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Reviravolta no petróleo com México a afugentar os ursos

Os preços do crude recuperaram fortemente na última meia hora de negociação, passando de terreno negativo para subidas superiores a 2%.

Bloomberg
06 de Junho de 2019 às 20:42
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As cotações do "ouro negro" registaram uma inversão de tendência na última meia hora de negociação, fortemente animadas pela perspetiva de um adiamento das tarifas aduaneiras dos EUA sobre produtos mexicanos.

 

Com efeito, a notícia de que os Estados Unidos estão a ponderar adiar a imposição dessas tarifas alfandegárias, previstas para entrarem em vigor na próxima segunda-feira, 10 de junho, está a animar as bolsas norte-americanas e também deu gás aos preços do petróleo.

 

Antes desta informação, o crude prosseguia o movimento de queda, depois de ontem ter entrado em "bear market" nos Estados Unidos após a divulgação dos stocks desta matéria-prima nos Estados Unidos, que aumentaram de forma inesperada. De acordo com o Departamento de Energia dos EUA, as reservas de crude da maior economia do mundo aumentaram em 6,8 milhões de barris na semana passada, naquela que foi a maior subida desde 1990 e que contrariou as estimativas dos analistas, que apontavam para uma queda.

 

O West Texas Intermediate (WTI), crude de referência para os EUA que é negociado em Nova Iorque, entrou assim em mercado urso na sessão de ontem, ao cair mais de 20% face ao seu máximo de abril, de 66,30 dólares, com os receios de um excesso de oferta a juntarem-se às preocupações em torno do crescimento mundial.

 

Hoje, a tendência manteve-se durante quase toda a jornada, e a contribuir para o reforço da descida esteve o anúncio de que as exportações norte-americanas de crude aumentaram em abril para 2,84 milhões de barris por dia.

 

Contudo, nos 30 minutos finais de negociação deu-se uma reviravolta e terminaram a disparar mais de 2% com o "efeito México".

 

O WTI para entrega em julho segue a somar 2,44% para 52,94 dólares, depois de ter encerrado a sessão formal nos 52,59 dólares – com um avanço de 1,8% (ou 91 cêntimos), o mais acentuado desde 22 de abril. Isto depois de ter estado a perder 0,99%.

 

Também o Brent do Mar do Norte – que é negociado em Londres e serve de referência às importações portuguesas – inverteu para o verde, com os preços do contrato para entrega em agosto a avançarem 1,70% para 61,67 dólares, e seguindo agora com um ganho de 2,34% para 62,05 dólares. Durante a sessão chegou a estar a cair 0,68%.

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