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Fed anuncia novo programa de 2,3 mil milhões para apoiar estados e PME
A Reserva Federal dos Estados Unidos revelou alguns pormenores do seu plano de 2,3 biliões de dólares que visa apoiar os estados mais populosos do país e as empresas que tenham até 10.000 funcionários.
Nesta quinta-feira, a instituição liderada por Jerome Powell disse que ia trabalhar com os bancos para disponibilizar empréstimos de 4 anos às empresas que empreguem até 10.000 funcionários e com menos de 2,5 mil milhões de dólares em lucro referente a 2019.
"A maior prioridade do nosso país deve ser lidar com esta crise de saúde pública, cuidando dos doentes e limitando a disseminação do vírus", disse o presidente da Fed, Jerome Powell, acrescentando que "o papel da Fed é proporcionar o máximo de alívio e estabilidade possível durante este período de atividade económica restrita, e as nossas ações de hoje vão ajudar a garantir que a eventual recuperação seja o mais vigorosa possível".
Os empréstimos corporativos serão efetuados através do Main Street Lending Program no valor de até 600 mil milhões de dólares para pequenas e médias empresas. O Departamento do Tesouro, através do financiamento do Coronavirus Aid, vai providenciar mais 75 mil milhões de dólares.
Ao nível dos governos locais, a Reserva Federal vai disponibilizar um mecanismo de liquidez municipal de 500 mil milhões de dólares em empréstimos para estados e municípios. Para além disso, o Departamento do Tesouro vai fornecer ainda um pacote de 35 mil milhões de dólares.
A Fed disse também que vai expandir o anterior programa anunciado de empréstimos a empresas para incluir algumas classes de dívida mais arriscadas e que tinham sido excluídas.
À boleia desta bazuca da Reserva Federal dos Estados Unidos, os três principais índices de Wall Street acordaram a negociar em alta nesta quinta-feira. O Dow Jones segue a somar 1,31% para 23.741,34 pontos, o Standard & Poor’s 500 avança 1,23% para 2.783,85 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite ganha 1,08% para se fixar nos 8.174,59 pontos.
O coronavírus provocou uma enorme subida nos pedidos para o subsídio de desemprego, que na semana terminada a 4 de abril, ascenderam a 6,6 milhões – o segundo número mais alto de sempre (desde que o Departamento norte-americano do Trabalho começou a recolher estes dados, em 1967) e muito acima da estimativa média dos economistas inquiridos pela CNN, que apontavam para mais 5,25 milhões de pedidos.
Nas últimas 3 semanas, os novos pedidos de subsídio ascendem assim a 16,8 milhões (10% da força laboral nos EUA), já que cerca de 10 milhões de pessoas tinham solicitado subsídio de desemprego nas duas últimas semanas de março.
(Notícia atualizada)