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Ao minuto10.09.2024

Setor automóvel atira Europa para o vermelho. BMW cai 11%

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta terça-feira.

Sérgio Lemos
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10.09.2024

Setor automóvel atira Europa para o vermelho. BMW cai 11%

A Europa está pintada de vermelho. Os principais índices europeus terminaram a sessão a negociar em baixa, afetados sobretudo pelo setor automóvel, que recuou para mínimos de 10 meses, abalado pelo aviso de corte nas previsões de lucros da BMW. 

O índice Stoxx 600 - de referência para o Velho Continente – recuou 0,54%, para os 507,95 pontos. Entre os 20 setores que compõem o "benchmark", o setor automóvel foi o que mais pressionou, ao recuar 3,84% para o pior dia desde abril, seguido do petróleo e gás que caiu 1,58% e do setor da banca, que diminuiu 1,56%. 

O setor automóivel alemão vive dias negros. Depois do aviso de um possível fecho de fábricas da Volkwagen na Alemanha, a empresa vai agora terminar com os acordos salariais que deveriam vigorar até 2029. As ações da fabricante alemã recuaram 3,38%. 

Mas o grande destaque do dia vai para a congénere BMW. A gigante automóvel terminou a sessão a mergulhar mais de 11%, depois de rever em baixa as perspetivas de lucro para 2024. As contas foram afetadas, justificou a empresa, com a fraca procura de veículos na China e uma recolha de 1,5 milhões de veículos com problemas no sistema de travagem. O sistema fornecido pela alemã Continental fez a empresa cair 10%.

Outras empresas do setor foram afetadas pela revisão. A Mercedes recuou 5% e a Stellantis 2,7%. 

Já no setor do petróleo e gás, as ações recuaram depois de a OPEP+ rever em baixa a procura por crude em 2024 e 2025. 

A travar o Stoxx de maiores perdas esteve o setor imobiliário, que subiu 1,71%. 

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX desvalorizou 0,96%, o holandês AEX registou perdas de 0,73%, o italiano FTSEMIB perdeu 1,12%, o francês CAC-40 recuou 0,24%, e o espanhol IBEX 35 cedeu 0,61%.  

10.09.2024

Juros da dívida europeia aliviam

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro aliviaram esta terça-feira, numa sessão em que os investidores terão voltado costas aos ativos de risco, com as bolsas europeias a negociarem no vermelho.

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, caíram 3,9 pontos base, para 2,743%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento recuou 4,1 pontos, para 2,949%.

Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa diminui 3,8 pontos base, para 2,842%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, assim como os juros da dívida italiana, registaram um decréscimo de 3,9 pontos, para 2,127% e 3,578%, respetivamente.

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, aliviaram 3,7 pontos base para 3,817%.

10.09.2024

Revisão em baixa da procura pela OPEP atira Brent abaixo dos 70 dólares

O crude está a registar quedas significativas nos mercados internacionais, afetados pelo relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que apontou que a procura global por petróleo vai aumentar em 2,03 milhões de barris por dia no resto do ano. Esta perspetiva ficou abaixo da previsão do mês passado, em que se previa um crescimento de 2,11 milhões de barris por dia.

A organização cortou ainda a estimativa de crescimento da procura para 2025, de 1,78 milhões de barris por dia para 1,74 milhões. 

A revisão em baixa atirou os valores do Brent, que serve de referência para o continente europeu, abaixo dos 70 dólares por barril pela primeira vez desde dezembro de 2021. A esta hora, o Brent mergulha 4,29% para 68,76 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI), de referência para os EUA, cai 4,88%, para os 65,36 dólares por barril.

A queda acentuada apaga os ganhos de 1% registados na sessão anterior. 

A pressionar os preços do "ouro negro" está ainda a quebra na procura da China pela matéria-prima. Os últimos dados da economia chinesa continuam a apontar para uma subida na inflação em agosto, a par de uma queda nas importações que espelha a fraca procura interna do país.

"Se perdermos a China, o mercado terá um problema. Isto porque a OPEP não consegue cortar o suficiente para compensar a posição dos EUA e do Brasil", explicou à Reuters John Kilduff, da Again Capital.

10.09.2024

Dólar em alta antes de inflação nos EUA. Euro enfraquece com maior risco político

O dólar está a negociar em alta face às principais divisas rivais, consolidando assim os ganhos desta segunda-feira. Os investidores seguem cautelosos antes de ser conhecida a inflação no consumidor dos EUA, na quarta-feira.

O índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda norte-americana face a 10 divisas rivais - soma 0,14% para 101,687 dólares.

O dólar avança 0,09% para 0,907 euros, numa semana em que o conselho do Banco Central Europeu vai reunir-se e a expectativa é de que seja decidida uma redução das taxas diretoras em 25 pontos base.

Ainda a penalizar a moeda única europeia está o aumento da incerteza política no bloco, depois do impasse pós-eleições francesas e os resultados das eleições regionais alemãs que enfraqueceram a liderança de Olaf Scholz.

10.09.2024

Ouro avança antes de dados da inflação e debate nos EUA

Os preços do ouro estão a negociar em alta, numa altura em que os investidores aguardam pelos dados da inflação nos Estados Unidos, que serão divulgados esta semana.

O metal amarelo continua o "rally" e sobe 0,39% para 2.516,15 dólares por onça. Desde o ínicio do ano, o ouro já registou ganhos de 21%.

Os investidores aguardam pelos índices de preços no produtor e no consumidor norte-americano, com esperança que lancem alguma "luz" sobre a trajetória de política monetária a ser seguida pela Reserva Federal, na reunião agendada para 17 e 18 de setembro. 

"A inflação é um dado importante", disse Chris Low, da FHN Financial, à Bloomberg. "Números mais fracos podem encorajar a Reserva Federal a reduzir as taxas em 50 pontos base, enquanto valores mais altos poderão levar a uma descida de 25 pontos base", explicou.

Para já, as atenções estarão também voltadas para o primeiro debate entre Kamala Harris e Donald Trump, na madrugada desta quarta-feira em Portugal, que poderão agitar as carteiras dos compradores de metais-preciosos.

10.09.2024

Wall Street em alta ligeira. Apple cai quase 2%

Os principais índices em Wall Street seguem esta terça-feira a recuperar da maior queda semanal do ano, depois de ontem terem valorizado mais de 1%. Os investidores seguem centrados nos números da inflação e dos preços no produtor nos Estados Unidos, referentes a agosto, que serão conhecidos esta quarta e quinta-feira, respetivamente.

O S&P 500 soma 0,29% para 5.486,78 pontos. Já o Nasdaq Composite ganha 0,29% para 16.933,89 pontos. O industrial Dow Jones desliza 0,06% para 40.805,76 pontos.

Entre os principais movimentos de mercado, a Apple perde quase 2%, depois de ter revelado esta segunda-feira o seu novo iPhone 16, o primeiro construído para suportar funcionalidades de inteligência artificial.

A penalizar as ações da "big tech" está, por um lado, um anúncio da rival Huawei que apresentou o modelo XT, que se dobra em três. Na China, os preços começam nos 2.809 dólares. Por outro lado, a Apple perdeu um processo no Tribunal de Justiça da União Europeia sobre impostos em falta na Irlanda e terá agora de pagar 13 mil milhões de euros em retroativos.

Ainda no setor tecnológico, a Oracle pula mais de 14%, após ter superado as estimativas de resultados no primeiro trimestre fiscal e ter revisto em alta o "guidance" para o segundo trimestre. A empresa anunciou ainda uma parceria com a Amazon Web Services para oferecer serviços de bases de dados.

Já a HP Enterprise afunda 7,87%, depois de a fabricante de servidores para inteligência artificial ter anunciado uma oferta obrigatória de ações convertíveis preferenciais em 1,35 mil milhões de dólares para financiar a aquisição da Juniper Networks.

10.09.2024

Europa arranca maioritariamente no verde. AstraZeneca afunda quase 5%

Os primeiros encontros presenciais com investidores estão a ser usados pelos gestores para atualizar estimativas e acalmar os receios sobre o impacto da guerra no mercado financeiro.

As bolsas europeias estão a negociar maioritariamente no verde, com o Reino Unido a ser o único país a registar perdas neste momento. Os investidores encontram-se a avaliar uma série de dados económicos que foram divulgados esta terça-feira na região, enquanto aguardam pela reunião do Banco Central Europeu (BCE) na quinta.

O Stoxx 600, "benchmark" para a região, encontra-se a valorizar 0,24% para 511,95 pontos, depois de ter terminado a sessão de ontem com um salto de 1%. Quase todos os setores negoceiam em território positivo, com o imobiliário a liderar os ganhos.

Do lado das perdas, o setor da saúde é o que mais cai, pressionado pela queda da AstraZeneca. A farmacêutica anglo-sueca afunda quase 5%, depois de um estudo ter revelado que o medicamento experimental da empresa para tratar o cancro dos pulmões não deu melhorias significativas à saúde dos pacientes.

Nesta terça-feira, os investidores encontram-se a reagir aos dados finais da inflação na Alemanha, que desceu em agosto para os 1,9% em termos homólogos, de acordo com dados do Gabinete Federal de Estatísticas. Esta é a primeira vez desde março de 2021 que a taxa de inflação na Alemanha ficou abaixo dos 2%, e os investidores parecem estar a reagir com algum otimismo a esta informação, com o DAX, principal índice alemão, a avançar 0,15%, a esta hora.

Já no Reino Unido, foram conhecidos os dados em relação à criação de emprego. A economia britânica adicionou mais 265 mil postos de trabalho em julho e os rendimentos semanais médios cresceram 5,1% face ao período homólogo entre maio e julho. Apesar dos dados positivos, o principal índice britânico, o FTSE 100, encontra-se a desvalorizar 0,41%.

Nas restantes praças da Europa Ocidental, o francês CAC-40 valoriza 0,53%, o italiano FTSE MIB ganha 0,26% e o espanhol IBEX 35 avança 0,76%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,17%.

10.09.2024

Juros agravam-se na Zona Euro. França regista maior subida

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se esta terça-feira, com a "yield" da dívida francesa a liderar as subidas. Isto numa sessão em que os investidores terão retornado aos ativos de risco, com as bolsas europeias a valorizarem.

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, somam 1,4 pontos base, para 2,796%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento avança 1,6 pontos, para 3,005%.

Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresce 1,9 pontos base, para 2,898%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, sobem 1.5 pontos, para 2,181%.

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, somam 1,8 pontos base para 3,873%.

10.09.2024

Euro praticamente inalterado com reunião do BCE na mira

O período excecional no qual é permitido o reembolso sem penalização de PPR e PPR/E está em vigor até final de 2024.

O euro negoceia praticamente inalterado em relação ao dólar, numa altura em que os investidores avaliam o cenário político no Velho Continente e aguardam pela reunião do Banco Central Europeu (BCE), que acontece já na próxima quinta-feira e pode levar a um novo corte nas taxas de juro.

A divisa europeia avança 0,03% para 1,1038 dólares, impulsionada ainda pela expectativas em relação a um alívio da política monetária no outro lado do Atlântico.

"A resiliência do euro este ano pode ser explicada em parte pelo excedente orçamental da região e por uma relativa indiferença dos investidores em relação aos problemas orçamentais vividos por vários países da EU, como na Itália e na França", afirmou Jane Foley, do RaboBank, à Reuters.

No entanto, o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da divisa norte-americana em relação a um conjunto das suas principais concorrentes – encontra-se a recuperar algum terreno, impulsionado principalmente pela valorização da "nota verde" em relação ao iene. O dólar valoriza 0,28% para 143,58 ienes, afastando-se de mínimos de um mês alcançados na sexta-feira.

Já a libra sobe 0,11% para 1,3089 dólares, depois de ter sido divulgado que a taxa de emprego no país cresceu mais do que antecipado. A economia britânica adicionou mais 265 mil postos de trabalho em julho, quando a expectativa era muito inferior – apenas 123 mil.

10.09.2024

Ouro perde "brilho" à espera da inflação nos EUA

O ouro foi das poucas matérias-primas que fecharam o ano de 2023 com saldo positivo.

Os preços do ouro estão a negociar em ligeira baixa, numa altura em que os investidores esperam pelos dados da inflação nos EUA para realizarem novos movimentos.

O metal precioso recua, assim, 0,12% para 2.503,31 dólares por onça, depois de ter avançado 0,4% na segunda-feira. Só este ano, e à boleia das expectativas em relação a um corte nas taxas de juro nos EUA, o ouro já valorizou mais de 20%.

A evolução do índice dos preços no consumidor – conhecido como o indicador predileto pela Reserva Federal (Fed) norte-americana para avaliar a inflação – vai ser divulgada na quarta-feira e os analistas esperam que seja registado o menor crescimento desde 2021. A inflação nos EUA deve cifrar-se nos 2,5% em agosto – mais perto da meta dos 2% definida pelo banco central.

Caso os dados se confirmem, a Fed fica com mais argumentos para proceder com um alívio da política económica mais robusto. O mercado já incorporou um corte de 25 pontos base e delibera agora sobre a possibilidade de um alívio de 50 pontos.

10.09.2024

Procura em queda eclipsa preocupações com furacão e pressiona preços do petróleo

A conjugação de fatores de peso, como as tensões no Médio Oriente e o corte de oferta da OPEP+, está a dar gás ao crude.

Os preços do petróleo estão a desvalorizar, depois de terem registados ganhos de cerca de 1% na segunda-feira, com os investidores apreensivos com possíveis disrupções na produção de crude na costa sul dos EUA.

O West Texas Intermediate (WTI), de referência para os EUA, perde 0,42%, para os 68,42 dólares por barril. Já o Brent, que serve de referência para o continente europeu, recua 0,33%, para os 71,60 dólares por barril.

Uma tempestade tropical fez com que a Guarda Costeira dos Estados Unidos encerrasse todas as operações em Brownsville, no Texas, bem como uma série de outros portos de pequena dimensões. A previsão é que a tempestade tropical se intensifique nos próximos dias e acabe por se tornar num furação, de acordo com o Centro Nacional de Furacões norte-americano.

No entanto, os sinais de enfraquecimento da procura mundial de crude e um excesso de oferta no mercado parecem estar a eclipsar estas preocupações. O foco principal vai para a vitalidade económica da China, depois de se terem conhecido os dados da inflação do país nesta segunda-feira, com a deflação dos preços no produtor a piorar.

10.09.2024

Ásia e Europa sem rumo com investidores apreensivos com a economia chinesa

As bolsas asiáticas encerraram a sessão desta terça-feira sem uma direção definida, numa altura em que os investidores estão a aproveitar a desvalorização mais recente das ações nos mercados internacionais para "buy the dip", ou seja, comprar mais barato.

Na China, o Hang Seng cresceu 0,4%, enquanto o Shanghai Composite percorreu o caminho contrário e terminou a sessão a desvalorizar 0,3%. O índice CSI 300, que agrega as 300 principais empresas do país asiático, aproximou-se mesmo da sua cotação de fecho mais baixa desde inícios de 2019, com os investidores cada vez mais apreensivos em relação à direção económica do país.

Várias empresas de biotecnologia, como é o caso da Wuxi AppTec, foram fortemente pressionadas pela aprovação de um projeto de lei na Câmara dos Representantes dos EUA, que as coloca numa lista negra de empresas consideradas adversárias estrangeiras.

Pelo resto do continente asiático, o sentimento misto manteve-se. No Japão, o Topix encerrou a crescer 0,4%, enquanto o Nasdaq 100 caiu 0,3%. Já na Coreia do Sul, o Kospi terminou a sessão a desvalorizar 0,4%.

Pela Europa, a negociação de futuros do Euro Stoxx 50 aponta para uma abertura sem direção definida, num dia em que os investidores vão virar as suas atenções para o outro lado do Atlântico, com o primeiro debate entre Kamala Harris e Donald Trump a realizar-se a dois meses das eleições presidenciais.

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