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Abertura dos mercados: Investidores com olhos postos em Trump e Juncker. Petróleo sobe

Esta quarta-feira os investidores aguardam os resultados do encontro entre Donald Trump e Jean-Claude Juncker num momento em que a tensão comercial continua a intensificar-se.

Michael Kappeler/Reuters
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O mercado em números
PSI-20 sobe 0,25% para 5.622,53 pontos
Stoxx 600 desce 0,06% para 387,95 pontos
Nikkei valorizou 0,46% para 22.614,25 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 1,7 pontos base para 1,762%
Euro desvaloriza 0,01% para 1,1686 dólares
Petróleo em Londres valoriza 0,72% para 73,97 dólares 

Bolsas europeias deslizam com Trump vs. Juncker
As bolsas europeias negoceiam mistas esta quarta-feira. No início da sessão os índices ensaiavam uma subida, mas o rumo inverteu. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, está a desvalorizar ligeiramente: -0,06% para os 387,95 pontos. A maior parte das bolsas europeias negoceia em baixa, mas também há bolsas a subir. Um dos sectores que mais desvaloriza é o sector automóvel que corrige parcialmente os ganhos da sessão de ontem. 

Na mente dos investidores está o encontro de hoje entre o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Uma reunião que vai servir para falar sobre as tensões comerciais entre os dois lados do Atlântico. Em antecipação do encontro, Trump sugeriu que fossem abolidas todas as tarifas, barreiras e subsídios entre os Estados Unidos e a União Europeia. Ainda esta terça-feira o Fundo Monetári Internacional (FMI) alertou que os EUA não vão conseguir resolver os seus desequilíbrios externos com as medidas proteccionistas. 

Em Lisboa, o PSI-20 segue a negociar em alta num dia marcado pela apresentação de resultados de várias cotadas. A bolsa nacional está a valorizar 0,25% para os 5.622,53 pontos, voltando a estar em contra ciclo com a Europa.

A maior parte das cotadas está a valorizar. É o caso da EDP Renováveis anunciou um aumento de 4% dos lucros no primeiro semestre deste ano, o que está a animar as acções da energética. Também a Navigator anunciou uma subida de 24% nos lucros entre Janeiro e Junho. As acções da cotada do sector do papel também negoceiam em alta. Já a Jerónimo Martins apresenta resultados após o fecho da sessão.

Euro desvaloriza há três sessões consecutivas
A divisa europeia volta a perder terreno para o dólar nesta quarta-feira com uma pequena desvalorização de 0,01% para os 1,1688 dólares. Esta é a terceira sessão consecutiva em que o euro desvaloriza face à divida norte-americana, coincidindo com uma semana decisiva para o futuro das relações comerciais entre os EUA e a UE.

Os investidores aguardam também com expectativa a conferência de imprensa de Mario Draghi nesta quinta-feira após a reunião de política monetária do Banco Central Europeu. O índice da Bloomberg para o dólar regista uma queda de 0,1%, tendo atingindo o valor mais baixo em duas semanas.

Juros aliviam na Europa
Depois de atingir um máximo de cinco semanas, a taxa de juro a 10 anos da Alemanha está a aliviar, o que indica alguma preferência por obrigações mais seguras.

Os analistas consultados pela Reuters explicam este alívio com o facto de os investidores estarem relutantes quanto a fazer subir os juros antes do encontro desta quinta-feira do Banco Central Europeu. Além disso, existem também muitas dúvidas sobre o encontro de Juncker e Trump.

O alívio dos juros alarga-se também aos países periféricos. A taxa de juro a 10 anos de Portugal está a cair 1,7 pontos base para os 1,762%, o mesmo que em Espanha para 1,355%. Já em Itália os juros no mesmo prazo aliviam 0,7 pontos base para os 0,389%.

Quanto ao encontro do BCE existe a expectativa de que Draghi possa dar mais informação sobre o outlook da taxa de juro, além de pormenorizar os planos do banco central para o reinvestimento nas obrigações que comprou ao abrigo do programa de quantitative easing.

Descida de "stocks" nos EUA impulsiona petróleo

O petróleo negoceia em alta esta quarta-feira, com a matéria-prima a ser impulsionada pela descida dos "stocks" nos Estados Unidos, o que denota uma subida da procura na maior economia do mundo. De acordo com a Bloomberg, o American Petroleum Institute vai hoje anunciar que os inventários de crude desceram 808 mil barris na semana passada, o que representa a 10.ª semana consecutiva de descidas.

 

O WTI em Nova Iorque avança 0,1% para 68,59 dólares e o barril de Brent em Londres valoriza 0,72% para 73,97 dólares.

 

Ouro recupera de mínimos

Numa sessão em que o dólar está em terreno negativo, o ouro recupera de mínimos de 12 meses, com os investidores na expectativa sobre os resultados da reunião entre o presidente dos Estados Unidos e da Comissão Europeia, em que as tarifas deverão ser o prato forte. O metal precioso tem sido das matérias-primas que mais tem variado em função das notícias relacionadas com a guerra comercial. A onça de ouro valoriza 0,2% para 1.226,68 dólares acima do mínimo de 1.211,63 dólares fixado na semana passada.

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