Notícia
Stoxx 600 tem maior queda semanal desde meados de janeiro
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados financeiros durante esta sexta-feira.
Stoxx 600 tem maior queda semanal desde meados de janeiro. L'Oreal ganha 5%
Os principais índices europeus encerraram a sessão desta sexta-feira maioritariamente no vermelho, pressionados por tensões geopolíticas depois de uma suposta retaliação de Israel contra o Irão e preocupações relativamente a taxas de juro em níveis elevados por mais tempo do que era esperado.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, recuou 0,08% para 499,29 pontos. Na semana o "benchmark" perdeu 1,22%, assinalando a maior queda semanal desde meados de janeiro e a terceira semana consecutiva no vermelho. A registar as maiores quedas esteve o setor da tecnologia, que caiu quase 2% e o industrial que desceu 1%.
Entre os principais movimentos de mercado esteve a L'Oreal que subiu mais de 5%, registando o melhor dia desde meados de janeiro, depois de as vendas comparáveis no primeiro trimestre terem ficado acima do esperado pelos analistas, reduzindo receios de um abrandamento do mercado de cosmética.
As atenções dos investidores estiveram no Médio Oriente depois de o exército do Irão ter confirmado que o país foi esta madrugada atingido por drones, um ataque que está a ser entendido como retaliação por parte de Israel, mas a reação de Teerão, que reduziu a importância do incidente e indicou não ter planos para retaliar acalmou os ânimos dos investidores que receavam um escalar regional de tensões.
"A retaliação por parte de Israel foi menos severa do que se temia e, até agora, parece que o Irão entendeu a resposta mais limitada como um sinal de que a retórica deve ser reduzida e que ambas as partes devem recuar", referiu à Reuters Stuart Cole, economista-chefe da Equiti Capital.
"Mas o mercado deverá manter-se cauteloso, uma vez que nada pode ser dado como garantido", concluiu.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax desceu 0,56%, o francês CAC-40 cedeu 0,01% e o espanhol IBEX 35 caiu 0,33%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,62%.
Pela positiva, o italiano FTSEMIB avançou 0,12% e o britânico FTSE 100 somou 0,24%.
Juros da Zona Euro terminam semana com aumentos
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro agravaram-se, à exceção de Espanha, com os investidores a optarem por ativos mais arriscados, à medida que as tensões no Médio Oriente parecem estar mais atenuadas.
Desta forma, a "yield" das bunds alemãs com maturidade a 10 anos, referência para a região, escalou 0,3 pontos base para 2,498%.
Já a rendibilidade da dívida italiana aumentou 0,9 pontos para 3,924%, enquanto os juros da dívida francesa avançaram 0,5 pontos para 3,008%.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, ficaram inalterados em 3,142%, enquanto que os da dívida espanhola foram os únicos a aliviarem: 0,5 pontos pontos para 3,307%.
Petróleo volátil após retaliação de Israel contra Irão
As cotações do "ouro negro" seguem com uma tendência mista nos principais mercados internacionais, numa sessão de grande volatilidade, em que têm estado a oscilar entre subidas e descidas, após o ataque retaliatório de Israel (ainda não confirmado oficialmente por Telavive) contra o Irão nesta madrugada – o que suscita maiores incertezas relativamente às tensões no Médio Oriente.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 0,13% para 82,84 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, desliza 0,03% para 87,08 dólares.
Israel procedeu esta madrugada ao que terá sido um ataque "limitado", com o lançamento de drones contra o Irão, em resposta ao ataque de Teerão.
Ouro a caminho de quinto ganho semanal
Os preços do ouro seguem a valorizar, impulsionados pelo receio de uma nova retaliação do Irão aos alegados ataques israelitas desta madrugada. Com os relatos a alimentarem a procura pelo ativo-refúgio, no início da sessão desta sexta-feira o ouro escalou até aos 2.417,59 dólares por onça, valor que, entretanto, estabilizou.
O metal precioso segue a ganhar 0,42% para os 2,388.98 dólares por onça.
Acumulados ganhos de 1%, o ouro acaba mais uma semana a brilhar. Além da pressão causada pelo adiamento do corte de taxas de juro pela Reserva Federal dos EUA, o "rally" do metal amarelo prossegue, ainda à boleia das compras dos bancos centrais e de compradores chineses.
"A situação de escalada de tensão no Médio Oriente tomou conta dos mercados. Se acalmar, o ouro vai recuar ou vai consolidar os preços, à medida que abranda a compra por ativos-refúgio", explicou David Meger da High Ridge Futures, à Reuters.
Noutros metais preciosos, a platina cede 0,49% para os 935 dólares, enquanto o paládio sobe ligeiramente 0,03% para 1,025.69 dólares.
Franco suíço e iene aliviam após maior procura por divisas refúgio
Os mercados cambiais estão a estabilizar, depois de esta manhã o franco suíço e o iene terem valorizado de forma significativa à boleia de uma procura por ativos-refúgio. Isto depois de o exército do Irão ter confirmado que o país foi esta madrugada atingido por drones, um ataque que está a ser entendido como retaliação por parte de Israel.
No entanto, a reação de Teerão, que reduziu a importância do incidente e indicou não ter planos para retaliar, acalmou os ânimos dos investidores que receavam um escalar regional de tensões.
O euro está assim a valorizar 0,19% para 164,91 ienes. Já relativamente ao franco suíço, a moeda única europeia recua 0,13% para 0,9698 francos.
Já o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda norte-americana face a 10 divisas rivais - que também valorizou durante a manhã desvaloriza 0,21% para 105,924 pontos.
Wall Street sem tendência definida. Netflix perde mais de 8%
Os principais índices em Wall Street abriram mistos esta sexta-feira, com a volatilidade inicial gerada pelo ataque de Israel ao Irão a reduzir-se. Os investidores estão ainda a centrar-se na época de resultados relativos ao primeiro trimestre.
O S&P 500, referência para a região, cede 0,02% para 5.009,97 pontos, o industrial Dow Jones soma 0,36% para 37.911,57 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite recua 0,42% para 15.535,86 pontos.
O exército do Irão confirmou que o país foi esta madrugada atingido por drones, um ataque que está a ser entendido como retaliação por parte de Israel, mas a reação de Teerão, que reduziu a importância do incidente e indicou não ter planos para retaliar acalmou os ânimos dos investidores que receavam um escalar regional de tensões.
Entre os principais movimentos de mercado está a Netflix que anunciou esta quinta-feira que registou entre janeiro e março deste ano o maior crescimento trimestral desde 2020 em matéria de assinaturas pagas e revelou que vai deixar de divulgar estes números a partir de 2025. A previsão de receitas para o primeiro trimestre fiscal abaixo do esperado acabou por penalizar as ações da empresa que desvaloriza 8,25%.
Pela positiva a Paramount Global ganha mais de 8% depois de a Reuters ter noticiado que a Sony Pictures Entertainment e o fundo Apollo Global Management estão em conversações para apresentar uma proposta de compra da empresa.
Euribor desce a três meses e sobe a seis e a 12 meses
A taxa Euribor desceu hoje a três meses e subiu a seis e a 12 meses face a quinta-feira.
Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que recuou para 3,892%, permanece acima da taxa a seis meses (3,846%) e da taxa a 12 meses (3,732%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, subiu hoje para 3,846%, mais 0,003 pontos, após ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a fevereiro apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 36,6% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,7% e 24,6%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também subiu hoje, para 3,732%, mais 0,001 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses baixou, ao ser fixada em 3,892%, menos 0,005 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Na reunião de política monetária de 11 de abril, o BCE manteve as taxas de juro de referência no nível mais alto desde 2001 pela quinta vez consecutiva, depois de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 06 de junho em Frankfurt.
A média da Euribor em março manteve-se em 3,923% a três meses, desceu 0,006 pontos para 3,895% a seis meses (contra 3,901% em fevereiro) e subiu 0,047 pontos para 3,718% a 12 meses (contra 3,671%).
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Fuga ao risco dita arranque vermelho na Europa
O dia arrancou pintado de vermelho nas praças europeias, com o apetite dos investidores pelo risco a ser penalizado pelas tensões geopolíticas no Médio Oriente.
A preocupação acentuou-se após as notícias de que Israel respondeu ao ataque do Irão.
O Stoxx 600, referência para a região, perde 0,59% para 496,73 pontos, estando a negociar no valor intradiário mais baixo desde o início de março. Dos 20 setores que compõem o índice, o industrial e o automóvel são os que mais caem, com quedas de -1,36% e -1,24%, respetivamente.
Além da queda a esta hora, o índice de referência caminha para fechar a terceira semana de perdas, tratando-se da série mais longa desde outubro.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax30 cede 0,84%, o francês CAC-40 cai 0,74%, o espanhol Ibex 35 desliza 1,09%, o italiano FTSE Mib perde 0,78%, o britânico FTSE 100 recua 0,52% e o AEX, em Amesterdão, regista perdas de 0,74%.
O sentimento do mercado está hoje a ser dominado por uma maior cautela, devido à possibilidade de uma escalada de tensão na região do Médio Oriente.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas estão a aliviar na Zona Euro, o que sinaliza uma maior procura dos investidores por obrigações. A descida das "yields" observa-se numa altura em que o mercado avalia as perspetivas para a política monetária, assim como o conflito no Médio Oriente.
A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos cede 0,9 pontos base para 3,133% e a das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, desce 2,9 pontos para 2,466%.
A rendibilidade da dívida soberana italiana cede 1,7 pontos base para 3,898%, a da dívida francesa recua 2,1 pontos para 2,981% e a da dívida espanhola alivia 2,4 pontos para 3,288%.
Fora da Zona Euro, os juros das Gilts britânicas, também com prazo a dez anos, desce 1,9 pontos base para 4,251%.
Euro ganha face ao dólar
O euro negoceia na linha d'água face ao dólar, aproveitando a queda da nota verde num dia em que os investidores estão privilegiar outras divisas que são também vistas como ativo-refúgio.
A moeda da Zona Euro sobe 0,03% para 1,0646 dólares.
O dólar cede ainda 0,15% frente ao iene e 0,48% perante o franco suíço.
A procura por ativos-refúgio acentuou-se após os relatos de que Israel avançou com a primeira resposta ao ataque do Irão, aumentando os receios de um alastramento do conflito no Médio Oriente.
Receios de alastramento do conflito no Médio Oriente alimentam preços do ouro
O ouro está a valorizar, com os receios de um alastramento do conflito no Médio Oriente a alimentarem uma maior procura por ativos-refúgio.
A preocupação quanto a uma escalada das tensões entre Israel e o Irão acentuou-se esta madrugada, após as autoridades norte-americanas terem afirmado que Telavive respondeu ao ataque de Teerão. Uma informação que as forças iranianas não confirmam. Terão sido ouvidas explosões no centro do Irão, mas o incidente está a ser desvalorizado a nível local.
A incerteza reduziu o apetite pelo risco e deu força ao ouro. O metal precioso valoriza 0,39% para 2.388,25 dólares por onça.
O ouro tem, sucessivamente, estabelecido novos máximos este ano, impulsionado também pelas perspetivas de um alívio da política monetária este ano e também pela forte procura por parte dos bancos centrais. A isto somam-se também os riscos da situação geopolítica, não só no Médio Oriente, mas também entre a Rússia e a Ucrânia.
Petróleo ganha com foco no Médio Oriente
Os preços do petróleo estão a subir, impulsionados pelas notícias de que Israel retaliou o ataque do Irão, alimentando os receios de uma disrupção no fornecimento de crude.
A informação sobre a ofensiva israelita foi divulgada pelas autoridades dos Estados Unidos, não tendo sido confirmada pelo Irão. Terão sido ouvidas explosões na província de Isfahan, no centro do país, mas as autoridades iranianas desvalorizaram o incidente, tendo a Agência Internacional de Energia Atómica afirmado, numa partilha na rede social X, que não foram registados danos nas instalações nucleares do país.
Mas os relatos de uma possível escalada das tensões naquela região foram o suficiente para dar força ao petróleo, que numa primeira reação chegou a subir mais de 4%. A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, valoriza 1,38% para 83,87 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência das importações europeias, ganha 1,17% para 88,13 dólares por barril.
Uma possível retaliação de Israel à ofensiva do Irão tem sido um dos principais focos de atenção dos investidores, uma vez que é do Médio Oriente que provém cerca de um terço do fornecimento de crude a nível mundial.
"Dependendo da natureza dos ataques, estamos a aproximar-nos de um cenário em que os riscos ao fornecimento se tornam uma realidade. O mercado deverá começar a incorporar um prémio de risco maior", afirmou Warren Patterson, responsável pela estratégia de "commodities" na ING Groep, em declarações à Bloomberg.
Europa aponta para perdas e Ásia desliza com notícias de resposta de Israel a Irão
As bolsas europeias apontam para um início de sessão em terreno negativo, pressionadas pelas notícias de uma retaliação de Israel ao ataque levado a cabo pelo Irão no passado fim de semana.
Os Estados Unidos afirmaram esta madrugada que Telavive respondeu a Teerão, com um ataque a uma base militar no centro do Irão. A retaliação não foi confirmada oficialmente pelo Irão ou Israel, mas os meios de comunicação iranianos afirmam que as infraestruturas nucleares de Isfahan estão totalmente seguras.
Ainda assim, as notícias penalizaram o apetite dos investidores pelo risco. Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 cedem 1,4%.
Na Ásia, a negociação encerrou no vermelho, com o foco nas tensões no Médio Oriente.
Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, cedeu 1,39% e o Shanghai Composite deslizou 0,34%.
No Japão, o Nikkei caiu 2,42% e o Topix recuou 1,91%. Já na Coreia do Sul, o Kospi perdeu 1,64%.
"A escalada dos riscos geopolíticos foi inesperada", afirmou Charu Chanana, analista na Saxo Capital Markets, em declarações à Bloomberg. "As contas trimestrais das empresas de semicondutores têm uma grande tarefa pela frente para contrabalançar o ambiente de fuga ao risco", acrescentou.