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Corte de juros do BCE impulsiona Europa. Stoxx 600 perto de recorde
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quinta-feira.
Corte de juros do BCE impulsiona Europa. Stoxx 600 perto de recorde
Os principais índices europeus encerraram maioritariamente em alta a sessão desta quinta-feira, com o índice de referência da região, o Stoxx 600, perto de máximos históricos. O segundo corte de juros consecutivo do Banco Central Europeu em 25 pontos base animou os investidores, mesmo sem os responsáveis a oferecerem pistas sobre o curso futuro da política monetária.
O IBEX 35 em Madrid foi a única exceção na Europa ao recuar 0,77%, pressionado pela Inditex, que corrigiu após os máximos históricos de quarta-feira, e as cotadas da banca, que não acompanharam o setor na Europa.
O "benchmark" do Velho Continente somou 0,83% para 523,91 pontos, com o setor industrial, da banca e de petróleo e gás a valorizarem mais de 1%.
Também o setor alimentar pulou quase 2%, sustentado por uma subida superior a 2% da Nestle, depois de comentários da gestão da empresa terem oferecido algum alívio aos investidores. Por sua vez, o setor bancário foi impulsionado pelo sueco Nordea Bank que pulou mais de 6%, após ter melhorado o "guidance" para o acumulado do ano e ter anunciado um programa de recompra de ações.
Pela negativa a Nokia perdeu 2%, após as vendas do terceiro trimestre fiscal terem ficado abaixo do esperado pelos analistas.
As ações da empresa alemã Sartorius cotadas em Paris pularam mais de 16%, tendo sido as que mais subiram no Stoxx 600, depois de a companhia de equipamento farmacêutico ter registado resultados acima do esperado nos primeiros nove meses do ano. A cotada impulsionou o desempenho do CAC 40 que subiu 1,22%.
"A inflação já não é um problema para a Zona Euro, mas sim a fraqueza da economia, especialmente na Alemanha e em França", disse à Bloomberg Christina Carlsten, gestora de fundos do Banque Piguet Galland & Cie.
"A flexibilização da política monetária global e as medidas de estímulo na China criam um ambiente positivo para os ativos de risco", completou.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX somou 0,77%, o italiano FTSEMIB ganhou 1,09% e o britânico FTSE 100 subiu 0,67%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,66%.
Juros agravam-se na Zona Euro em dia de corte de juros do BCE
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se em toda a linha esta quinta-feira, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter cortado as taxas diretoras em 25 pontos base.
A "yield" da dívida portuguesa a dez anos avançou 0,9 pontos base, para os 2,650%. Já a do país vizinho agravou-se em 1,1 pontos, para 2,911%, mantendo-se abaixo dos juros da dívida francesa, que aumentaram 2 pontos para 2,940%.
Nas "bunds" alemãs, referência para o mercado europeu, a subida das "yields" foi de 3,5 pontos base até aos 2,207%.
Fora do espaço da moeda única, os juros da dívida britânica avançaram 2,4 pontos base, para os 4,087%.
Petróleo oscila enquanto mercado reage a medidas chinesas e está atento ao Médio Oriente
Numa sessão volátil, o petróleo inverteu os ganhos registados esta manhã e segue a esta hora em tendência com as últimas sessões, ou seja, a perder terreno. Os investidores estão a analisar os potenciais riscos na produção do Médio Oriente - zona fornecedora de um terço da matéria-prima a nível mundial -, onde o conflito parece não acalmar.
O West Texas Intermediate (WTI), que serve de referência para os EUA, desde ligeiros 0,04% para 70,36 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – está a cair 0,22% para 74,06 dólares por barril.
No início da sessão os avanços do crude foram maiores, mas entretanto foi penalizado com o esmorecer do otimismo do mercado relativamente às medidas de estímulo ao mercado imobiliário, anunciadas pela China.
"As atenções continuam focadas no Médio Oriente e o anúncio de retaliação de Israel", afirmou Arne Lohmann Rasmussen, da A/S Global Risk Management, à Bloomberg. "Esta manhã foram divulgados mais pormenores sobre as medidas de flexibilização fiscal chinesas, mas o mercado ficou desiludido com o conteúdo".
Ouro em máximos históricos e perto de romper fasquia dos 2.700 dólares
O metal amarelo está perto de romper a fasquia dos 2.700 dólares por onça, num momento em que os investidores reagem aos mais recentes dados da economia norte-americana, que seguiram a dar esperanças ao mercado por um novo corte das taxas de juro, em novembro.
Além disso, a incerteza que paira sobre o resultado das eleições dos EUA está a dar ímpeto ao "rally" de preços. Com sondagens renhidas, os analistas consultados pela Bloomberg consideram que, quem quer que seja o vencedor a 5 de novembro, o ouro vai continuar a "brilhar".
"Além das preocupações no Médio Oriente, também se estão a aproximar as eleições nos EUA, que parecem estar muito renhidas. Isto gera uma série de incertezas, e o ouro geralmente é o ativo para se recorrer em tempos de incerteza", disse Nitesh Shah, estratega da WisdomTree.
O ouro sobe perto de 0,78% para os 2.694,79 dólares por onça e, esta semana, valorizou 1,1%. No acumulado do ano, o metal amarelo já ganhou 30%.
Do lado de lá do Atlântico, as vendas no retalho foram um pouco maiores do que o previsto em setembro. Também o relatório semanal do Departamento de Trabalho do país revelou que o o desemprego e os pedidos de subsídio-desemprego recuaram na semana terminada a 11 de outubro.
"Estes foram bons dados. Acho que a Reserva Federal quer baixar as taxas e provavelmente tem outro corte de 25 pontos base a chegar, pelo menos antes do final do ano. Ou seja, as taxas ficam mais baixas e o ouro mais forte", considerou Bob Haberkorn, estratega da RJO Futures, segundo a Bloomberg.
Consumo robusto nos EUA impulsiona dólar. Euro em queda após BCE cortar juros
Após terem sido conhecidos os dados das vendas a retalho nos Estados Unidos, referentes a setembro, que ficaram acima do esperado, dando força a um cenário de robustez na economia norte-americana, o dólar ganhou força e tocou em máximos de 11 meses face às principais divisas rivais.
O índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda norte-americana face a 10 divisas rivais - sobe 0,21% para 103,803 pontos.
Já a moeda única europeia perde 0,23% para 1,0837 euros, depois de o Banco Central Europeu ter avançado hoje de forma unânime com uma nova descida de juros em 25 pontos base. No entanto, a presidente do BCE, Christine Lagarde, não se comprometeu com um novo corte em dezembro.
O dólar valoriza com os investidores a preverem uma Reserva Federal menos "dovish", ao mesmo tempo que os investidores estão a "ajustar-se no sentido inverso para a política monetária do BCE e do Banco de Inglaterra", afirmou à Reuters Brad Bechtel, responsável cambial da Jefferies.
Os responsáveis da Fed, incluindo o presidente Jerome Powell, têm afastado perspetivas de novas descidas de juros em 50 pontos base, depois o banco central ter surpreendido o mercado em setembro com um corte dessa dimensão.
Contas da TSMC e consumo nos EUA animam Wall Street
Os principais índices em Wall Street seguem a valorizar esta quinta-feira, à boleia de uma revisão em alta do "guidance" da TSMC que está a animar os títulos de empresas de semicondutores. Também os dados das vendas a retalho nos Estados Unidos em setembro apontam para níveis de consumo robustos nos Estados Unidos.
O S&P 500 soma 0,4% para 5.865,56 pontos, enquanto o industrial Dow Jones ganha 0,3% para 43.205,82 pontos, depois de ter encerrado a sessão de ontem no valor de fecho mais elevado de sempre. Já o tecnológico Nasdaq valoriza 0,37% para 18.435,04 pontos.
Os lucros da TSMC, a maior fabricante de "chips" por contrato do mundo, aumentaram 54% no terceiro trimestre para 325,26 mil milhões de dólares de Taiwan (cerca de 9,31 mil milhões de euros, ao câmbio atual). A empresa também reviu em alta as perspetivas de receitas para o quarto trimestre, justificando pelo apetite por "chips" de inteligência artificial. As ações da TSMC cotadas nos EUA valorizam 8,77%.
Outras fabricantes de "chips" como a Broadcom, a Intel e a Nvidia sobem 2,69%, 0,69% e 2,27%. Os investidores estão também atentos nas contas do terceiro trimestre da Netflix que vão ser divulgadas esta quinta-feira.
Ainda a centrar atenções está a fabricante de veículos elétricos Lucid que tomba 16%, depois de ter anunciado que espera revelar um prejuízo maior do que o esperado no terceiro trimestre e de ter anunciado uma oferta pública de 262 milhões de ações.
O mercado está ainda a avaliar as vendas a retalho nos Estados Unidos, que aumentaram 0,4% em setembro, o que compara com os 0,3% esperados pelos analistas. Ainda na frente económica, os números de pedidos de subsídio de desemprego nos EUA na semana passada ficaram abaixo do esperado.
"As vendas a retalho, sendo positivas, continuam a mostrar a resiliência dos consumidores, dado que foram justamente os consumidores norte-americanos que nos afastaram de uma recessão nos últimos dois anos", explicou à Reuters Keith Buchanan, gestor de ativos da Globalt Investments.
"O mercado acionista vai sempre receber boas notícias sobre os consumidores de uma forma positiva, e acredito que foi isso que aconteceu na movimentação desta manhã", completou.
Euribor sobe a três meses e cai a seis meses para novo mínimo desde março de 2023
A Euribor subiu hoje a três meses e desceu a 12 e a seis meses, neste último prazo para um novo mínimo desde março de 2023.
Hoje realiza-se a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) na Eslovénia e os mercados antecipam um segundo corte consecutivo de 25 pontos base da taxa diretora.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 3,219%, continuou acima da taxa a seis meses (3,036%) e da taxa a 12 meses (2,717%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, baixou hoje para 3,036%, menos 0,011 pontos e um novo mínimo desde 16 de março de 2023.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a agosto mostram que a Euribor a seis meses representava 37,6% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,2% e 25,8%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, também recuou hoje, para 2,717%, menos 0,026 pontos do que na quarta-feira.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses subiu hoje, ao ser fixada em 3,219%, mais 0,011 pontos.
A média da Euribor em setembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em agosto e com menos intensidade nos prazos mais curtos.
A média da Euribor em setembro desceu 0,114 pontos para 3,434% a três meses (contra 3,548% em agosto), 0,167 pontos para 3,258% a seis meses (contra 3,425%) e 0,230 pontos para 2,936% a 12 meses (contra 3,166%).
Depois do encontro de hoje na Eslovénia, o BCE tem agendada para 12 de dezembro a última reunião de política monetária deste ano.
Em 12 de setembro, o BCE desceu a principal taxa diretora em 25 pontos base para 3,5%, depois de em 18 de julho ter mantido as taxas de juro.
Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
"Earnings season" dá ímpeto à Europa com investidores à espera do BCE
A maioria das praças europeias está a negociar em alta esta manhã, com Madrid a ser a única bolsa a destoar deste cenário. As ações europeias estão a recuperar algum do terreno perdido nas últimas sessões, com os investidores de olhos postos na reunião do Banco Central Europeu (BCE) e numa série de resultados trimestrais apresentado esta quinta-feira.
O "benchmark" europeu, o Stoxx 600, cresce, a esta hora, 0,40%, com o setor alimentar e o setor da banca a darem os principais impulsos ao índice. Este último está a ser impulsionado pelos bons resultados trimestrais que se têm registado entre os bancos europeus e norte-americanos.
Esta quinta-feira foi a vez de se conhecerem as contas do terceiro trimestre deste ano do banco finlandês Nordea. A instituição financeira registou lucros de 1,27 mil milhões de euros entre julho e setembro de 2024 – acima das expectativas de mercado – e aumentou o "guidance" para o próximo ano. Os investidores estão a reagir com otimismo a estes resultados e o Nordea encontra-se a disparar mais de 6% em bolsa.
No setor alimentar, o destaque vai para a Nestlé, que também apresentou as suas contas trimestrais, com os resultados a ficarem aquém das expectativas. A empresa prevê que as vendas aumentem cerca de 2% no total do ano – uma estimativa inferior aos 3% que inicialmente eram previstos e que representa a taxa anual de crescimento mais baixa desde o início do século.
As ações da Nestlé arrancaram a sessão a cair mais de 2%, mas, entretanto, a empresa suíça conseguiu inverter a tendência de negociação e está agora a valorizar mais de 2%, sendo a principal impulsionadora do setor alimentar.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX ganha 0,73%, o francês CAC-40 valoriza 1,15%, o italiano FTSEMIB avança 1,01% e o holandês AEX regista um acréscimo de 0,43%. O espanhol IBEX 35 é o único índice que desvaloriza na Europa neste momento, ao cair 0,07%.
Juros agravam-se na Zona Euro em dia de reunião do BCE
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a agravar-se em toda a linha esta quinta-feira, dia em que se espera que o Banco Central Europeu (BCE) corte as taxas diretoras em 25 pontos base - um alívio que já está praticamente incorporado no mercado.
A "yield" da dívida portuguesa a dez anos avança 3,5 pontos base, para os 2,676%. Já a do país vizinho agrava 3,4 pontos, para 2,934%, mantendo-se abaixo dos juros da dívida francesa, que aumentam 3,7 pontos para 2,958%.
Nas "bunds" alemãs, referência para o mercado europeu, a subida na "yield" é de 3,5 pontos base, até aos 2,217%.
Os menores agravamentos registaram-se nos países do sul: os juros da Grécia aumentam 2 pontos para 3,076% e os de Itália crescem 1,9 pontos, até aos 3,426%.
Fora do espaço da moeda única, os juros da dívida britânica avançam 2,8 pontos base, para os 4,091%.
Dólar estável em máximos de dez semanas com Trump a aproximar-se da Casa Branca
O dólar segue firme face aos seus principais concorrentes, numa altura em que sondagens apontam para uma disputa renhida entre Donald Trump e Kamala Harris – com o candidato republicano a levar a dianteira em alguns estados chave para a corrida à Casa Branca.
A divisa norte-americana está a ser vista pelos investidores como um "Trump trade", ou seja, um ativo que tende a beneficiar com uma vitória do candidato republicano, uma vez que representa uma política orçamental mais flexível, política monetária mais dura e tarifas à importação.
"As principais políticas de Trump em matérias de tarifas, imigração e impostos vão produzir uma perspetiva mais inflacionista para os EUA, diminuindo as perspetivas de cortes mais agressivos por parte da Reserva Federal norte-americana neste ciclo", afirma Thierry Wizman, da Macquarie, à Reuters.
A esta hora, o índice do dólar da Bloomberg encontra-se praticamente inalterado perto de máximos de dez semanas, com o euro a recuar 0,09% para 1,0852 dólares e a libra a perder 0,03% para 1,2986 dólares.
Só este mês, a moeda comum europeia já desvalorizou mais de 2%, pressionada por uma perspetiva de cortes nas taxas de juro por parte do Banco Central Europeu. A autoridade monetária reúne esta quinta-feira e deve optar por um novo alívio de 25 pontos base, que já se encontra praticamente incorporado no mercado.
Incerteza política nos EUA leva ouro a máximos históricos
Depois de ter andado semanas a rondar máximos históricos, o ouro conseguiu finalmente ultrapassar a marca dos 2.685,42 dólares por onça atingida a 26 de setembro, à boleia da incerteza política que paira sobre as eleições norte-americanas.
O metal precioso chegou a valorizar, esta manhã, 0,5% para 2.685,74 dólares, alguns cêntimos acima dos máximos históricos atingidos há cerca de um mês. As sondagens para a eleição de 5 de novembro estão cada vez mais renhidas, com Donald Trump a conseguir alguma vantagem em estados chave para conquistar a Casa Branca.
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Petróleo em queda com China a centrar atenções
O petróleo está em a negociar em baixa esta manhã e estende assim as perdas registadas nas quatro últimas sessões, numa altura em que as preocupações com a procura chinesa parecem estar a eclipsar as tensões no Médio Oriente.
O West Texas Intermediate (WTI), que serve de referência para os EUA, desce 0,38% para 70,12 dólares por barril. Também o Brent – de referência para o continente europeu – cai 0,39% para 73,93 dólares.
Depois de até ter avançado durante a madrugada, o Brent acabou por seguir o mesmo caminho das bolsas asiáticas e outras matéria primas, no rescaldo de um "briefing" das autoridades chinesas que falhou em apresentar novos estímulos económicos que devolvessem a confiança aos investidores.
"Enquanto a geopolítica continua a marcar o sentimento dos investidores, sinais pouco animadores da China estão a limitar o crescimento do petróleo no mercado internacional", afirma Priyanka Sachdeva, da Philip Nova Pte, à Bloomberg.
Estímulos económicos desapontantes deixam Ásia no vermelho e Europa incerta
As bolsas chinesas até arrancaram a sessão no verde, mas rapidamente o sentimento da negociação mudou, no rescaldo de um "briefing" em que as autoridades do país falharam em apresentar novos estímulos para o mercado imobiliário que convencessem os investidores.
O CSI 300, "benchmark" para a China continental, chegou a crescer 1,3%, mas acabou por encerrar a sessão em terreno negativo, a desvalorizar 0,75%. O sentimento da negociação no país continua a ser bastante definido pelas perspetivas económicas para a segunda maior potência mundial, com os investidores à espera de grandes pacotes de estímulos para dar ímpeto à economia chinesa – o que as autoridades do país têm falhado em apresentar nas últimas semanas.
O mercado não reagiu com otimismo ao anúncio de medidas para facilitar o crédito ao setor imobiliário e apoios para a renovação de um milhão de casas na China. Tanto o Hang Seng, de Hong Kong, como o Shanghai Composite encerraram a sessão desta quinta-feira no vermelho, a cair 0,42% e 0,63%.
"A economia chinesa está no fundo do poço e, para relançar o crescimento, é necessário aumentar a confiança [dos investidores]", afirma Jun Bei Liu, da Tribeca Investment Parteners, à Bloomberg. "Neste momento, nós não temos um pacote suficientemente grande para entusiasmar as pessoas", conclui.
Fora da China, as ações japonesas também terminaram no vermelho, enquanto as sul-coreanas encerraram praticamente inalteradas. Por sua vez, a negociação de futuros na Europa aponta para uma abertura sem rumo definido, com o Euro Stoxx 50 a negociar praticamente inalterado no "premarket".
Já depois das bolsas terem encerrado, a Taiwan Semiconductor Manufacturing apresentou resultados ao mercado, com os lucros da fabricante de "chips" a crescerem 54% no terceiro trimestre do ano para 352,3 mil milhões de dólares taiwaneses (cerca de 9,31 mil milhões de euros, ao câmbio atual). As expectativas dos analistas apontavam para os 300,2 mil milhões.