%) para 33.409,82 pontos, enquanto o S&P 500 soma 0,44% para 3.990,24 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite arrecada 0,88% para 11.238,15 pontos.
Durante a sessão, os investidores vão estar atentos às ações do Goldman Sachs, depois de o banco de investimento ter anunciado que vai desfazer-se de parte dos chamados investimentos não convencionais, como são por exemplo os criptoativos, de forma a contribuir para a saúde financeira da instituição.
Ao todo serão cortados 59 mil milhões de dólares em investimentos alternativos, que pressionaram os lucros do banco de investimento o ano passado, segundo a informação prestada por uma fonte conhecedora do assunto à Reuters. As ações do banco seguem a perder 1,32%.
O mercado vai ainda observar de perto os títulos do Spotify, depois de o gigante tecnológico - à semelhança dos seus pares como a Meta ou a Alphabet – ter anunciado o despedimento de quase 600 trabalhadores. As ações da empresa seguem a subir 3,36%.
Por sua vez, a Salesforce sobe 2,25%, à boleia da notícia do fundo de cobertura de risco Elliot Investment Management - conhecido pelo investimento ativista - ter adquirido uma participação no capital da empresa.
Por fim, a Microsoft cresce 0,64%, depois de ter confirmado que que vai aprofundar o investimento na OpenAi, a empresa sem fins lucrativos fundada por Elon Musk para desenvolver inteligência artificial e que está por trás da popular aplicação ChatGPT, que se tornou viral em novembro do ano passado.
A marcar a sessão poderá ainda estar o discurso de um dos membros da Fed, Christopher Waller, que na sexta-feira apontou para que o banco central pudesse, na sua ótica, subir a taxa de juro diretora na próxima reunião.
Para o Morgan Stanley existe um contraste entre o sentimento económico positivo e a fraqueza dos dados macroeconómicos nos EUA.
O estratega do banco de investimento, Michael Wilson, questiona-se assim quando é que os preços das ações irão incorporar este cenário. Na ótica do especialista, a resposta é no segundo trimestre.
Já o JPMorgan Chase centra as atenções nos resultados das empresas, vendo este ano como particularmente desafiante, sobretudo para as empresas energéticas, já que os preços das "commodities" ligadas a este setor começam a descer e as margens estão próximas de níveis recorde, tanto na Europa como nos EUA.
Taxas Euribor renovam máximos de 14 anos
As taxas Euribor subiram hoje a três, seis e 12 meses, nos dois prazos mais curtos para novos máximos desde janeiro de 2009, em relação a sexta-feira.
A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, avançou hoje para 2,917%, mais 0,022 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009.
A média da Euribor a seis meses subiu de 2,321% em novembro para 2,560% em dezembro.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também subiu hoje, ao ser fixada em 2,449%, mais 0,032 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 1,825% em novembro para 2,063% em dezembro.
No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a Euribor avançou hoje, ao ser fixada em 3,345%, mais 0,018 pontos, contra 3,370% em 11 de janeiro, um máximo desde dezembro de 2008.
Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,828% em novembro para 3,018% em dezembro.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
Na última reunião de política monetária, em 15 de dezembro, o BCE aumentou em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, desacelerando assim o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.
Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa abre no verde com investidores focados em resultados das empresas
Os principais índices europeus estão a negociar no verde, com os investidores focados na época de resultados, bem como as perspetivas e subida dos juros tanto por parte do Banco Central Europeu, bem como a Reserva Federal norte-americana.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, sobe 0,2% para 453,03 pontos, com o setor mineiro e a tecnologia a registarem os maiores ganhos, acima de 1%. Do lado oposto, o setor dos produtos químicos e as viagens são os que mais perdem.
Os investidores estão de olhos no discurso de hoje da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, que poderá dar mais pistas sobre o caminho a seguir pela autoridade monetária central.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,16%, o francês CAC-40 valoriza 0,08%, o britânico FTSE 100 sobe 0,24% e o espanhol IBEX 35 ganha 0,36%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,53%.
Do lado contrário, o italiano FTSEMIB recua 0,24%.
Juros agravam-se na Zona Euro, com expectativa de BCE mais agressivo
Os juros da Zona Euro estão em rota de agravamento, após comentários do governador do banco central dos Países Baixos, Klaas Not, que afirmou que o Banco Central Europeu deve manter a atual trajetória de subida dos juros diretores e realizar ainda dois aumentos em 50 pontos base nas próximas duas reuniões em fevereiro e março.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos - referência para o mercado europeu - sobe 0,5 pontos base para 2,172%.
Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos somam 1,5 pontos base para 3,991%.
Na Península Ibérica, a "yield" da dívida nacional a dez anos sobe 0,3 pontos base para 3,040%, enquanto os juros das obrigações espanholas somam 0,8 pontos base para 3,135%.
Fora da Zona Euro, a "yield" das Gilts britânicas a dez anos está em contraciclo e alivia 2,9 pontos base para 3,341%.
Ouro sobe com dólar em queda. Euro e libra tocam máximos de pelo menos sete meses face à "nota verde"
O ouro está a negociar no verde, somando assim cinco dias de ganhos consecutivos, à medida que riscos de uma recessão têm aumentado a procura por esta matéria-prima. O metal precioso tem estado em rota de valorização desde novembro, com sinais de que a Reserva Federal norte-americana poderia estar a tornar-se menos "hawkish".
O ouro sobe assim 0,03% para 1.926,58 dólares por onça.
A beneficiar a negociação do metal amarelo está também a queda do dólar. Esta segunda-feira o euro chegou a tocar em máximos de nove meses face à moeda norte-americana, à medida que o Banco Central Europeu vai parecendo mais agressivo do que a Fed, principalmente após os comentários do governador neerlandês, Klaas Not, que defendeu subidas de 50 pontos base nas próximas duas reuniões de politica monetária do BCE.
O euro soma assim 0,39% para 1,0898 dólares. Já o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da nota verde contra 10 divisas rivais - desce 0,27% para 101,738 pontos.
No mercado cambial, destaque ainda para a libra que está a negociar em máximos de sete meses face ao dólar, apoiada sobretudo por dados económicos que mostram que a economia britânica está a ter uma melhor performance que o esperado, o que sustenta também sinais de mais subidas das taxas de juro por parte do Banco de Inglaterra.
Petróleo recua. Gás desliza com armazenamento estável
O petróleo está a desvalorizar ligeiramente, depois de nas últimas duas semanas ter registado um ganho semanal positivo. Os investidores têm estado a avaliar a retoma da procura de crude por parte da China, bem o enfraquecer do dólar e a importação de petróleo russo, após a entrada em vigor do embargo e tecto dos países ocidentais a esta matéria-prima.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 0,21% para 81,47 dólares por barril, depois de na semana passada ter atingido um máximo de novembro.
Já o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, cede 0,19% para 87,46 dólares.
A secretária do Tesouro norte-americano, Janet Yellen, expressou confiança de que as restrições na compra de crude proveniente da Rússia possam ser expandidas a produtos refinados, embora essa tarefa seja mais complexa do que a atualmente em vigor.
Do lado oposto, o jornal russo Kommersant noticiou que Moscovo deve publicar um decreto detalhando de que forma vai proibir as petrolíferas russas de vendem crude a clientes que estejam a aderir ao tecto nos preços.
No mercado do gás, os futuros estão a desvalorizar, embora com uma queda muito ligeira. A influenciar a negociação está o fornecimento desta matéria-prima por parte da Noruega, que deverá diminuir para o valor mais baixo em dois meses numa altura em que as temperaturas mais baixas têm levado a um aumento do consumo.
Ainda assim, o armazenamento acima do normal para esta época do ano está a providenciar uma boa "almofada" no caso de alguma disrupção.
Os futuros do gás negociado em Amesterdão (TTF) recuam 0,2% para 66,8 euros por megawatt-hora.
Europa de olhos no verde. Japão sustenta ganhos na Ásia
Os principais índices europeus estão a caminho de uma negociação em terreno positivo esta segunda-feira, à semelhança do que aconteceu na sexta-feira passada.
A sustentar a negociação estão perspetivas de que a Reserva Federal norte-americana estará perto de começar a abrandar na subida dos juros diretores. Ainda assim, comentários de governadores na passada sexta-feira não mostram um caminho claro para as próximas reuniões de política monetária do banco central.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,5%.
Na Ásia, apesar de muitas praças se encontrarem encerradas devido ao Novo Ano chinês a negociação foi também positiva, principalmente com ganhos no Japão.
Os índices asiáticos têm registado uma melhor performance que outras regiões do globo, numa altura em que a reabertura na China tem dado força às cotadas asiáticas.
No Japão, o Topix somou 0,9% e o Nikkei registou um acréscimo de 1,1%. Na China e na Coreia do Sul, os índices não estiveram a negociar.