Notícia
Fim da "driving season" nos EUA pressiona crude. "Yield" das Bunds a 30 anos em máximos de 2014
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira.
Europa termina sessão morna. Mercado aguarda leitura da inflação nos Estados Unidos
As principais praças europeias encerraram a primeira sessão desta segunda-feira sem rumo definido, deixando para trás as perdas da última semana. Os investidores centram-se agora numa leitura da inflação dos Estados Unidos na quinta-feira, que deverá dar mais pistas sobre o caminho a seguir pela Reserva Federal.
Isto depois de a divulgação de dados sobre o mercado laboral ter mostrado alguma resiliência e vários membros da Fed terem indicado como possibilidade uma nova subida dos juros de referência.
O índice de referência para a região, Stoxx 600, avançou 0,09% para 459,68 pontos, com o setor da banca a registar os maiores ganhos, de 0,52%.
Em sentido oposto, o setor mineiro (-1%) foi o que mais perdeu, pressionado pela Glencore e Rio Tinto, depois de o Goldman Sachs ter alertado para a possibilidade de a China reduzir para metade a extração de aço.
A atenção dos investidores está também em dados sobre a produção industrial na Alemanha, a maior economia europeia, que caiu pelo segundo mês em junho e continuou a penalizar a economia alemã que evitou por pouco uma recessão no primeiro trimestre do ano.
"A produção industrial débil na Alemanha indica que a fraqueza da economia da Zona Euro está a aumentar e, por isso, pensamos que o 'outlook' das empresas para a segunda metade do ano permanecerá moderado", disse Joachim Klement, analista da Liberum Capital, à Bloomberg.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cedeu 0,01%, o italiano FTSEMIB recuou 0,14%, o britânico FTSE 100 perdeu 0,13% e o espanhol IBEX 35 deslizou 0,1%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,05%.
Em sentido oposto, o francês CAC-40 avançou 0,06%.
Juros agravam-se na Zona Euro. "Yield" da dívida alemã a 30 anos em máximos de 2014
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro terminaram a sessão a agravar-se num dia em que os juros da dívida alemã a 30 anos subiram nove pontos base para máximos de inícios de 2014.
Os investidores estão a avaliar os últimos sinais de resiliência económica, que indicam que as taxas de juro poderão permanecer elevadas durante um longo período de tempo.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, subiu 4 pontos base para 2,596%, enquanto os juros da dívida pública italiana cresceram 4,7 pontos base para 4,252%.
Os juros da dívida portuguesa com a mesma maturidade agravaram-se 4,8 pontos base para 3,298%, ao passo que os juros da dívida francesa subiram 4,2 pontos base para 3,130% pontos base e os da dívida espanhola avançaram 4,6 pontos base para 3,630%.
Fora da Zona Euro, as rendibilidades da dívida britânica a dez anos agravaram-se 8,2 pontos base para 4,454%.
"Driving season" perto do fim nos EUA. Preços do petróleo corrigem
Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em baixa nos principais mercados internacionais, penalizados pelo facto de a "driving season" nos EUA (época de verão em que há um maior uso dos carros) estar a chegar ao fim.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, cai 1,16% para 81,86 dólares por barril.
Já o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, desvaloriza 1,00% para 85,30 dólares.
As cotações estão assim a negociar no vermelho, depois de um rally de várias semanas, isto porque o mercado receia uma menor procura devido à aproximação do fim da "driving season" nos Estados Unidos.
"A ‘driving season’ de verão está a dissipar-se nos EUA. Se não é preciso tanta gasolina, também não é preciso tanto petróleo", sublinhou à Reuters o diretor dos contratos de futuros sobre energia na Mizuho Securities USA, Robert Yawger.
Dólar valoriza em movimento de correção face a perdas da semana passada
O dólar está a valorizar face às principais divisas rivais, sustentado por dados divulgados na sexta-feira que mostraram um mercado laboral ainda resiliente e que poderá levar a Reserva Federal a continuar a subir os juros diretores.
Desde o final da semana passada que alguns membros do banco central dos EUA têm-se mostrado mais "hawkish", fazendo prever um novo movimento de alta nos juros de referência em setembro.
O dólar avança 0,03% para 0,9089 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da "nota verde" contra um cabaz de moedas – sobe 0,11% para 102,128 pontos.
"Estamos a ver um movimento de correção [do dólar], depois de uma reação exagerada aos dados do emprego divulgados na sexta-feira", explicou Helen Given, analista da Monex USA, à Reuters.
"Apesar dos dados do mercado laboral terem sido abaixo do esperado, não foram negativos o suficiente para justificar as perdas do dólar na sexta-feira e de forma geral a economia permanece forte", concluiu.
Ouro desce a mínimos de um mês
O ouro está a negociar em baixa, penalizado por uma ligeira subida do dólar face às principais divisas rivais e com os investidores a virarem-se para ativos de maior risco, como as ações, numa altura em que as bolsas norte-americanas vão valorizando.
O ouro desce 0,55% para 1.933,18 dólares por onça e está a negociar em mínimos de um mês.
O mercado está também a digerir dados do emprego nos EUA publicados na sexta-feira que mostraram que a economia dos Estados Unidos criou 187 mil postos de trabalho, abaixo dos 200 mil empregos estimados pelos analistas. Já o desemprego manteve-se praticamente inalterado, descendo de 3,6% para 3,5%.
Ainda assim, uma subida dos salários e uma ligeira descida da taxa de desemprego indicam um mercado laboral ainda robusto, lançando a ideia de que a Reserva Federal poderá subir ainda mais as taxas de juro diretoras.
Wall Street começa nova semana no verde. Tesla cai com saída de administrador financeiro
Os principais índices do lado de lá do Atlântico abriram a negociar em terreno positivo, com os investidores focados numa leitura da inflação nos Estados Unidos na quinta-feira. Este indicador, que se irá somar aos dados do emprego divulgados na semana passada, permite melhor compreender o caminho que poderá ser levado a cabo pela Fed na próxima reunião de política monetária.
O índice de referência S&P 500 ganha 0,59% para 4.503,83 pontos, o industrial Dow Jones soma 0,73% para 35.317,65 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite avança 0,33% para 13.957,47 pontos.
Os investidores estão também a avaliar comentários do presidente da Fed de Nova Iorque, John Williams, que terá direito de voto na próxima reunião de política monetária da Reserva Federal, que afirmou que espera que as taxas de juro do banco central possam começar a descer já no início de 2024.
Já a membro do conselho de governadores da Fed, Michelle Bowman, disse no fim de semana que o banco central terá ainda de subir os juros diretores a um nível mais elevado para reduzir a inflação.
Entre os principais movimentos de mercado, a Berkshire Hathaway de Warren Buffet, sobe quase 2%, sinalizando satisfação por parte dos investidores relativamente aos resultados da empresa e reservas de liquidez.
A Tesla, liderada por Elon Musk, desce 1,28%, depois de o administrador financeiro da empresa, Zachary Kirkhorn, se ter demitido. Para o lugar de Kirkhorn irá o diretor de contabilidade, Vaibhav Taneja.
Euribor sobem em todos os prazos
A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses, no prazo mais curto para um novo máximo desde novembro de 2008.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje para 4,055%, mais 0,010 pontos, depois de ter subido até 4,193% em 07 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados referentes a maio de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representava 40,3% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 34,4% e 22,8%, respetivamente.
A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 4,007% em junho para 4,149% em julho, mais 0,142 pontos.
No mesmo sentido, no prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 07 de julho de 2022, subiu hoje, ao ser fixada em 3,949%, mais 0,009 pontos do que na sexta-feira e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,972%, verificado em 21 de julho.
A média da Euribor a seis meses subiu de 3,825% em junho para 3,942% em julho, mais 0,117 pontos.
A Euribor a três meses também avançou hoje, para 3,754%, mais 0,011 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008.
A média da Euribor a três meses subiu de 3,536% em junho para 3,672% em julho, ou seja, um acréscimo de 0,136 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 27 de julho, o BCE voltou a subir os juros, pela nona sessão consecutiva, em 25 pontos base -- tal como em 15 de junho e 04 de maio --, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 14 de setembro.
* Lusa
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa mista com tecnológicas a impulsionarem ligeira subida
As bolsas europeias abriram mistas, impulsionadas por um melhor desempenho no setor da tecnologia. A recuperação mostra uma ligeira melhoria do apetite dos investidores pelo risco.
O Stoxx 600, referência para a região, valoriza 0,08% para 459,65 pontos. Dos 20 setores que compõem o índice, o da tecnologia é o que mais sobe (0,40%), enquanto o dos recursos naturais é o que mais perde (0,66%).
Entre as principais movimentações, a ASML Holding avança 0,45% para 623,90 euros e a Infineon Technologies soma 1,43% para 34,74 euros. Já a Glencore e a Rio Tinto, que atuam no setor dos recursos naturais, cedem 1,49% para 4,57 libras e 0,93%, para 43,48 euros, pressionadas pela queda dos preços do minério de ferro após o Goldman Sachs ter alertado para a possibilidade de a China reduzir a produção de aço no segundo semestre.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax 30 cai 0,01%, o francês CAC-40 cede 0,01%, o espanhol Ibex 35 recua 014%, o britânico FTSE 100 desliza 0,24% e o AEX, em Amesterdão, perde 0,14%. Já o italiano FTSE Mib soma 0,24%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão esta segunda-feira a agravar-se, o que significa uma menor aposta neste ativo, que é visto como mais seguro. Ainda assim, os investidores não estão também a procurar as ações europeias, o que significa a existência de alguma cautela antes de serem conhecidos novos dados económicos na região e a leitura da inflação nos Estados Unidos, na quarta-feira.
Os juros da dívida portuguesa com maturidade a dez anos aumentam 1,8 pontos base para 3,268%, enquanto a "yield" das Bunds alemãs com o mesmo prazo - referência para a região - sobe 1,3 pontos base para 2,569%.
Os juros da dívida pública italiana somam 2,8 pontos base para 4,233%, os juros da dívida francesa crescem 1,5 pontos base para 3,103% e os juros da dívida espanhola agravam-se 1,6 pontos base para 3,600%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida pública britânica aumentam 4,3 pontos base para 4,416%, num dia em que o Reino Unidos divulgado os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre.
Euro perde face ao dólar
O euro desvaloriza face à divisa norte-americana, estando a moeda única europeia a ceder 0,15% para 1,0989 dólares.
O dólar está a beneficiar das mais recentes declarações de Michelle Bowman, governadora da Fed, que, durante o fim de semana, afirmou que o banco central poderá ter de subir mais as taxas de juro de forma a garantir a estabilidade do preço.
As palavras de Bowman, na sequência da divulgação de dados que mostram um arrefecimento do mercado laboral norte-americano, deram força à nota verde, apesar de numa primeira fase os investidores terem visto o abrandamento da criação de emprego como um sinal que poderia levar a Fed a suavizar a política monetária.
No mercado cambial, o iene caminha para a primeira sessão de perda em quatro dias, numa altura em que as atenções se viraram para a dívida japonesa.
A moeda do Japão desce face ao dólar e ao euro. A nota verde soma 0,30% para 142,18 ienes e o euro sobe 0,12% para 156,24 ienes.
Ouro perde com palavras de governadora da Fed
Os preços do ouro estão a cair, pressionados pelas declarações de Michelle Bowman, governadora da Fed, que disse que a Reserva Federal dos Estados Unidos poderá ter de subir mais as taxas de juro para restaurar totalmente a estabilidade dos preços.
As palavras da governadora da Fed penalizaram o metal precioso, que na sexta-feira registou ganhos após terem sido divulgados dados do emprego norte-americano que mostraram um arrefecimento no mercado laboral em julho. Os EUA criaram 187 mil postos de trabalho, abaixo dos 200 mil empregos estimados pelos analistas. Já o desemprego manteve-se praticamente inalterado, descendo de 3,6% para 3,5%.
O ouro a pronto, negociado em Londres, desvaloriza 0,33% para 1.936,42 dólares por onça, enquanto o paládio sobe 0,56% para 1.267,45 dólares, a platina soma 0,06% para 926,55 dólares e a prata cai 0,56% para 23,50 dólares.
Preços do petróleo descem após ataque a petroleiro russo
O petróleo está a desvalorizar ligeiramente, numa altura em que os investidores tentam perceber as consequências de um ataque da Ucrânia a um navio petroleiro russo. Isto porque este poderá colocar em causa os fluxos de mercadoria vindos do Mar Negro.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, cede 0,23% para 82,63 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, perde 0,24% para 86,03 dólares por barril.
O aumento das hostilidades naquela região colocam em risco as exportações das "commodities" russas através do Mar Negro, por onde passa cerca de 15% a 20% do petróleo que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) vende nos mercados globais.
"O ataque naval ucraniano a um petroleiro russo durante o fim de semana trouxe alguma agitação a um mercado que já luta contra uma redução da oferta", afirma Vandana Hari, fundadora da Vanda Insights, a Bloomberg.
No mercado do gás natural, a matéria-prima negociada em Amesterdão, o TTF, sobe 0,2% para 28,905 euros por megawatt-hora.
Europa aponta para o vermelho. Ásia fecha mista com investidores a digerirem emprego nos EUA
As bolsas europeias apontam para um arranque em terreno negativo, com os futuros sobre o Euro Stoxx 50 a caírem 0,3%.
Na Ásia, a negociação fechou mista, com os investidores a digerirem os dados do emprego norte-americano divulgados na sexta-feira à procura de pistas sobre os próximos passos da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos.
Os EUA criaram 187 mil postos de trabalho em julho, abaixo das expectativas do mercado, que apontava para os 200 mil empregos. Já o desemprego manteve-se praticamente inalterado, descendo de 3,6% para 3,5%.
Raphel Bostic, presidente da Fed de Atlanta, e Austan Goolsbee, presidente da Fed de Chicago, deram a entender que o abrandamento da criação de emprego significa que a autoridade monetária poderá em breve adotar uma postura mais suave sobre quanto tempo deverão as taxas de juro permanecer elevadas. Já Michelle Bowman, governadora da Fed, disse que o banco central poderá ter de subir mais as taxas de juro para restaurar totalmente a estabilidade dos preços.
Pela China, Xangai desvalorizou 0,80% e, em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,12%, com as ações das farmacêuticas entre os piores desempenhos. No Japão, o Topix somou 0,41% e o Nikkei avançou 0,19%, impulsionados por resultados trimestrais acima do esperado e pela estabilidade das "yields" domésticas. Já na Coreia do Sul, o Kospi deslizou 0,49%.