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Ao minuto20.12.2022

Europa cai pressionada por Banco de Japão. Juros da divida portuguesa em máximos de outubro

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.

Em todos os meses de 2022 houve decréscimos no valor sob gestão dos fundos em Portugal, estando no valor mais baixo desde junho de 2021.
Carlos Jasso/Reuters
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20.12.2022

Europa volta ao vermelho, com pressão do oriente

As ações europeias estiveram esta terça-feira a negociar mistas, com os mercados ainda em surpresa com a decisão do Banco do Japão, que não subiu as taxas de juro, mas duplicou os limites da "yield" da dívida a dez anos, de 0,25% para 0,5% - um passo para a normalização da política monetária.

O índice de referência da Europa ocidental, o Stoxx 600, recuou 0,4% para 424,18 pontos, depois de ter estado a cair mais de 1%. Entre os setores mais penalizados esteve o imobiliário que perdeu mais de 2%, bem como o setor automóvel, a tecnologia e os serviços financeiros que cederam mais de 1%.

A valorizar esteve o setor da banca, que subiu mais de 1%, bem como o setor do petróleo e gás e o setor mineiro.

"A questão é que os bancos centrais permanecem muito, muito 'hawkish' e certamente as decisões que estão a tomar estão a causar surpresa nos investidores", aponta o analista Mehvish Ayub, da State Street Global Advisors, à Bloomberg.

"É um ambiente incerto, com muita volatilidade para navegar e as ações permanecem pressionadas", completa.

Nas praças europeias, o AEX, em Amesterdão, perdeu 0,49%, o alemão DAX recuou 0,42%, o francês CAC-40 cedeu 0,35%. Do lado dos ganhos, o espanhol IBEX 35 subiu 0,59%, o italiano FTSE MIB somou 0,15% e o britânico FTSE 100 avançou 0,13%.

20.12.2022

"Yield" da divida portuguesa em máximos de outubro

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro seguem a agravar-se, seguindo a tendência da semana passada. Esta terça-feira, o presidente do banco central da Estónia, Madis Muller, reiterou que as taxas de juro vão continuar a subir, "o que significa que não deve ser reduzida a velocidade dos aumentos das taxas de juro".

A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos - referência para a região - agravou-se 9,7 pontos base para 2,293%, enquanto os juros da dívida pública italiana somaram igualmente 9,7 pontos base para 4,455%.

Os juros da dívida francesa aumentaram 11,5 pontos base para 2,828%, enquanto os juros da dívida espanhola cresceram 11,2 pontos base para 3,39%. Já os juros da dívida portuguesa avançaram 12,3 pontos base para 3,33%, para máximos desde outubro.

Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aumentaram 9,2 pontos base para 3,58%.

20.12.2022

Retoma parcial de oleoduto atira petróleo ao chão

Os preços do petróleo estavam a subir nos principais mercados internacionais, muito à conta da fraqueza do dólar (moeda em que a matéria-prima é denominada), mas já inverteram para terreno positivo. Isto devido à retoma parcial de um importante oleoduto entre o Canadá e os EUA.

 

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a ceder 0,23% para 72,02 dólares.

 

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, recua 0,71% para 79,23 dólares por barril.

 

A pressionar o "ouro negro" está o anúncio da retoma parcial do funcionamento do oleoduto Keystone, que tem capacidade para escoar mais de 600.000 barris por dia do Canadá para os EUA e que cujo fluxo estava temporariamente interrompido devido a uma fuga.

20.12.2022

Iene sobe e empurra dólar para mínimos de agosto

O iene está a ser a estrela do dia e a valorizar significativamente face ao euro e dólar. A sustentar a alta da moeda japonesa está uma decisão do Banco do Japão, a caminho da normalização da política monetária, de aumentar os limites da "yield" da dívida a dez anos.

O dólar perde 3,73% para 131,875 ienes, estando em mínimos de agosto. Já o euro desvaloriza 3,42% para 140,3978 ienes.

Em relação à moeda britânica, a divisa japonesa sobe 3,9% para 0.0062 libras, colocando a libra a caminho da maior queda diária desde junho de 2016.

20.12.2022

Ouro soma e segue impulsionado por decisão do Banco do Japão

O ouro segue a valorizar, numa altura em que os mercados reagem à decisão do Banco do Japão em alargar os limites da "yield" da dívida a dez anos, de 0,25% para 0,5%.

A decisão da autoridade monetária japonesa surpreendeu os investidores, que a viram como mais um sinal de que a política monetária mais "hawkish", ou seja, mais dura, está para continuar.


O metal amarelo segue a valorizar 1,47% para os 1.813,91 dólares por onça, ao passo que a platina soma 2,70% para os 1.010,90 dólares e o paládio cresce 0,89% para 1.689,83 dólares. Já a prata avança 4,49% para 24,02 dólares.


20.12.2022

Wall Street abre no vermelho pressionada pelo Banco de Japão

Wall Street está a negociar em terreno negativo, pelo quarto dia consecutivo, numa altura em que os investidores continuam a avaliar o impacto da política monetária na economia norte-americana.

O industrial Dow Jones avança uns ligeiros 0,03% para 32.767,09 pontos, enquanto o S&P 500 desvaloriza 0,26% para 3.807,61 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,55% para 10.487,84 pontos.

Ainda a pressionar os índices norte-americanos está uma decisão do Banco de Japão, que não subiu as taxas de juro, mas optou por duplicar os limites da "yield" da dívida a dez anos, de 0,25% para 0,5%.

"Este é o primeiro passo para a normalização da política monetária. De facto, estima-se que após a substituição do atual Governador do BoJ, Haruhiko Kuroda, nas duas reuniões seguintes, o banco central poderia optar por aumentar a taxa principal para +0,00% e até modificar a meta de inflação, que se encontra em 2,0%", explicam os analistas da equipa de "research" do Bankinter.

20.12.2022

Europa abre pintada de vermelho

As bolsas europeias abriram no vermelho, num dia em que os mercados financeiros foram surpreendidos com a decisão do Banco do Japão de alargar o intervalo de negociação dos rendimentos dos títulos a dez anos em 50 pontos base.

O Stoxx 600, referência para a região, perde 0,40% para 424,17 pontos. Dos 20 setores que compõem o índice, o automóvel e imobiliário são os que mais recuam, 2,69% e 1,32%, respetivamente.

Nas praças europeias, o alemão Dax desvaloriza 0,37%, o francês CAC-40 recua 0,64%, o espanhol Ibex cede 0,02% e o Aex, em Amesterdão, desliza 0,35%. Já o britânico FTSE 100 perde 0,24% e o italiano FTSE Mib recua 0,62%.

A política monetária mais agressiva, aliada à guerra na Ucrânia e a uma elevada inflação são alguns dos principais desafios que o mercado acionista tem enfrentado ao longo deste ano, estando o Stoxx 600 a caminho de registar a maior queda anual desde 2018.

"A questão é que os bancos centrais continuam com um tom muito, muito 'hawkish' e as decisões que estão a tomar têm surpreendido os investidores", disse Mehvish Ayub, da State Street Global Advisors, em declarações à Bloomberg.

20.12.2022

Juros agravam-se na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro seguem a agravar-se, seguindo a tendência da semana passada, após um novo aumento das taxas de juro por parte do Banco Central Europeu.

A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos - referência para a região - agrava-se 5,6 pontos base para 2,252%, enquanto os juros da dívida pública italiana somam 5,5 pontos base para 4,413%. 

Os juros da dívida francesa aumentam 7,5 pontos base para 2,789%, enquanto os juros da dívida espanhola crescem 7,4 pontos base para 3,351%. Já os juros da dívida portuguesa avançam 7 pontos base para 3,277%. 

Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aumentam 8,5 pontos base para 3,574%.

20.12.2022

Ouro avança e dólar cede após decisão do Banco do Japão

O ouro segue a valorizar, beneficiando de um dólar mais fraco após a decisão do Banco do Japão de alargar o intervalo de negociação dos rendimentos dos títulos a dez anos.

O metal amarelo soma 0,94% para os 1.804,47 dólares por onça, ao passo que a platina sobe 1,42% para 998,34 dólares e o paládio avança 1,82% para 1.705,50 dólares. Já a prata cresce 2,87% para 23,65 dólares.

No mercado cambial, o euro segue a valorizar face ao dólar. A moeda única soma 0,21% para 1,0620 dólares. 

Já o índice do dólar da Bloomberg - que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais - cede 0,71% para os 104.788 pontos. O iene viu força renovada na decisão da autoridade monetária do Japão, tendo valorizado face a todas as dez moedas rivais.

Ao alargar o intervalo de negociação, o Banco do Japão visa, segundo um documento citado pela Bloomberg, melhorar o funcionamento do mercado e "estimular a formação de uma curva de rendimentos mais ágil, mantendo condições financeiras adaptáveis".

20.12.2022

Petróleo e gás natural seguem a perder

Há vários fatores prontos a entrar em ação que poderão manter as cotações do “ouro negro” em alta.

O petróleo segue a desvalorizar ligeiramente, mantendo-se a negociar na linha dos 70 dólares por barril. Isto numa altura em que os investidores equacionam um possível pico na procura devido ao fim das restrições para combater a covid-19 na China, ao mesmo tempo que digerem as preocupações quanto a um abrandamento da economia a nível global. 

O West Texas Intermediate (WTI) - negociado em Nova Iorque - perde 0,47% para 74,84 dólares enquanto o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – perde 0,91% para 79,07 euros.


Já no mercado do gás natural, os preços seguem a cair, pressionados pelo aumento de temperatura em algumas regiões, o que levou a uma redução da procura. Os contratos do gás a um mês negociados em Amesterdão, o TTF, descem 6,4% para os 101,560 euros por megawatt-hora.

20.12.2022

Europa aponta para o vermelho. Ásia fecha com perdas

A Europa aponta para um arranque de sessão em terreno negativo, com os futuros do Euro Stoxx 50 a cederem 0,9%.

Na Ásia, a sessão fechou no vemelho, um dia após os investidores terem recuperado o otimismo perante o compromisso da China de impulsionar a economia do país em 2023. A pressionar os índices asiáticos esta terça-feira está a decisão do Banco do Japão que, apesar de ter mantido as taxas de juro de referência inalteradas, alargou o intervalo de negociação dos rendimentos dos títulos a dez anos.

Pela China, Xangai deslizou 1,07% e em Hong Kong o Hang Seng caiu 1,68%. No Japão, o Topix perdeu 1,54% enquanto o "benchmark" do país, Nikkei, caiu 2,46%.Pela Coreia do Sul, o Kospi derrapou 0,80%.


A decisão da autoridade monetária do Japão junta-se ao tom "hawkish", ou seja, mais duro, de outros bancos centrais. Tanto a Reserva Federal norte-americana como o Banco Central Europeu anunciaram na passada semana uma nova subida das taxas de juro e sinalizaram que este aumento não ficará por aqui.

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