Notícia
Europa animada com números do mercado laboral dos EUA. Paris em "bull market"
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta sexta-feira.
Inflação a diminuir dá alívio aos juros na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro terminaram o dia a aliviar, após ter sido conhecida a inflação na região no mês de dezembro, que terá abrandado pelo segundo mês consecutivo para 9,2%, de acordo com uma estimativa rápida do Eurostat.
A "yield" das Bunds alemãs cedeu 10 pontos base para os 2,204%, enquanto os juros da dívida italiana desceram 11,6 pontos base para os 4,199%.
Os juros da dívida pública portuguesa aliviaram 10,7 pontos base para 3,193%, ao passo que a "yield" da dívida espanhola recuou 9,9 pontos base para 3,255%. Já os juros da dívida francesa recuaram 10 pontos base para os 2,714%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aliviam-se 7,9 pontos base para os 3,466%.
Em dia de Reis, Europa avança com presente dos EUA. Paris em "bull market"
Em dia de Reis, a Europa encerrou a sessão no verde, com um presente vindo dos EUA.
Os números sobre o mercado de trabalho norte-americano indicam que o aumento do salário médio pago por hora abrandou em dezembro mais do que o esperado, dando assim sinais de que a inflação pode estar mesmo a desacelerar e que, por isso, a Fed pode ter margem para abrandar a sua política monetária restritiva.
O "benchmark" europeu, Stoxx 600, ganhou 1,16% para 444,42 pontos. Entre os 20 setores que compõem o índice de referência, os dos recursos naturais, produtos químicos e tecnologia comandaram os ganhos.
Entre as restantes praças europeias, Paris foi a grande protagonista da sessão, a subir 20% face aos últimos mínimos (atingidos em setembro) - estando por isso em "bull market". O CAC 40 terminou o dia a valorizar 1,47%.
Madrid avançou 1,09%, Frankfurt arrecadou 1,20% e Londres acumulou 0,87%. Por sua vez, Amesterdão arrecadou 1,39% e Milão ganhou 1,40%.
O presidente da Fed, Jerome Powell, "vai consolar-se com o facto de os salários reais terem abrandado mais do que o esperado", antecipa Hugh Grieves, gestor do fundo Premier Miton Opportunities em declarações à Bloomberg.
Na ótica do especialista, a redução deste indicador pode "reduzir as pressões inflacionistas e levar à redução de novos aumentos da taxa de juro diretora no final do ano".
Petróleo valoriza perto de 2% com dólar mais barato
O petróleo está a valorizar esta sexta-feira, após a divulgação dos números do emprego nos Estados Unidos, acima do esperado pelos analistas e que está a penalizar o dólar, fazendo com que o petróleo fique mais atrativo.
O West Texas Intermediate (WTI), referência para os Estados Unidos, soma 1,95% para 75,11 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 1,75% para os 80,07 dólares por barril.
A contribuir para a negociação positiva estão ainda notícias da China, o maior importador de crude do mundo, que espera o dobro dos turistas no país para a celebração do novo ano lunar, face a 2022.
Ainda assim, em termos semanais tanto os contratos do Brent como o WTI estão a caminho de uma queda de cerca de 7%, pressionados pela possibilidade de uma recessão mundial.
"O mercado do petróleo pode estar perto de voltar a ganhar alguma compostura depois do tombo do início da semana, mas o potencial de valorização continua limitado, pelo menos no curto prazo, até porque as perspetivas económicas são incertas", explicou o analista Stephen Brennock, da PVM, à Reuters.
Ouro e dólar recuam perante números do trabalho. Euro soma e segue
O ouro subiu e o dólar segue em queda, após a divulgação dos números do emprego e desemprego nos EUA. Entre os vários indicadores publicados, o abrandamento no aumento dos salários pagos concedeu uma nota de esperança aos investidores sobre uma possível desaceleração da inflação.
O metal amarelo valoriza 1,47% para 1.859,77 dólares por onça.
Já o índice do dólar da Bloomberg - que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais - desvaloriza 0,57% para 104,446 pontos.
Já o euro aproveita a fraqueza do seu par e soma 0,62% para 1,0587 dólares.
O salário médio pago por hora subiu 0,3% em dezembro em cadeia. Já em termos homólogos o salário pago avançou 4,6% em dezembro, abrandando face aos 5,1% em novembro e ficando abaixo das estimativas dos economistas que apontavam para 5%.
Wall Street abre no verde após números do emprego nos EUA. Tesla derrapa 6%
O mercado de trabalho norte-americano voltou a apresentar-se robusto, segundo os mais recentes dados da administração dos EUA. Momentos depois da divulgação destes números, Wall Street arrancou a sessão em terreno positivo.
O industrial Dow Jones soma 0,97% para 33.232,70 pontos, enquanto o S&P 500 sobe 0,80% para 3.838,58 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite cresce 0,17% para 10.315,11 pontos
Em dezembro, foram criados 223 mil postos de trabalho, mais 20 mil do que o previsto pelos economistas, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos.
Os setores de lazer e hotelaria, cuidados de saúde e construção foram os que mais postos de trabalho criaram.
Já a taxa de desemprego desceu para os 3,5%, o que corresponde a 5,7 milhões de desempregados em dezembro, abaixo dos 3,7% registados em novembro. O número de desempregados a longo prazo, ou seja sem emprego durante 27 semanas ou mais, recuou em 146 mil para 1,1 milhões.
O mercado segue ainda a digerir as mais recentes declarações do presidente da Fed de Atlanta, Raphael Bostic, que acredita que o banco central "ainda tem muito trabalho pela frente para dominar a inflação".
Já o presidente da Fed de St.Louis, James Bullard, que não é membro votante do FOMC da Fed, defendeu que a taxa de juro está a aproximar-se de terreno restritivo e de que as expectativas de inflação já começaram a recuar, dando algum otimismo aos investidores.
Entre os principais movimentos de mercado, a Tesla derrapa 6,07%, após a notícia de que a empresa reduziu os preços na China, pela segunda vez em menos de três meses e numa altura em que se assiste a uma diminuição da procura.
Europa abre mista com inflação na mira dos investidores
As bolsas europeias arrancaram mistas, num dia em que os investidores aguardam a divulgação de uma série de dados, tanto na Europa como do outro lado do Atlântico. Esta sexta-feira, será divulgada a leitura da inflação em dezembro na Zona Euro, depois de nos últimos dias terem sido conhecidos os números em alguns países - como Alemanha, França e Itália.
O Stoxx 600, referência para a região, valoriza 0,05% para os 439,55 pontos. Dos 20 setores que compõem o índice, o automóvel é o que mais cai (-1,17%) e o do petróleo & gás o que mais avança (0,88%). O índice caminha para fechar a semana com ganhos.
Nas praças europeias, o alemão Dax perde 0,14% para os 14.416,53 pontos, o francês CAC-40 sobe 0,04% para os 6.763,89 pontos, o espanhol Ibex 35 soma 0,19% para os 8624,10 pontos e o Aex, em Amesterdão cede 0,17% para os 713,07 pontos.
Já o italiano FTSE Mib soma 0,15% para os 24.869,59 pontos e o britânico FTSE 100 avança 0,23% para os 7651,13 pontos.
Se a inflação continuar muito elevada, é expetável que o BCE continue com o ritmo das subidas das taxas de juro, uma vez que a autoridade monetária já deixou bem claro o compromisso de reduzir o aumento dos preços no consumidor para os 2%.
Juros agravam-se na Zona Euro. Só "yield" da dívida alemã vê alívio
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro, com exceção da alemã, seguem a agravar-se na Zona Euro, ainda que de forma pouco pronunciada. Isto num dia em que será possível perceber se a inflação desacelerou em dezembro na região, indicador que permitirá aos investidores antever se há ainda muito caminho a percorrer em termos de subidas das taxas de juro.
A "yield" das Bunds alemãs cedem 0,1 pontos base para os 2,306%, enquanto os juros da dívida italiana sobem 3,7 pontos base para os 4,353%.
Já os juros da dívida pública portuguesa agravam-se 0,7 pontos base para os 3,306%, a "yield" da dívida espanhola cresce 1,5 pontos base para os 3,369% e os juros da dívida francesa avançam 0,7 pontos base para os 2,820%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica crescem 0,8 pontos base para os 3,553%.
Euro na linha d'água face ao dólar
O euro segue a negociar na linha d'água face à divisa norte-americana, estando a moeda única europeia a valorizar 0,02% para os 1,0524 dólares.
Já o índice do dólar da Bloomberg, que mede a força da nota verde perante dez divisas rivais, sobe 0,25% para os 105.297 pontos. A divisa norte-americana ganhou impulso após a divulgação do relatório nacional de emprego da ADP, que apontam que a criação de emprego no setor privado ganhou força em dezembro.
Esta sexta-feira, o Departamento do Trabalho dos EUA publica o relatório do emprego referente ao último mês de 2022.
Ouro valoriza e caminha para ganho semanal
O ouro segue a valorizar, depois de na quinta-feira ter chegado a cair mais de 1%. Isto numa altura em que os investidores estão de olhos postos nos dados do emprego norte-americano, de modo a perceber se o aumento das taxas de juro por parte dos bancos centrais vai continuar.
O metal amarelo sobe 0,28% para os 1.838,07 dólares por onça, ao passo que a platina desvaloriza 0,16% para os 1.060,64 dólares e o paládio soma 0,59% para os 1.755,64 dólares. A prata, por sua vez, valoriza 0,81% para os 23,43 dólares.
O ouro caminha para fechar a primeira semana de 2023 com ganhos, após um ano conturbado, devido à política monetária mais robusta, que tende a beneficiar os juros das obrigações e o dólar.
Petróleo valoriza. Preço do gás natural segue a cair
O petróleo segue a valorizar, prolongando os ganhos conseguidos na quinta-feira na sequência da divulgação da queda dos inventários norte-americanos de gasolina na semana passada.
O West Texas Intermediate (WTI), referência para os Estados Unidos, soma 0,35% para 73,93 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,29% para os 78,92 dólares por barril.
É a segunda sessão em que o ouro negro ganha algum terreno, mas, ainda assim, caminha para fechar a primeira semana do ano com perdas, numa altura em que as preocupações quanto a uma redução da procura pela matéria-prima continuam a pairar sobre o mercado.
No mercado do gás natural, os preços seguem a cair, numa altura em que as previsões meteorológicas apontam para o janeiro mais quente em décadas. Esta quinta-feira, Klaus Mueller, presidente da Agência Federal de Redes, regulador alemão, disse, em declarações à Bloomberg, estar "muito otimista" quanto às reservas de gás do país para este inverno. Declarações que surgem após vários meses de preocupação quanto a uma possível escassez da matéria-prima na região.
Os contratos do gás natural negociado a um mês em Amesterdão, o TTF, recuam 4,72% para os 69 euros por megawatt-hora.
Europa aponta para arranque em terreno positivo. Verde domina na Ásia
As bolsas europeias apontam para um arranque no verde, num dia em que serão divulgados um conjunto de dados económicos na região.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,7%, antes da divulgação da estimativa rápida da inflação na Zona Euro, que permitirá aos investidores perceber se o aumento dos preços no consumidor segue a abrandar. A Comissão Europeia também divulga esta sexta-feira os indicadores de sentimento económico, que têm por base inquéritos às empresas e aos consumidores.
Na Ásia, a negociação fechou praticamente pintada de verde, com exceção do Hang Seng, em Hong Kong. Isto num dia em que serão divulgados os dados do emprego nos Estados Unidos, um indicador a que os investidores estão atentos na expetativa de obter pistas sobre qual o caminho da política monetária da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed).
Na China, Xangai subiu 0,10%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, desceu 0,25%. No Japão, o Topix somou 0,37% e o Nikkei avançou 0,59%. Já na Coreia do Sul o Kospi pulou 1,12%.