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Abertura dos mercados: Fed põe bolsas e dólar em alta e ouro em mínimos de um mês
As bolsas europeias estão a reagir positivamente às conclusões da reunião da Fed, tal como o dólar, que negoceia em máximos de dois meses face ao iene. O ouro, abaixo dos 1.300 dólares, segue em mínimos de Agosto.
Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,04% para 5.298,07 pontos
Stoxx 600 ganha 0,22% para 382,81 pontos
Nikkei valorizou 0,18% para 20.347,48 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 3,7 pontos para 2,420%
Euro recua 0,07% para 1,1884 dólares
Petróleo em Londres desce 0,12% para 56,22 dólares o barril
Bolsas europeias em alta depois da Fed
As bolsas europeias estão a negociar em alta esta quinta-feira, 21 de Setembro, reagindo positivamente às conclusões da reunião mensal da Reserva Federal norte-americana.
Tal como era esperado, a Fed manteve os juros inalterados e anunciou que começará a reduzir o seu balanço de mais de 4 biliões de dólares já em Outubro. O banco central norte-americano também sinalizou que deverá subir os juros mais uma vez até ao final do ano.
Nesta altura, o índice de referência para a Europa, o Stoxx600, ganha 0,22% para 382,81 pontos, animado sobretudo pelo sector da banca, que avança mais de 1%.
Em Lisboa, depois de ter quebrado ontem uma série de oito sessões de ganhos, o PSI-20 voltou para terreno positivo, seguindo com uma valorização de 0,04% para 5.298,07 pontos. A animar estão sobretudo o BCP, que ganha 0,39% para 22,89 cêntimos, e a Sonae, que avança 0,7% para 1,009 euros.
Juros sobem com "mistério" da inflação
Os juros da dívida pública da generalidade dos países do euro estão a subir esta manhã, depois de a presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos ter referido que a inflação persistentemente baixa é "um mistério" para os bancos centrais.
Em Portugal, a ‘yield’ associada às obrigações a dez anos sobe 3,7 pontos para 2,420%, enquanto em Espanha, no mesmo prazo, o avanço é de 1,9 pontos para 1,601%. Na Alemanha, os juros agravam-se em 2,5 pontos para 0,468%.
Dólar em máximos de dois meses face ao iene
O dólar norte-americano subiu para máximos de dois meses face ao iene, depois de a Fed ter mantido o seu compromisso de normalização gradual da política monetária nos Estados Unidos, prolongando a divergência com o Banco do Japão, que manteve os estímulos inalterados.
O dólar sobe 0,31% para 112,57 ienes, o valor mais elevado desde meados de Julho.
O Banco do Japão decidiu hoje não mexer no seu programa de flexibilização monetária, mantendo o volume de compras de títulos do Governo nipónico. A Fed anunciou, por seu lado, que vai começar a reduzir o seu balanço em Outubro e aumentar os juros até ao final do ano.
Petróleo em queda ligeira com aumento das reservas
O petróleo está em queda ligeira nos mercados internacionais, a reagir à subida das reservas de crude norte-americanas e da produção norte-americana.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desce 0,06% para 50,66 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, cai 0,12% para 56,22 dólares.
Ontem, foi revelado que os inventários de crude aumentaram em 4,59 milhões de barris na semana passada, uma subida superior ao previsto pelos analistas consultados pela Bloomberg. Também a produção de crude nos Estados Unidos aumentou em 157 mil barris por dia para 9,51 milhões de barris por dia.
Ouro em mínimos de um mês
O metal precioso está a prolongar as descidas, negociando mesmo no valor mais baixo em quase um mês, depois de a Fed ter sinalizado que vai continuar a subir os juros no país, o que retira atractividade ao investimento em ouro. O metal amarelo desce 0,43% para 1.295,50 dólares, um mínimo do final de Agosto. A prata, por seu lado, desvaloriza 1,16% para 16,9839 dólares.