Notícia
Europa em alta com empurrão de governador do Banco de Espanha
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados financeiros durante esta quarta-feira.
Europa em alta com empurrão de governador do Banco de Espanha
Os principais índices europeus encerraram a sessão desta quarta-feira em alta, com os investidores a avaliarem os números da inflação na Zona Euro e com os comentários do governador do Banco de Espanha, Pabo Hernandez de Cos, que afirmou que o cenário base do Banco Central Europeu é de um corte de juros em junho, a ajudarem ao otimismo.
Ao mesmo tempo, a subida dos preços na região da moeda única abrandou para 2,4% em março, segundo dados do Eurostat. Já a taxa de inflação subjacente (que exclui componentes mais voláteis como a energia e alimentos) recuou de 3,1% em fevereiro para 2,9% em março.
O índice de referência europeu somou 0,33% para 510,33 pontos. A registar os maiores ganhos esteve o setor da banca, que pulou mais de 1,3%.
Entre os principais movimentos de mercado, a britânica Renishaw perdeu mais de 8%, depois de a Siemens ter revelado que não pretende fazer uma oferta pela empresa, respondendo a "recente especulação por parte da imprensa".
Já o italiano FinecoBank subiu quase 6% depois de o JPMorgan ter atualizado a recomendação para as ações do banco, para "overweight".
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,46%, o francês CAC-40 valorizou 0,29%, o italiano FTSEMIB ganhou 0,45%, o britânico FTSE 100 avançou 0,03% e o espanhol IBEX 35 somou 0,52%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,3%.
Descida da inflação leva a alívio de juros na Zona Euro. Itália de fora
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro aliviaram esta quarta-feira - à exceção de Itália -, o que sinaliza uma maior procura dos investidores por obrigações, numa altura em que a inflação na região desacelerou mais do que o esperado em março: caiu dos 2,6% para os 2,4%, segundo estimativas rápidas do Eurostat.
A queda generalizada do índice de preços ao consumidor dá mais argumentos ao Banco Central Europeu (BCE) para que comece em breve o ciclo de redução das taxas de juro, com Pablo Hernandez de Cos, membro do Conselho do BCE, a apontar o primeiro corte para junho. Também o ministro das finanças francês, Bruno Le Maire, afirmou que uma descida iria reavivar a economia estagnada do país.
Em direção oposta seguem Portugal, Espanha e Itália, que registaram uma nova subida nos preços em março.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, desceram 0,5 pontos base, para 3,074%, enquanto no país vizinho aliviaram 0,6 pontos para 3,251%.
Os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, cederam uns ligeiros 0,3 pontos base, para 2,393% e a rendibilidade da dívida francesa diminuiu 1,4 pontos base, para os 2,903%.
Em sentido contrário, a rendibilidade da dívida italiana agravou-se em 1,2 pontos base, até aos 3,847%.
Fora da Zona Euro, os juros das gilts britânicas, também a dez anos, caíram 3 pontos base para 4,051%.
Dólar pressionado por dados dos serviços nos EUA. Investidores aguardam discurso de Powell
O dólar está a desvalorizar e a descer de máximos de quatro semanas registados esta quarta-feira, depois de ter sido divulgado um indicador sobre o setor dos serviços que desceu para mínimos de março de 2020 e que indica que a inflação poderá estar em rota descedente.
O dólar recua 0,41% para 0,9247 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda norte-americana face a 10 divisas rivais - perde 0,24% para 104,568 dólares.
Os investidores estão também a abster-se de firmar posições antes do discurso de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal, esta quarta-feira.
Ouro faz pausa no “rally” antes das palavras de Powell
Os preços do ouro caíram, após atingirem os 2.288 dólares por onça - um novo recorde impulsionado pelas tensões no Médio Oriente e pela esperança de redução das taxas de juro pela Reserva Federal (Fed) dos EUA, que deram força ao papel do metal precioso como ativo-refúgio.
O ouro desvaloriza 0,18% para 2,276.64 dólares por onça.
Os analistas consultados pela Reuters atribuíram a ligeira retração à subida dos rendimentos norte-americanos. Desde o início do ano o ouro já valorizou 10%, uma escalada sustentada em grande parte pelas compras dos bancos centrais que, segundo novos dados do Conselho Mundial do Ouro, em fevereiro adquiriram 19 toneladas de ouro líquido, assinalando o nono mês consecutivo de crescimento.
"Continuamos bastante cautelosos em relação ao ouro e acreditamos que há mais desvantagens do que vantagens dos preços com os atuais níveis", disse Carsten Menke, analista da Julius Baer, à Reuters.
Os decisores de política monetária da Fed acreditam que será "razoável" fazer três cortes nas taxas ao longo do ano, apesar dos recentes dados económicos dos EUA terem levantado dúvidas sobre o "timing" da primeira descida. Os "traders" esperam obter pistas sobre esta matéria com as declarações do presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, marcadas para o final do dia.
Em sentido contrário seguem outros metais preciosos: a prata está a valorizar 2,29% para os 26,74 dólares por onça, enquanto a platina cresce 1,02% e o paládio 0,99%.
Números do emprego nos EUA pressionam Wall Street
Os principais índices do lado do Atlântico abriram em terreno negativo, embora com perdas ligeiras, dando continuidade as sessões negativas que têm marcado o o regresso da pausa pascal.
O S&P 500, referência para a região, desliza 0,03% para 5.204,35 pontos, o tecnológico Nasdaq Composite recua 0,26% para 16.197,48 pontos e o industrial Dow Jones cede 0,07% para 39.143,12 pontos.
As bolsas estão a ser penalizadas pelos dados relativos a março sobre os pagamentos salariais por empresas privadas, divulgados esta quarta-feira, os quais mostram um aumento superior ao esperado para 184 mil empregos. As estimativas dos analistas apontavam para 148 mil empregos.
Estes dados reforçam a narrativa de que os sólidos dados económicos e um "rally" nos preços das "commodities" podem vir a afastar a Reserva Federal de proceder ao primeiro corte dos juros diretores em junho, como previam os investidores.
Segundo a Reuters, os "traders" estimam em 57% a possibilidade de a Fed cortar juros em 25 pontos base em junho. Esta probabilidade compara com 64% na semana passada.
O mercado está também a avaliar comentários de dois membros da Fed, Loretta Mester, presidente da Fed de Cleveland, e Mary Daly, responsável da Fed de São Francisco, que afirmaram ontem que será "razoável" cortar juros três vezes este ano, mesmo com os mais recentes dados económicos a gerarem dúvidas junto dos investidores.
Entre os principais movimentos de mercado, a Intel perde 6,8%, após a empresa ter revelado perdas operacionais de sete mil milhões de dólares, um valor superior aos 5,2 mil milhões registados no ano anterior.
A Paramount Global, por sua vez, ganha 1,33% depois de uma notícia ter revelado que a companhia está em conversações com o fundador da Skydance Media, David Ellison, relativamente a um potencial acordo.
Já a Tesla que perdeu quase 5% ontem, depois de ter revelado que as entregas no primeiro trimestre do ano caíram 8,5%, a primeira queda homóloga desde o segundo trimestre de 2020, segue a desvalorizar 0,75% para 165,39 dólares.
Taxas Euribor voltam a descer a três, a seis e a 12 meses
A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses face a terça-feira, caindo, nos dois prazos mais curtos, para mínimos de setembro e junho.
Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que recuou para 3,857%, permaneceu acima da taxa a seis meses (3,822%) e da taxa a 12 meses (3,648%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, baixou hoje para 3,822%, menos 0,020 pontos do que na terça-feira, após ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um novo máximo desde novembro de 2008. Este é o valor mais baixo desde 16 de junho do ano passado.
Segundo dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a janeiro, a Euribor a seis meses representava 36,4% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 35,7% e 24,4%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também caiu hoje, para 3,648%, menos 0,016 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro e para um mínimo de 16 de fevereiro.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses recuou, ao ser fixada em 3,857%, menos 0,026 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008. Este é um mínimo desde 14 de setembro de 2023.
Em relação à média da Euribor em março, a mesma manteve-se em 3,923% a três meses, desceu 0,006 pontos para 3,895% a seis meses (contra 3,901% em fevereiro) e subiu 0,047 pontos para 3,718% a 12 meses (contra 3,671%).
Na última reunião de política monetária, em 7 de março, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela quarta reunião consecutiva, depois de 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 11 de abril em Frankfurt.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa mista com foco na inflação e em discurso de Powell
As bolsas europeias estão a negociar mistas, numa altura em que os investidores reavaliam o "timing" em que os bancos centrais vão começar a descer os juros.
O Stoxx 600, referência para a região, cede 0,15% para 507,81 pontos, antes de ser conhecida a estimativa rápida para a inflação na Zona Euro em março. O setor do imobiliário é o que mais desliza (-0,98%), enquanto o das "utilities" (água, luz e gás) é o que mais sobe (0,52%).
Nas principais praças europeias, o espanhol Ibex 35 cede 0,04%, o britânico FTSE 100 recua 0,57%, o italiano FTSE Mib perde 0,07% e o AEX, em Amesterdão, desliza 0,15%. Já o alemão Dax30 valoriza 0,12% e o francês CAC-40 sobe 0,06%.
O "timing" e a dimensão do cortes dos juros por parte dos bancos centrais é um dos principais focos dos investidores. Os dados da inflação na Zona Euro e o discurso de Jerome Powell, presidente da Fed, em Stanford, na Califórnia, serão dois momentos que marcam o dia de hoje, com o mercado a tentar reunir pista sobre o curso da política monetária nas duas economias.
"Esperamos que a cautela face ao ambiente de risco persista até sexta-feira, numa altura em que o lema 'boas notícias são más notícias' continua a dominar", afirmou Jun Rong Yeap, analista na IG Asia, em declarações à Bloomberg. Sexta-feira será divulgado o número de empregos criados nos Estados Unidos, um indicador que é sempre analisado com muita atenção, uma vez que um mercado laboral robusto alivia a pressão sobre a Fed para descer os juros.
"Os dados vão desempenhar um papel central na evolução das perspetivas dos mercados para os juros", acrescentou Rong Yeap.
Juros agravam-se na Zona Euro antes de dados da inflação
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se, o que sinaliza uma menor procura dos investidores por obrigações. Isto numa altura em que é esperada a estimativa rápida da inflação em março na região.
Os analistas estima que o aumento dos preços tenha recuado para 2,5% no mês em causa, o que, a confirmar-se, é favorável à ideia de que o Banco Central Europeu (BCE) está a conseguir combater a inflação e poderá, em breve, começar a descer os juros.
A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos sobe 1,1 pontos base para 3,089% e a das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, agrava-se 0,5 pontos para 2,401%.
A rendibilidade da dívida soberana italiana aumenta 2,7 pontos base para 3,862%, a da dívida francesa sobe 1,2 pontos para 2,929% e a da dívida espanhola sobe 1,3 pontos para 3,27%.
Fora da Zona Euro, a "yield" da dívida britânica, também a dez anos, agrava-se 1,2 pontos base para 4,094%.
Euro inalterado frente ao dólar antes de inflação na Zona Euro
O euro negoceia na linha d'água frente à divisa norte-americana, numa altura em que os investidores aguardam por novos dados da inflação e do desemprego na Zona Euro.
O Eurostat divulga hoje a estimativa rápida do índice de preços no consumidor em março. Os analistas esperam uma queda para 2,5%, abaixo dos 2,6% registados em fevereiro.
O euro negoceia, assim, inalterado, estando a valer 1,0770 dólares.
O dólar está a valorizar frente às principais divisas rivais desde ontem, após uma série de dados económicos robustos nos Estados Unidos terem levantado dúvidas sobre se a Fed poderá manter a política monetária inalterada durante mais tempo. As atenções estão, por isso, nas declarações de hoje de Jerome Powell, presidente do banco central norte-americano, sobre a maior economia mundial, na Califórnia.
A nota verde ganha 0,1% face ao iene, 0,08% perante a libra e 0,01% face ao franco suíço.
Ouro desce com dólar mais forte
Os preços do ouro estão a descer, corrigindo dos ganhos da última sessão, que levou o metal precioso a estabelecer novos máximos históricos.
O metal precioso cede 0,37% para 2.272,21 dólares por onça.
Além da ligeira correção, o metal amarelo está também hoje a ser penalizado pelo dólar, que ganha força antes das declarações de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
O número um do banco central dos EUA discursa hoje em Stanford, na Califórnia, sendo esperado que as suas palavras permitam perceber se a Fed mantém a intenção de descer os juros três vezes este ano.
Esta terça-feira, Mary Daly, presidente da Fed de São Francisco, e Loretta Mester, responsável pela instituição em Cleveland, sinalizaram que são prováveis as três descidas dos juros ao longo deste ano, mas salientaram que não há pressa.
O curso da política monetária terá influência na negociação do ouro, que, por não remunerar rendimentos, tende a ser prejudicado por taxas de juro muito elevadas.
Noutros metais, o paládio está inalterados nos 1.006,47 dólares e a platina perde 0,53% para 920,04 dólares.
Petróleo corrige ligeiramente e negoceia misto
Os preços do petróleo estão a negociar de forma mista, com o crude negociado em Nova Iorque a corrigir ligeiramente dos ganhos registados ontem.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, cede 0,05% para 85,11 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, sobe 0,07% para 88,98 dólares por barril.
O "ouro negro" tem beneficiado de perspetivas mais animadoras para a procura por parte da China e dos ataques a infraestruturas de energia entre a Rússia e a Ucrânia, que aumentam o risco de uma disrupção na Europa.
Além disso, a associação comercial American Petroleum Institute (API) reportou ontem que as reservas norte-americanas de crude desceram em mais de 2 milhões de barris na semana passada. A associação indicou ainda que é esperada uma queda das reservas de gasolina e produtos destilados.
O prolongamento dos cortes de produção por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) também tem fornecido apoio aos preços do petróleo. O grupo reúne-se esta quarta-feira, sendo esperado que reitere a posição quando ao fornecimento de crude.
Europa aponta para arranque na linha d'água. Ásia no vermelho após terramoto em Taiwan
As bolsas europeias apontam para um arranque da negociação praticamente inalterado, com os futuros sobre o Euro Stoxx 50 na linha d'água.
O início de sessão morno verifica-se no dia em que serão conhecidos novos dados económicos na Zona Euro. O Eurostat divulga hoje a estimativa rápida para a inflação em março e os números do desemprego.
Estes são dados serão analisados com atenção pelos investidores, uma vez que a evolução do aumento dos preços e a situação no mercado laboral são dois dos pontos que o Banco Central Europeu (BCE) tem em conta no momento de decidir o curso da política monetária.
Na Ásia, a sessão encerrou no vermelho, acompanhando a tendência em Wall Street no dia de ontem. O mercado está a avaliar qual a hipótese de os dados económicos robustos aliados a preços das "commodities" mais elevados levarem a Reserva Federal (Fed) a manter os juros nos níveis atuais durante mais tempo.
Além disso, a negociação foi também penalizada por um terramoto em Taipei, Taiwan. A região foi atingida por um sismo de magnitude 7.4 na escala de Richter, o mais forte naquela área em 25 anos. Foram sentidos impactos na China e no Japão, que já emitiu um alerta de tsunami.
Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, cedeu 1,15%, enquanto o Shanghai Composite caiu 0,2%. No Japão, o Nikkei perdeu 0,97% e o Topix deslizou 0,29%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi desvalorizou 1,56%.
Um dos focos de atenção dos investidores hoje será o discurso do presidente da Fed, Jerome Powell, em Stanford, na Califórnia. A expectativa é que as suas palavras permitam obter pistas sobre o racional do banco central quanto à evolução dos juros.