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Abertura dos mercados: Juros continuam abaixo de Itália. Bolsas em alta

Os juros da dívida pública portuguesa no mercado secundário sobem mas mantêm-se abaixo das “yields” italianas. As bolsas europeias estão em alta, nesta que é uma semana mais pequena e que, tradicionalmente, é marcada por uma liquidez menor.

Bloomberg
27 de Dezembro de 2017 às 09:34
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Os mercados em números

PSI-20 desce 0,28% para 5.368,03 pontos

Stoxx 600 ganha 0,09% para 390,62 pontos

Nikkei valorizou 0,08% para 22.911,21 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 0,9 pontos para 1,847%

Euro ganha 0,14% para 1,1875 dólares

Petróleo em Londres desce 0,85% para 66,45 dólares o barril

Bolsas europeias em alta

Esta quarta-feira marca a primeira sessão da semana nos mercados bolsistas europeus após o Natal. Uma semana mais pequena e que é, tipicamente, marcada pela fraca liquidez. Ainda assim, as praças europeias estão a negociar sobretudo com sinal positivo, alimentadas pelo fortalecimento dos preços das matérias-primas.

Os investidores devem continuar a digerir as notícias que indicam que a procura pelo iPhone X da Apple deverá ser inferior à esperada. Além disso, o mercado vai ficar hoje a conhecer os dados relativos à projecção da confiança dos consumidores norte-americanos em Dezembro. O mercado está à espera que tenha havido uma ligeira diminuição face ao máximo de 17 anos atingido em Novembro, mas aguarda números que indiquem que os consumidores dos EUA continuam optimistas em relação à economia do país.

A praça grega lidera os ganhos no Velho Continente, subindo 0,47%, seguida pelo índice germânico, que ganha 0,25%. O Stoxx 600, índice de referência, cresce 0,09%. Por outro lado, o português PSI-20 lidera as perdas, recuando 0,28%, seguido pelo índice holandês, que cede 0,05%.

 

Juros continuam abaixo dos de Itália

Os juros da dívida pública portuguesa, no mercado secundário, estão sem uma tendência definida - recuam nos prazos mais curtos e sobem ligeiramente nas maturidades mais longas. Na última sexta-feira, as obrigações nacionais, tal como as de outros países da área do euro, estavam a subir condicionados pela incerteza política gerada pelas eleições na Catalunha.

Esta quarta-feira, os juros exigidos pelos investidores para trocarem dívida portuguesa entre si somam 0,9 pontos base para 1,847%, tendo já negociado nos 1,821%, mantendo-se assim abaixo dos juros de Itália no mercado secundário. As "yields" italianas a dez anos sobem 0,8 pontos base para 1,920%.

Os juros da dívida nacional têm vindo a descer beneficiando das alterações na notação da dívida nacional. Em Setembro, a agência Standard and Poors subiu o rating de Portugal, retirando a dívida nacional do patamar considerado de "lixo". A 15 de Dezembro, a agência Fitch melhorou igualmente a classificação de Portugal – retirou Portugal de "lixo" e fez um "upgrade" de dois níveis, com Portugal a passar directamente para o penúltimo grau do chamado investimento de qualidade, de ‘BB+’ para ‘BBB’.

Os juros da Alemanha a dez anos estão a descer 1,7 pontos base para 0,404%. O prémio de risco da dívida nacional está nos 144,9 pontos.

Euro em alta

A moeda da Zona Euro está a subir 0,14% para 1,1875 dólares, isto numa altura em que o mercado aguarda pelos dados da confiança dos consumidores nos EUA. 

Petróleo em queda

Os preços do petróleo estão a descer nos mercados internacionais. O West Texas Intermediate desce 0,53% para 59,65 dólares por barril, depois de ontem ter tocado nos 60,01 dólares a cotação mais de elevada desde Junho de 2015, depois de uma explosão num oleoduto no maior terminal de exportação da Líbia.

A negociação do petróleo está ainda a ser marcada pela informação, de acordo com a Bloomberg, que dá conta que a Arábia Saudita espera que as receitas do petróleo disparem cerca de 80% em 2023, o que vai ajudar o reino a registar o primeiro excedente orçamental numa década.

O Brent do Mar do Norte, referência para Portugal, recua 0,85% para 66,45 dólares por barril.

Bitcoin acima dos 16 mil dólares

A criptomoeda bitcoin está a subir 1,98% para 16.240,9961 dólares. Depois de no passado dia 18 de Dezembro, a bitcoin ter negociado acima dos 18 mil dólares, esta moeda virtual começou a perder valor, tendo negociado nos 13.768,0156 dólares na última segunda-feira. Desde então tem vindo a recuperar.

A queda recente da criptomoeda esteve relacionada com alguns alertas deixados por diversas entidades e responsáveis, como o caso do governador do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, que na semana passada defendeu que a bitcoin não está a funcionar como um meio normal de pagamento, mas antes a ser utilizada para especulação.  

A contribuir para a queda recente deste activo esteve também a subida expressiva nos últimos tempos. Apesar das descidas registadas na semana passada, a bitcoin continua a acumular um ganho superior a 1.500% desde o início do ano. E desde 15 de Novembro mais do que duplicou o seu valor.

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