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Banca empurra Europa para o verde. Deutsche Bank sobe mais de 6%
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira.
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Banca empurra Europa para fim de sessão no verde. Deutsche Bank sobe mais de 6%
Os principais índices europeus terminaram a recuperar da queda de sexta-feira e a negociar em terreno positivo, com os responsáveis dos Estados Unidos a assegurarem a saúde do sistema financeiro do país.
O índice de referência do Velho Continente, Stoxx 600, terminou o dia a subir 1,05% para 444,72 pontos. A registar os maiores ganhos esteve o setor automóvel e o de petróleo e gás, bem como a indústria e o retalho.
O setor da banca (1,43%) esteve também entre os que mais subiram, com o Deutsche Bank a escalar mais de 6%, após uma queda de 15% na sexta-feira, num movimento que, de acordo com a Bloomberg, alguns atribuíram aos fundos de investimento a retirarem lucro da turbulência vivida na indústria financeira.
"Não há dúvida nenhuma de que os investidores e os mercados, em geral, estão muito mais preocupados sobre a saúde dos bancos do que estavam há umas semanas atrás", afirmou o analista Michael Hewson, da CMC Markets UK, à Bloomberg.
A grande questão agora "o que acontece a seguir, dado que a capacidade de os bancos serem resgatados está limitada pelos elevados níveis de inflação".
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 1,14%, o francês CAC-40 valorizou 0,9%, o italiano FTSEMIB ganhou 1,21%, o britânico FTSE 100 subiu 0,9% e o espanhol IBEX 35 pulou 1,29%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,56%.
Juros da Zona Euro agravam num dia positivo para as bolsas
Os juros das dívidas soberanas a 10 anos da Zona Euro e dos EUA agravaram-se esta segunda-feira, num dia em que as principais bolsas europeias negoceiam no verde.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para a região – agravou 10,4 pontos base para 2,224%.
Os juros das obrigações espanholas com a mesma maturidade avançaram 7,7 pontos base para 3,252%, enquanto a "yield" das obrigações portuguesas a dez anos somou 8,0 pontos base para 3,076%.
Além disso, os juros da dívida italiana a dez anos subiram 0,1 pontos base para 4,053%, enquanto os franceses aumentaram 8,9 pontos base para 2,739%.
O apetite por ativos mais arriscados aumentou na Europa, com as bolsas europeias a negociar no verde, impulsionadas pelo setor bancário.
Petróleo sobe com suspensão de exportações do Curdistão iraquiano
Os preços do "ouro negro" seguem em alta nos principais mercados internacionais, prosseguindo assim a tendência com que encerraram a semana passada.
A sustentar a negociação está sobretudo a suspensão das exportações, a partir do Curdistão iraquiano, do crude que provén da Turquia. Com efeito, cerca de 0,5% (450.000 barris por dia) da oferta mundial de petróleo, proveniente das exportações do Curdistão, foi suspensa no sábado, depois de uma vitória num caso de arbitragem confirmar que é necessária a autorização de Bagdad para exportar o crude proveniente da Turquia.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 2,09% para 70,71 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, ganha 1,79% para 76,33 dólares.
Também o otimismo hoje sentido na banca está a ajudar o mercado petrolífero, já que as movimentações para conter uma potencial crise bancária (o First Citizens BancShares anunciou que vai adquirir os depósitos e créditos do colapsado Silicon Valley Bank) – que poderia afetar a procura por crude – estão a ter efeitos positivos no sentimento dos investidores.
"Os preços do petróleo no curto prazo deverão continuar voláteis, influenciados pela atual trubulência no mercado financeiro, mas mantemos a nossa perspetiva positiva", sublinha Giovanni Staunovo, analista do UBS, numa análise a que o Negócios teve acesso.
Staunovo recorda que os preços do crude caíram fortemente nas últimas semanas, devido a liquidações em massa de posições por parte dos investidores financeiros. Mas o analista do banco suíço mostra-se otimisma quanto à evolução dos preços: "continuamos a antever um aumento da procura e importação de crude por parte da China, bem como uma menor produção russa, o que levará a um aperto no mercado petrolífero e fará subir os preços nos próximos trimestres", afirma no seu "research".
Dólar recua ligeiramente face ao euro
O dólar está a desvalorizar ligeiramente face às principais divisas rivais, com os ânimos dos investidores sobre a banca a acalmarem após o First Citizens Bank ter chegado a acordo para comprar os depósitos e empréstimos do Silicon Valley Bank.
A moeda norte-americana perde 0,096% para 0,927 euros. Já o índice Bloomberg do dólar – que mede a força da nota verde contra dez divisas - cede 0,16% para 102,951 pontos.
A dar força à moeda única europeia estarão dados divulgados esta segunda-feira que mostram que as perspetivas para o ambiente empresarial alemão estão no valor mais elevado em mais de um ano.
Ouro perde quase 2%
O ouro está a negociar em forte baixa, com os investidores a retornarem aos ativos de risco neste início de semana, numa altura em que avaliam os passos tomados pelas autoridades para acalmar a crise de confiança na banca.
O metal amarelo recua 1,52% para 1.948,08 dólares por onça.
"Depois de ter tocado no nível psicológico dos dois mil dólares na semana passada", começa por explicar o analista Lukman Otunuga, da FXTM, à Bloomberg, "o apetite para o metal precioso tem diminuído devido a um dólar cada vez mais estável e sinais mistos sobre a política monetária da Reserva Federal norte-americana", completou.
Wall Street arranca sessão no verde de olhos na banca. First Citizens escala 49%
Wall Street arrancou a sessão em terreno positivo, com o setor da banca a centrar atenções.
O industrial Dow Jones sobe 0,79% para 32.489,99 pontos, enquanto o S&P 500 cresce 0,59% para 3.994,58 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite valoriza 0,24% para 11.851,98 pontos.
As ações do First Republic Bank escalam 24,51%, depois de este fim de semana a Bloomberg ter noticiado que as autoridades norte-americanas estão a ponderar ampliar uma linha de crédito de emergência destinada à banca, o que poderia dar mais tempo ao First Republic Bank para reforçar o balanço.
Por sua vez, os títulos do First Citizens BankShares começaram o dia a somar 49%, após este ter chegado a acordo com a agência federal norte-americana responsável pelos depósitos (na sigla inglesa FDIC) para a compra depósitos e empréstimos do Silicon Valley Bank (SVB).
Durante a sessão, os investidores vão estar ainda a digerir as mais recentes declarações do presidente da Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, que reconheceu este fim de semana que a atual crise no setor bancário aumenta o risco de recessão nos EUA, mas alertou que ainda é cedo para avaliar o impacto desta crise na economia e na política monetária.
As palavras de Minneapolis foram mais cautelosas que as que foram proferidas por outros três membros da Fed na sexta-feira, os quais sublinharam, citados pela Bloomberg, que o combate contra a inflação continua a ser a prioridade.
Euribor cai a três, seis e 12 meses, mas mantém-se acima de 3% nos três prazos
A taxa Euribor desceu hoje a três, seis e 12 meses face a sexta-feira, mas mantém-se acima de 3% nos três prazos.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou hoje, ao ser fixada em 3,469%, menos 0,064 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 9 de março.
Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.
Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,338% em janeiro para 3,534% em fevereiro, mais 0,196 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho, também baixou hoje, para 3,239%, menos 0,042 pontos, contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,461%, verificado também em 9 de março.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
A média da Euribor a seis meses subiu de 2,864% em janeiro para 3,135% em fevereiro, mais 0,271 pontos.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, baixou hoje, ao ser fixada em 3,012%, menos 0,013 pontos percentuais e contra o novo máximo desde dezembro de 2008, de 3,025%, registado em 24 de março.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 2,354% em janeiro para 2,640% em fevereiro, ou seja, um acréscimo de 0,286 pontos.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na última reunião de política monetária, em 16 de março, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.
Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa começa semana no verde impulsionada pelo setor da banca
O Stoxx 600 – referência para o mercado europeu - começou o dia no verde após a queda de sexta-feira, acompanhado pelas principais praças europeias, impulsionado pelo setor de banca.
O "benchmark" europeu ganha 0,71% para 443,24 pontos. Dos 20 setores que compõem o índice, a banca comanda os ganhos, estando o Deutsche Bank a somar mais de 6%, após esta sexta-feira ter chegado a tombar cerca de 15%.
O Stoxx 600 está a caminho de registar o pior mês de março desde 2020.
Entre as principais praças europeias, Madrid sobe 0,81%, Frankfurt ganha 0,68% e Paris arrecada 0,47%.
Por sua vez, Londres cresce 0,52%, Amesterdão soma 0,36% e Milão valoriza 0,68%. Por cá, a bolsa de Lisboa segue a tendência e arrecada 0,31%.
Na sexta-feira, os reguladores norte-americanos sublinharam que embora alguns bancos estejam sob "stress", o sistema financeiro é sólido.
Em linha com esta ideia, o Presidente Joe Biden afirmou que estava confiante de que os bancos regionais estão em boa forma, não se prevendo grandes crises no futuro.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros agravam-se na Zona Euro, à exceção de Itália, num dia em que as principais bolsas europeias negoceiam no verde.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para a região – agrava 2,8 pontos base para 2,148%.
A "yield" das obrigações espanholas com a mesma maturidade agrava 1,5 pontos base para 3,191%.
Por sua vez, os juros das obrigações portuguesas a dez anos somam 1,8 pontos base para 3,014%.
Já a "yield" da dívida italiana a dez anos alivia 0,1 pontos base para 4%.
Euro perde muito ligeiramente contra o dólar
O euro recua muito ligeiramente contra o dólar (-0,06%) para 1,0754 dólares.
O índice Bloomberg do dólar – que mede a força da nota verde contra dez divisas - negoceia na linha de água (-0,01%) para 103,115 pontos.
O movimento ocorre numa altura em que o mercado avalia o impacto da agitação no setor da banca e do temor em torno de uma recessão no futuro da política monetária levada a cabo pela Reserva Federal (Fed) norte-americana.
Fed pressiona ouro
O ouro desvaloriza, pressionado pelas mais recentes declarações de membros da Reserva Federal (Fed) norte-americana sobre o futuro da política monetária levada a cabo pelo banco central.
O metal amarelo subtrai 0,58% para 1.966,76 dólares por onça. Na semana passada o ouro perdeu 0,6%, depois de nas três semanas anteriores ter valorizado quase 10%.
Este fim de semana, o presidente da Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, reconheceu que a atual crise no setor bancário aumenta o risco de recessão nos EUA, mas alertou que ainda é cedo para avaliar o impacto desta crise na economia e na política monetária.
As palavras de Minneapolis foram mais cautelosas que as que foram proferidas por outros três membros da Fed na sexta-feira, os quais sublinharam, citados pela Bloomberg, que o combate contra a inflação continua a ser a prioridade.
Petróleo valoriza a reboque da banca. Gás sobe
O petróleo oscilou entre ganhos e perdas durante a sessão asiática, estando entretanto a valorizar, com os investidores atentos aos mais recentes desenvolvimentos no setor da banca.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – ganha 1,01% para 69,96 dólares por barril.
Por sua vez, o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – valoriza 0,92% para 75,68 dólares por barril.
As autoridades norte-americanas estão a ponderar ampliar uma linha de crédito de emergência destinada à banca, o que poderia dar mais tempo ao First Republic Bank para reforçar o balanço.
Além disso, os investidores estão a digerir o anúncio da celebração de um acordo entre a agência federal norte-americana para os depósitos (na sigla inglesa FDIC) e o First–Citizens Bank & Trust Company para a compra dos empréstimos e depósitos do SVB.
No mercado do gás, a matéria-prima negociada em Amesterdão – referência para o mercado europeu – sobe 2,48% para 42,150 euros por megawatt-hora.
Europa começa semana de olhos postos no verde. Ásia fecha mista
A Europa aponta para um arranque de sessão em terreno positivo e a Ásia fechou mista, com os investidores atentos às mais recentes notícias sobre o Silicon Valley Bank (SVB). Foi celebrado um acordo entre a agência federal norte-americana para os depósitos (na sigla inglesa FDIC) e o First–Citizens Bank & Trust Company para a compra dos empréstimos e depósitos do SVB.
Assim, os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 1,1%.
Na Ásia, pela China, Hong Kong terminou o dia a cair 0,8% enquanto Xangai deslizou 0,4%. A China Petroleum & Chemical chegou a afundar mais de 7% durante a sessão, tendo encerrado as negociações a perder mais de 3%.
Por sua vez, as empresas ligadas ao imobiliário registaram um terceiro dia de perdas, após a Greenland Holdings ter alertado para um novo abrandamento neste setor.
Na Coreia do Sul, o Kospi desvalorizou 0,28%. Já no Japão, o Nikkei cresceu 0,33% e o Topix subiu 0,36%.