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Abertura dos mercados: Juros de Portugal atingem mínimos há seis sessões e petróleo dispara

O possível adiamento das tarifas ao México está a animar as bolsas e contribui para a forte recuperação dos preços do petróleo. O efeito BCE continua a provocar mínimos nos juro das dívida portuguesa e outros países do euro.

Reuters
07 de Junho de 2019 às 09:37
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Os mercados em números
PSI-20 valoriza 0,25% para 5.104,50 pontos
Stoxx 600 soma 0,65% para 376,43 pontos

Nikkei valorizou 0,53% para 20.884,71 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 2,7 pontos base para 0,634%

Euro desce 0,1% para 1,1265 dólares

Petróleo em Londres avança 2,09% para 62,96 dólares

 

Bolsas em alta com possível adiamento de tarifas ao México

As bolsas europeias mantêm a toada de recuperação das últimas sessões, com os investidores agradados com a possibilidade de adiamento das anunciadas tarifas aduaneiras dos EUA sobre produtos importados do México, previstas para entrarem em vigor na próxima segunda-feira, 10 de junho.

 

Apesar de ontem os representantes comerciais dos EUA e do México não terem alcançado qualquer acordo comercial nas negociações que mantiveram, os esforços prosseguem e a Bloomberg avançou que Washington estará a ponderar adiar a aplicação dessas tarifas alfandegárias. Isto porque o México está a pedir mais tempo para as duas partes negociarem um acordo. 

 

Este alívio na tensão comercial está a ser bem recebido pelos investidores, que também aguardam com expectativa o relatório do mercado de trabalho dos Estados Unidos, que poderá dar mais pistas sobre o rumo da política monetária do Banco Central Europeu.

 

O Stoxx 600 soma 0,65% para 376,43 pontos, numa sessão em que as cotadas ligadas ao petróleo são as que mais impulsionam os índices, uma vez que a matéria-prima avança mais de 2%.

 

Em Lisboa também é a Galp Energia que conduz o PSI-20 a uma valorização de 0,25% para 5.104,50 pontos, na terceira sessão seguida de ganhos do índice português. As ações da petrolífera ganham 1,39% para 13,52 euros.

 

Euro recua com notícias negativas na Alemanha 

A moeda europeia está recuar 0,1% para 1,1265 dólares numa sessão com várias notícias negativas para aquela que é a maior economia da região. A produção industrial da Alemanha registou em abril a maior queda em quatro anos e o Bundesbank cortou as estimativas de crescimento para este ano em 1 ponto percentual. O banco central vê o PIB a crescer 0,6% em 2019, bem menos que os 1,6% estimados anteriormente.

 

BCE mantém juros da dívida em queda 

Os juros das dívidas soberanas dos países da Zona Euro continuam a negociar em mínimos históricos, a beneficiar da política monetária seguida pelo Banco Central Europeu (BCE). Esta quinta-feira, a instituição liderada por Mario Draghi decidiu manter a taxa de juro diretora inalterada, pelo menos, até ao final do primeiro semestre de 2020, sinalizando que os estímulos à economia europeia continuarão durante mais tempo.

Os juros da dívida portuguesa a dez anos estão a descer 2,7 pontos base para 0,634%, muito perto do mínimo de sempre fixado na véspera. Esta é já a sexta sessão seguida de descida nos juros das obrigações soberanas portuguesas, que em 14 sessões apenas subiram por uma vez.

 

Em Espanha os juros a 10 anos caem 3 pontos base para um novo mínimo histórico nos 0,57% e na Alemanha seguem estáveis em -0,241%.

 

Petróleo recupera de mínimo de cinco meses 

O petróleo mantém a tendência de recuperação face aos mínimos de cinco meses que atingiu a meio da semana, com a matéria-prima a beneficiar com as noticias mais favoráveis na frente comercial e com a sintonia da Rússia e Arábia Saudita.

 

O Brent em Londres avança 2,09% para 62,96 dólares, já bem acima do mínimo de janeiro que atingiu abaixo dos 60 dólares. O WTI em Nova Iorque soma 2,02% para 53,65 dólares.

 

Na quinta-feira, Donald Trump anunciou que irá decidir sobre a aplicação, ou não, de novas sanções comerciais à China no final de junho, depois da cimeira do G20, onde irá encontrar-se com Xi Jinping. É um sinal de que poderá haver progressos no conflito entre as duas maiores economias do mundo ainda este mês. Por outro lado, os investidores esperam que possa haver um adiamento das tarifas aduaneiras a aplicar pelos EUA sobre os produtos mexicanos.

 

Enquanto na frente comercial as noticias são mais favoráveis, os ministros da Energia da Rússia e da Arábia Saudita garantiram que os países produtores que integram a OPEP+ vão "continuar a cooperar para atingir um equilíbrio de mercado".

 

Ouro com melhor semana em seis meses 

O ouro negoceia em alta ligeira (+0,02% para 1.335,6 dólares), completando aquela que está a ser a melhor semana em seis meses para o metal precioso, que tem sido um dos ativos de refúgio prediletos dos investidores. A onça de ouro sobe pela sexta sessão consecutiva e na semana está a acumular ganhos acima de 2%.

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