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Abertura dos mercados: Tensão EUA/Arábia Saudita agrava preços do petróleo e põe bolsas em mínimos de 2016

As bolsas europeias estão a prolongar o pessimismo da sessão asiática depois da troca de ameaças entre a Arábia Saudita e os EUA. Essa tensão está a reflectir-se também na subida dos preços do petróleo, e no ouro, que ganha quase 1%.

Os investidores que prefiram ficar longe do sobe e desce do mercado podem privilegiar uma abordagem mais defensiva. Os fundos multiactivos podem ser uma boa alternativa para quem pretende obter retornos, mas não quer assumir riscos demasiado elevados.

Os fundos multiactivos ajustam-se a praticamente todos os investidores, uma vez que existem produtos com uma estratégia de investimento mais defensiva, equilibrada e agressiva. Apesar da instabilidade registada nos mercados accionistas nas últimas semanas, são os multiactivos agressivos, com maior exposição ao mercado accionista, que apresentam as melhores rendibilidades. Rendem, em média, 0,9% nos últimos três meses. Já os fundos que privilegiam uma estratégia mais equilibrada somam 0,81%, segundo os dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP).

Ao investirem em diversas classes de activos, estes produtos de poupança reduzem o risco resultante de oscilações bruscas nos mercados financeiros. Ou seja, se as bolsas mundiais registarem quedas acentuadas enquanto está a banhos, a exposição a outros activos, como a dívida ou cambial, vai atenuar o efeito negativo das acções na carteira. No entanto, caso os problemas nos mercados aliviem e as bolsas registem subidas elevadas, esses fundos não irão obter retornos tão expressivos.
Reuters
15 de Outubro de 2018 às 09:20
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Os mercados em números

PSI-20 desce 0,28% para 4.992,86 pontos

Stoxx 600 perde 0,14% para 358,43 pontos

Nikkei desvalorizou 1,87% para 22.271,30 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 3,3 pontos para 2,010%

Euro sobe 0,11% para 1,1573 dólares

Petróleo em Londres ganha 0,86% para 81,12 dólares o barril

 

Acções europeias em mínimos de quase dois anos

As bolsas europeias estão a negociar em queda pela quarta sessão consecutiva, penalizadas por vários focos de tensão que continuam a pesar no sentimento dos mercados: a subida dos custos de financiamento dos Estados Unidos; o impacto da guerra comercial entre os EUA e a China, onde começam a surgir os primeiros sinais de desaceleração (na sexta-feira foi revelado que as vendas de carros registaram a maior descida em sete anos); o orçamento italiano e a crescente tensão entre a Arábia Saudita e o Ocidente, depois do desaparecimento de um jornalista no consulado da Arábia Saudita em Istambul.

 

Este desaparecimento, que poderá ter sido engendrado pelas autoridades sauditas, está a motivar fortes críticas dos Estados Unidos, que dizem que, caso se confirme a responsabilidade das autoridades do reino, o país deve ser punido.

 

O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, perde 0,14% para 358,43 pontos, o valor mais baixo desde Dezembro de 2016.

 

Na bolsa nacional, o PSI-20 desce 0,28% para 4.992,86 pontos, penalizado sobretudo pela Altri, Galp Energia e Jerónimo Martins. A Galp desliza 0,77% para 15,53 euros, a Jerónimo Martins cede 0,52% para 11,405 euros e a Altri desvaloriza 1,81% para7,59 euros.

 

Juros de Portugal descem após decisão da Moody’s

Os juros da dívida portuguesa estão a descer em todas as maturidades, depois de a agência Moody’s ter retirado a dívida portuguesa da categoria de investimento especulativo, na sexta-feira, um patamar onde foi colocada em Julho de 2011.

 

A ‘yield’ associada às obrigações a dez anos desce 3,3 pontos para 2,010%. Em Espanha, os juros recuam 0,2 pontos para 1,673%, em Itália aliviam 5,4 pontos para 3,523%ena Alemanha descem 0,4 pontos para0,493%.

 

Euro sobe face ao dólar

A moeda única europeia está a negociar em alta ligeira face ao dólar, depois de o governo italiano ter dado novas garantias de que o país não vai sair do euro. "Ninguém precisa de temer uma saída do euro ou da União Europeia, não há perigo nem intenção, porque não foi isso que os italianos nos pediram na eleição", afirmou o vice-primeiro-ministro, Luigi Di Maio.

 

Nesta altura, o euro sobe 0,11% para 1,1573 dólares.

 

Petróleo em alta com tensão entre EUA e Arábia Saudita

O petróleo está a negociar em alta nos mercados internacionais, devido à crescente tensão entre a Arábia Saudita, o maior produtor da OPEP, e os Estados Unidos, em torno do desaparecimento de um jornalista no consulado da Arábia Saudita em Istambul.  

 

O presidente dos EUA disse que o seu país pode tomar "medidas muito, muito poderosas, muito fortes" contra o país caso se conclua que o regime foi responsável pelo desaparecimento de Jamal Khashoggi. Já a Arábia Saudita respondeu que está preparada para qualquer medida que lhe seja imposta, e que poderá retaliar com medidas ainda mais duras.

 

Esta troca de ameaças está a motivar receios no mercado, e a impulsionar os preços da matéria-prima. Em Londres, o Brent sobe 0,86% para 81,12 dólares, enquanto em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) valoriza 0,59% para 71,76 dólares.

 

Ouro sobe quase 1%

Esses receios, que estão a penalizar as acções e a impulsionar os preços do petróleo, estão a beneficiar a cotação do ouro, que é um activo de refúgio por excelência. O metal amarelo valoriza 0,93% para 1.228,36 dólares, depois de ter completado, na sexta-feira, a primeira valorização semanal desde Abril. Já a prata ganha 0,89% para 14,7094 dólares.  

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