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Abertura dos mercados: Palavras de Draghi levam juros de Portugal a negociar abaixo dos 3%

Os juros da dívida pública portuguesa no mercado secundário estão a negociar abaixo da fasquia dos 3%, depois do BCE ter apontado o Outono como a data em que poderá tomar uma decisão sobre o calendário da retirada de estímulos. O euro está a subir.

Bruno Simão
21 de Julho de 2017 às 09:29
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Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,23% para 5.326,53 pontos

Stoxx 600 cede 0,07% para 383,81 pontos

Nikkei desvalorizou 0,22% para 20.099,75 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 3,1 pontos para 2,974%

Euro ganha 0,08% para 1,1641 dólares

Petróleo em Londres sobe 0,47% para 49,53 dólares o barril

Bolsas em queda

As principais praças europeias estão a negociar em queda, com excepção para Lisboa e Londres, depois do Banco Central Europeu ter mantido a sua política de estímulos inalterada.E na conferência de imprensa após o encontro, Mario Draghi afirmou que não vê qualquer sinal convincente de recuperação sustentada da inflação que justifique uma alteração dos actuais estímulos monetários.

Por agora fica tudo igual e nem as equipas técnicas do BCE estão sequer a trabalhar em hipóteses para uma possível estratégia de saída, avançou Mario Draghi na reunião de 20 de Julho, na qual retirou também pressão em relação à possibilidade de surgirem novidades em Setembro, quando são divulgadas novas previsões macroeconómicas. O compromisso ficou-se apenas por debater o tema no Outono.

A liderar as quedas no Velho Continente está o principal índice grego, que recua 0,70%, seguido pelo espanhol IBEX 35, que desce 0,28%. O Stoxx 600, índice de referência, cede 0,07%. No acumulado da semana, para já o saldo é negativo, com o Stoxx 600 a registar uma desvalorização superior a 0,50%. 

Por outro lado, o PSI-20 sobe 0,23% e o Footsie cresce 0,08%.

 

Juros abaixo dos 3%

Os juros da dívida pública portuguesa no mercado secundário estão a cair, negociando abaixo da fasquia dos 3%, precisamente depois da autoridade monetária do euro ter decidido não mexer na sua política de estímulos monetários – o que inclui a compra de activos. Além disso, Mario Draghi deixou a indicação que uma eventual alteração na política do BCE não vai ocorrer no curto prazo.

A dez anos, os juros da dívida portuguesa recuam 3,1 pontos base para 2,974%. Os da Alemanha no mesmo prazo descem 2,4 pontos base para 0,507%. O prémio de risco da dívida nacional – o diferencial entre a divida nacional e a germânica – está nos 241,4 pontos, o valor mais baixo desde Janeiro do ano passado.


Euro continua a escalar

A moeda da Zona Euro está a valorizar face ao dólar, avançando 0,08% para 1,1641 dólares. Mas durante esta sexta-feira, 21 de Julho, o euro negociou já nos 1,1656 dólares, muito próximo dos 1,1658 dólares atingidos na sessão de ontem e que representam o valor mais elevado desde Agosto de 2015.

No acumulado da semana, o euro está também a registar uma evolução positiva marcando, para já, uma subida próxima de 1,50%. Ontem e hoje, o euro deverá estar a ser impulsionado pelas palavras de Mario Draghi, presidente do BCE. A escalada do euro pode não focar por aqui.

Petróleo em alta ligeira antes de encontro

Os preços do petróleo estão a subir ligeiramente nos mercados internacionais, com o West Texas Intermediate a avançar 0,40% para 47,11 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, referência para Portugal, ganha 0,47% para 49,53 dólares por barril. Esta evolução tem lugar na véspera do encontro entre produtores da matéria-prima, que vai decorrer em São Petersburgo (Rússia), este fim-de-semana, avança a Bloomberg.

Juntos à mesma mesa vão estar os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e outros produtores. O encontro decorre numa altura em que a implementação de cortes na produção de "ouro negro", que visam uma subida dos preços, não estará a ter os efeitos pretendidos.


Subida do zinco é para continuar

O principal produtor asiático de zinco, a Hindustan Zinc Ltd, assume que esta matéria-prima tem potencial para subir este ano para níveis que não são vistos há mais de uma década, de acordo com a Bloomberg. Os preços podem alcançar os 3.000 dólares por tonelada métrica, em Londres, nos próximos trimestres, admite o CEO da Vedanta à Bloomberg. Esta sexta-feira, no mercado londrino, o zinco já avançou 0,7% para 2.746 dólares por tonelada.

 

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