Notícia
Stoxx 600 atinge novos máximos históricos. Petróleo sobe com bons ventos da OPEP
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados financeiros durante esta terça-feira.
Stoxx 600 atinge novos máximos históricos em dia de ganhos na Europa
As bolsas europeias encerraram no verde, com os investidores a demonstrarem apetite pelo risco apesar de um aumento acima do esperado da inflação norte-americana em fevereiro.
O Stoxx 600, referência para a região, valorizou 1% para 506,52 pontos, o que constituiu um recorde de fecho. Durante a sessão fixou um novo máximo histórico nos 506,91 pontos.
Dos 20 setores que compõem o índice, os do automóvel e da banca foram os que mais ganharam (2,25% e 1,98%, respetivamente), enquanto os das utilities (água, luz e gás) e do imobiliário foram os que mais perderam (ambos com uma queda de -1,32%).
Entre as principais movimentações, a Porsche valorizou 11,47% para 89,8 euros, no dia em que comunicou que os lucros subiram 4% para os 5.157 milhões de euros em 2023.
Já a Leonardo SpA ganhou 0,81% para 20,01 euros, com as ações a negociarem no valor mais alto desde 2007 após a empresa ter duplicado o valor do dividendo e ter apresentado um novo plano estratégico.
Os investidores conheceram hoje os dados da inflação em fevereiro na maior economia mundial. O aumento dos preços no consumidor subiu 3,2% face ao mesmo período do ano anterior, valor que supera os 3,1% esperados pelos economistas ouvidos pela Bloomberg. Contudo, esta subida não foi suficiente para travar o apetite pelo risco, uma vez que, apesar de confirmar que a inflação continua persistente, não alterou as perspetivas sobre o "timing" para o primeiro corte dos juros, que é esperado em junho.
É, aliás, também nesse mês que o mercado estima a primeira descida dos juros por parte do Banco Central Europeu (BCE), que na semana passada voltou a manter os juros inalterados.
Juros agravam-se na Zona Euro. Só Itália vê alívio
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro agravaram-se esta terça-feira, o que sinaliza uma menor aposta em obrigações. Apesar de a inflação nos Estados Unidos em fevereiro se ter mostrado mais elevada do que o esperado, os investidores mantiveram o apetite pelo risco, tendo privilegiado ativos como as ações.
Isto porque, apesar de ter acelerado em fevereiro, os números da inflação não alteraram as expectativas quanto ao "timing" do início do corte dos juros por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana, que se espera que seja em junho.
A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos aumentou 0,6 pontos base para 2,953% e a das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, agravou-se 2,7 pontos para 2,327%.
Já a rendibilidade da dívida espanhola subiu 1,1 pontos base para 3,135% e a da dívida francesa aumentou 1,6 pontos para 2,774%. Só a "yield" da dívida pública italiana a dez anos aliviou, tendo caído 2 pontos base para 3,601%.
Petróleo sobe com relatório da OPEP
As cotações do "ouro negro" seguem a ganhar terreno nos principais mercados internacionais, no dia em que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) manteve as suas previsões para o crescimento da procura neste ano e no próximo.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 0,62% para 78,41 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,46% para 82,59 dólares.
A OPEP, no seu relatório mensal sobre o mercado petrolífero, manteve as suas estimativas de um crescimento da procura por crude relativamente robusto em 2024 e 2025. O cartel projecta que o consumo mundial de petróleo aumente este ano para uma média de 104,46 milhões de barris por dia (mais 2,5 milhões diários do que e 2023).
Ao mesmo tempo, a OPEP elevou as suas previsões para o crescimento económico global este ano, para 2,8%, dizendo que há mais margem para melhoria.
Euro desliza face ao dólar após dados da inflação nos EUA
O euro está a desvalorizar face à divisa norte-americana, num dia em que o dólar está a beneficiar de um aumento da inflação em fevereiro acima do esperado.
O aumento dos preços no consumidor registou uma subida homóloga de 3,2% em fevereiro, superando os 3,1% observados em janeiro. O consenso dos economistas, segundo a Bloomberg, apontava para que o indicador se tivesse mantido nos 3,1%.
Os números estão a ser vistos como um sinal de que a Reserva Federal (Fed) norte-americana tem razões para manter a posição cautelosa, uma vez que a inflação se mostra persistente, o que está a impulsionar a divisa norte-americana.
A moeda única da Zona Euro cede 0,14% para 1,0911 dólares.
Além da subida face ao euro, o dólar ganha também 0,27% perante a libra, 0,59% face ao iene e 0,13% frente ao franco suíço.
Ouro perde brilho: após 9 dias de ganhos, metal desvaloriza
O ouro inverteu a tendência de ganhos, ao fim de nove dias de recordes, com a inflação nos Estados Unidos de fevereiro em alta e acima do esperado. A subida da inflação norte-americana vem, assim, reforçar a abordagem cautelosa da Reserva Federal (Fed) em relação ao corte das taxas de juro.
O ouro spot segue a desvalorizar 0,87% para 2.163,71 dólares por onça, mas chegou a cair 1%.
"O IPC de fevereiro foi mais quente que o esperado. Isso significa que a Fed pode não estar pronta para cortar já os juros", disse à Bloomberg Bart Melek, chefe de "commodity strategy" no TD Securities.
Espera-se que um alívio da política monetária da Fed vá aumentar a atratividade do ouro, face a ativos como obrigações, que remuneram juros. O banco central tem dito que precisa de maiores garantias de que a inflação está a caminhar para atingir a meta dos 2% antes de avançar para um corte das taxas de juro. A aposta do mercado neste momento é que esse corte aconteça em junho.
Wall Street regista ganhos após dados da inflação nos EUA
As bolsas norte-americanas estão a negociar com ganhos num dia em que os investidores estão a digerir os dados da inflação de fevereiro nos Estados Unidos.
Depois de um queda homóloga para 3,1% em janeiro, o aumento dos preços no consumidor voltou a acelerar, tendo-se cifrado nos 3,2% em fevereiro. Os dados sustentam a teoria da Reserva Federal (Fed) dos EUA de que é preciso cautela antes de começar a aliviar os juros, uma vez que mostram que o aumento dos preços se mantém persistente.
Apesar disso, as ações estão a negociar com ganhos, uma vez que, embora tenham acelerado ligeiramente, os números não estão a alterar as perspetivas quanto ao "timing" dos cortes dos juros.
O S&P 500, referência para a região, soma 0,47% para 5.142,01 pontos, o industrial Dow Jones valoriza 0,36% para 38.908,9 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite ganha 0,79% para 16.145,66 pontos.
De forma geral, a leitura da inflação "deverá ter pouco impacto no mercado", defende Josh Jamner, analista da ClearBridge, em declarações à Bloomberg. Isto porque, acredita, os números estão em linha com o previamente esperado para o processo de desinflação.
A Fed tem encontro marcado na próxima semana, a 19 e 20 de março, sendo que estes serão os últimos números da inflação antes da reunião. O mercado dá praticamente como certo que os juros vão manter-se inalterados no próximo encontro, sendo que a expectativa é agora a de que o banco central comece a aliviar a política monetária no verão.
Euribor sobe a três, seis e 12 meses
A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses face a segunda-feira, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter mantido na semana passada as taxas de juro de referência, pela quarta reunião consecutiva.
Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que avançou para 3,929%, permaneceu acima da taxa a seis meses (3,905%) e da taxa a 12 meses (3,712%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, subiu hoje para 3,905%, mais 0,013 pontos do que na segunda-feira, após ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a janeiro, a Euribor a seis meses representava 36,4% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 35,7% e 24,4%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, avançou hoje, para 3,712%, mais 0,009 pontos que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses avançou hoje, ao ser fixada em 3,929%, mais 0,001 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
A média da Euribor em fevereiro voltou a cair a três meses, mas subiu nos dois prazos mais longos.
A média da Euribor em fevereiro desceu 0,002 pontos para 3,923% a três meses (contra 3,925% em janeiro), mas subiu 0,009 pontos para 3,901% a seis meses (contra 3,892%) e 0,062 pontos para 3,671% a 12 meses (contra 3,609%).
Na última reunião de política monetária, em 07 de março, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela quarta reunião consecutiva, depois de 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 11 de abril em Frankfurt.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa sobe de olhos postos nos EUA. Porsche AG oscila à boleia do "guidance" para este ano
A Europa negoceia com ganhos ligeiros, numa altura em que o mercado aguarda os números da inflação nos Estados Unidos em fevereiro.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, valoriza 0,40% para 503,46 pontos. Entre os 20 setores que compõem o "benchmark", banca (0,88%) e recursos primários (0,87%) comandam os ganhos.
Já o setor das "utilities" é o único a negociar no vermelho, estando a desvalorizar 0,15%.
Entre as principais praças europeias, Londres soma 0,87%, Madrid sobe 0,43% e Frankfurt ganha 0,29%. Amesterdão valoriza 0,38%, Milão sobe 0,20% e Paris negoceia na linha de água (0,05%).
Por cá, a bolsa de Lisboa segue a tendência do resto da Europa, estando a avançar ligeiramente (0,09%).
Os investidores estão atentos aos títulos da Porsche AG, que sobem 0,77%, após terem chegado a afundar mais de 6% no arranque das negociações. A fabricante afirmou que espera resultados mais fracos este ano, devido à despesa relativa ao desenvolvimento de novos modelos de automóveis.
O mercado aguarda os dados da inflação de fevereiro nos Estados Unidos. Depois de em janeiro o aumento dos preços na maior economia mundial ter abrandando para os 3,1%, um novo recuo poderá dar argumentos à Reserva Federal (Fed) norte-americana para começar a aliviar os juros.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros aliviam na Zona Euro, numa altura em que os investidores aguardam a divulgação dos números da inflação de fevereiro nos EUA, sendo também conhecida esta terça-feira a evolução dos preços em Portugal, em igual período.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – referência para o mercado europeu – alivia 1,4 pontos base para 2,287%.
Os juros da dívida portuguesa com a mesma maturidade subtraem 1,9 pontos base para 2,927%.
A rendibilidade das obrigações espanholas, que vencem em 2034, recua 2,1 pontos base para 3,103%.
Os juros da dívida italiana a 10 anos cedem três pontos base para 3,590%, enquanto a "yield" das obrigações francês com a mesma maturidade perde 1,9 pontos base para 2,739%.
Iene perde força face ao dólar, após declarações de Kazuo Ueda
O iene cede 0,42% face ao dólar, sendo necessário pagar 147,35 divisas nipónicas por cada dólar, numa altura em que os investidores digerem as declarações do governador do Banco do Japão (BoJ).
Kazuo Ueda reconheceu que o consumo de bens duradouros é fraco, o que levou a moeda japonesa a cair, depois de ter chegado a subir durante as negociações desta terça-feira, motivada pela expectativa de subida dos juros diretores, após uma década em que as taxas de referência estiveram baixas.
O mercado aponta para uma probabilidade de 76% de que o banco central pode começar a subir os juros, na reunião de política monetária agendada para a próxima semana.
O dólar negoceia perto da linha de água (0,06%) para 0,9154 euros, numa altura, em que os investidores aguardam os mais recentes dados da inflação, o que poderá fornecer pistas sobre o futuro da política monetária levada a cabo pela Reserva Federal (Fed) norte-americana.
Também o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força do nota verde contra um cabaz de outras divisas – procura uma direção definida (0,04%), estando a negociar nos 102,92 pontos.
Ouro coloca ponto final a "rally" de nove dias
O ouro colocou fim a um "rally" nove dias, marcado por novos recordes, estando a desvalorizar 0,24% para 2.177,51 dólares por onça. A prata, a platina e o paládio acompanham esta tendência negativa.
Os investidores aguardam a divulgação dos números da inflação nos EUA, em fevereiro, depois de em janeiro o aumento dos preços na maior economia mundial ter abrandando para os 3,1%.
Um novo recuo poderá dar argumentos à Reserva Federal (Fed) norte-americana para começar a aliviar os juros, o que, teoricamente, poderá ter um impacto positivo no metal amarelo que não remunera em juros.
Nos últimos nove dias, o ouro subiu mais de 7%.
Petróleo valoriza com investidores à espera do relatório da OPEP
O petróleo sobe, tanto em Londres como em Nova Iorque, antes de serem conhecidos os números da inflação nos EUA, assim como o relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – valoriza 0,35% para 78,20 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – cresce 0,44% para 82,57 dólares por barril.
O relatório mensal da OPEP que será publicado esta terça-feira poderá dar uma visão alargada e mais clara sobre o equilíbrio atual entre procura e oferta de crude, numa altura em os cortes na oferta promovidos pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) tem sido compensada pelo aumento de produção fora do cartel e num cenário em que se mantém a preocupação sobre a vitalidade da procura chinesa.
Os investidores estarão também atentos à evolução do conflito entre Israel e o Hamas, numa altura em que as negociações para o cessar-fogo no início do Ramadão se encontram num impasse.
Europa aponta para terreno positivo. Ásia no verde. Xiaomi sobe mais de 11%
A Ásia fechou no verde – com as tecnológicas no pelotão dos ganhos – e a Europa aponta para um arranque de sessão em terreno positivo, antes de serem conhecidos os números da inflação nos EUA.
Pela China, Hong Kong valorizou mais de 3%, tendo subido pela terceira sessão consecutiva. Já Xangai desvalorizou 0,41%. Entre as ações da região, foram os títulos da fabricante chinesa Xiaomi os que mais se destacaram.
A cotada terminou o dia a escalar mais de 11% - a maior subida em um ano - depois de ter anunciado que espera começar a vender o seu aguardado veículo elétrico este mês.
No Japão, o Nikkei terminou na linha de água (-0,05%), enquanto o Topix desvalorizou 0,36%. Os investidores estiveram a reagir à notícia, avançada pela Bloomberg citando fontes com conhecimento do assunto, que o Banco do Japão poderá subir os juros diretores já este mês, na reunião de política monetária que acontece nos próximos dias 18 e 19 de março.
Na Coreia do Sul, o Kospi valorizou 0,83%.
Na Europa, os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,6%, enquanto o DAX cresce 0,52%.
O mercado aguarda pelos números da inflação nos EUA referentes a fevereiro que serão conhecidos esta terça-feira. "Em última análise, não esperamos que os números do índice de preços no consumidor de fevereiro apresente evidências claras o suficiente sobre a desinflação, que possa motivar a confiança no corte dos juros", defendem os economistas da Bloomberg Anna Wong e Stuart Paul.