Notícia
Abertura dos mercados: China e resultados dão alento às bolsas
Esta é uma das semanas mais agitadas do ano em termos de apresentações de resultados e para já as cotadas estão a dar boas notícias aos investidores. As medidas de estímulo da China também estão a impulsionar as bolsas.
O mercado em números
PSI-20 desce 0,18% para 5.628,17 pontos
Stoxx 600 ganha 0,39% para 386,38 pontos
Nikkei valorizou 0,51% para 22.510,48 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos avança 1 ponto base para 1,78%
Euro desvaloriza 0,2% para 1,1675 dólares
Petróleo em Londres valoriza 0,07% para 73,11 dólares
Bolsas europeias regressam aos ganhos
As medidas de estímulo económico que a China pretende implementar e os resultados positivos apresentados por diversas cotadas mundiais – como o Google, a PSA e o UBS – estão a impulsionar as bolsas europeias esta terça-feira, que assim recuperam das quedas da véspera. O Governo chinês fez saber que vai avançar com medidas orçamentais mais fortes para estimular a economia, o que levou a bolsa do país a valorizar para máximos de um mês.
O Stoxx600 ganha 0,39% para 386,38 pontos, sendo que a impulsionar este desempenho estão dois sectores: o automóvel com as acções da PSA (Peugeot, Citroen, Opel) a valorizarem 9,54% depois de bons resultados e a banca com a subida do UBS, que também apresentou contas que agradaram aos investidores. O sector tecnológico está também em alta, depois de ontem à noite a norte-americana Alphabet (dona do Google) ter apresentado resultados bem acima do esperado, o que atirou as acções da cotada para recordes.
Em Lisboa o PSI-20 desce 0,18% para 5.628,17 pontos, com o índice português a ser penalizado pelo desempenho da Galp Energia (-1,06% para 16,875 euros) que está em linha com o sector europeu.
Já BCP destaca-se pela positiva: as acções do banco estão a subir 0,55% para 27,32 cêntimos, um dia depois do Banco Central Europeu ter dado luz verde ao sucessor de Nuno Amado, que passa a chairman. Miguel Maya é o novo presidente executivo do banco, tendo o seu conselho de administração entrado em funções esta segunda-feira. O BCP apresenta na próxima quinta-feira as contas relativas ao primeiro semestre.
Euro recua pela segunda sessão
Depois de ter recuperado terreno na semana passada, o euro está hoje a descer pela segunda sessão consecutiva, sendo que a marcar a sessão no mercado cambial está o novo mínimo do último ano do yuan, com a moeda chinesa a ser penalizada pela injecção de fundos no sistema financeiro por parte do banco central da China.
O euro desce 0,2% para 1,1675 dólares, numa altura em que os investidores estão também de olhos postos na reunião de política monetária do BCE, agendada para quinta-feira.
Juros da Alemanha em máximo de cinco semanas
As obrigações soberanas da Alemanha estão em queda ligeira, mas o suficiente para atirar a "yield" dos títulos a 10 anos acima de 0,4%, o que representa um máximo de cinco semanas. De acordo com a Reuters esta evolução ilustra uma melhoria no sentimento do mercado, que está mais disponível para aceitar risco. O juro das obrigações portuguesas está também em alta ligeira (1 ponto base para 1,78%), pelo que o spread face às bunds segue estável nos 137 pontos base.
Petróleo perto de mínimos de um mês
O petróleo está a negociar estável na abertura da sessão europeia, com as cotações perto de mínimos do último mês, uma vez que os investidores continuam a temer uma redução na procura desta matéria-prima devido aos efeitos da guerra comercial no crescimento económico global. Apesar da descida dos stocks nos EUA, o petróleo acumula uma queda de cerca de 8% no mês de Julho.
Esta terça-feira o WTI em Nova Iorque desvaloriza 0,04% para 67,86 dólares e o Brent em Londres valoriza 0,07% para 73,11 dólares.
Ouro cai para mínimo de um ano
O ouro também tem sido das matérias-primas mais penalizadas com a guerra comercial, até porque o metal precioso tem uma forte correlação inversa face ao dólar e a moeda norte-americana tem sido dos activos vencedores no actual contexto. O ouro está a descer 0,2% para 1.221,61 dólares, o que corresponde a um novo mínimo do último ano.