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Abertura dos mercados: Eleições nos EUA impulsionam bolsas para ganhos acima de 1%

As eleições intercalares nos EUA deixaram o Congresso do país dividido, mas os resultados estão a impulsionar as bolsas. O dólar perde terreno e os juros das obrigações norte-americanas estão a descer.

Reuters
07 de Novembro de 2018 às 09:40
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Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,87% para 5.021,04 pontos

Stoxx 600 ganha 1,12% para 366,62 pontos

Nikkei desvalorizou 0,28% para 22.085,80 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 3 pontos base para 1,86%

Euro valoriza 0,46% para1,1480 dólares

Petróleo em Londres recua 0,25% para 71,95 dólares o barril

 

Intercalares nos EUA dão ganhos às bolsas europeias 

Os resultados das eleições intercalares nos Estados Unidos acabaram por confirmar o que se esperava – Democratas ganharam o controlo da Câmara dos Representantes mas os Republicanos continuam em maioria no Senado – pelo que estão a ser bem recebidos nos mercados accionistas.

 

Os investidores gostam de previsibilidade e foi isso que aconteceu, pelo que apesar do Congresso dos EUA estar agora dividido, tal não deverá ter grande impacto nas medidas que Donald Trump pretende implementar que são bem vistas nos mercados accionistas.

 

"Não aconteceu nada de inesperado. Não acredito que [os resultados das eleições] vá ter grande impacto na política e nas medidas a implementar em Washington nos próximos dois anos", comentou à Bloomberg David Solomon, CEO do Goldman Sachs.

 

Com as eleições intercalares para trás, os investidores podem agora focar-se noutros eventos com impacto nos mercados, como a reunião da Fed na quinta-feira, os desenvolvimentos sobre o Brexit, a guerra comercial e o confronto entre Roma e Bruxelas sobre o orçamento italiano.

 

As bolsas asiáticas fecharam mistas, mas na Europa os ganhos estão a ser expressivos. O Stoxx600 ganha 1,12% para 366,62 pontos e a maioria dos índices nacionais sobe mais de 1%. Madrid destaca-se com uma subida próxima dos 2%, já que os bancos estão a reagir em forte alta à decisão do Tribunal Supremo espanhol de que o cliente deve pagar os impostos de registo das hipotecas, modificando a posição assumida há três semanas que estipulava que essa obrigação recaia sobre a banca.     

 

Em Lisboa o PSI-20 segue a tendência positiva, com uma valorização de 0,87% para 5.021,04 pontos, suportada sobretudo pelo BCP, que ganha mais de 1% antes de apresentar os resultados trimestrais amanhã, após o fecho da sessão.

 

Dólar perde terreno 

Se nos mercados accionistas a reacção aos resultados das eleições está a ser positiva, no mercado cambial o dólar está a ser penalizado, com o índice da divisa norte-americana a ceder 0,3%. O euro valoriza 0,46% para1,1480 dólares.

 

A Bloomberg justifica a queda do dólar com o facto de Donal Trump ter agora uma margem de manobra mais reduzida para implementar novas medidas fiscais, que no passado têm beneficiado a moeda norte-americana

 

Juros dos EUA em queda 

A perda do controlo da Câmara dos Representantes também é a justificação avançada para a evolução dos juros das obrigações soberanas nos Estados Unidos. A "yield" das treasuries a 10 anos está a ceder 4,75 pontos base para 3,18%.

 

Esta queda está a contagiar o mercado obrigacionista na Europa. O juro das bunds a 10 anos ceder 1 ponto base para 0,42%, enquanto a "yield" das obrigações do Tesouro em Portugal cai 3 pontos base para 1,86%. O juro das obrigações italianas a 10 anos desce 6,5 pontos base para 3,33%, prolongando a tendência de descida das últimas sessões.

Petróleo em queda há oito sessões 

O petróleo volta hoje a perder terreno e está a cair já há oito sessões consecutivas, acumulando uma desvalorização de 8,4% durante este período. Caso mantenha a tendência até ao fecho da sessão, completará o ciclo de quedas mais prolongado desde 2014, assinala a Bloomberg.

 

A desvalorização desta quarta-feira acontece depois do Governo norte-americano ter perspectivado que a produção de petróleo nos EUA vai atingir um recorde este ano. Este á mais um factor que vem aliviar os receios com a descida das importações do Irão, até porque os EUA introduziram algumas excepções às sanções aplicadas ao país, que assim continua a exportar para alguns países.

 

O Brent em Londres desce 0,25% para 71,95 dólares e o WTI em Nova Iorque recua 0,47% para 61,92 dólares.

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