Notícia
Abertura dos mercados: Bolsas em alta, petróleo e euro recuam
As bolsas europeias abriram em alta, impulsionadas pelos ganhos de Wall Street e pela China, que divulgou dados económicos positivos. O PSI-20 acompanha esta tendência, impulsionado pela Galp e pelo BCP.
Os mercados em números
PSI-20 soma 0,74% para 4.948,39 pontos
Stoxx 600 avança 1,22% para 338,72 pontos
Nikkei valorizou 2,84% para 16.381,22 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 0,8 pontos base para 3,450%
Euro perde 0,32% para 1,1349 dólares
Petróleo em Londres cai 2,01% para 43,79 dólares o barril
Bolsas europeias
As praças europeias iniciaram a sessão em terreno positivo, com o Stoxx 600 - índice que reúne as 600 maiores cotadas europeias - a avançar 1,22% para 338,72 pontos.
"Os mercados europeus prepararam-se para somar esta manhã, na sequência dos ganhos de Wall Street, e da recuperação do comércio chinês", nota John Plassard, da Mirabaud em Genebra, citado pela Bloomberg.
Adianta o analista que a tendência pode acentuar-se caso "os resultados dos bancos norte-americanos sejam melhores do que o estimado", disse, em referência ao JP Morgan, cujo relatório de contas referente ao primeiro trimestre será hoje divulgado.
A China anunciou esta quarta-feira que as exportações subiram 11,5% em Março, dando sinais de recuperação da segunda maior economia do mundo.
O sentimento positivo das praças do Velho Continente é acompanhado pela praça portuguesa, com o PSI-20 a somar 0,74% para 4.948,39 pontos, impulsionado pela Galp e pelo BCP. A petrolífera negoceia nos 11,58 euros e o banco nos 3,4 cêntimos por acção.
Juros a 10 anos acima dos 3%
Os juros da dívida portuguesa a 10 anos, período de referência, estão aumentar 0,8 pontos base para 3,450%. A tendência é acompanhada pela "yield" espanhola que soma 1 ponto base para 1,552% na mesma maturidade. Os juros da dívida soberana alemã a 10 anos avançam 0,5 pontos base para 0,170%.
Euro recua face ao dólar
A moeda-única europeia cai 0,32% para 1,1349 dólares.
Petróleo acima dos 40 dólares
O Brent, negociado em Londres e preço de referência para a Europa, recua 2,01% para 43,79 dólares. O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, perde 2,16% para 41,26 dólares por barril.
A matéria-prima continua a negociar acima da fasquia dos 40 dólares, mas recua nos mercados internacionais numa altura em que os investidores aguardam dados sobre as reservas de crude norte-americanas. Escreve a Bloomberg que os inventários aumentaram em 6,3 milhões de barris a semana passada, de acordo com dados do Instituto de Petróleo Americano. A estimativa é que os dados governamentais hoje divulgados revelem um aumento das reservas norte-americanas em 1 milhão de barris.
A travar maiores perdas estão as expectativas positivas sobre o encontro entre a Arábia Saudita e a Rússia no próximo dia 17 de Abril em Doha, cujo objectivo é discutir um possível congelar da produção para evitar que o preço do petróleo continue a cair. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin mostrou-se confiante sobre a capacidade dos produtores de petróleo encontrarem terreno comum para um acordo, independentemente da posição do Irão sobre esta matéria.
Fed penaliza ouro
A matéria-prima recua 0,61% para 1.247,91 dólares, com os responsáveis de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana divididos quanto ao ritmo apropriado de aumento das taxas de juro.
O presidente da Fed de Filadélfia, Patrick Harker, e o presidente da Fed de Dallas, Robert Kaplan, fizeram ecoar nas suas declarações desta terça-feira a posição de Jannet Yallen, responsável máxima da Reserva Federal, defendendo alguma cautela no aumento das taxas de juro, aumentando as expectativas de que os oficiais não actuem nesse sentido na reunião de 26-27 de Abril. Pelo contrário, o presidente da Fed de S. Francisco, John Williams, considerou que dois ou três aumentos em 2016 seriam razoáveis, dando sinais de que os responsáveis de política monetária não estão todos na mesma página quanto a esta matéria.
Destaques do dia
Novo crédito para a casa dispara com "guerra" nos "spreads". O último ano foi marcado por uma retoma dos empréstimos para a compra de casa. Para isso contribuiu, em grande parte, a redução das margens exigidas pelos bancos. As novas operações dispararam 78% nos últimos 12 meses.
Após saída do BPI, Caixa será único grande banco em Angola. BPI e BCP vão deixar de controlar bancos em Angola, devido à posição do BCE. A intervenção no BES Angola, ditou um destino ainda mais radical para a presença do BES no mercado. Resta a Caixa como único grande banco português em Angola.
Stock da Cunha recebeu 385 mil euros do Novo Banco em 2015. Os seis membros do conselho de administração do Novo Banco auferiram mais de 1,6 milhões de euros no ano passado. O banco está em processo de venda para sair da esfera pública.
Reis Campos: Presença de construtoras portuguesas em Angola é "quase simbólica". As empresas portuguesas, que chegaram a facturar dois mil milhões de euros em Angola, estão hoje "quase simbolicamente" no país, diz Reis Campos, presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário.
FMI tira duas economias portuguesas ao crescimento mundial. Em menos de um ano, o FMI reviu de 3,8% para 3,2% o crescimento previsto para o mundo em 2016. Usando como referência o PIB global, são menos 390 mil milhões de euros. Cerca de duas vezes a economia portuguesa.
Empresa do Estado, Banif e Amorim recupera 140 milhões. Os bancos credores da Finpro, que era detida pelo Estado, Américo Amorim e o Banif, vão recuperar apenas cerca de 140 dos 268 milhões de euros que têm a haver. Guerra judicial pelos créditos deverá congelar pagamentos.
Sonae Capital paga dividendos a 3 de Maio. Os primeiros dividendos da Sonae Capital vão ser pagos a 3 de Maio, de acordo com a informação divulgada pela empresa. Deixarão de ter direito a dividendo as acções transaccionadas a partir de 29 de Abril, inclusive.
Dunas compra fundos imobiliários para caçar retornos atractivos. Depois de ter chegado a acordo para a aquisição da Inverseguros, a gestora de activos vai comprar a Selecta, reforçando a sua oferta de fundos no segmento imobiliário na Península Ibérica.
Operação "Tax Free": Funcionários do Fisco garantem tratar-se de casos isolados. Em reacção à Operação "Tax Free", o sindicato e a associação dos inspectores convergem na mensagem: o caso deve ser investigado até ao fim, e não mancha a credibilidade dos funcionários do Fisco.
O que vai acontecer hoje
Fed. Livro bege da Reserva Federal
JP Morgan. Apresentação de resultados do primeiro trimestre
China. Balança comercial, em Março
OPEP. Relatório mensal sobre o mercado petrolífero
Zona Euro. Produção industrial, em Fevereiro [anterior: 2,8%; estimativa: 1,3%]