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Europa maioritariamente em alta com dados económicos e bancos centrais em foco
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira.
Europa maioritariamente em alta com dados económicos e bancos centrais em foco
Os principais índices europeus encerraram a sessão maioritariamente em alta, num prenúncio positivo para uma semana que vai contar com a divulgação de vários dados macroeconómicois, incluindo a inflação nos Estados Unidos, e reuniões de política monetária da Reserva Federal, do Banco Central Europeu e do Banco de Inglaterra.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, subiu 0,3% para 473,7 pontos, com os setores de media e do retalho a registarem os maiores ganhos, acima de 1%. Em sentido oposto, o setor mineiro caiu 1,01% e as "utilities" (água, luz, gás) perderam 0,68%.
Entre os movimentos de mercado, a Vivendi subiu 1,53%, depois de terem sido divulgadas notícias que indicam que a Anschutz Entertainment e a CTS Eventim entraram na corrida para adquirir a See Tickets, uma empresa do grupo.
Já a Novo Nordisk avançou muito ligeiramente (0,09%), após ter sido noticiado que a farmacêutica está a trabalhar para que o medicamento para a perda de peso, Wegovy, possa estar disponível para pacientes com menos rendimentos.
As perspetivas para as ações europeias em 2024 estão a melhorar. Esta segunda-feira, os analistas do Goldman Sachs divulgaram as previsões para o próximo ano e estimam que o Stoxx 600 possa atingir um máximo histórico, segundo o documento visto pela Bloomberg.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,21%, o francês CAC-40 valorizou 0,33%, o italiano FTSEMIB avançou 0,07%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,59%.
Em sentido oposto à tendência, o britânico FTSE 100 recuou 0,13% e o espanhol IBEX 35 perdeu 0,23%.
Juros aliviam na Zona Euro. Investidores aguardam reunião do BCE
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro terminaram a sessão desta segunda-feira a aliviar ligeiramente. Os investidores aguardam ansiosamente a reunião de política monetária do Banco Central Europeu - que se realiza na quinta-feira - à procura de pistas sobre quando poderão ter lugar os primeiros cortes das taxas de juro de referência.
Os juros da dívida portuguesa a dez anos recuaram 1,8 pontos base para 2,919%. A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, cedeu 0,6 pontos base para 2,267%.
A rendibilidade da dívida espanhola desceu 0,2 pontos base para 3,293%, enquanto os juros da dívida italiana aliviaram 0,4 pontos base para 4,058% e os da dívida francesa recuaram 0,3 pontos base para 2,822% .
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica agravam-se 3,6 pontos base para 4,071%.
Mercado reavalia "timing" de corte de juros pela Fed. Ouro cai e dólar sobe
O ouro está a desvalorizar mais de 1%, penalizado por um dólar mais forte, o que torna o metal mais dispendioso para compradores em moeda estrangeira. Os investidores aguardam a leitura da inflação de novembro nos Estados Unidos, bem como a decisão de política monetária da Reserva Federal na quarta-feira.
O ouro perde 1,15% para 1.981,67 dólares por onça.
O metal amarelo estará a ser penalizado por uma reavaliação do mercado relativamente a quando começará a Reserva Federal a cortar as taxas de juro. Os mais recentes dados macroeconómicos começam a dar sinais de que o mercado pode ter exagerado na especulação de quando o primeiro corte vai acontecer.
Por sua vez, no mercado cambial, o dólar segue a valorizar 0,17% para 0,9307 euros, enquanto o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da nota verde contra 10 divisas rivais - avança 0,17% para 104,192 dólares.
Petróleo mantém-se em mínimos de julho em Londres
Os preços do "ouro negro"seguem em ligeira baixa nos principais mercados internacionais, sem que o anúncio dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o chamado grupo OPEP+) de retirada adicional de crude do mercado esteja a ser suficiente para sustentar as cotações.
A incerteza em torno da procura mundial por combustível devido à desaceleração económica está a pesar no sentimento dos investidores.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a resvalar 0,17% para 75,71 dólares por barril – valores que não atingia desde julho.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, desliza 0,27% para 71,04 dólares por barril.
Os investidores raramente se mostraram tão pessimistas quanto ao outlook para o petróleo como agora, especialmente nos EUA, onde os traders consideram que a OPEP+ não pode, ou não quer, fazer mais para reduzir a oferta no curto prazo.
Os fundos de cobertura de risco (hedge funds) e outros gestores de património venderam o equivalente a 58 milhões de barris nos seis contratos mais importantes de futuros e opções de petróleo num período de sete dias terminado a 5 de dezembro, refere a Reuters.
Wall Street sem tendência definida. Inflação nos EUA e a Fed centram atenções
Os principais índices em Wall Street abriram mistos, em antecipação de uma leitura da inflação de novembro nos Estados Unidos na terça-feira, bem como uma reunião de política monetária da Reserva Federal na quarta-feira.
O Dow Jones avança 0,19%, para os 36.316,26 pontos, enquanto o S&P 500 cede 0,13% para os 4.598,31 pontos. Por sua vez, o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,5% para os 14.331,36 pontos.
É esperado que os números da inflação mostrem que os preços continuaram a abrandar em novembro, o que deverá permitir à Fed manter as taxas de juro inalteradas na última reunião de política monetária do ano. Os investidores vão estar ainda à procura de pistas sobre quando os decisores políticos vão começar a cortar as taxas diretoras.
Entre os principais movimentos de mercado a Macy's escala 16,28%, depois de um grupo de investidores, que inclui a Arkhouse Management e a Brigade Capital, ter feito uma oferta de 5,8 mil milhões de dólares para retirar a empresa de bolsa, segundo uma fonte conhecedora do assunto ouvida pela Reuters.
Já a Cigna pula 14,61%, depois de a seguradora de saúde ter desistido da tentativa de compra da rival Humana e ter anunciado planos para uma recompra de 10 mil milhões de dólares em ações.
Taxas Euribor sobem mas mantêm-se abaixo de 4%
A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses face a sexta-feira, mas manteve-se abaixo de 4% nos três prazos.
Com as alterações de hoje a Euribor a três meses, que avançou para 3,958%, ficou acima da de seis meses (3,955%) e da de 12 meses (3,751%).
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, avançou hoje para 3,751%, mais 0,026 pontos do que na sexta-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do BdP referentes a outubro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,8% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,9% e 23,6%, respetivamente.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, subiu hoje, para 3,955%, mais 0,020 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses avançou hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,958%, mais 0,008 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas.
A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se na quinta-feira.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa perto de máximos de fevereiro de 2022 antes de maratona de bancos centrais
A Europa negoceia de forma mista, antes de uma semana marcada pelas reuniões de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), Banco de Inglaterra (BoE) e Reserva Federal (Fed) norte-americana e um dia antes de serem conhecidos os dados da inflação nos EUA esta terça-feira.
O "benchmark" europeu Stoxx 600 negoceia na linha de água (-0,05%) para 472,02 pontos, estando perto de máximos de fevereiro do ano passado.
Dos 20 setores que compõem o índice de referência do bloco, energia e o setor da saúde comandam os ganhos, enquanto as ações de mineração lideram a tabela das perdas, à medida que o preço do minério de ferro cede, pressionado pelos dados vindos da China.
Entre as principais praças europeias, Frankfurt está praticamente inalterada (-0,01%), Londres cai 0,34% e Madrid recua 0,22%.Milão desvaloriza 0,18%.
Amesterdão negoceia na linha de água (0,02%) enquanto Paris sobe 0,17%. Por cá, a bolsa de Lisboa perde 0,52%.
Os investidores estão atentos às ações da Novo Nordisk, que somam 1,03%, após ter sido noticiado que a farmacêutica está a trabalha para que o medicamento para a perda de peso Wegovy possa estar disponível para pacientes com menos rendimentos.
Também a Vivendi valoriza, com uma subida de 1,39%, numa altura em que foi noticiado que a Anschutz Entertainment e a CTS Eventim entraram na corrida para a compra da See Tickets.
Os investidores vão estar à procura de sinais sobre a possibilidade de os juros diretores já terem alcançado o pico. Para o estratega da Liberum, Joachim Klement, citado pela Bloomberg, "os bancos centrais não estão satisfeitos com a incorporação nos preços do mercado de cortes de juros em março de 2024 e vão querer desiludir os investidores relativamente a esta especulação".
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros aliviam na Zona Euro, no arranque de uma semana recheada de reuniões de política monetária, incluindo do Banco Central Europeu (BCE), que se pronuncia sobre os juros diretores e apresenta as projeções económicas para o bloco esta quinta-feira.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – referência para o mercado europeu – alivia 1,7 pontos base para 2,256%.
Os juros da dívida portuguesa, que vence em 2033, subtraem 2 pontos base para 2,917%.
A rendibilidade das obrigações espanholas a 10 anos recua 1,2 pontos base para 3,282%.
A "yield" dos títulos italianos com a mesma maturidade cede 1,3 pontos base para 4,049%.
Iene cede analistas a considerarem especulação sobre cortes de juros exagerada
O dólar negoceia na linha de água (-0,03%) para 0,9286 euros, dias antes das últimas reuniões de política monetária do ano da Reserva Federal (Fed) norte-americana e do Banco Central Europeu (BCE).
No mercado de "swaps", os investidores apontam para uma probabilidade de 42% de cortes dos juros nos EUA em março, abaixo dos 55% contabilizados na semana anterior.
O iene cede 0,83%, com os investidores a terem de pagar 146,1690 divisas japonesas por cada dólar, numa altura em que várias casas de investimento, como o Goldman Sachs e o Commonwwealth Bank, frisam que a especulação do mercado sobre a possibilidade de subida das taxas de juro na próxima reunião do Banco do Japão (BoJ) no próximo dia 19 de dezembro foi exagerada.
Além disso, a Bloomberg noticia esta segunda-feira, citando fontes conhecedoras do assunto, que os membros do BoJ não têm pressa em retirar as taxas de juro nipónicas de terreno negativo.
Ouro perde brilho à medida que otimismo sobre corte dos juros diretores também recua
O ouro cede 0,35% para 1.997,6 dólares por onça, numa altura em que o mercado reduz as apostas sobre potencial corte dos juros diretores nos EUA.
Depois de subir em outubro e novembro, o metal amarelo caiu acentuadamente este mês, tendo entretanto revertido esta tendência e alcançado máximos históricos na passada segunda-feira.
Porém, nos últimos dias, os mais recentes dados macroeconómicos deram sinais de que o mercado pode ter especulado de forma agressiva sobre os cortes da taxa de fundos federais a partir do próximo ano, pela Reserva Federal (Fed) norte-americana.
No mercado de "swaps", os investidores apontam para uma probabilidade de 42% de cortes dos juros nos EUA em março, abaixo dos 55% contabilizados na semana anterior.
Os investidores esperam agora mais sinais de forma a entender qual o futuro da política monetária nos EUA, nos dados da inflação que serão divulgados amanhã, antes de ser conhecida a decisão da Fed na quarta-feira.
Petróleo valoriza depois de maior ciclo de perdas em cinco anos
O petróleo valoriza tanto em Londres como em Nova Iorque, depois de cair sete semanas consecutivas, o maior ciclo de perdas desde 2018, numa altura em que começam a surgir sinais de que a oferta está a ficar acima da procura.
O West Texas Intermediate (WTI) sobe 0,76% para 71,77 dólares por barril.
Por sua vez, o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – cresce 0,82% para 76,46 dólares por barril.
Os números do emprego nos EUA, que ficaram a acima do esperado, e os planos de Washington de reabastecer a Reserva Estratégica de crude impulsionaram o sentimento.
Ásia fecha mista, com ETF chinês a centrar atenções. Futuros europeus sem rumo
A Ásia terminou a sessão de forma mista. Na China, Xangai valorizou 0,4%, depois de ter chegado a cair 1,6%. As ações chinesas foram impulsionadas pelo aumento do volume de negociação de um fundo negociado em bolsa (na sigla inglesa ETF), o que alimentou a especulação de que houve fundos estatais a irem às compras, à procura de títulos do país.
A motivar o sentimento pode também ter estado o facto de um "hedge fund" macro chinês ter afirmado, segundo a imprensa local citada pela Bloomberg, que o mercado acionista do país oferece "uma oportunidade única em 20 anos". Já Hong Kong caiu 1,2%.
No Japão, o Nikkei somou 1,5% e o Topix subiu 1,47%. Na Coreia do Sul, o Kospi valorizou 0,2%.
Na Europa os futuros sobre o Euro Stoxx 50 negoceiam de forma praticamente inalterada, no arranque de uma semana que será marcada por uma "enchente" de reuniões de política monetária de bancos centrais, incluindo do BCE na quinta-feira.