Notícia
Há 46 anos que o S&P 500 não subia tanto numa semana
Acompanhe aqui o dia nos mercados, minuto a minuto.
- Futuros sem tendência e com fraco volume de negociação
- Ponto de situação nos mercados
- PSI-20 avança quase 2% com fortes ganhos do BCP e Galp
- Bolsas europeias avançam antes de pausa prolongada
- Petróleo com fortes ganhos antes da reunião da OPEP+
- Juros sem tendência definida em dia de Eurogrupo
- Ouro volta a subir e prepara-se para semana de ganhos
- Dólar em queda ligeira após atas da Fed
- Wall Street sobe com estímulos adicionais da Fed apesar dos maus dados laborais
- Euro galga terreno ao dólar após programa da Fed
- Apoio da Fed leva ouro para máximos de um mês
- Europa veste verde-esperança enquanto namora estímulos económicos
- Juros da Zona Euro em queda com Eurogrupo perto de acordo
- Wall Street fecha semana em alta com bazuca da Fed a animar
Os futuros estão a negociar de forma mista esta quinta-feira, numa altura em que permanecem as dúvidas sobre quando e como voltarão as economias à normalidade quando o surto do novo coronavírus abrandar.
Os futuros das ações europeias estão em alta enquanto os dos Estados Unidos oscilam entre ganhos e perdas. A maioria das bolsas asiáticas registou uma subida ligeira, embora as ações japonesas tenham encerrado em queda.
O volume de negociação também é inferior, devido à aproximação do feriado da sexta-feira santa em vários países.
"É tudo uma questão de quando é que a economia vai voltar a arrancar e com que rapidez isso vai acontecer", afirmou Nancy Davis, diretora de investimentos da Quadratic Capital Management LLC, citada pela Bloomberg. "Não estamos fora de perigo".
Enquanto os principais consultores de saúde da Casa Branca estão a desenvolver critérios médicos para reabrir com segurança a economia dos EUA nas próximas semanas - caso as tendências se mantenham constantes – foi registado um número recorde de vítimas no Reino Unido e na Bélgica, bem como nos estados de Nova Iorque e Nova Jersey. O número de novos casos em Itália e Espanha também subiu após vários dias de queda.
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STOXX 50 2857,43 9,34 0,35% DAX 30 10412,80 93,20 0,92% FTSE 100 5709,30 53,00 0,94% Dow 23215,00 -31,00 -0,13% S&P 500 2727,00 -7,90 -0,29% Nasdaq 100 8151,75 -38,00 -0,46% Futuros (Às 0334 TMG) Nikkei 19268,26 -84,98 -0,44% Hang Seng 24099,51 129,14 0,54% Xangai 2821,34 5,97 0,21% Xenzhen A 1828,54 7,17 0,39% Preços (Às 0325 TMG) Dow 23433,57 779,71 3,44% Nasdaq 8090,90 203,64 2,58% S&P 500 2749,98 90,57 3,41% FTSE 100 5677,73 -26,72 -0,47% FTSE 250 15862,83 293,87 1,89% DAX 30 10332,89 -23,81 -0,23% CAC40 4442,75 4,48 0,10% STOXX 600 326,67 0,06 0,02% STOXX 50 2851,27 -6,40 -0,22% Preços de fecho
O PSI-20 abriu a subir 1,15% e minutos depois já ganhava 1,86% para 4.147,78 pontos, com 15 cotadas em alta, uma em queda e duas sem variação. Esta é a última sessão antes de um fim de semana prolongado nos mercados europeias, que estarão encerrados nesta sexta-feira e também na próxima segunda-feira.
As bolsas europeias também valorizam, com os índices a marcarem ganhos em torno de 1%. Ontem as bolsas norte-americanas subiram 3% devido às expectativas dos investidores sobre mais suporte da Fed e foram sustentadas também pela desistência de Bernie Sanders à corrida presidencial.
O PSI-20 está hoje a ser impulsionado pelo BCP, que valoriza 2,54% para 10,10 cêntimos, nesta que é já a quinta sessão seguida da ganhos das ações do banco. A agência de notação financeira Standard & Poor’s reviu em baixa o "outlook" da dívida do BCP para estável, colocando assim de parte uma melhoria no rating do banco no curto prazo. Contudo, espera que o banco liderado por Miguel Maya continue a apresentar lucros.
Ainda a impulsionar o índice português a EDP valoriza 1,64% para 3,658 euros e a Galp Energia avança 2,31% para 10,20 euros, numa sessão em que os preços do petróleo avançam cerca de 2% em Londres devido à expectativa de acordo na OPEP+ para cortar produção.
No setor da pasta e papel os ganhos são mais acentuados, com a Navigator a subir 3,18% para 2,40 euros e a Altri a ganhar 3,2% para 4,26 euros.
Os CTT disparam 4,16% para 11,65 euros. A Ibersol dispara 3,96% para 4,73 euros. A JB Capital Markets cortou a recomendação da Ibersol de "comprar" para "neutral", tendo fixado um prço-alvo de 7 euros que incorpora um potencial de valorizaçao de 54%.
As bolsas europeias arrancaram em terreno positivo, com os investidores confiantes com a "reabertura" de várias economias devido ao abrandamento da propagação do vírus.
Enquanto os principais consultores de saúde da Casa Branca estão a desenvolver critérios médicos para reabrir com segurança a economia dos EUA nas próximas semanas - caso as tendências se mantenham constantes – foi registado um número recorde de vítimas em países como o Reino Unido e a Bélgica.
O Stoxx600 avança 1,32% para 330,98 pontos e a maioria dos índices nacionais marca ganhos acima de 1% nesta que é a última sesão antes da pausa de quatro dias devido à Páscoa. Nos mercados europeus a negociação só regressa na terça-feira.
A petrolíferas estão a comandar os ganhos dos índices, numa sessão em que o Brent em Londres dispara 3% para 33,85 dólares devido aos sinais de acordo na OPEP+ para cortar a produção de petróleo.
Além da reunião da OPEP+, os investidores estão também de olhos postos no novo encontro dos ministros das Finanças da Zona Euro para encontrar um entendimento sobre que medidas podem avançar para contrariar os efeitos da pandemia na economia.
O petróleo está a registar fortes subidas nos mercados internacionais, devido aos sinais de que os maiores produtores mundiais desta matéria-prima vão chegar a um entendimento para reduzir a produção e controlar os preços.
Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) valoriza 5,46% para 26,46 dólares enquanto em Londres o Brent soma 3,05% para 33,84 dólares, depois de a Rússia ter dito estar pronta para cortar a produção em 1,6 milhões de barris por dia, ou 15% da sua oferta total.
A reunião da OPEP e seus aliados, que se realizará esta quinta-feira será para discutir uma "redução massiva da produção, que pode chegar a 10 milhões de barris por dia", afirmou o ministro da Energia da Argélia, que detém a presidência rotativa da OPEP, em declarações à agência de notícias estatal do seu país.
A reunião virtual desta quinta-feira está prevista para as 14:00 TMG (mais uma hora em Lisboa). No dia seguinte, Sexta-feira Santa, a Arábia Saudita realizará uma videoconferência (entre as 12:00 e as 14:00 TMG) com os ministros da Energia do G20 de modo a "assegurar a estabilidade do mercado energético", segundo um documento interno a que a Reuters teve acesso.
Os juros da dívida dos países do euro seguem sem tendência definida esta quinta-feira, dividindo-se entre ganhos e perda pouco acentuadas.
Em Portugal, a yield associada às obrigações a dez anos desliza 0,5 pontos para 0,959%, enquanto em Espanha, na mesma maturidade, os juros sobem 0,4 pontos para 0,834%.
Em Itália, os juros avançam 3,8 pontos para 1,685% e na Alemanha deslizam 0,4 pontos para -0,317%.
Esta evolução acontece no dia em que o Eurogrupo vai prosseguir as discussões sobre um plano conjunto de combate aos efeitos do coronavírus na economia. Além do pacote de 540 mil milhões de euros para apoiar os Estados-membros e criar redes de proteção para empresas e trabalhadores, os ministros das Finanças da UE pretendiam também avançar no desenho de um plano de recuperação económica "amplo e coordenado", como adiantou Mário Centeno, líder do Eurogrupo, antes ainda da maratona negocial começar. Centeno prometeu mesmo o "pacote mais amplo e ambicioso" já aprovado pelo Eurogrupo.
O ouro está a subir depois de duas sessões de quedas, preparando-se para fechar a semana em alta, numa altura em que os receios em torno do impacto da pandemia na economia continuam a pesar nas apostas dos investidores.
Os bancos de Wall Street antecipam que o surto vai "roubar" 5 biliões de dólares ao crescimento global nos próximos dois anos, mais do que o PIB anual do Japão. Os casos de infetados, a nível mundial, já superam 1,5 milhões, menos de uma semana depois de se ter ultrapassado a barreira do milhão.
Nesta altura, o metal amarelo ganha 0,64% para 1.656,81 dólares enquanto a prata valoriza 1,22% para 15,1385 dólares.
O índice que mede a evolução do dólar face às principais congéneres mundiais está em baixa ligeira depois de as atas da última reunião da Fed terem revelado que o banco central dos Estados Unidos considera que a incerteza quanto à pandemia da covid-19 representa "um sério perigo para as perspetivas económicas".
"Todos os participantes viram que as perspetivas de curto prazo para a economia dos Estados Unidos (EUA) se deterioraram acentuadamente nas últimas semanas e se tornaram profundamente incertas", refere a ata da reunião do comité de política monetária, que decidiu baixar as taxas de juro, pela segunda vez em duas semanas.
O euro, por seu lado, sobe 0,10% face à nota verde para 1,0870 dólares.
As bolsas do outro lado do Atlântico seguem a ganhar terreno na última sessão da semana, apesar do forte aumento dos pedidos de subsídio de desemprego nos EUA.
O Dow Jones segue a somar 1,31% para 23.741,34 pontos e o Standard & Poor’s 500 avança 1,23% para 2.783,85 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite ganha 1,08% para se fixar nos 8.174,59 pontos.
Os novos pedidos de subsídio de desemprego, feitos na semana terminada a 4 de abril, ascenderam a 6,6 milhões – o segundo número mais alto de sempre (desde que o Departamento norte-americano do Trabalhou começou a recolher estes dados, em 1967) e muito acima da estimativa média dos economistas inquiridos pela CNN, que apontavam para mais 5,25 milhões de pedidos.
Nas últimas 3 semanas, os novos pedidos de subsídio ascendem assim a 16,8 milhões (10% da força laboral nos EUA), já que cerca de 10 milhões de pessoas tinham solicitado subsídio de desemprego nas duas últimas semanas de março.
Apesar de os dados do mercado de trabalho não terem sido risonhos, o sentimento positivo dos investidores deve-se sobretudo a dois fatores: a desaceleração do número de novos casos de covid-19 e um programa de apoio à economia anunciado pela Reserva Federal norte-americana, no valor de 2,3 biliões de dólares – que a Fed planeia injetar nas empresas e governos estaduais.
Por esta altura, o euro aprecia 0,70% para os 1,0934 dólares.
O dólar perdeu ainda mais valor face à moeda europeia, após a Fed ter anunciado uma nova bazuca para conter o impacto do coronavírus na maior economia do mundo, com foco no apoio aos governos locais e às pequenas e médias empresas.
A beneficiar está também a libra, que estendeu os ganhos e aprecia agora 0,8% para os 1,2481 dólares, o que representa um máximo de três semanas.
O valor atingido hoje pelo metal precioso representa um máximo de um mês e uma quebra num ciclo de duas sessões consecutivas a desvalorizar.
O ouro, considerado um ativo de refúgio com maior procura em alturas de maior turbulência nos mercados, não escapou ao "sell-off" dos mercados no mês passado, mas tem conseguido recuperar em linha com o que sucede no mercado de ações.
O índice que reúne as 600 maiores cotadas europeias, o Stoxx600, terminou a semana dos mercados - que é mais curta por ocasião da sexta-feira santa - em alta. Esta é a quarta sessão consecutiva deste índice europeu no verde, ilustrando uma semana marcada por sinais de que a pandemia de covid-19 está a abrandar nalguns dos principais epicentros.
Esta quinta-feira chegou a cereja em cima do bolo, com a Reserva Federal norte-americana a anunciar que planeia injetar nas empresas e governos estaduais um apoio de 2,3 biliões de dólares, contrariando desta forma o pessimismo que poderia vir associado a um novo aumento dos pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos, que cresceram em quase 17 milhões nas últimas três semanas.
Ainda na rubrica dos estímulos, o Eurogrupo volta a reunir-se, depois de as negociações da passada terça-feira terem falhado, com o objetivo de avançar com o "pacote mais amplo e ambicioso" que alguma vez foi aprovado por este órgão, de acordo com o presidente do Eurogrupo e ministro das Finanças português, Mário Centeno.
Desta forma, o Stoxx600 fechou a ganhar 1,56% para os 331,76 pontos, um registo semelhante ao de Paris, Amesterdão e Madrid. O alemão DAX supera os 2% e o britânico "footsie" atingiu quase uma subida de 3%. O português PSI-20 superou o geral das praças com uma valorização acima de 3%.
Depois de na passada terça-feira terem falhado em alcançar um entendimento, desta vez prevê-se que o resultado seja diferente.
Os juros a dez anos da referência para o bloco, a Alemanha, estão a cair 4,2 pontos base para os -0,355%. Nos juros periféricos, os de Portugal com a mesma maturidade perdem 7,3 pontos base para os 0,891% e os de Itália caem 6,1 pontos base para os 1,584%.
O Dow Jones encerrou a somar 1,22% para 23.719,37 pontos e o Standard & Poor’s 500 avançou 1,45% para 2.789,82 pontos. Na semana, o S&P 500 valorizou 12,1%, naquele que é o maior ganho dos últimos 46 anos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite ganhou 0,77% para se fixar nos 8.153,57 pontos.
Na última hora de negociação estiveram a ceder parte das subidas, mas depois ganharam de novo força e o saldo semanal foi também positivo – as bolsas, recorde-se, estarão encerradas na Sexta-feira Santa.
A animar o sentimento dos investidores esteve a desaceleração do número de novos casos de covid-19, mas o que mais impulsionou foi o anúncio de um programa de apoio à economia anunciado pela Reserva Federal norte-americana, no valor de 2,3 biliões de dólares – que a Fed planeia injetar nas empresas e governos estaduais.