Notícia
Europa vive melhor dia desde março. Petróleo escala 4%
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta sexta-feira.
Europa vive melhor dia desde março. Adidas escala 8%
A Europa terminou a sessão desta sexta-feira em terreno positivo, tendo registado o melhor dia desde 29 de março, tendo os mais recentes dados económicos vindos dos EUA reforçado o otimismo dos investidores.
O Stoxx 600 – "benchmark" para o mercado europeu – subiu 1,08% para 465,31 pontos. As ações do índice ampliaram os ganhos, após os dados sobre criação de emprego nos EUA em abril, tendo ficado acima do esperado.
Entre os 20 setores que compõem o índice de referência europeu, banca e energia lideraram os ganhos.
Entre as principais praças europeias, Madrid avançou 1,15%, Frankfurt valorizou 1,44% e Paris cresceu 1,26%.
Londres somou 0,98%, Amesterdão ganhou 1,25% e Milão valorizou 2,54%. Por cá, a praça lisboeta registou o ganho mais tímido entre as principais bolsas do bloco, ao arrecadar 0,37%.
Os investidores estiveram atentos às ações da IAG, as quais somaram 1,97%, após reportar resultados trimestrais que ficaram acima das expectativas e ter revisto em alta o "outlook" para este ano.
Por sua vez, as ações da Adidas escalaram 8,9%, após os resultados trimestrais terem superado as estimativas.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros agravaram-se na Zona Euro, num dia marcado por um maior apetite pelo mercado de risco.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – agravaram-se 10 pontos base para 2,287%.
Os juros da dívida italiana com a mesma maturidade somaram 7,6 pontos base para 4,189%.
Por sua vez, a "yield" das obrigações espanholas com vencimento em 2033 acrescentaram 8,4 pontos base para 3,366%.
Por fim, os juros da dívida portuguesa a dez anos agravaram-se 8,8 pontos base para 3,111%.
Petróleo escala até 4%, mas não evita terceira queda semanal
O petróleo valoriza tanto em Londres como em Nova Iorque, acompanhando a recuperação do mercado acionista.
O West Texas Intermediate (WTI) – referência para os EUA – ganha 4% para 71,30 dólares o barril.
Já o Brent do Mar do Norte – negociado em Londres – sobe 3,74% para 75,21 dólares o barril.
Ainda assim estes ganhos expressivos não estão a evitar a perda semanal do ouro negro na ordem dos 8%, pressionados pelas fracas perspetivas em torno da procura.
O petróleo está assim prestes a registar a terceira perda semanal, a mais longa sequência de perdas deste ano, com os investidores atentos à turbulência no setor bancário e preocupados com a possibilidade de uma recessão.
Euro recua com declarações de Madis Muller no radar
O euro recua 0,10% para 1,1001 dólares, no mesmo dia em que o mercado interpreta as mais recentes declarações de Madis Muller, membro do conselho do BCE e governador do banco central da Estónia.
Muller afirmou - em entrevista à ERR citada pela Bloomberg – que ao definir a sua política monetária, o BCE deve ter em conta os desfasamento entre estas decisões e o seu impacto na economia.
As declarações do membro do conselho do BCE surgem um dia após a autoridade monetária na Zona Euro ter aumentado as taxas de juro diretoras na região em 25 pontos base.
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais – avança muito ligeiramente (0,07%) para 101,472 pontos, com os investidores a digerirem os mais recentes números sobre o mercado de trabalho nos EUA.
A economia dos Estados Unidos criou 253 mil empregos em abril, acima dos 236 mil postos de trabalho gerados em março, revelou esta sexta-feira o Departamento do Trabalho dos EUA. Os analistas ouvidos pela agência Reuters esperavam a criação de 180 mil empregos.
Ouro cede 2% pressionado pelos números do emprego
O ouro cede cerca de 2% depois de os mais recentes dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos terem acalmado a expectativa de um corte da taxa de juro diretora nos EUA em breve.
O metal amarelo recua 2,07% para 2.007,75 dólares a onça. No acumulado da semana, o ouro valoriza 0,91%, o melhor desempenho desde a semana que terminou a 7 de abril.
O ouro subiu cerca de 10% desde o início de março, motivado pela expectativa de um abrandamento do aperto monetário da Reserva Federal (Fed) norte-americana a par do foco na turbulência no setor bancário.
A economia dos Estados Unidos criou 253 mil empregos em abril, acima dos 236 mil postos de trabalho gerados em março, revelou esta sexta-feira o Departamento do Trabalho dos EUA. Os analistas ouvidos pela agência Reuters esperavam a criação de 180 mil empregos.
Wall Street abre no verde à boleia da banca. Apple ganha mais de 4%
Wall Street começou as negociações no verde. O arranque da sessão foi marcado pela subida das ações de vários bancos regionais, que nos últimos dias foram alvo de um "sell-off".
O sentimento está ainda a ser influenciado pela digestão dos mais recentes números sobre o mercado de trabalho, os quais moderam a preocupação em torno da possibilidade de uma recessão.
O industrial Dow Jones ganha 1,13% para 33.500,74 pontos, enquanto o S&P 500 valoriza 1,05% para 4.103,94 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite arrecada 1,07% para 12.094,00 pontos.
As ações do banco PacWest valorizam 53,88%, depois de um "sell-off" de seis dias. Também os títulos do Western Alliance crescem 38,48% e do First Horizon ganham 8,89%, depois de terem derrapado na última sessão.
Os investidores estão ainda atentos aos títulos da Apple, os quais somam 4,32%, depois de esta quinta-feira - já depois do toque do sino em Wall Street - a "big tech" ter reportado receitas que ficaram acima do esperado.
Durante as negociações, os investidores vão estar a digerir os mais recentes dados sobre o emprego nos EUA.
A economia dos Estados Unidos criou 253 mil empregos em abril, acima dos 236 mil postos de trabalho gerados em março, revelou esta sexta-feira o Departamento do Trabalho dos EUA. Os analistas ouvidos pela agência Reuters esperavam a criação de 180 mil empregos.
Euribor caem a três, seis e 12 meses após BCE abrandar ritmo de subida dos juros
A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis e 12 meses, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter abrandado o ritmo da subida das taxas de juro na quinta-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, desceu hoje, ao ser fixada em 3,770%, menos 0,073 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 9 de março.
Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.
Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022.
A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,647% em março para 3,757% em abril, mais 0,110 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, baixou hoje, para 3,575%, menos 0,076 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,651%, verificado em 04 de maio.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
A média da Euribor a seis meses subiu de 3,267% em março para 3,516% em abril, mais 0,249 pontos.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, baixou hoje, para 3,280%, menos 0,001 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,288%, verificado em 14 de abril.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 2,911% em março para 3,179% em abril, ou seja, um acréscimo de 0,268 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 04 de maio, o BCE voltou a subir, pela sétima vez consecutiva, mas em apenas em 25 pontos base, as taxas de juro diretoras, acréscimo inferior ao efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.
Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa abre no verde. IAG sobe quase 4%
Os principais índices europeus estão a valorizar na derradeira sessão da semana, reduzindo assim as perdas semanais e, possivelmente, a maior em sete semanas. Os investidores seguem a avaliar os comentários considerados "hawkish" da presidente do Banco Central Europeu (BCE), bem como a "earnings season".
O índice de referência europeu, Stoxx 600, avança 0,08% para 460,7 pontos, com os setores do petróleo e gás, mineiro e banca com ganhos a rondar os 1%. Ainda assim, o "benchmark" europeu permanece perto de mínimos de um mês.
O grupo IAG - que junta a British Airways, a irlandesa Aer Lingus e as espanholas Iberia e Vueling - pula 3,98%, após ter apresentado lucros operacionais mais elevados que o esperado e ter emitido "guidance" de resultados para o resto do ano acima do esperado.
Já a Adidas ganha 7,39%, depois de os lucros operacionais terem superado as expectativas do mercado.
"Os bancos centrais têm sido a chave para os mercados esta semana, à medida que a subida das taxas de juro provam que a batalha para combater a inflação não está terminada e permanece elevada, o que é negativo para as ações", afirmou Lucas Maruri, analista da Mapfre Asset Management, à Bloomberg.
"Hoje podemos ver um dia positivo antes da divulgação de dados nos Estados Unidos. De uma forma geral permanecemos cautelosos em relação às ações, com um posicionamento mais defensivo", completou.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,27%, o francês CAC-40 valoriza 0,21%, o italiano FTSEMIB ganha 0,64%, o britânico FTSE 100 sobe 0,33% e o espanhol IBEX 35 pula 0,25%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,33%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros da dívida soberana na Zona Euro estão na agravar-se depois de, esta quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) ter retornado a subir as taxas de juro diretoras.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, sobe 4,2 pontos base para 2,229%, enquanto os juros da dívida italiana acrescem 3,4 pontos base para 4,147%.
Os juros da dívida pública portuguesa com a mesma maturidade agravam-se 4,4 pontos base para 3,068%, os juros da dívida francesa somam igualmente 4,4 pontos base para 2,828% e os juros da dívida espanhola acrescem 4 pontos base para 3,322%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica agravam-se 4,8 pontos base para 3,694%.
Euro ganha face ao dólar após decisão do BCE
O euro está a valorizar face ao dólar, com os investidores ainda a avaliarem a subida das taxas de juro por parte do Banco Central Euro esta quinta-feira, que apesar da menor dimensão, a presidente Christine Lagarde sinalizou que poderia ser necessário um novo agravamento dos juros diretores.
O euro sobe 0,13% para 1,1026 dólares, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – recua 0,12% para 101,273 pontos.
"Lagarde foi 'hawkish' na sua conferencia de imprensa, mas penso que os mercados financeiros não 'compraram' a sua visão de mais subidas das taxas de juro nos próximos meses", afirmou Carol Kong, estratega do Commonwealth Bank of Australia, à Reuters.
Ouro perde, mas acelera passo para maior ganho semanal em quase dois meses
O ouro está a negociar em baixa esta sexta-feira, mas a caminho do maior ganho semanal em quase dois meses, com a expectativa de que a Reserva Federal norte-americana pode colocar uma pausa no ciclo de aperto da política monetária, bem como o "stress" na banca norte-americano a aumentarem a atratividade do metal amarelo.
O ouro desce 0,47% para 2.040,58 dólares por onça.
"Dado que a Fed é dependente de dados e não está a considerar cortar nas taxas de juro este ano, os 'traders' vão tentar ativamente procurar dados mais fracos dos Estados Unidos para justificar um potencial corte nos juros diretores", comentou Matt Simspon, analista do City Index, à Reuters.
Os EUA divulgam hoje a taxa de desemprego referente a abril, com os analistas a esperarem um ligeiro aumento de 3,5% em março para 3,6% no mês passado.
Petróleo avança, mas caminha para terceira queda semanal consecutiva. Gás recua ligeiramente
O petróleo está a valorizar, mas ainda assim a caminho do terceiro saldo semanal negativo consecutivo - a mais longa série de quedas este ano, com os receios com uma recessão nos Estados Unidos e o "stress" na banca norte-americana a afastarem os investidores deste ativo.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – sobe 1,09% para 69,31 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – soma 1,13% para 73,32 dólares por barril.
Esta quinta-feira um dos maiores exportadores do mundo e membro da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados), a Arábia Saudita, anunciou que ia baixar os preços de venda de crude para a Ásia, numa altura em que tanto a China, como a Índia estão a comprar petróleo mais barato proveniente da Rússia.
"Apesar do sentimento estar negativo atualmente, o mercado está em território 'oversold' e o nosso balanço mostra que o mercado vai continuar em défice na segunda metade do ano, o que deve levar a preços mais altos", disse Warren Patterson, estratega de "commodities" do ING, à Bloomberg.
No mercado do gás natural, a matéria-prima negociada em Amesterdão, o TTF, recua 0,19% para 35,585 euros por megawatt-hora.
Europa aponta para ganhos. Ásia no verde
Os principais índices europeus estão a apontar para terreno positivo, depois de desta quarta-feira terem sido penalizados pela política monetária mais "hawkish" do Banco central Europeu que, apesar de ter subido as taxas de juro em apenas 25 pontos base, sinalizou que poderão necessárias novas subidas.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,4%, com o foco dos investidores a retornar agora à época de resultados que se vai desenrolando, sendo que ontem foi a vez da Apple demonstrar contas após o fecho da sessão.
Na Ásia, os índices da região negociaram em terreno positivo pelo segundo dia consecutivo, com os "traders" a capitalizarem na fraqueza do dólar e com as preocupações sobre a banca norte-americana a impedirem maiores ganhos.
As praças da região estão ainda a beneficiar da possibilidade de a Reserva Federal norte-americana poder vir a ter o ciclo de aperto da política monetária no seu encontro de junho, um cenário que foi também sinalizado pelo presidente Jerome Powell.
Na China, a negociação foi negativa, depois de novos dados económicos terem mostrado que a velocidade da expansão nos serviços reduziu em abril, somando-se a preocupações de que a recuperação da China possa não ser igual em todos os setores.
"Os investidores vão estar mais dependentes de dados daqui para a frente e também estão a pensar se devem investir diretamente em ações chinesas ou outras classes de ativos", afirmou o analista James Wang do UBS Investment Bank, à Bloomberg.
Na China, Xangai perdeu 0,7% e em Hong Kong, o Hang Seng ganhou 0,5%. Na Coreia do Sul e no Japão as bolsas estiveram encerradas devido a um feriado.