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Europa mista. Stoxx 600 com maior ganho semanal desde março
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta sexta-feira.
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Europa mista. Stoxx 600 com maior ganho semanal desde março
As bolsas europeias encerraram mistas, num dia em que ganhou força a perspetiva de que a Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos poderá já ter terminado o ciclo de subidas dos juros.
A expectativa acentuou-se depois de novos dados económicos mostraram que a criação do emprego do outro lado do Atlântico aumentou a um ritmo mais lento do que o antecipado. No total, foram criados 150 mil postos de trabalho em outubro, abaixo dos 180 mil esperados pelos economistas ouvidos pela Bloomberg.
O Stoxx 600, referência para a região, valorizou 0,17% para 444,24 pontos, com todos os setores, menos o petróleo & gás, a registarem ganhos. Os setores do imobiliário e o das viagens foram os que mais subiram (3,06% e 1,73%, respetivamente), enquanto o do petróleo & gás caiu 2,22%.
No acumulado da semana, o índice de referência conseguiu mesmo o maior ganho desde março deste ano, com uma valorização de 3,41%.
Entre as principais movimentações, a BMW subiu 2,04% depois de ter apresentado os resultados do terceiro trimestre. A margem operacional da fabricante de automóveis aumentou mais do que o esperado, com a venda de veículos "premium" a aliviarem as perspetivas de menor procura para a indústria.
Em sentido contrário, a dinamarquesa A.P Moeller-Maersk desvalorizou 16,93% depois de anunciar que planeia cortar pelo menos 10 mil postos de trabalho de forma a proteger os lucros da empresa.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax 30 somou 0,3%, o italiano FTSE Mib valorizou 0,69%, o espanhol Ibex 35 cresceu 0,36% e o AEX, em Amesterdão, avançou 0,04%. Já o francês CAC-40 deslizou 0,19% e o britânico FTSE Mib recuou 0,39%.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas aliviaram, num dia em que os investidores continuaram a privilegiar ativos mais seguros, como é o caso das obrigações. Isto apesar de as bolsas europeias negociarem maioritariamente com ganhos.
A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos caiu 8,8 pontos base para 3,294% e a das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, aliviou 7,2 pontos base para 2,642%.
A rendibilidade da dívida soberana italiana recuou 11,9 pontos base para 4,500%, os juros da dívida francesa desceram 8,3 pontos base para 3,233% e os juros da dívida pública espanhola caíram 8,6 pontos base para 3,677%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica a dez anos aliviaram 9,6 pontos base para 4,282%.
Euro sobe mais de 1% face ao dólar
O euro está a valorizar face ao dólar, que acentuou as perdas depois de dados do emprego menos robustos do que o antecipado nos Estados Unidos.
A moeda única europeia soma 1,02% para 1,0730 dólares.
A queda no número de empregos criados em outubro (150 mil) está a dar força à perspetiva de que a Fed poderá ter atingido o pico do ciclo de subidas dos juros, o que está a reduzir o apetite pela divisa norte-americana.
O dólar está mesmo a caminho de terminar a pior semana face ao euro desde julho.
Ouro valoriza após dados do emprego menos robustos
O ouro está a valorizar, depois da divulgação dos dados do emprego relativos a outubro. A economia norte-americana criou 150 mil postos de trabalho, abaixo do valor registado no mês anterior e das expectativas dos analistas ouvidos pela Bloomberg (180 mil).
Além de terem sido criados menos postos de trabalho, a taxa de desemprego subiu ligeiramente (de 3,8% para 3,9%), o que está ser visto como um dado que irá aliviar a pressão sobre a Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos para continuar a subir os juros.
E a perspetiva deu força ao ouro, que está a beneficiar de um dólar mais fraco. Isto porque uma moeda norte-americana mais fraca tende a impulsionar o metal amarelo, que, por ser cotado em dólares, se torna mais atrativo para quem negoceia com outras moeda.
O ouro soma 0,48% para 1,995.41 dólares por onça e a platina cresce 0,8% para 932,74 dólares, enquanto o paládio desvaloriza 0,54% para 1.109,78 dólares.
Dados do emprego menos robustos lançam Wall Street para o verde
As bolsas norte-americanas abriram em terreno positivo, num dia em que os investidores digeriram dados do emprego menos robustos do que o antecipado.
A economia dos Estados Unidos criou 150 mil postos de trabalho em outubro, abaixo dos 297 mil criados em setembro e dos 180 mil previstos pelos analistas da Bloomberg. Já a taxa de desemprego subiu para os 3,9%, valor que compara com 3,8% no mês anterior.
Estes dados estão a dar força à perspetiva de que a Reserva Federal (Fed) norte-americana estará prestes a terminar o ciclo de subidas das taxas de juro. Isto depois de, após a reunião de novembro - em que o banco central manteve os juros inalterados - o presidente da Fed, Jerome Powell, ter sinalizado que não está confiante de ter atingido o pico dos juros.
O S&P 500 sobe 0,85% para 4.354,34 pontos, o tecnológico Nasdaq Composite soma 0,94% para 13.419,18 pontos e o industrial Dow Jones valoriza 0,51% para 34.011,10 pontos.
"O relatório sobre o emprego é perfeito para um 'rally' nos ativos de risco", afirmou Chris Zaccarelli, responsável pela área de investimento do Independent Advisor Alliance, em declarações à Bloomberg. Segundo o especialista, o crescimento mais lento da criação de emprego aliado a uma taxa de desemprego ligeiramente mais alta são "o tipo de dados que vão manter a Fed em suspenso", o que deverá impulsionar os preços das ações e das obrigações.
Euribor desce a três, a seis e a 12 meses
A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses face a quinta-feira.
Com as alterações de hoje, a taxa Euribor a 12 meses voltou a ficar pela quinta sessão consecutiva com um valor inferior ao da taxa a seis meses.
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje para 4,004%, menos 0,008 pontos do que na quinta-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal referentes a agosto de 2023, a Euribor a 12 meses representava 38,7% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,4% e 23,2%, respetivamente.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, também recuou hoje, para 4,062%, menos 0,010 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses caiu hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,956%, menos 0,018 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas.
A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa com ganhos mornos. BMW acelera mais de 2% à boleia das contas
Os investidores começaram o dia com ganhos ligeiros, numa altura em que o mercado acompanha os dados macroeconómicos e o desenrolar da época de resultados na Europa e nos EUA.
O "benchmark" europeu Stoxx 600 valoriza 0,48% para 445,61 pontos. Entre os 20 setores que compõem o índice de referência, automóvel, viagens, imobiliário e banca lideram ganhos.
Entre as principais praças europeias, Madrid avança 0,31%, Frankfurt sobe 0,47% e Paris cresce 0,20%.
Londres sobe 0,43%, Amesterdão valoriza 0,23% e Milão soma 0,62%. Por cá, a bolsa de Lisboa acompanha esta tendência e cresce 0,46%.
Os investidores estão atentos às ações da BMW que aceleram 2,78%, depois de ter reportado uma subida nas vendas dos veículos elétricos, que impulsionaram as margens da fabricante automóvel.
Já a Moller-Maersk afunda 11,93%, depois de ter anunciado 10 mil postos de trabalho, de forma a cortar nos custos e proteger a rendibilidade da empresa.
Além da época de resultados o mercado está a digerir os dados macroeconómicos da Alemanha e à espera dos números dos EUA e da Europa.
As exportações alemãs caíram 2,4% em setembro, face ao mês anterior. As importações deslizaram 1,7%.
Esta sexta-feira, os investidores ficam a conhecer a taxa de desemprego na Zona Euro referente. É ainda conhecida a taxa de desemprego em outubro em Espanha.
O mercado aguarda ainda os dados da criação de emprego, taxa de desemprego e evolução dos salários relativos a outubro, de forma a encontrar sinais sobre o futuro dos juros diretores nos EUA, que possam confirmar (ou não) a expectativa de que o ciclo de aperto monetário da Fed está perto do fim.
Juros aliviam na Zona Euro. "Yield" alemã contraria pressionada por exportações
Os juros das principais dívidas da Zona Euro aliviam, à exceção da "yield" alemã, numa altura em que os investidores continuam a acompanhar a época de resultados e a divulgação de dados macroeconómicos nos EUA e na Europa.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – referência para o mercado europeu – agrava-se 0,2 pontos base para 2,715%. As exportações alemãs caíram 2,4% em setembro, face ao mês anterior. As importações deslizaram 1,7%.
Já os juros da dívida portuguesa que vence em 2033 cedem 3,3 pontos base para 3,348%.
A rendibilidade das obrigações espanholas a 10 anos subtraem 0,7 pontos base para 3,755%.
A "yield" dos títulos italianos com a mesma maturidade recua 2 pontos base para 4,598%.
Esta sexta-feira, os investidores ficam a conhecer a taxa de desemprego na Zona Euro referente. É ainda conhecida a taxa de desemprego em outubro em Espanha.
O mercado aguarda ainda os dados da criação de emprego, taxa de desemprego e evolução dos salários relativos a outubro, de forma a encontrar sinais sobre o futuro dos juros diretores nos EUA, que possam confirmar (ou não) a expectativa de que o ciclo de aperto monetário da Fed está perto do fim.
Powell deixa mercado de cambial "com pico de açúcar". Dólar em queda
O dólar foi o foco das atenções no mercado cambial esta semana, já que a mais recente decisão da Fed e as declarações do seu presidente Jerome Powell deixaram no ar a impressão de que o ciclo de aperto monetário nos EUA está perto do fim.
A nota verde cede 0,08% para 0,9410 euros, estando a perder 0,58% no acumulado da semana.
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra um cabaz de outras divisas – negoceia na linha de água (0,02%) para 106,142 pontos, estando prestes a registar a maior queda semanal desde julho (-0,8%).
"Os mercados continuam com o pico de açúcar da reunião desta semana da Fed, quando Powelll deu a entender que a Fed pode estar a fechar o ciclo", considera Michael Wan, analista sénior do mercado cambial do MUFG Bank, numa nota de "research", citada pela Bloomberg.
Ouro perde 1% na semana ofuscado por ativos de risco
O ouro está prestes a fechar esta semana em terreno negativo, numa altura em que a procura por ativos refúgio dá lugar ao apetite por ativos com maior perfil de risco, já que o conflito no Médio Oriente parece dar sinais de contenção.
Durante esta sexta-feira, o metal amarelo negoceia perto da linha de água, ao valorizar 0,06% para 1.986,91 dólares a onça. No acumulado da semana perdeu cerca de 1%.
Nas últimas três semanas, o metal amarelo somou mais de 9%.
No Médio Oriente, Israel não arreda pé da ofensiva terrestre, recusando um cessar-fogo, numa altura em que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, está prestes a visitar a região.
Petróleo prestes a fechar segunda semana de perdas
O petróleo está prestes a fechar uma segunda semana de perdas, numa altura em que os investidores acreditam que o conflito entre Israel e o Hamas está contido às fronteiras da região.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – valoriza 0,51% para 82,88 dólares por barril.
Por sua vez, o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – sobe 0,39% para 87,19 dólares por barril.
Os investidores estão ainda a avaliar os mais recentes dados sobre a procura de crude que dão sinais de fraqueza de procura norte-americana e chinesa.
A atividade industrial chinesa voltou a contrair em outubro, de acordo com os dados divulgados esta semana, enquanto a procura por combustível nos EUA se mantém em baixa. Por outro lado, as reservas de crude nos EUA estão em alta.
Europa aponta para terreno positivo e Ásia fecha no verde à boleia de maior apetite pelo risco
A Ásia encerrou a sessão no verde e a Europa aponta para terreno positivo, num dia marcado por um maior apetite pelo risco, numa altura em que se mantém a expectativa de que o ciclo de aperto monetário da Reserva Federal (Fed) norte-americana está perto do fim.
Pela China, Hong Kong valorizou 2,6% e Xangai somou 0,78%. No Japão, o Topix arrecadou 0,51% e o Nikkei subiu 1,10%.
Na Coreia do Sul, o Kospi arrecadou 1,08%.
Na Europa, os futuros sobre o Euro Stoxx 50 valorizam 0,6%. Esta sexta-feira é conhecida a taxa de desemprego na Zona Euro referente, bem como a balança comercial alemã, ambas referentes a setembro. É ainda conhecida a taxa de desemprego em outubro em Espanha.