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Abertura dos mercados: Resultados da banca pressionam Europa. Ouro sobe há cinco sessões a pensar na Fed

A queda dos lucros do banco britânico HSBC está a pressionar as cotadas do setor. Já o ouro valoriza há cinco sessões na expectativa que a Fed desça os juros.

Miguel Baltazar
28 de Outubro de 2019 às 09:26
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Os mercados em números
PSI-20 desce 0,07% para os 5.086,77 pontos
Stoxx 600 desvaloriza 0,09% para os 397,65 pontos
Nikkei sobe 0,3% para os 22.867,27
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 0,7 pontos base para os 0,225%
Euro sobe 0,09% para os 1,1090 dólares
Petróleo em Londres perde 0,4% para os 61,77 dólares o barril

Bolsas europeias em baixa com resultados da banca
As bolsas europeias estão a negociar ligeiramente em baixa no arranque desta segunda-feira, 28 de outubro, por causa de resultados negativos na banca. O britânico HSBC, o maior banco europeu, anunciou que os lucros do terceiro trimestre baixaram 24%, o que está a pressionar o setor. As ações da cotada estão a cair mais de 3%.

Além disso, a holandesa Philips também informou que o seu lucro diminuiu 29% no terceiro trimestre. Assim, o Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, está a desvalorizar 0,09% para os 397,65 pontos, após ter atingido um máximo de 21 meses (fevereiro de 2018) na semana passada. O Stoxx 600 esteve a valorizar nas últimas cinco sessões.

Quanto ao Brexit, há a indicação de que o Governo francês já aceitou que haja uma extensão de três meses para a saída que estava marcada para 31 de outubro,  o que deverá reforçar junto dos investidores a perspetiva de que não haverá uma saída sem acordo.

A nível internacional, os mercados estão a aguardar o resultado da reunião de política monetária da Reserva Federal norte-americana esta quarta-feira, 30 de outubro, dado que existe a expectativa de uma nova descida dos juros. 

Em Lisboa, o PSI-20 segue a descer 0,07% para os 5.086,77 pontos, após ter acumulado três sessões de ganhos. Também na bolsa nacional o destaque vai para resultados das cotadas. O Bank Millennium, banco polaco detido pelo BCP, apresentou lucros acima do esperado. Contudo, o BCP segue a desvalorizar mais de 1%.

Juros da dívida da Argentina na Europa sobem 
Os juros associados às obrigações soberanas a três anos da Argentina emitidas na Europa estão a subir cerca de um ponto percentual (100 pontos base), após as eleições deste domingo terem ditado o regresso dos peronistas ao poder. Porém, dado que este resultado já era esperado, a reação não é muito expressiva face às variações registadas em agosto, altura em que houve umas primárias que já davam vitória aos peronistas. 

No mercado secundário, os juros portugueses a dez anos estão a subir 0,7 pontos base para os 0,225%, negociando perto de máximos de um mês.


Euro sobe, mas perspetivas são más
O euro já perdeu mais de 3% este ano face ao dólar e as previsões recolhidas pela Bloomberg apontam para uma contínua desvalorização até aos 1,07 dólares no final deste ano. Nesta sessão, a divisa europeia sobe 0,09% para os 1,1090 dólares.

Petróleo desce após maior ganho semanal em mais de um mês
O petróleo está a negociar sem grandes oscilações após ter registado o maior ganho semanal em mais de um mês por causa dos progressos nas negociações comerciais entre os EUA e a China. Segundo uma análise da Bloomberg Economics, o impacto da disputa comercial é responsável por 70% da descida do preço do "ouro negro", sendo o resto atribuível à procura abundante, nomeadamente ao aumento dos stocks.

No caso dos inventários, a produção norte-americana deverá continuar a pressionar a cotação do barril em baixa, segundo disse o secretário para a Energia do Governo federal norte-americano, Rick Perry, numa entrevista à Bloomberg. 

Neste momento, o WTI, negociado em Nova Iorque, desvaloriza 0,51% para os 56,37 dólares ao passo que o Brent, negociado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, desce 0,4% para os 61,77 dólares por barril.

Ouro sobe há cinco sessões a pensar na Fed
A expectativa sobre a decisão que a Reserva Federal tomará esta quarta-feira está a impulsionar o ouro. Normalmente, quando a Fed baixa os juros diretores (se for esse o caso), o metal precioso beneficia dado que fica um investimento mais atrativo face à remuneração de outros ativos. 

Neste momento, segundo a Bloomberg, a expectativa é que possa haver uma descida, a terceira consecutiva, uma vez que os dados económicos norte-americanos têm ficado abaixo das expectativas, nomeadamente a venda de casas e o investimento empresarial. 

Por outro lado, tanto a China como os EUA anunciaram que a primeira fase do acordo comercial parcial está "praticamente completa", o que deverá ser um fator positivo a pesar na balança da Fed. No próximo mês, os líderes dos dois países deverão encontrar-se numa cimeira no Chile.

O ouro sobe há cinco sessões consecutivas, estando neste momento a valorizar 0,14% para os 1.506,77 dólares por onça.

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