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Abertura dos mercados: Europa em queda após "sangria" em Wall Street. Juros e euro em alta

As bolsas europeias regressaram das "férias" da Páscoa em queda, depois de ontem a sessão nos EUA ter sido de quedas acentuadas. Os juros na Europa sobem, numa altura em que a incerteza política em Espanha e Itália está a deixar os investidores mais cautelosos.

Os investidores que prefiram ficar longe do sobe e desce do mercado podem privilegiar uma abordagem mais defensiva. Os fundos multiactivos podem ser uma boa alternativa para quem pretende obter retornos, mas não quer assumir riscos demasiado elevados.

Os fundos multiactivos ajustam-se a praticamente todos os investidores, uma vez que existem produtos com uma estratégia de investimento mais defensiva, equilibrada e agressiva. Apesar da instabilidade registada nos mercados accionistas nas últimas semanas, são os multiactivos agressivos, com maior exposição ao mercado accionista, que apresentam as melhores rendibilidades. Rendem, em média, 0,9% nos últimos três meses. Já os fundos que privilegiam uma estratégia mais equilibrada somam 0,81%, segundo os dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP).

Ao investirem em diversas classes de activos, estes produtos de poupança reduzem o risco resultante de oscilações bruscas nos mercados financeiros. Ou seja, se as bolsas mundiais registarem quedas acentuadas enquanto está a banhos, a exposição a outros activos, como a dívida ou cambial, vai atenuar o efeito negativo das acções na carteira. No entanto, caso os problemas nos mercados aliviem e as bolsas registem subidas elevadas, esses fundos não irão obter retornos tão expressivos.
Reuters
03 de Abril de 2018 às 09:00
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Os mercados em números

PSI-20 cai 0,72% para 5.366,92 pontos

Stoxx 600 desce 0,64% para 368,49 pontos

Nikkei desvalorizou 0,45% para 21.292,29 pontos 

"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 3,3 pontos base para 1,642%

Euro avança 0,22% para 1,2329 dólares

Petróleo sobe 0,56% para 68,02 dólares por barril 

 

Bolsas regressam da Páscoa em queda

As bolsas europeias regressaram de uma interrupção de quatro dias, devido às comemorações da Páscoa em queda, depois de os principais índices norte-americanos terem voltado a afundar mais de 2% na sessão de ontem, penalizados sobretudo pelas empresas do sector tecnológico.

A marcar o passo na Europa está também a incerteza em relação à aprovação do orçamento, em Espanha, e à formação do novo governo em Itália. O Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, desce 0,64% para 368,49 pontos.

Na bolsa nacional, o sentimento é igualmente negativo, com o PSI-20 a ceder 0,72% para 5.366,92 pontos, num arranque de sessão em que todas as cotadas do índice nacional caem.
 

Juros sobem num contexto de incerteza

A incerteza que continua a imperar na Europa, devido à situação política em Itália e em Espanha, estão a condicionar a negociação dos juros no mercado secundário. A taxa implícita na dívida de Portugal a 10 anos está a subir 3,3 pontos base para 1,642%. Já a taxa alemã está a avançar 1,9 pontos para 0,516%.
 

Euro sobe em clima de incerteza

Os receios em torno de uma guerra comercial em torno dos EUA e da China estão a beneficiar o euro, que sobe 0,22% para 1,2329 dólares. No que ao mercado cambial diz respeito, esta questão está a sobrepor-se às incertezas que se vivem na Europa, em torno de Itália e de Espanha.
 

Petróleo sobe e recupera da queda superior a 3,5% na última sessão

Os preços dos petróleo regressaram aos ganhos, depois de ontem terem registado uma queda acentuada, com os investidores a apostarem em activos de menor risco. O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, que ontem perdeu 3,7%, segue a subir 0,56% para 68,02 dólares.

 

Ouro poderá ascender a 1.400 dólares com guerra comercial
Se estourar efectivamente uma guerra comercial entre os EUA e a China, o ouro poderá subir e regressar aos 1.400 dólares por onça, o que representará o valor mais elevado dos útlimos cinco anos, de acordo com as estimativas de Rick Rule, da Sprott U.S. Holdings, citado pela Bloomberg. Este metal precioso serve de refúgio aos investidores em momentos de maior tensão. E é por isso que as perspectivas são de fortalecimento do seu valor. O ouro segue a descer 0,21% para 1.338,41 dólares por onça.

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