Notícia
Excesso de oferta pode levar petróleo aos 30 dólares por barril, avisa Rússia
Os riscos de excesso de oferta no mercado petrolífero podem levar o barril aos 30 dólares, segundo a Rússia, que ainda assim está reticente quanto ao prolongamento dos cortes de produção.
10 de Junho de 2019 às 12:30
O ministro russo da Energia, Alexander Novak, disse esta segunda-feira, 10 de junho, que não se pode excluir o cenário em que a cotação do petróleo baixe para os 30 dólares por barril. Tal acontecerá se não for prolongado o acordo que limita a produção dos países que exportam petróleo, avisou Novak, citado pela Reuters.
À margem de um encontro com o ministro saudita da Energia, em Moscovo, Alexander Novak considerou que existem "grandes riscos" de excesso de oferta no mercado. O ministro russo da Energia deixou a garantia de que a Rússia vai monitorizar de perto a evolução do petróleo para tomar uma decisão "equilibrada" em julho.
Será nessa altura que acontecerá a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que é liderada pela Arábia Saudita, com os seus aliados (incluindo a Rússia) onde se decidirá a manutenção dos cortes de produção que estão atualmente em vigor.
O ministro saudita da Energia, Khalid al-Falih, garantiu que estão a ser dados passos para que se evite uma redução significativa do preço do petróleo. Contudo, segundo a agência de notícias TASS, citada pela Reuters, o ministro saudita disse também que a Rússia é o único produtor de petróleo que ainda não se decidiu quanto ao prolongamento dos cortes de produção até ao final deste ano.
"Há um debate interno na Rússia sobre qual o volume exato que se deve produzir no segundo semestre", revelou Khalid al-Falih. Na semana passada, Vladimir Putin tinha admitido a discordância com a OPEP sobre o preço "justo" do petróleo, mas deixou em aberto a possibilidade de haver uma decisão conjunta na reunião de julho. Os dois países devem voltar a discutir o assunto no final deste mês no encontro do G20 no Japão.
Neste momento, o crude, negociado em Nova Iorque, segue a valorizar 0,24% para os 54,12 dólares, depois de já ter desvalorizado quase 18% desde o pico de abril, entrando em "bear market" na passada sexta-feira. Ainda assim, face ao início do ano, o crude acumula uma valorização de 19%.
Já o Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as importações portuguesas, está a descer 0,09% para os 63,23 dólares por barril, invertendo face à valorização registada no início da sessão. O Brent acumula uma valorização de 17% desde o início de 2019.
Apesar dos esforços da OPEP e da Rússia, a cotação do barril não tem conseguido manter-se nos níveis desejados pelo cartel. Em causa está o aumento da produção norte-americana dado o objetivo claro dos EUA de manter o preço do petróleo baixo, assim como a perspetiva de que haverá menor procura pelo "ouro negro" no futuro dado que a economia mundial está em fase de desaceleração provocada pela disputa comercial. Em 2018, a produção mundial de petróleo atingiu um recorde.
À margem de um encontro com o ministro saudita da Energia, em Moscovo, Alexander Novak considerou que existem "grandes riscos" de excesso de oferta no mercado. O ministro russo da Energia deixou a garantia de que a Rússia vai monitorizar de perto a evolução do petróleo para tomar uma decisão "equilibrada" em julho.
O ministro saudita da Energia, Khalid al-Falih, garantiu que estão a ser dados passos para que se evite uma redução significativa do preço do petróleo. Contudo, segundo a agência de notícias TASS, citada pela Reuters, o ministro saudita disse também que a Rússia é o único produtor de petróleo que ainda não se decidiu quanto ao prolongamento dos cortes de produção até ao final deste ano.
"Há um debate interno na Rússia sobre qual o volume exato que se deve produzir no segundo semestre", revelou Khalid al-Falih. Na semana passada, Vladimir Putin tinha admitido a discordância com a OPEP sobre o preço "justo" do petróleo, mas deixou em aberto a possibilidade de haver uma decisão conjunta na reunião de julho. Os dois países devem voltar a discutir o assunto no final deste mês no encontro do G20 no Japão.
Neste momento, o crude, negociado em Nova Iorque, segue a valorizar 0,24% para os 54,12 dólares, depois de já ter desvalorizado quase 18% desde o pico de abril, entrando em "bear market" na passada sexta-feira. Ainda assim, face ao início do ano, o crude acumula uma valorização de 19%.
Já o Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as importações portuguesas, está a descer 0,09% para os 63,23 dólares por barril, invertendo face à valorização registada no início da sessão. O Brent acumula uma valorização de 17% desde o início de 2019.
Apesar dos esforços da OPEP e da Rússia, a cotação do barril não tem conseguido manter-se nos níveis desejados pelo cartel. Em causa está o aumento da produção norte-americana dado o objetivo claro dos EUA de manter o preço do petróleo baixo, assim como a perspetiva de que haverá menor procura pelo "ouro negro" no futuro dado que a economia mundial está em fase de desaceleração provocada pela disputa comercial. Em 2018, a produção mundial de petróleo atingiu um recorde.