Notícia
Bolsas europeias com melhor semana em vários anos e petróleo afunda para mínimos de 2003. UE dividida penaliza juros
Acompanhe aqui o dia nos mercados, ao minuto.
- Futuros na Europa em alta ligeira após sessão mista na Ásia
- Ponto de situação nos mercados
- Europa cede após sólida recuperação
- BPI: Quedas são correção normal ou inversão do sentimento?
- Bolsas europeias perdem-se no vermelho após desencontros na resposta ao vírus
- Petróleo a caminho da quinta semana de quedas
- Ouro tem melhor semana desde 2008
- Juros de Portugal afundam mais de 30 pontos base na semana
- Dólar com pior semana desde 2009
- Wall Street dá passo atrás perante recorde mundial de infetados nos EUA
- Petróleo em mínimos de 17 anos. É a quinta semana consecutiva de quedas e petroleiros estão a encher por falta de espaço em terra
- Dólar vive pior semana em 11 anos
- PSI-20 ganha mais de 7% na melhor semana desde maio de 2009
- Conselho Europeu inconclusivo penaliza juros de Itália e Espanha
- Europa termina melhor semana desde dezembro de 2011
- Quedas de hoje em Wall Street não impedem melhor semana do Dow em 82 anos
Depois de três sessões consecutivas de forte recuperação nas bolsas europeias, os futuros estão hoje em alta ligeira, com os investidores a refletirem o forte apoio que tem sido demonstrado por governos e bancos centrais de todo o mundo no combate aos efeitos do covid-19.
Na sessão de ontem, os principais índices norte-americanos subiram mais de 6%, animados pela aprovação de um pacote orçamental de 2 biliões de dólares para travar o impacto negativo da pandemia. Esta sexta-feira, porém, os futuros das ações dos estados Unidos já estão em queda, depois da primeira série de três dias consecutivos de ganhos desde meados de fevereiro.
O dólar, por seu lado, está a caminho da maior queda semanal desde 2009, com os bancos centrais a reforçarem significativamente as suas provisões de dólares.
As ações da Ásia-Pacífico tiveram um comportamento misto, variando de uma subida de mais de 4% em Tóquio a uma queda de 4% em Sydney.
As obrigações e moeda da Índia registaram fortes subidas, depois de a autoridade monetária do país ter cortado os juros.
O MSCI All Country subiu 13% na semana, mas o regresso do apetite pelo risco continuará a ser testado à medida que a pandemia evoluiu em todo o mundo. Tóquio assiste agora um aumento do número dos casos, enquanto os Estados Unidos ultrapassaram a China como o país com mais infetados do mundo.
DAX 30 9895,00 -62,00 -0,62%
FTSE 100 5677,10 -94,00 -1,64%
Dow 22010,00 -360,00 -1,61%
S&P 500 2566,00 -43,30 -1,71%
Nasdaq 100 7731,25 -116,75 -1,56%
Futuros (Às 0438 TMG)
Nikkei 19215,85 551,25 2,95%
Hang Seng 23634,14 281,80 1,21%
Xangai 2803,99 39,07 1,41%
Xenzhen A 1799,86 19,82 1,11%
Dow 22552,17 1351,62 6,38%
Nasdaq 7797,54 413,24 5,60%
S&P 500 2630,07 154,51 6,24%
FTSE 100 5815,73 127,53 2,24%
FTSE 250 15380,71 560,80 3,78%
DAX 30 10000,96 126,70 1,28%
CAC40 4543,58 111,28 2,51%
STOXX 600 321,38 8,00 2,55%
STOXX 50 2847,78 47,64 1,70%
Também nos Estados Unidos, os futuros apontam para perdas, depois das subidas de mais de 6% registadas na sessão de quinta-feira, em que os investidores estiveram a reagir ao acordo para um pacote orçamental de estímulos à economia de 2 biliões de dólares. Esse programa será hoje sujeito a aprovação na Câmara dos Representantes, antes de ser finalmente promulgado pelo presidente Donald Trump.
O CaixaBank BPI, no Diário de Bolsa de hoje, analisa o atual momento das bolsas, sinalizando a indefinição da atual configuração bolsista. Em baixo está o comentário de hoje dos analistas do banco.
Na pré-abertura, os índices europeus ensaiavam em baixa. Considerando a indefinição da atual configuração bolsista, é difícil antecipar se este recuo constitui uma normal correção após os ganhos dos últimos 3 dias ou marca de uma inversão no sentimento dos investidores. A dinâmica do rally na Europa assemelha-se nos seus moldes ao vivido nos EUA (ver Wall Street). A principal diferença é ao nível fundamental. Em cerca de 2 semanas, a Administração Trump elaborou o maior plano fiscal desde o New Deal nos anos 30. Na União Europeia, os países não foram capazes de desenhar um plano coordenado: ontem foram necessárias 6 horas para elaborar um comunicado comum de meras intenções.
Numa altura em que se reforça a urgência de uma resposta coordenada para um combate eficaz à pandemia de coronavírus, o encontro entre os líderes europeus evidenciou divergências e lançou receios sobre a capacidade da Europa em dar uma resposta coordenada a esta crise. Os mercados estão a reagir em baixa.
O índice que reúne as 600 maiores cotadas europeias cai 2,09% para os 314,67 pontos, interrompendo desta forma um ciclo de três sessões consecutivas no verde, com ganhos de cerca de 8% na primeira e 3% nas duas seguintes.
Todos os setores seguem no vermelho, com o turismo a destacar-se pela negativa com uma queda de cerca de 4,5%. Nas perdas seguem-se as cotadas do imobiliário, da banca e do setor das matérias-primas. Entre as principais praças, Londres é a que mais resvala, na ordem dos 4%.
Apesar de os líderes europeus terem chegado a acordo para começar a preparar um plano de recuperação económica pós-crise e de se terem aproximado do recurso ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) para garantir linhas de crédito de até 2% do PIB de cada país, a ideia das coronabonds continua a ter fortes opositores. E, apesar dos avanços referidos, não foi possível fechar qualquer medida conjunta concreta.
Em Lisboa, o PSI-20 perde mais modestamente, 0,59% para os 3.990,04 pontos, com BCP, EDP e Jerónimo Martins a pressionar.
O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, desliza 1,59% para os 25,92 dólares. A manter este registo, esta será a quinta semana consecutiva de quedas no preço do barril londrino, embora seja a semana com a descida menos acentuada dentro deste ciclo: o Brent segue a perder 3,82% nos últimos cinco dias, substituindo as perdas semanais acima de 20% que lhe antecederam, e que foram precedidas por outras duas quebras, de mais de 10% cada uma.
As medidas de apoio à economia que têm sido lançadas, com destaque para o pacote de estímulos de 2 biliões de dólares que se espera ver aprovado nos Estados Unidos, estão a acalmar os investidores quanto ao risco e a contribuir para uma diminuição das quedas nas cotações do petróleo.
Contudo, o sentimento negativo permanece num contexto de grande pressão por parte da procura, que sofre uma travagem a fundo dadas as medidas de isolamento a que o surto de coronavírus tem obrigado um pouco por todo o mundo. Por outro lado, o conflito entre a Arábia Saudita e a Rússia mantém-se ativo, com os sauditas a injetarem produção extra no mercado enquanto o gigante de leste não ceder, depois de Moscovo ter negado cortes na produção.
O ouro encaminha-se para a semana com os maiores ganhos acumulados desde 2008, ao somar 8,31% no conjunto dos últimos cinco dias, apesar de nesta sexta-feira o metal amarelo estar a desvalorizar 0,51%.
O trilho tem sido difícil para o ouro, que encontrou essencialmente duas pedras pelo caminho: por um lado, a hecatombe nos mercados acionistas, que levou os investidores a desfazerem-se do ouro à procura de liquidez. Contudo, as medidas de estímulo económico avançadas por governos e bancos centrais deixaram os mercados respirar, as ações subir, e o ouro retomar o típico papel de ativo refúgio.
Por outro, o surto de coronavírus, ao travar as viagens entre diversas nações, estava também a interromper as cadeias de entrega física do metal, uma situação que também já encontrou algum alívio.
Os juros da dívida portuguesa a dez anos estão a ceder 8,5 pontos base para os 0,621% na sessão. No acumulado da semana, o alívio foi de 31,5 pontos base, pelo que seguem no nível mais baixo desde dia 12 de março.
Os juros descem numa altura em que os mercados respiram e regressam a um cenário mais próximo da normalidade, no qual os investidores reforçam um pouco a confiança nos mercados acionistas e tratam as obrigações soberanas como ativos refúgio, concentrando-se menos no risco que o surto de coronavírus representa para a capacidade de as economias remunerarem.
Em Itália, contudo, o país mais atingido pelo surto na Europa, a semana termina com um agravamento de 8,4 pontos base nos juros, depois de seis sessões de alívio.
Na Alemanha, a referência europeia, a tendência também é de apaziguamento, com os juros a dez anos a descerem 8,8 pontos base para os -0,453%.
O índice Bloomberg Dollar Spot está a preparar-se para ter a maior quebra semanal desde 2009, com o dólar a descer face a um cabaz de 16 divisas.
Há mais do que um fator a contribuir para a descida do dólar: o menor stress de financiamento dos mercados, que até agora queriam apostar no dólar numa procura desesperada por liquidez, dá as mãos ao cenário agravado do surto de coronavírus nos Estados Unidos – que já é o país com mais casos no mundo -, e levam o dólar para longe dos ganhos das semanas anteriores.
Nesta sessão, a nota verde leva a melhor sobre a moeda única europeia, que desvaloriza 0,29% para os 1,1001 dólares. Mas, olhando ao acumulado da semana, o euro fica a ganhar, 2,96%, depois de duas semanas seguidas a perder.
A bolsa nova-iorquina conseguiu manter o otimismo face aos dados desanimadores do desemprego – que subiu a máximos históricos – na sessão de ontem. Porém, a semana termina com nota negativa nos três principais índices, num dia em que se contabiliza, nos Estados Unidos, o maior número de infetados de todo o mundo – mais do que os registados na China e em Itália.
O generalista S&P500 cede 3,49% para os 2.539,76 pontos, o industrial Dow Jones perde 3,5% para os 21.763,62 pontos e o tecnológico Nasdaq desce 2,82% para os 7.577,95 pontos.
O otimismo surge numa altura em que o número de casos confirmados de covid-19 na maior economia do mundo atingiu os 85.991 na noite de quinta-feira, 26 de março, ultrapassando nesta rubrica as estatísticas daqueles que são considerados os casos mais graves na Europa e na Ásia. Na China não passam dos 81.782 casos e em Itália são 80.589, de acordo com os dados compilados pela Universidade Johns Hopkins, citados pela CNBC. Na lista dos países com maior número de infetados seguem-se Espanha, com 57.786 casos, e a Alemanha, 43.938 casos.
O otimismo durava há três sessões na maioria dos índices de referência em Nova Iorque, e vinha a ser sustentado pelo pacote de estímulos económicos no valor de 2 biliões de dólares que foi apresentado pelo Senado norte-americano durante esta semana. Conseguiu, inclusivamente, resistir ao recorde histórico de pedidos de desemprego que foi divulgado esta quinta-feira, e que diz respeito à semana anterior.
"A excitação da última semana tem sido sustentada pelo pacote de estímulos, mas não podemos perder de vista o facto de que isto ainda não acabou", comenta um gestor de portefólio da Washington Crossing, em declarações à Bloomberg, para depois deixar um aviso: "os dados vão parecer muito mal nos próximos dois meses".
Na última sessão, o S&P500 subiu mais de 6%, depois de superar a fasquia do 1% e dos 9% em cada uma das duas sessões anteriores. O industrial Dow Jones teve um comportamento semelhante, com três subidas nas últimas três sessões, uma delas, a de terça-feira, a maior em 77 anos. Já o Nasdaq, que esta semana trocou o verde pelo vermelho e vice-versa diariamente, registou um ganho de mais de 5,60% na sessão de quinta-feira.
As cotações do "ouro negro" continuam a cair, devido à forte diminuição mundial do consumo por conta do surto da covid-19, que não dá sinais de atenuar, pressionando refinadores e produtores a nível global.
O West Texas Intermediate (WTI), transaccionado no mercado nova-iorquino e "benchmark" para os EUA, segue a afundar 6,02% para 21,24 dólares por barril.
Também o Brent do Mar do Norte – que é negociado em Londres e serve de referência às importações portuguesas – segue no vermelho, com os preços a mergulharem 7,21% para 24,44 dólares, valor que não atingia desde 2003.
Esta é a quinta semana consecutiva de queda dos preços do petróleo.
As mega-refinarias, da Índia à Coreia do Sul, estão a ver o seu consumo a cair fortemente e as proprietárias de superpetroleiros dizem que as suas embarcações estão a encher-se de crude a um ritmo recorde, já que a capacidade de armazenamento em terra está a diminuir rapidamente.
Os baixos preços estão já a fazer vítimas, com os produtores a verem-se obrigados a reduzir a sua produção pela primeira vez em 35 anos. Os países exportadores, desde o Brasil até ao Canadá, estão já a agir nesse sentido, ao passo que a Nigéria anunciou que vai bombear o mais que puder com estes preços tão reduzidos, mas considera que poderá ter de encerrar a sua produção.
A Argélia já pediu uma reunião de emergência dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para debater cortes.
"O mercado está a começar a ter em conta o forte desequilíbrio entre a oferta e a procura", comentou recentemente à MarketWatch uma analista da consultora Rystad Energy, Louise Dickson.
"A cada dia que passa parece surgir um novo alçapão pronto a engolir os preços do petróleo, e a nossa convicção é a de que os preços continuarão a afundar até que se atinja um equilíbrio de custos e a produção seja suspensa", advertiu a mesma analista.
Juntando tudo isto, "o que estamos a ver é, essencialmente, o equivalente à bomba atómica nos mercados petrolíferos", rematou.
A guerra petrolífera foi desencadeada a 8 de Março, quando a Arábia Saudita anunciou que iria aumentar a produção a partir de abril (passando a exportar 10 milhões de barris de crude por dia) e oferecer descontos aos clientes. Esta foi a estratégia definida por Riade depois de Moscovo ter recusado a proposta da OPEP de um corte adicional de produção – no âmbito do acordo que vigorava entre os países do cartel e os seus parceiros (o chamado grupo OPEP+) – para sustentar os preços do "ouro negro" perante o impacto da covid-19.
O dólar está a caminho de fechar a pior semana desde 2009, perdendo terreno face a 16 das principais divisas. Tudo por causa dos mega-pacotes de estímulos lançados pela Fed e outros bancos centrais.
O Bloomberg Dollar Spot Index está a ceder cerca de 3% esta semana, isto depois de ter subido mais de 8% nas duas semanas anteriores, quando os investidores acorreram à "nota verde" perante as fortes quedas nos restantes ativos.
"O sell-off de dólares é uma reação às medidas de injeção de liquidez anunciadas pela Fed e outros bancos centrais. O medo pode ter diminuído por agora", refere Jane Foley, analista cambial no Rabobank, citada pela Bloomberg.
Também o aumento de casos de infetados nos EUA, que é já o país mais afetado do mundo, e o "salto" nos pedidos iniciais de subsídio de desemprego nos Estados Unidos, para um máximo histórico de 3,28 milhões, penalizaram a divisa norte-american.
O dólar caiu mais de 5% esta semana face à coroa norueguesa e a libra esterlina.
Apesar do bom desempenho semanal, a praça portuguesa recuou 1,76% para os 3.942,86 pontos no dia de hoje, pondo fim a um ciclo de três sessões consecutivas a subir.
A semana foi positiva para a generalidade dos índices em todo o mundo, que aproveitaram para respirar com força, depois das consecutivas quedas das semanas anteriores. A ajudar a este acumular de ganhos estiveram os estímulos económicos lançados pelos maiores bancos centrais do mundo, com o Banco Central Europeu e a Reserva Federal dos Estados Unidos a anunciarem apoios históricos.
Na praça portuguesa, as empresas que mais se destacaram durante a semana pertencem ao setor energético. A petrolífera Galp valorizou 18,20% no conjunto dos últimos cinco dias, o que representa o maior ganho semanal desde abril de 2015.
A "yield" associada às obrigações soberanas da Itália com prazo a 10 anos escala 10 pontos base para 1,316%, sendo que também a taxa de juro associadas aos títulos de Espanha com a mesma maturidade seguiam em forte alta esta sexta-feira (um erro técnico impedia verificar os valores concretos no terminal da Bloomberg à hora que este conteúdo foi escrito).
Com uma dívida pública superior a 130% do PIB, o reforço da despesa levará a um aumento do endividamento da Itália, colocando o país numa posição frágil nos mercados de financiamento.
Apesar de também países como Portugal ou a Grécia defenderem o recurso às chamadas coronabonds para financiar investimentos relacionados com a necessidade de resposta à crise em curso, a verdade é que estando a ser, até ao momento, pouco prejudicados pela pandemia faz com que surjam numa posição menos delicada.
Como tal, a taxa de juro correspondente aos títulos soberanos de Portugal a 10 anos recua 4,2 pontos base para 0,654%, no terceiro dia consecutivo de alívio da "yield" nesta maturidade. Com uma descida de 27,7 pontos base ao longo desta semana, os juros a 10 anos da República Portuguesa registam o maior alívio semanal desde setembro de 2017.
Já a "yields" referente às obrigações gregas cai ténues 0,8 pontos base para 1,472%. Os juros portugueses e gregos beneficiam da suspensão do limite à compra de dívida pública de cada país do euro decidido ontem pelo Banco Central Europeu, o que permite conferir maior eficácia ao novo programa de compra de ativos de até 750 mil milhões de euros anunciado pela instituição liderada por Christine Lagarde. Este programa passa também a incluir a possibilidade de compra de títulos soberanos da Grécia.
Sendo a taxa de juro de referência para a moeda única e considerado o ativo mais seguro na área do euro, os juros associados à dívida da Alemanha a 10 anos recuam 11,9 pontos base para -0,489%.
No entanto, a sessão desta sexta-feira foi penalizadora para o índice, que perdeu 3,44% para os 310,32 pontos.
Em termos semanais, o índice que reúne as 600 maiores cotadas da região, beneficiou de três dias consecutivos de ganhos, depois de os maiores bancos centrais do mundo, como o Banco Central Europeu, a Reserva Federal dos Estados Unidos ou o Banco do Japaão, terem anunciado estímulos históricos para as economias locais, para tentar conter o coronavírus.
Mas hoje, os mercados voltaram a ressentir-se com o impacto da covid-19, principalmente depois de as divergências no seio da União Europeia que lançaram receios sobre a capacidade da Europa em dar uma resposta coordenada a esta crise.
Apesar de os líderes europeus terem chegado a acordo para começar a preparar um plano de recuperação económica pós-crise e de se terem aproximado do recurso ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) para garantir linhas de crédito de até 2% do PIB de cada país, a ideia das coronabonds continua a ter fortes opositores. E, apesar dos avanços referidos, não foi possível fechar qualquer medida conjunta concreta.
Por cá, o índice PSI-20 ganhou 7,43% na semana, mas perdeu 1,76% para os 3.942,86 pontos no dia de hoje.
Os principais índices norte-americanos regressaram às quedas, devido aos receios associados à ampla e rápida propagação da covid-19, mas no cômputo de segunda a sexta-feira a cor predominante foi o verde, com os índices Dow Jones e S&P 500 a marcarem as suas melhores semanas desde 1938 e 2009, respetivamente.
O Dow Jones encerrou a sessão desta sexta-feira a ceder % para 22.552,17 pontos. Ainda assim, marcou a melhor semana em 82 anos.
Ontem, o Dow saiu de "bear market", a disparar mais de 20% desde o fecho de segunda-feira, tendo assim vivido o mercado urso mais curto de sempre – apenas 11 dias. Iniciou assim um novo "bull market", que perdeu hoje algum gás.
Na terça-feira, recorde-se, o Dow escalou 11,37% naquele que foi o maior ganho diário dos últimos 77 anos.
Também o Standard & Poor’s 500 fechou hoje a cair, ao recuar 6,24% para 2.630,07 pontos, depois de ontem se estabelecer no nível mais alto das últimas duas semanas.
No agregado de segunda a sexta-feira, o Dow e o S&P 500 registaram as suas melhores semanas desde 1938 e 2009, respetivamente.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite perdeu 5,60% para 7.797,54 pontos.