Notícia
Juros da dívida portuguesa em máximo de cinco anos após anúncios do BCE. Europa recua
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.
BCE traz ganhos ao dólar. Euro e ouro recuam
O dólar está a crescer face ao euro e a outras moedas de peso, no dia em que foi confirmada a intenção de subir as taxas de juro em 25 pontos base em julho pela presidente do BCE, Christine Lagarde.
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a nota verde com 10 divisas rivais – ganha 0,42% para 102,9730 pontos.
A "nota verde" segue a valorizar 0,65% face ao euro e 0,22% face à libra, mas cede em relação ao iene (0,10%) e ao franco suíço (0,01%).
Já o euro recua perante a moeda japonesa (0,88%), franco suíço (0,65%) e libra esterlina (0,39%).
Com o dólar a registar ganhos, o ouro assiste a um declínio de 0,18% para 1,849.96 dólares por onça, ao passo que o paládio desvaloriza 0,60% e a platina perde 3,27%.
Na próxima semana será a vez de a Reserva Federal norte-americana se reunir e é esperado um aumento das taxas de juro em 50 pontos base, numa altura em que a inflação no país atinge o valor mais alto em quatro décadas.
Bolsas europeias caem com perspetiva de início de subida de juros pelo BCE
As bolsas europeias encerraram em baixa, depois de BCE ter hoje confirmado a possibilidade de aumentar os juros diretores em julho e setembro. Em julho está prevista uma subida – a primeira em mais de uma década – de 25 pontos base.
Além disso, a autoridade monetária anunciou que as compras líquidas de dívida acabam no dia 1 de julho. Tudo em nome de uma travagem nos estímulos e da tentativa de controlar a escalada da inflação.
O Stoxx 600, que é o índice de referência do Velho Continente, encerrou a ceder 1,36% – naquela que foi a maior queda das últimas três semanas (desde a sessão de 19 de maio) –, para 434,38 pontos.
As bolsas têm estado sob pressão este ano, à medida que os bancos centrais vão endurecendo as suas posições e intensificando os receios de uma recessão.
A guerra na Ucrânia, as crescentes pressões dos custos e as disrupções nas cadeias de fornecimento estão entre os muitos fatores que têm suscitado receios junto dos investidores.
Nenhum dos 20 setores representados no Stoxx 600 fechou em terreno positivo, numa sessão em que 508 ações cederam terreno e apenas 89 terminaram no verde.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cedeu 1,71%, o francês CAC-40 desvalorizou 1,40%, o espanhol IBEX 35 perdeu 1,49%, o italiano FTSEMIB recuou 1,90% e o britânico FTSE 100 depreciou-se em 1,54%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 1,60%.
Petróleo sem direção certa a avaliar BCE
Os preços do "ouro negro" seguem em terreno misto, numa altura em que os investidoeres avaliam as medidas visadas pelos bancos centrais para travarem as economias que fervilham em demasia, tentando assim conter a escalada da inflação.
Hoje, o BCE decidiu manter inalteradas as taxas de juro diretoras, confirmando no entanto a possibilidade de aumentos em julho e setembro. Compras líquidas de dívida acabam no dia 1 de julho.
Em Londres, o contrato de agosto do Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a ganhar 0,15% para 123,76 dólares por barril, depois de já ter estado no vermelho, mas sem oscilações de grande dimensão.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, cede 0,06% para 122,04 dólares por barril.
Wall Street cai com mira nos bancos centrais
As bolsas norte-americanas abriram em baixa, numa altura em que as medidas dos bancos centrais para controlar a inflação estão em foco.
O índice industrial Dow Jones segue a ceder 0,48% para 32.752,76 pontos e o Standard & Poor’s 500 recua 0,46% para 4.096,65 pontos.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite desvaloriza 0,51%, fixando-se nos 12.024,38 pontos.
Os investidores estão mais cautelosos devido aos renovados receios em torno da inflação, cuja subida persistente pode levar a endurecimentos adicionais da política monetária por parte da Fed.
Hoje, o BCE decidiu manter inalteradas as taxas de juro diretoras, confirmando no entanto a possibilidade de aumentos em julho e setembro. Compras líquidas de dívida acabam no dia 1 de julho.
Na próxima semana será a vez de a Fed anunciar a sua decisão de política monetária, esperando-se mais um aumento de 50 pontos base da taxa diretora.
Juros da dívida portuguesa em máximo de cinco anos após anúncios do BCE
As "yields" das dívidas soberanas da Zona Euro estão a agravar-se de forma expressiva após o Banco Central Europeu (BCE) ter anunciado o fim das compras líquidas de dívida a 1 de julho e ter indicado uma subida de 25 pontos base nas taxas diretoras no próximo mês, admitindo que em setembro haverá nova subida, eventualmente de maior dimensão.
As "bunds" alemãs a 10 anos, a referência para o mercado de dívida na Europa, sobem 9,5 pontos base, para 1,47%, máximos desde junho de 2014.
Mas é nos países periféricos que os agravamentos das "yields" são mais expressivos. No caso da dívida portuguesa a 10 anos os juros sobem 13,8 pontos base, para 2,629%, o valor mais elevado desde setembro de 2017.
No país vizinho, as "yields" na mesma maturidade avançam 14,6 pontos, para 2,619%, um nível inédito desde 2014, enquanto em Itália a escalada é de 21,3 pontos, para 3,579%, máximo desde 2018.
Europa pintada de vermelho. Lisboa é a única praça positiva
A Europa abriu pintada de vermelho, numa dia em que os investidores e analistas esperam que o Banco Central Europeu não suba para já as taxas de juro, que se encontram em mínimos históricos, mas que dê sinais de um aumento em julho, complementado pelo fim das compras líquidas no âmbito do programa da compra de ativos.
Nas principais praças europeias o espanhol IBEX desvaloriza 0,80%, o alemão DAX cai 1,08% e o francês CAC 40 desce 0,54%. Londres perde 0,77% e Amesterdão cai 0,48% enquanto Milão subtrai 0,97%.
Lisboa consegiu inverter a tendência e negocia, a esta hora, em terreno positivo, puxada pela maior parte das energéticas, que acompanham o setor europeu do "oil & gas" no verde, soma 0,19%.
Já o Stoxx 600 derrapa 0,99% para 436,02 pontos. Dos 20 setores que compõe o índice, consumo e recursos básicos comandam as perdas.
Este ano as ações europeias estão sob pressão, numa altura em que já 60 bancos centrais em todo o mundo aplicaram políticas monetárias para combater a inflação e em que a guerra na Ucrânia e a crise nas cadeias de abastecimento assolam o bloco.
Para o futuro, os estrategas do Morgan Stanley, citados pela Bloomberg, acreditam que esta pressão é para se manter, já que o custo de capital continua a aumentar significativamente, a par do facto dos investidores estarem cada vez mais focados nos mercados de dívida, devido ao aperto monetário. "Provavelmente este legado vai continuar", defendem.
Juros aliviam na zona euro
Os juros aliviam na zona euro, num dia em que o Banco Central Europeu (BCE) se reúne.
Os juros das Bunds alemãs – "benchmark" para os países da moeda única – aliviam 1,5 pontos base para 1,334%. Desde o passado dia 5 de maio que a yield das obrigações alemãs a dez anos está acima de 1%.
Por sua vez, a yield da dívida italiana com a mesma maturidade subtrai 3,6 pontos base para 3,329%, enquanto os juros das obrigações francesas descem 1,6 pontos base para 1,856%.
Na Península Ibérica, a yield das obrigações portuguesas a dez anos alivia 2,9 pontos base para 2,462%.
Desde o passado dia 29 de abril que os juros da dívida nacional com esta maturidade estão acima de 2%, estando o spread face ao "benchmark" em máximos de 2015.
Já a yield das obrigações espanholas com a mesma maturidade subtrai 2,6 pontos base para 2,446%.
Esta quinta-feira, a autoridade monetária liderada por Christine Lagarde deve confirmar o fim das compras líquidas do programa de compra de ativos (na sigla inglesa APP), passando apenas a reinvestir nos valores dos títulos que vão atingindo o prazo.
Ouro, euro e dólar na linha de água à espera do BCE
O ouro, o euro e o dólar negoceiam na linha de água, em suspense esperando as palavras de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, no final da reunião do Conselho de Política Monetária, a qual decorre esta quinta-feira.
O "rei dos metais" segue na linha de água (-0,07%) para 1.852,11 dólares a onça. Prata e paládio negoceiam no verde enquanto a platina desvaloriza.
A subida dos juros do Banco Central Europeu (BCE) em julho já é tida como certa e um novo aumento em setembro é visto como provável. Mas, antes disso, o Conselho do BCE ainda se reúne esta quinta-feira num encontro que não deverá trazer mudanças na política monetária, mas poderá sinalizar o quão disponível está a presidente, Christine Lagarde, para ceder à pressão dos "falcões".
No mercado cambial, o euro mantém-se também em suspense, a negociar na linha de água (-0,02%) para 1,0714 dólares. Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara o "green cash" com 10 divisas rivais – segue também estável (-0,02%) para 102,52 pontos.
Queda de stocks nos EUA deixa petróleo perto de máximos de três meses
O petróleo está perto de renovar máximos de três meses, depois de a administração norte-americana ter dado conta que os stocks de gasolina nos EUA registaram uma queda pela 10.ª semana consecutiva e de que o número de stocks guardado num importante centro de armazenamento também caiu.
Ainda assim, esta manhã, o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, situa-se na linha de água (-0,07%) para 122,02 dólares por barril. Também o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – está nos -0,02% para 123,55 dólares por barril.
A média de quatro semanas para a procura de combustível para motores nos EUA subiu para 9 milhões de barris por dia, a segunda vez que tal acontece este ano depois do Memorial Day.
Já do lado da oferta, os stocks no Cushing Hub afundaram para mínimos de início de março, enquanto os stocks de gasolina estão no nível sazonal mais baixo em oito anos, segundo os dados da Energy Information Administration.
Europa aponta para o vermelho à espera de Lagarde. Ásia fecha mista
Os futuros sobre o "benchmark" europeu apontam para um arranque de sessão no vermelho, num dia marcado pela reunião do Banco Central Europeu (BCE), que dará sinais sobre uma possível subida das taxas de juro diretoras na zona euro.
O Eurostoxx 50 cede 0,6% a par com o "premarket" norte-americano que negoceia no vermelho.
O Conselho do BCE encontra-se esta quinta-feira com a inflação na agenda. Apesar de uma subida dos juros ser esperada apenas em julho, os investidores estarão atentos aos sinais sobre o futuro. "Tudo aponta para que o BCE seja ‘hawkish’ hoje", comentou Carol Kong, estratega do Commonwealth Bank of Australia. "Se virmos Christine Lagarde a inclinar-se para uma possível subida de 50 pontos base já em julho tal será muito favorável para o par euro dólar", acrescentou.
Pela Ásia, a sessão terminou em terreno misto. Na China, em Hong Kong o Hang Seng caiu 0,8% e Xangai derrapou 1,1%. Na Coreia do Sul o Kospi desvalorizou 0,4% enquanto pelo Japão o Topix subiu 0,1% e o Nikkei valorizou 0,12%.