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Abertura dos mercados: Tensão em Itália abala bolsas europeias. Juros e ouro sobem

A Comissão Europeia vai pedir a Itália que clarifique os números inscritos no rascunho orçamental enviado para Bruxelas, por considerar que a despesa prevista é muito elevada. Estas críticas estão a aumentar a tensão política no mercado e a agitar as bolsas europeias.

Reuters
19 de Outubro de 2018 às 09:32
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Os mercados em números

PSI-20 recua 0,14% para 5.053,09 pontos

Stoxx 600 desce 0,12% para 361,25 pontos

Nikkei desvalorizou 0,56% para 22.532,09 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 10,5 pontos base para 2,109%

Euro recua 0,06% para 1,1446 dólares

Petróleo sobe 0,30% para 79,53 dólares, em Londres

 

Tensão em Itália pressiona bolsas europeias

A Comissão Europeia vai pedir às autoridades governamentais da Itália que clarifiquem os números inscritos no rascunho orçamental enviado na passada segunda-feira para Bruxelas. As críticas à proposta estão a agravar a tensão política e agitar os mercados europeus.

 

Nem os bons resultados das empresas ou o alívio dos receios em torno do Brexit estão a conseguir contrariar este sentimento negativo, com o Stoxx 600 a cair 0,12% para 361,25 pontos.

 

Lisboa também segue no vermelho. O PSI-20 está a cair 0,14% para 5.053,09 pontos, em linha com o sentimento do resto da Europa. Por cá, os CTT estão a recuar 2%, depois de terem revelado que vão investir 40 milhões para reorganização o serviço postal e de distribuição.

 

Destaque ainda para as bolsas asiáticas, que foram pressionadas pelos mais recentes dados sobre a evolução da economia chinesa. A China registou o crescimento mais fraco desde o primeiro trimestre de 2009.

 

Críticas de Bruxelas a Itália agravam juros

A tensão entre Itália e Bruxelas está não só a pressionar as bolsas, como a levar os juros da dívida a subir. A taxa italiana a dez anos está a avançar 10,5 pontos base para 3,789%. Esta tendência está a ser acompanhada por Portugal e Espanha, com os juros no mesmo prazo a subirem 7,7 pontos base para 2,109% e 7,8 pontos base para 1,806%, respectivamente.

 

Os investidores estão, assim, a procurar a segurança da dívida alemã, com os juros a dez anos a aliviarem 1,8 pontos base para 0,398%.

 

Euro sob pressão

A moeda única está a recuar 0,06% para 1,1446 dólares, tendo negociado perto de um mínimo de quase uma semana.

 

O euro está a ser pressionado pelas críticas da Comissão Europeia ao Orçamento de Itália, que acabaram por agravar a tensão política na Zona Euro. As autoridades europeias disseram, numa carta enviada ao ministro da Economia italiano, Giovanni Tria, que a despesa prevista no documento é demasiado elevada, que o défice deverá subir e que a dívida pública do país não deverá respeitar as regras europeias.

 

Aumento da procura da China anima petróleo

Os preços do petróleo estão a subir nos mercados internacionais, graças a sinais de que a procura por parte da China vai aumentar. Isto apesar de terem sido revelados dados fracos para a economia do país que se debate nesta altura com uma guerra comercial com os EUA.

 

Neste cenário, o Brent, negociado em Londres, está a subir 0,30% para 79,53 dólares. Isto enquanto o West Texas Intermediate, em Nova Iorque, está a valorizar 0,19% para 68,78 dólares.

 

Investidores procuram refúgio no ouro

Os preços do metal amarelo estão a subir num dia dominado pelos receios em torno da economia da China. Isto depois de ter sido revelado que o país registou o crescimento mais fraco desde o primeiro trimestre de 2009.

 

Os investidores acabaram por procurar o ouro por ser considerado um activo de refúgio. O metal precioso está a subir 0,08% para 1.226,79 dólares por onça.

(Correcção: no início do texto era referida uma "yield" a dez anos de Itália e não de Portugal)

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