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Bancos e defesa elevam Europa a novos patamares
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta terça-feira.
Bancos e defesa elevam Europa a novos patamares
As bolsas europeias voltaram a atingir máximos históricos esta terça-feira, com os investidores atentos as perspetivas de um cessar-fogo na Ucrânia e a continuarem a apostar no setor da defesa. Na segunda-feira, os líderes políticos europeus estiveram reunidos para discutir um possível reforço nas verbas da defesa, numa altura em que os EUA têm pressionado os países da NATO a aumentarem as suas contribuições.
O "benchmark" para a negociação europeia, o Stoxx 600, avançou 0,32% para 557,17 pontos – um novo recorde de fecho -, tendo chegado a tocar em máximos históricos de 557,96 pontos. Também o índice mais seleto, o Euro Stoxx 50, atingiu valores recorde, acumulando já ganhos anuais de 13%.
"O sentimento de mercado melhorou depois das negociações iniciais entre os EUA e a Rússia terem sido produtivas", começa por explicar Joachim Klement, analista da Panmure Liberum, à Bloomberg. No entanto, os investidores têm-se demonstrado mais céticos em relação a um cessar-fogo, uma vez que existem uma "miríade de obstáculos a ultrapassar e que vão necessitar da aprovação da Ucrânia" – que não participou nestas negociações.
Apesar do setor de defesa continuar o seu "rally" pelas bolsas europeias, foram os bancos que registaram o melhor desempenho do dia. De acordo com a Bloomberg, vários bancos centrais do bloco de 27 países pediram ao Banco Central Europeu (BCE) para simplificar as suas regras regulatórias, o que deu ímpeto às ações do setor.
Entre as principais movimentações de mercado, a Capgemini afundou 10,22% para 166,50 euros, depois de a gigante francesa de consultoria ter registado uma queda de 2% nas suas vendas o ano passado – apesar de o consenso do mercado ter apontado para uma redução ainda maior.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o espanhol IBEX 35 avançou 0,98%, o francês CAC-40 valorizou 0,21%, enquanto o italiano FTSEMIB ganhou 0,59%. Em contraciclo, o holandês AEX cedeu 0,16% e o britânico FTSE 100 encerrou praticamente inalterado, perdendo 0,41%.
Juros dividos entre ganhos e perdas na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro dividiram-se entre ganhos e perdas pouco substanciais esta terça-feira, numa altura em que os investidores mantêm estáveis as suas previsões para cortes nas taxas de juro até ao final do ano.
Pelo segundo dia consecutivo, um possível reforço nas verbas destinadas à defesa por parte dos países europeus continua no centro das atenções, com os mercados preocupados que um maior investimento se traduza numa maior emissão de dívida.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravaram-se em 0,1 pontos base, para 2,905%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento manteve-se inalterada nos 3,095%.
Por sua vez, as "yields" da dívidas francesa recuaram para 3,203%, enquanto os juros da dívida alemã, de referência para a região, cresceram 0,5 pontos base para 2,492%.
Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas, também a dez anos, registaram uma das maiores subidas entre os países europeus: 3 pontos para 4,555%. Este movimento acontece depois de novos dados económicos terem demonstrado um aumento dos salários e do emprego no país, que constituem argumentos para o banco central britânico ser mais cauteloso no seu ciclo de alívio das taxas de juro.
Euro em queda com investidores mais céticos em relação à paz na Ucrânia
O euro está a negociar em baixa esta terça-feira, numa altura em que continuam as negociações de paz entre os EUA e a Rússia sobre guerra na Ucrânia, mas com os investidores mais céticos quanto ao resultado.
A moeda comum europeia recua 0,19% para 1,0464 dólares, depois de, na semana passada, um maior otimismo em torno de uma resolução do conflito na Ucrânia ter impulsionado o euro para máximos de duas semanas.
Os investidores estão a reagir à reunião entre oficiais de topo dos EUA e da Rússia que aconteceu esta terça-feira. Os dois países reforçaram o seu compromisso em acabar o conflito que tem assolado a Europa há três anos, ao mesmo tempo que tentam normalizar as suas relações diplomáticas. No entanto, representantes ucranianos não estiveram presentes nestas negociações.
"Na semana passada, houve muito otimismo quanto à perspetiva de os EUA revelarem alguns contornos de um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia", explica Thierry Wizman, estratega da Macquarie, à Reuters. No entanto, "isso ainda não aconteceu e tem sido sobretudo o euro o mais prejudicado."
Fora da Europa, o dólar australiano atingiu máximos de dois meses esta manhã, depois do banco central australiano ter cortado nas taxas de juro, mas ter revelado preocupações com o futuro do ciclo de alívio monetário. No entanto, a posição do dólar norte-americano como ativo-refúgio em tempos de incerteza está a retirar força ao seu par australiano, com a moeda a recuar 0,08% para 0,6351 dólares.
Clima de incerteza aproxima ouro de máximos históricos
A onça de ouro continua a valorizar esta terça-feira, numa altura em que reina a incerteza em torno de uma possível guerra comercial entre os EUA e os seus parceiros comerciais.
A esta hora, o ouro avança 1,05% para 2.927,12 dólares por onça, aproximando-se cada vez mais dos máximos históricos que atingiu na semana passada (2.942,70 dólares). Além de beneficiar da sua posição como ativo-refúgio, o metal precioso está ainda a receber impulso por parte dos bancos centrais mundiais, que continuam a reforçar as suas reservas de ouro.
Os mercados esperam agora pela divulgação das atas da última reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana. Em janeiro, o banco central dos EUA decidiu manter as taxas de juro inalteradas num intervalo entre os 4,25% e 4,5% e os investidores esperam conseguir algumas pistas sobre o futuro da política monetária da maior economia do mundo.
"Se a economia começar a abrandar por causa das tarifas e afins, poderemos assistir a uma descida das taxas de juro", explicou Jim Wyckoff, analista de mercado da Kitco Metals, à Reuters. O ouro beneficia de uma política monetária mais flexível, uma vez que não rende juros.
Petróleo ganha impulso com ataque a oleoduto russo
O barril de petróleo está a negociar em alta esta terça-feira, numa altura em que os EUA e a Rússia estão a trabalhar para normalizar as suas relações diplomáticas e alcançar um cessar-fogo na Ucrânia. Ainda na Rússia, um ataque ucraniano a uma estação de bombeamento está a ameaçar a exportação de petróleo do Cazaquistão.
A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – sobe 1,33% para os 71,468 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 0,56% para os 75,64 dólares por barril.
"Com os preços mais fracos nas últimas semanas, as notícias de um ataque no oleoduto de exportação do Cazaquistão na Rússia foram o catalisador para que algum sentimento pessimista se dissipasse", explica o estratega da IG, Yeap Jun Rong, citado pela Reuters.
Já fora da Rússia, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os seus aliados estão a considerar adiar, pela quarta vez desde 2022, a introdução de mais petróleo no mercado, numa altura em que preocupações com o equilíbrio entre oferta e procura desta matéria-prima continua a preocupar os investidores. "A OPEP+ não quer que os preços desçam abaixo do intervalo de 70 a 74 dólares e está disposta a renunciar a uma maior quota de mercado para manter os preços mais elevados", afirma Arne Lohmann Rasmussen, analista da A/S Global Risk Management, à Bloomberg.
O petróleo arrancou o ano com grande volatilidade, numa altura em que as tarifas de Trump continuam a ameaçar o crescimento económico global e, por conseguinte, o consumo de crude.
Wall Street retoma negociação entre ganhos e perdas. Intel dispara mais de 7%
Os principais índices norte-americanos arrancaram a semana dividos entre ganhos e perdas, depois de terem estado encerrados na segunda-feira devido a um feriado nacional. Os investidores continuam atentos a possíveis desenvolvimentos em torno das tarifas de Donald Trump, presidente dos EUA, numa semana marcada pela divulgação das atas da última reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
O índice S&P 500 avança 0,13% para 6.122,63 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq sobe 0,75% para 20.094,77 pontos. Já o industrial Dow Jones perde 0,19% para 44.470,81 pontos.
Na última reunião de janeiro, o banco central norte-americano decidiu manter as taxas de juro inalteradas num intervalo entre os 4,25% e 4,5%. Esta segunda-feira, Christopher Waller, oficial da Fed, deu algum alento aos investidores, ao afirmar que as políticas protecionistas de Trump teriam apenas um impacto modesto nos preços – afastando receios de uma escalada inflacionista com o início de uma guerra comercial dos EUA com os seus parceiros.
Os mercados estão bastante divididos em relação ao percurso que a Fed vai adotar em relação as taxas diretoras este ano. Enquanto um corte de 25 pontos base já está completamente incorporado no mercado, os investidores apostam numa probabilidade de pouco mais de 50% de o banco central proceder com um segundo alívio em 2025.
Com esta época de contas quase no fim – mais de 380 empresas do S&P500 já apresentaram resultados ao mercado -, o foco dos investidores está centrado na gigante de retalho Walmart. As contas trimestrais da empresa costumam ser um indicador representativo e fiável do estado do consumo norte-americano e, caso fiquem acima das expectativas, podem ajudar os principais índices do país a encontrarem a sua direção, após um início de ano um pouco atribulado.
Entre as principais movimentações de mercado, a Intel cresce 7,10% para 25,28 dólares, depois do Wall Street Journal ter noticiado que as rivais da empresa – a Taiwan Semiconductor Manufacturing e a Broadcom – estão interessadas em comprar a gigante norte-americana e dividi-la em dois.
Já a Constellation Brands dispara 4,32% para 169,98 dólares, depois da Berkshire Hathaway, do investidor norte-americano Warren Buffet, ter revelado que aumentou a sua posição na empresa.
Euribor sobe a três e 12 meses e desce a seis meses
A Euribor subiu hoje a três e a 12 meses e desceu a seis meses em relação a segunda-feira.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 2,516%, continuou acima da taxa a seis meses (2,484%) e da taxa a 12 meses (2,444%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje para 2,484%, menos 0,005 pontos do que na segunda-feira.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a dezembro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,64% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,69% e 25,6%, respetivamente.
Em sentido contrário, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor subiu hoje para 2,444%, mais 0,020 pontos.
A Euribor a três meses também avançou hoje, ao ser fixada em 2,516%, mais 0,006 pontos que na segunda-feira.
A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e que não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%.
A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, foi fixada em 2,500% em janeiro de 2025.
Em termos mensais, a média da Euribor em janeiro voltou a descer a três e a seis meses, mas subiu a 12 meses, pela primeira vez depois de nove meses a cair.
Enquanto a média da Euribor a 12 meses subiu 0,089 pontos para 2,525% em janeiro, as médias a três e a seis meses continuaram a cair, designadamente, para 2,704%, menos 0,121 pontos percentuais do que em dezembro, e para 2,614%, menos 0,018 pontos.
Na reunião de política monetária de 30 de janeiro e como antecipado pelos mercados, o BCE baixou de novo, pela quarta reunião consecutiva, a principal taxa diretora em 25 pontos base.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 05 e 06 de março em Frankfurt.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Stoxx 600 e Ibex 35 tocam novos máximos históricos à boleia da defesa e banca
As principais bolsas europeias estão a negociar no vermelho esta terça-feira, à exceção do espanhol Ibex 35. No entanto, esta manhã, o "benchmark" da Europa atingiu um novo recorde à boleia das ações de defesa.
O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – cai agora modestos 0,09%, para os 554,94 pontos, minutos depois de ter tocado novos máximos históricos: 556,81 pontos. O ímpeto surge sobretudo do setor da defesa, que também está em recordes, após ter subido 4,6% esta segunda-feira. Desde o estalar da guerra da Ucrânia, há quase três anos, que este setor não subia tanto.
Os países da União Europeia estão a elaborar um plano para investir mais em defesa, depois de os EUA afastarem a ideia de gastarem mais para proteger a Ucrânia. Assim, os investidores têm apostado as fichas nas ações ligadas a este setor.
Também a bolsa de Espanha, o Ibex 35, estende o recorde ontem atingido. Esta segunda-feira, o setor da banca impulsionou o principal índice madrileno para o valor mais alto desde junho de 2008. O IBEX 35 ganha mais de 12% desde o início do ano e ontem superou os 13 mil pontos. Hoje, o índice avança para 13.093,50 pontos.
No setor da defesa, o destaque vai para a italiana Leonardo que sobe 1,4%, a sueca Saab que soma também mais de 1% e a britânica BAE Systems, que cresce 0,5%. A Rheinmetall e a Thyssenkrupp, que ontem registaram fortes avanços de 10% e 20%, estão agora a crescer perto de 2%.
Mas as ações ligadas ao setor da tecnologia pressionaram o Stoxx 600. A Capgemini cai mais de 6% depois de ter relatado uma quebra anual de 2% nas vendas, embora tenha superado as expectativas.
No turismo, a hoteleira IHG, dona do Holiday Inn, perdeu 1,3% após ter divulgado os resultados de 2024. Sediada em Londres, o Antofagasta ganha 2,5% já que o lucro anual subiu em 11%.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX desvaloriza 0,31%, o britânico FTSE 100 ganha 0,15%. Já o francês CAC-40 valoriza 0,02% e o italiano FTSEMIB ganha acima de 1%. Em contraciclo, a praça de Amesterdão perde ligeiramente.
Juros da dívida da Zona Euro continuam a subir
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro continuam a tendência de agravamento esta terça-feira, com os investidores preocupados que um maior investimento dos países da União Europeia em defesa signifique também uma maior emissão de dívida, afastando o apetite pelas obrigações.
"A contração conjunta de dívida pela União Europeia poderá ser um caminho a seguir e as últimas notícias sobre a política alemã estarão a ser observadas de perto, com os juros das Bunds alemãs a subir", escreveu o ING Groep NV, citado pela Bloomberg.
Além disso, o mercado está de olhos postos nas negociações entre EUA e Rússia, que discutem hoje a paz na Ucrânia ao fim de quase três anos de guerra.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravam-se em 1,1 pontos base, para 2,914%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento sobe 0,9 pontos, para 3,104%.
Por sua vez, as rendibilidades das dívidas francesa e alemã crescem 1,4 pontos base para 3,224% e 2,490%, respetivamente.
Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas, também a dez anos, têm a maior subida: 3,5 pontos para 4,560%.
Dólar ganha terreno antes de atas da Fed
O dólar está a registar ganhos a esta hora, num momento em que os investidores aguardam pelas atas da última reunião da Reserva Federal (Fed), divulgadas esta quarta-feira, para perceber como é que os governadores do banco central avaliam o risco de uma guerra comercial após as políticas de Donald Trump, sobretudo as tarifas.
Ouro soma e segue. Goldman Sachs prevê 3.100 dólares no final do ano
Os preços do ouro continuam a subir esta terça-feira, ainda à boleia da incerteza em torno das tarifas do Presidente dos EUA, Donald Trump, que continua a dominar o sentimento do mercado e alimenta o apetite por ativos-refúgio.
O metal amarelo sobe 0,56% para 2.912,73 dólares por onça, pairando perto do recorde de 2.942,70 dólares que atingiu a 11 de fevereiro.
Petróleo sobe após ataque a estação russa
Os preços do petróleo estão a ganhar terreno e somam-se aos ganhos da sessão anterior, após um ataque com drones ter atingido a estação de bombagem de Kropotkinskaya, no sul da Rússia.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – sobe 0,98% para os 71,43 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 0,24% para os 75,40 dólares por barril.
Ainda assim, a atenção do mercado continua nas perspetivas de maior oferta em breve. "O tema predominante que impulsiona os preços do petróleo ultimamente tem sido o das expetativas de fornecimento. Com os preços mais fracos nas últimas semanas, as notícias de um ataque de drones no oleoduto de exportação do Cazaquistão na Rússia foram o catalisador para que algum sentimento pessimista se dissipasse", explicou o estratega da IG, Yeap Jun Rong, citado pela Reuters.
O ataque poderá interromper as exportações para os mercados internacionais e prejudicar empresas norte-americanas.
Ásia sem rumo definido após encontro em Pequim. Europa aponta para pequenos ganhos
Os principais índices asiáticos ficaram divididos entre perdas e ganhos, enquanto a Europa aponta para pequenos avanços com as conversações sobre a Ucrânia a centrar atenções. Nesta manhã, o Stoxx 50 aponta para ganhos de 0,09%.
Os EUA e a Rússia iniciam hoje, na Arábia Saudita, as negociações sobre um acordo de paz na Ucrânia, sem a participação de Kiev e depois de quase três anos de invasão russa.
Na sessão anterior, as obrigações europeias caíram e as ações das empresas de defesa atingiram novos recordes, depois de Emmanuel Macron, o Presidente francês, ter convocado uma cimeira de urgência para discutir um maior investimento e despesa dos Estados-membros em defesa - tanto para proteger o bloco como para continuar a apoiar a Ucrânia. Este cenário poderá obrigar os 27 a emitir dívidas maiores para financiar este investimento, afastando os investidores das obrigações.
Na Ásia, o foco foi para Hong Kong, onde as ações de tecnologia caíram de um máximo de três anos. Antes de recuarem, as ações chinesas avançaram no início da sessão, na sequência de uma reunião entre o Presidente da China, Xi Jinping, e os líderes empresariais nesta segunda-feira. Vários analistas viram o conclave como um possível fim da repressão de anos ao setor privado.
O encontro demonstrou que Pequim está a adotar uma postura mais suave em relação às empresas que alimentam grande parte da economia, numa altura em que Washington está a intensificar a campanha das tarifas. Mas, não foi suficiente para animar os investidores.
"Não há um fator claro para a fraqueza dos mercados de hoje", considerou Frederic Neumann, economista do HSBC Holdings em Hong Kong, à Bloomberg. "O foco está já no próximo catalisador, com os investidores à procura de rumo após a recente recuperação", acrescentou.
Assim, o Hang Seng, de Hong Kong, subiu 0,5%. Já o Shanghai Composite perdeu mais de 1%. No Japão, o Topix subiu 0,3% e o Nikkei avançou 0,25%. Na Coreia do Sul, o Kospi ganhou 0,63%.