Notícia
Mais um dia de resultados fortes, mais um recorde para o Stoxx 600
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quarta-feira.
Mais um dia de resultados fortes, mais um recorde para o Stoxx 600
As bolsas europeias fecharam mais uma sessão em terreno positivo, embaladas por mais um dia de resultados trimestrais das empresas robustos.
O "benchmark" europeu Stoxx 600 valorizou 0,34% para 515,77 pontos, ultrapassando o recorde de ontem. O índice de referência europeu fecha, assim, em alta pela quarta sessão consecutiva.
Entre os 20 setores que compõem o índice, o alimentar foi o que mais se destacou, avançando 1,82%.
O maior impulso veio da AB InBev que fechou o dia a subir quase 4%, depois de ter divulgado um volume de negócios e receitas acima das expectativas na América do Norte.
A Alstom também se destacou depois de ter anunciado um aumento de capital de cerca de mil milhões de euros e a Siemens Energy disparou depois de ter subido o seu "outlook". Além disso, a Puma, a JD Wetherspoon e a Ahold Delhaize também impulsionaram as bolsas europeias pelos seus resultados acima das expectativas.
Entre os principais mercados da Europa Ocidental, o alemão Dax30 cresceu 0,37%, o francês CAC-40 avançou 0,69%. Já o espanhol Ibex 35 valorizou 0,65% e o britânico FTSE 100 aumentou 0,49%.
Em sentido contrário foi o o AEX, em Amesterdão, que desvalorizou ligeiramente 0,05%, enquanto o italiano FTSE MIB desceu 0,27%.
Juros agravam-se na Zona Euro com menor procura por obrigações
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro avançaram esta quarta-feira, o que sinaliza uma menor aposta dos investidores em obrigações.
A subida acontece no mesmo dia em que Robert Holzmann, membro do conselho do Banco Central Europeu, ter afirmado que, embora esteja aberto a cortes nas taxas de juro no próximo mês, não vê "absolutamente razão nenhuma" para as reduzir "muito rapidamente e com demasiada força", destacando ainda o papel da Reserva Federal dos EUA no "contágio" das decisões do homólogo europeu.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, avançaram 3,4 pontos base, para 3,088%, enquanto em Espanha a "yield" agravou-se em 4,4 pontos, para 3,243%.
Os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, somaram 4,3 pontos base, para 2,461%.
A rendibilidade da dívida francesa subiu 4,1 pontos base, para 2,937%, enquanto a da dívida italiana registou um aumento de 3,6 pontos, até aos 3,791%.
Fora da Zona Euro, os juros das gilts britânicas, também a dez anos, saltaram 1,6 pontos base para 4,137%, isto um dia antes da reunião de política monetária do Banco de Inglaterra (BoE), em que se prevê que o banco deixa as taxas de juro inalteradas.
Queda dos stocks faz petróleo avançar
Os preços do crude estão a valorizar e seguem em direção oposta à negociação das últimas semanas, com a escalada do conflito no Médio Oriente, que parece agora pesar novamente no preço do barril, devido ao futuro incerto das decisões entre Israel e Hamas.
Além disso, também os novos dados da Administração de Informação de Energia (EIA) indicam que os stocks de petróleo bruto caíram 1,4 milhões de barris, para 459,5 milhões, na semana encerrada a 3 de maio. A redução foi mais alta do que o previsto pelos analistas consultados pela Reuters, que apontavam para uma queda de 1,1 milhão de barris.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, valoriza 0,79% para 79 dólares por barril.
Por sua vez, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,49% para 83,57 dólares.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP+) deverá reunir-se no próximo mês para avaliar a política de abastecimento, depois de implementar cortes de produção durante o primeiro semestre do ano para sustentar os preços. Os "traders" preveem que as restrições se prolonguem, possivelmente até o final do ano, de acordo a Bloomberg.
Ouro estável à espera de novos catalisadores
Os preços do ouro seguem a negociar na linha d’água esta quarta-feira, pressionados por um dólar norte-americano mais forte e pelos comentários "hawkish" dos membros da Reserva Federal (Fed) dos EUA relativamente à flexibilização monetária no país, ao mesmo tempo que segue sustentado pelas compras dos bancos centrais, especialmente o chinês, que em abril aumentou as reservas pelo 18.º mês consecutivo.
O metal amarelo avança ligeiramente 0,07% para os 2.315,61 dólares por onça, depois das perdas de 0,4% na última sessão.
O trajeto do ouro segue estreito há cerca de duas semanas, em grande parte devido à queda nas perspetivas dos investidores de um corte nas taxas de juro em breve, já que os dados dos EUA mostram uma economia robusta a par da inflação em alta. Apesar dos recentes números do emprego mais baixos do que o previsto, esta terça-feira o presidente da Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, alimentou a tese de um período prolongado de taxas altas.
Os investidores aguardam novos catalisadores dos preços do ouro, como a leitura atualizada do sentimento entre os consumidores norte-americanos, divulgados esta sexta-feira, ao mesmo tempo que atentam a uma série de comentários de membros da Fed ao longo da semana.
Dólar em alta à boleia de discrepância entre perspetivas da Fed e outros bancos centrais
O dólar segue a valorizar face às principais divisas rivais, numa altura em que os investidores continuam a acreditar que a economia norte-americana deverá registar uma performance acima do seus pares.
Em particular contra o iene, a divisa dos EUA continua a pressionar e valoriza 0,56% para 155,56 ienes, com a possibilidade de uma intervenção cambial por parte do banco central nipónico ainda em cima da mesa.
Já a coroa sueca regista um decréscimo tanto contra o euro (-0,26%), como face ao dólar (-0,36%), depois de o banco central do país ter optado por cortar os juros diretores em 25 pontos base e ter afirmado que espera mais duas descida das taxas diretoras na segunda metade do ano.
O dólar deverá permanecer robusto desde que outros bancos centrais se antecipem à Reserva Federal no que toca a descidas das taxas de juro de referência.
"Megacaps" pressionam Wall Street
Os principais índices em Wall Street abriram em terreno negativo, com os investidores a avaliarem os resultados da Uber e as perspetivas para o segundo trimestre do ano.
Ainda a penalizar está um agravamento das "yields" das obrigações soberanas dos EUA, numa altura em que o mercado procura maior clareza relativamente aos planos da Reserva Federal relativamente a cortes de juros.
O índice de referência S&P 500 cede 0,25% para 5.174,78 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite recua 0,47% para 16.255,07 pontos.
Já o industrial Dow Jones segue inalterado nos 38.880,05 pontos, depois de ontem ter registado a quinta sessão consecutiva no verde - a mais longa série de ganhos desde dezembro.
Entre os principais movimentos de mercado está a Uber que perde 5,15% para 66,79 dólares, depois de a empresa ter revelado que espera um menor volume de faturação no segundo trimestre do ano. Nos primeiros três meses do ano a companhia registou prejuízos e receitas abaixo do estimado.
Já a rival do setor de "ride-hailing", a Lyft, pula 10,24% para 18,3 dólares, depois de ter revelado que perspetiva um aumento das receitas no segundo trimestre e um resultado positivo, graças ao negócio "core".
Por sua vez, a Reddit valoriza 5,07% para 51,9 dólares após a rede social ter afirmado que poderá registar lucros ajustados no segundo trimestre, à boleia de um aumento da atividade publicitária e de acordos de licenciamento de conteúdo com empresas de inteligência artificial.
Por fim, a Rivian cai 7,46% para 9,49 dólares, após ter optado não alterar as previsões de produção para 2024, que ficam bastante abaixo dos números apontados pelos analistas. Ao mesmo tempo, a fabricante de veículos elétricos registou um prejuízo maior do que o esperado nos primeiros três meses do ano.
Ainda no setor automóvel, a Tesla perde 2,58% para 173,23 dólares, depois de a Reuters ter noticiado que os procuradores norte-americanos estão a avaliar se a empresa terá cometido fraude, como parte de uma investigação ao sistema de "autopilot" da empresa liderada por Elon Musk.
Entre as "megacaps" - empresas com maior capitalização bolsista - a Nvidia perde cerca de 1%, juntamente com a AMD.
Os índices do lado de lá do Atlântico têm negociado maioritariamente em alta este mês, com os investidores a receberem conforto de uma época de resultados positiva, bem como como uma recente leitura do mercado laboral nos EUA que foi melhor do que o esperado, o que atenuou as preocupações sobre a manutenção dos juros diretores da Reserva Federal em níveis elevados por mais tempo.
Euribor sobe a três meses e desce a seis e 12 meses
A taxa Euribor subiu hoje a três meses e desceu a seis e 12 meses face a terça-feira.
Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que avançou para 3,814%, ficou acima da taxa a seis meses (3,795%) e acima da taxa a 12 meses (3,642%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, recuou hoje para 3,795%, menos 0,007 pontos, depois de ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um máximo desde novembro de 2008.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 36,6% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,3% e 24,9%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, caiu hoje, para 3,642%, menos 0,005 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses subiu, ao ser fixada em 3,814%, mais 0,026 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.
Na última reunião de política monetária em 11 de abril, o BCE manteve as taxas de juro de referência no nível mais alto desde 2001 pela quinta vez consecutiva, depois de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 06 de junho em Frankfurt.
A média da Euribor em abril desceu nos três prazos, designadamente 0,037 pontos para 3,886% a três meses (contra 3,923% em março), 0,056 pontos para 3,839% a seis meses (contra 3,895%) e 0,016 pontos para 3,702% a 12 meses (contra 3,718%).
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa começa no verde embalada pela época de resultados. Siemens Energy dispara mais de 11%
A Europa começou o dia no verde, com os investidores animados pelos resultados positivos de algumas empresas do bloco.
O "benchmark" europeu Stoxx 600 valoriza 0,28% para 515,48 pontos. Entre os 20 setores que compõem o índice, as ações das empresas alimentares comandaram a tabela dos ganhos, por larga margem, face aos outros setores, com uma subida de mais de 1%. Por outro lado, os setores automóvel e de recursos primários lideram as perdas.
A produtora de cervejas Anheurser Bush sobe mais de 5%, depois de ter reportado vendas na América do Norte que ficaram acima do esperado. Também a Siemens Energy se destaca pela positiva, a disparar 11,5%, depois de ter reforçado o "guidance" para o ano fiscal.
Entre as principais praças europeias, Frankfurt valoriza 0,30%, Paris soma 0,61% e Madrid arrecada 0,28%.
Londres soma 0,375, Amesterdão avança ligeiramente (0,09%). A bolsa de Lisboa segue a tendência dominante do resto da Europa e cresce 0,16%. Já Milão negoceia em contramão e recua 0,21%.
Além da época de resultados os investidores mantém-se atentos ao futuro da política monetária. Esta terça-feira, o presidente da Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, considerou que é provável que a taxas dos fundos federais se mantenham elevadas "durante um prolongado período de tempo".
O tom "hawkish" contrasta com as declarações de outros dois membros do banco central, proferidas esta semana.
"O debate sobre o nível apropriado das taxas de juro continua nos mercados e entre os decisores políticos", salienta Kyle Riddam analista sénior da Capital.com, em declarações à Bloomberg.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros agravam-se na Zona Euro, numa altura em que os investidores dividem as atenções entre os prognósticos sobre o futuro da política monetária e a época de resultados.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – referência para o mercado europeu – agrava-se 1,7 pontos base para 2,434%.
Os juros da dívida portuguesa, que vence em 2034, soma 2,1 pontos base para 3,075%.
A rendibilidade da dívida espanhola com a mesma maturidade recua 1,8 pontos base 3,216%.
A "yield" das obrigações italianas a 10 anos soma 2 pontos base para 3,774%.
Dólar ganha força à boleia do tom "hawkish" do líder da Fed de Minneapolis
O dólar valoriza 0,14% para 0,9315 euros, impulsionado pelas mais recentes declarações "hawkish" de um membro da Reserva Federal (Fed) norte-americana. Numa ótica mais genérica, o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra um cabaz de divisas – sobe 0,19% para 105,617 pontos.
Esta terça-feira, o presidente da Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, considerou que é provável que a taxas dos fundos federais se mantenham elevadas "durante um prolongado período de tempo".
O tom "hawkish" contrasta com as declarações de outros dois membros do banco central, proferidas esta semana. O presidente do banco central de Richmond, Thomas Barkin, afirmou que espera que os juros elevados arrefeçam ainda mais a economia dos EUA e conduzam a inflação à meta dos 2%.
Por sua vez, o seu homólogo de Nova Iorque, John Williams, foi ainda mais longe e admitiu que, eventualmente, poderá haver cortes da taxa de fundos federais, ainda que a decisão dependa da totalidade dos dados sobre a economia norte-americana.
Ouro perde o brilho atento ao tom da Fed
O ouro continua a navegar ao sabor das declarações dos membros da Reserva Federal (Fed) norte-americana. O metal amarelo desvaloriza 0,23% para 2.308,75 dólares por onça, depois dos comentários "hawkish" do líder do banco central em Minneapolis.
Esta terça-feira, e após os comentários "dovish" de outros dois membros membros do banco central, Neel Kashkari considerou que é provável que a taxas dos fundos federais se mantenha elevada "durante um prolongado período de tempo".
Este discurso impulsionou o dólar, tornando as matérias-primas denominadas na nota verde, como é o caso do ouro, menos atrativas para quem negoceia com outras moedas.
Além da política monetária, os investidores também estão atentos às tensões no Médio Oriente, depois de esta terça-feira Israel ter assumido o controlo da passagem para Rafah, antes de um possível ataque à cidade. Um agravamento das tensões que poderia beneficiar o ouro, enquanto ativo-refúgio em situações de incerteza.
Petróleo renova mínimos de março, com aumento dos "stocks" de crude
O petróleo caiu para mínimos de março, com os investidores atentos à subida dos números referentes aos "stocks" de crude nos EUA e ao desenrolar do conflito no Médio Oriente.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – desvaloriza 0,63% para 77,89 dólares por barril. Por sua vez, o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – desce 0,65% para 82,62 dólares por barril.
O petróleo tem registado uma tendência negativa desde o início de abril, com perdas em três das últimas quatro semanas. As reservas de crude, em Cushing, no Oklahoma - o principal centro de armazenamento e ponto de entrega do contrato do West Texas Intermediate - terão aumentado em mais de mil milhões de barris na última semana, segundo as estimativas da indústria, divulgadas por pessoas com conhecimento dos dados à Bloomberg.
No Médio Oriente, as forças militares israelitas bombardearam o que alegam ser alvos do Hamas na região sul do Rafah, depois de terem ordenado a evacuação daquela cidade por parte da população palestiniana. Israel alega que é neste local que se "escondem" vários membros do Hamas.
Ásia fecha no vermelho e Europa aponta para terreno negativo
A Ásia terminou a sessão em terreno negativo e a Europa aponta também para o vermelho, numa altura em que os investidores avaliam a época de apresentação de resultados trimestrais que está em curso.
Na China, Xangai desvalorizou 0,4% enquanto o Hong Kong perdeu 0,5%. Os investidores aguardam com expectativa os números de várias tecnológicas de peso do país, que serão publicados na próxima semana.
No Japão, o Nikkei caiu 1,5% e o Topix recuou 1,1%. As ações da Nintendo destacaram-se pela negativa, já que tombaram 5,44%, pressionadas pelo "guidance", visto pelo mercado como fraco.
Pela Coreia do Sul, o Kospi recuou 0,31%. O índice MSCI Ásia-Pacífico caiu pela primeira vez em uma semana.
Pela Europa, os futuros sobre o Euro Stoxx 50 cedem 0,2%.