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Ao minuto13.06.2024

Fantasma de Le Pen e tarifas sobre carros chineses derrubam bolsas europeias

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.

Brendan Mcdermid/Reuters
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13.06.2024

Fantasma de Le Pen e tarifas sobre carros chineses derrubam bolsas europeias

As principais bolsas europeias fecharam esta quinta-feira com quedas pesadas, pressionadas pelos receios quanto à instabilidade política em França e pela decisão da UE de impor tarifas adicionais sobre a importação de automóveis e componentes oriundos da China.

A possibilidade de a União Nacional, de Marie Le Pen, vencer as legislativas francesas de 30 de junho - convocadas por Emmanuel Macron após a expressiva derrota nas eleições europeias de dia 9 - está a deixar os investidores nervosos. 

Os mercados temem que a ingovernabilidade na segunda maior economia da Zona Euro se reflita no crescimento económico e na trajetória de redução do défice orçamental gaulês.

Por outro lado, as tarifas adicionais a aplicar às importações de veículos e componentes automóveis provenientes da China castigou as ações das fabricantes automóveis.

Assim, o índice pan-europeu Stoxx600 caiu 1,31%, para os 516,04 pontos, com todos os setores no vermelho. As maiores quedas verificaram-se na banca e no setor automóvel, com perdas de 2,39% e de 2,3%, respetivamente.

As perdas destes setores refletiu-se no desempenho dos índices onde os bancos e as fabricantes automóveis têm maior peso. O italiano FTSEMib caiu 2,18%, enquanto o parisiense CAC-40 perdeu 1,99% e o alemão DAX-30 recuou 1,96%. 

O espanhol IBEX-35, onde a banca tem forte peso, cedeu 1,59%, ao passo que em Amesterdão o AEX caiu 0,77%. O britânco FTSE-100 deslizou 0,63%.

13.06.2024

Petróleo cede pressionado por uma Fed mais "hawkish"

A conjugação de fatores de peso, como as tensões no Médio Oriente e o corte de oferta da OPEP+, está a dar gás ao crude.

O petróleo estava a negociar em baixa esta quinta-feira, depois de a Reserva Federal ter indicado que espera apenas um corte das taxas de juro diretoras este ano. 

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, cede 0,37% para 78,21 dólares por barril. Já o barril de Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, desvaloriza 0,25% para 82,39 dólares.

O sentimento foi afetado pelas declarações do presidente da Reserva Federal Jerome Powel, disse Jim Ritterbusch, presidente da Ritterbusch and Associates, à Reuters:"os comentários de ontem do presidente da Fed, implicando que não existe um prazo definitivo para a redução das taxas, parecem ter colocado uma pressão adicional sobre a energia".

13.06.2024

Ouro escorrega em mina chilena congelada da Gold Fields

O ouro está a desvalorizar, num dia em que o mau tempo no Chile fez a Gold Fields encerrar a sua mina de ouro.

O metal amarelo desvaloriza 0,78% para 2.306,92 dólares por onça.

A afetar a negociação esteve o encerramento da mina da Gold Fields no Chile devido ao mau tempo. Em resultado, a empresa baixou a sua previsão anual de produção de ouro para um intervalo entre 2,2 milhões a 2,3 milhões de onças.

13.06.2024

Juros elevados por mais tempo dão força ao dólar

Entre 14 e 21 de maio o índice do dólar cedeu 0,14%, à boleia dos “short-sellers”.

O dólar ganha força com a perspetiva de que as taxas de juro de referência se mantenham elevadas por mais tempo. O índice da Bloomberg que compara a nota verde contra um cabaz de divisas internacionais sobe 0,417%. Na comparação com a moeda única, o euro deprecia-se 0,41% para 1.0765 dólares.

É esperado que o dólar beneficie do ajustamento que os mercados estão a fazer depois da reunião de ontem da Reserva Federal (Fed) norte-americana. As expectativas estão a ser revistas em baixa após o presidente Jerome Powell ter apontado para um corte de juros este ano, em vez dos dois esperados pelo mercado.

"Os mercados ainda estão a prever quase totalmente dois cortes nas taxas de juro por parte da Fed, o que poderia aumentar o apelo relativo da taxa do dólar americano", explicou, em declarações à Bloomberg, Valentin Marinov, responsável pela investigação e estratégia cambial do G-10 no Credit Agricole.

A travar maiores ganhos da moeda norte-americana estão os dados do índice de preços no produtor, cuja inesperada queda deu alguma força à perspetiva de que a Fed acabe por cortar juros mais vezes do que o antecipado neste momento.

13.06.2024

"Spread" de França no valor mais elevado desde 2017

Emmanuel Macron dissolveu o Parlamento e convocou eleições antecipadas, mas garante que não se demite.

A perceção do risco de França pelos investidores está no valor mais elevado desde 2017. Os juros da dívida gaulesa a 10 anos seguem a agravar-se cinco pontos base para 3,19%, mantendo a tendência negativa desde o início da semana.

A ascenção da extrema direita que levou o Presidente Emmanuel Macron a dissolver o Parlamento e a anunciar eleições antecipadas está a gerar preocupações sobre um período prolongado de incerteza.

Com as Bunds alemãs a beneficiarem de um alívio de dois pontos base para 2,51%, o "spread" entre as "yields" dos dois países aproxima-se de máximos de 2017. Este diferencial é visto como um importante indicador do risco de cada país.

Além disso, França fica assim a apenas um ponto base de Portugal. A "yield" das obrigações portuguesas a 10 anos sobem 3 pontos base para 3,20%.

Entre os restantes países do sul da Europa, o juro de Espanha avança 3 pontos base para 3,34% e o de Itália 5 pontos para 3,97%. A dívida da Grécia com a mesma maturidade negoceia nos 3,66%, mais 6 pontos base do que na última sessão.

13.06.2024

Wall Street mista com preços no produtor entusiasmantes depois de uma Fed "hawkish"

As ações norte-americanas abriram mistas, depois da queda inesperada dos preços no produtor dos EUA. A evolução alimentou as esperanças que as pressões inflacionistas estejam a abrandar e que a política monetária da Reserva Federal (Fed) se torne mais acomodatícia. No entanto, o banco central norte-americano indicou ontem que só espera um corte nas taxas de juro este ano. 

O industrial Dow Jones desce 0,31% para os 38.592,53 pontos. Em sentido contrário, o "benchmark" S&P 500 soma 0,27% para os 5.435,86 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite aumenta 0,64% para os 17.720,98 pontos.

A influenciar as negociações está a leitura final do índice de preços no produtor (PPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, que diminuiu 0,2% em maio, face ao mês anterior, revelou o Gabinete de Estatística do Trabalho dos Estado Unidos. A evolução contrariou a expectativa de um aumento de 0,1%.

"O número do PPI de hoje só vai encorajar aqueles que não acreditaram na Fed ontem, quando disseram que só vão cortar as taxas uma vez este ano. Isso deve dar ganhos no curto prazo às ações", disse Matt Maley, estratega responsável pelos mercados na Miller Tabak + Co, à Bloomberg.

A Tesla destaca-se pela positiva no arranque da sessão, com ganhos de 5,94% para 31,75 dólares. Isto depois de Elon Musk ter dito que as propostas para ratificar a sua proposta de pacote salarial e mudar a sede legal de Delaware para o Texas estavam a ser aprovadas em "grande escala".

13.06.2024

Euribor a três meses cai para mínimo de quase um ano

Mudanças de banco, mais reembolsos antecipados e menos novo crédito concedido (principalmente a taxas fixas ou mistas): este é o retrato do mercado de crédito no ano passado.

A taxa Euribor desceu esta quinta-feira a três, a seis e a 12 meses face a quarta-feira e no prazo mais curto para um novo mínimo desde 31 de julho de 2023.

Com as alterações de hoje, as Euribor continuaram em valores muito próximos, mas a taxa a três meses, que baixou para 3,719%, ficou abaixo da taxa a seis meses (3,743%) e acima da taxa a 12 meses (3,678%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, baixou hoje para 3,743%, menos 0,005 pontos, depois de ter subido em 18 de outubro para 4,143%, um máximo desde novembro de 2008.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do "stock" de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,1% e 25%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, recuou hoje para 3,678%, menos 0,041 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses desceu, ao ser fixada em 3,719%, menos 0,001 pontos e um novo mínimo desde 31 de julho de 2023, depois de ter avançado em 19 de outubro para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

O BCE desceu na semana passada as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 18 de julho. Esta descida das taxas diretoras deverá provocar um recuo a um ritmo moderado das taxas Euribor e assim baixar a prestação do crédito à habitação.

13.06.2024

Dólar na linha d'água e ouro a cair

O dólar segue na linha d'água face ao euro enquanto os investidores digerem a reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) dos EUA. A moeda única cede 0,02% contra o par norte-americano para 1,0805 euros.

"O índice do dólar recuperou cerca de metade das perdas sofridas na sequência da leitura de ontem do índice de preços no consumidor de maio, mais suave do que o esperado. A impulsionar essa recuperação esteve a reunião de do FOMC e a conferência de imprensa, onde parecia que a principal mensagem do presidente Powell era que as previsões de inflação estavam a ser revistas em alta e que o ciclo de flexibilização da Reserva Federal poderia ser adiado", explica Chris Turner, global head of markets do ING numa nota.

O analista sublinha que Powell tinha-se mostrado "dovish" nas últimas quatro conferências de imprensa e admite que o líder possa ter sentido que não tinha espaço para manter esse posicionamento dada a nova previsão de inflação e o ajustamento feito ao "dot plot".

A Fed deverá deixar assim para setembro uma descida de juros, depois de o Banco Central Europeu (BCE) já o ter feito no início deste mês. Este desalinhamento é propício à desvalorização do euro face ao dólar, o que torna os investimentos cotados na divisa dos EUA mais caros para quem compra noutras moedas. Neste sentido, o ouro segue a desvalorizar, estando a negociar a perder 0,3% para 2.315,54 dólares por onça.

13.06.2024

Preocupações com fraca procura fazem cair preços do petróleo

A conjugação de fatores de peso, como as tensões no Médio Oriente e o corte de oferta da OPEP+, está a dar gás ao crude.

O petróleo desvaloriza esta quinta-feira nos mercados internacionais face a um aumento inesperado nos "stocks" de crude nos EUA que coincidiu com uma revisão em baixa, feita pela Agência Internacional de Energia (AIE), da previsão de crescimento da procura pela matéria-prima em 2024.

Apesar disso, maiores descidas nos preços foram travadas pela queda do dólar norte-americano na sequência de dados de inflação mais fracos do que o esperado, mesmo com a Fed a reduzir as perspectivas de cortes nas taxas de juro em 2024.

O crude West Texas Intermediate (WTI) negociado nos Estados Unidos desvaloriza 0,37% para 78,21 dólares por barril. Já o brent negociado em Londres - que serve de referência às importações europeias - recua 0,31% para 82,34 dólares por barril.

Dados oficiais mostraram na quarta-feira que os inventários de petróleo dos EUA cresceram inesperadamente em 3,7 milhões de barris na primeira semana de junho, muito acima dos 1,2 milhões de barris esperados. O aumento da quantidade de destilados e gasolina também suscitou preocupações de que a procura de combustível não estivesse a aumentar como esperado para a época de verão.

Esta subida foi conhecida quando a AIE reduziu em baixa as perspectivas de crescimento da procura em 100.000 barris por dia, para 960.000 barris por dia em 2024. A AIE também advertiu que espera que a procura global de petróleo atinja o seu pico em 2029 e comece a contrair-se nos anos seguintes.

13.06.2024

Dívida da UE desvaloriza após rejeição do MSCI

Tem havido pressão na UE para que as medidas previstas não entrem em vigor antes dos EUA.

As obrigações da União Europeia desvalorizam esta quinta-feira depois de terem saído defraudadas as expectativas de que fossem adicionadas aos principais índices de referência soberanos.

A "yield" da dívida a 10 anos sobe seis pontos base para 3,15%, liderando as perdas na região, depois de a MSCI ter anunciado na quarta-feira que não vai acrescentar a dívida do bloco à sua gama de índices de obrigações soberanas por recebido respostas divididas à consulta que fez sobre o assunto.

A UE é atualmente tratada como um emitente supranacional pelos gestores de índices, o que o bloco considera como uma das principais razões para ter custos de financiamento mais elevados do que os governos europeus com notação semelhantes.

A rejeição põe fim a uma onda de especulação de que o bloco poderia vir a ser adicionado aos índices de referência soberanos mais seguidos do MSCI e de outros gestoras de índice. Esta expectativa tinha vindo a ajudado as obrigações a valorizar nos últimos meses.

Além desta notícia, o mercado obrigacionista está a ser influenciado pela reunião da Fed, que espoletou uma forte queda nas "yields" globais face à expectativa de que os bancos centrais alinhem na estratégia de cortar taxas de juro na segunda metade do ano.

De acordo com a ferramenta CME Fed Watch, as probabilidades de uma redução das taxas da Fed em setembro e dezembro são de 56% e 42%, respetivamente. A "yield" das Treasuries norte-americanas a 10 anos cedeu 10 pontos base para 4,31%, o que levou a um movimento semelhante nos mercados europeus, em particular no Reino Unido.

As gilts britânicas com a mesma maturidade recuam 14 pontos base para 4,13%, o valor mais baixo em quase um mês. A "yield" das alemãs Bunds avança 2,6 pontos para 2,56% e as francesas sobem 2,2 pontos para 3,181%. Já a dívida pública portuguesa agrava-se em 3 pontos base para 3,2%.

13.06.2024

Europa volta a negociar em terreno negativo

O BBVA deu o pontapé de saída no pagamento de dividendos do Euro Stoxx 50 e até meados de junho a “época” fica terminada.

Após um dia de pausa na série de perdas - quarta-feira a sessão foi em alta -, as principais praças europeias regressaram a terreno negativo. Os investidores na Europa parecem estar a reagir com cautela à reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana.

Tal como esperado, a Fed decidiu manter os juros inalterados, mas o "dot plot" - o mapa que mostra como cada decisor estima os futuros movimentos nos juros diretores - aponta agora para apenas um corte de juros em 25 pontos base este ano. O Jerome Powell afirmou que as leituras mais recentes da inflação mostram algum alívio, mas ainda não dão a "confiança necessária" para cortar juros.

A Fed atualizou também as suas projeções para a inflação, medida pelas despesas de consumo privado (PCE na sigla em inglês), e está menos otimista, antecipando que esta se situe em 2,6% este ano - em março estimava 2,4% - e desacelere para 2,3% em 2025 (previa 2,2% em março) e atingindo a meta dos 2% apenas em 2026 (tal como já projetava em março).

Os EUA, Wall street reagiu com entusiasmo, com o S&P e o Nasdaq a alcançarem máximos históricos. O sentimento alastrou-se às praças asiáticas, por via do setor tecnológico, mas não chegou à Europa, onde os investidores têm mostrado preocupações com a situação política em França.

O índice pan-europeu Stoxx 600 recua 0,23%. O alemão Dax perde 0,33%, o francês CAC 40 recua 0,29%, o espanhol Ibex 35 cede 0,06% e o português PSI 0,1%. Fora da Zona Euro, o britânico FTSE 100 perde 0,11%. A exceção é o neerlandês AEX, que ganha 0,12%.

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