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Abertura dos mercados: Bolsas sem rumo à espera de Draghi e resultados. Petróleo sobe mais de 2%
As bolsas europeias abriram a semana sem uma tendência definida, com os investidores à espera de conhecerem os resultados das empresas relativos ao segundo trimestre, e as decisões do BCE e da Fed nas reuniões dos próximos dias.
Os mercados em números
PSI-20 está a cair 0,22% para os 5.190,63 pontos
Stoxx 600 desvaloriza 0,01% para os 387,2
Nikkei desvalorizou 0,23% para 21.416,79 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 1,9 pontos para 0,463%
Euro cai 0,03% para 1,1218 dólares
Petróleo em Londres sobe 2,10% para 63,78 dólares o barril
Bolsas europeias sem rumo aguardam Draghi e Powell
O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, segue a desvalorizar 0,01% para os 387,2 pontos, mas já esteve a valorizar nesta sessão. O índice está sem rumo, aguardando as decisões de Mario Draghi e Jerome Powell.
Esta semana será a vez do Banco Central Europeu (BCE) e na próxima a da Reserva Federal norte-americana. Ambos deverão introduzir mais estímulos na economia através da política monetária, mas está em aberto a quantidade e o timing das novas medidas. No caso da Fed, a expectativa agora é a de que haverá um corte dos juros diretores mais baixo do que anteriormente previsto.
A influenciar as bolsas europeias estão também os resultados de algumas cotadas. Os investidores estão atentos aos potenciais sinais de desaceleração económica e do impacto do conflito comercial. Hoje foi a vez da Phillips, empresa holandesa, divulgar as contas do segundo trimestre, tendo superado as expectativas dos analistas.
"O mercado está a tentar digerir o arranque de uma época de resultados difícil e teme que [as negociações do] o acordo comercial entre os EUA/UE dê para o torto uma vez que a administração norte-americana insiste em incluir a agricultura", explica o analista do Nordea, Sebastien Galy.
Entre as praças europeias, o PSI-20 destaca-se com uma queda de 0,22% para os 5.190,63 pontos. A bolsa nacional caminha para a quarta descida consecutiva ao ser penalizada pela Jerónimo Martins. As ações da retalhista desvalorizam mais de 1% após o corte da recomendação e das estimativas para o EBITDA por parte dos analistas da Berenberg.
Juros portugueses sobem após cinco sessões de quedas
Os juros da dívida portuguesa estão a subir, depois de cinco sessões consecutivas de quedas, numa manhã marcada por alguma indefinição no mercado de obrigações da Europa. A yield associada à dívida portuguesa a dez anos sobe 1,9 pontos para 0,463%, enquanto em Itália, no mesmo prazo, os juros aliviam 2,6 pontos para 1,575%.
Em Espanha, os juros a dez anos sobem 1,4 pontos para 0,390% e na Alemanha recuam 0,6 pontos para -0,332%.
Esta evolução acontece no arranque de uma semana que ficará marcada por uma das últimas reuniões do BCE lideradas por Mario Draghi, que deverá confirmar, na quinta-feira, a disponibilidade da autoridade monetária para avançar com novos estímulos à economia com o objetivo de contrariar a desaceleração do crescimento na área da moeda única.
Libra cai pela segunda sessão
A libra está a desvalorizar face ao dólar pela segunda sessão consecutiva, depois de o ministro das Finanças britânico, Philip Hammond, ter dito ontem que se demite se o candidato à liderança do Partido Conservador Boris Johnson se tornar primeiro-ministro, por se opor a um 'Brexit' sem acordo.
A ameaça de instabilidade na frente política, numa altura em que o país tem de preparar a sua saída da União Europeia, está a castigar a divisa do Reino Unido, que desce 0,14% para 1,2485 dólares, depois de já ter perdido quase 0,5% na sexta-feira.
Petróleo sobe mais de 2% em Londres
O petróleo está a registar fortes subidas nos mercados internacionais, impulsionadas pela tensão no Golfo Pérsico, na sequência da captura de um petroleiro britânico por parte do Irão na sexta-feira. A contribuir para a subida está ainda a descida da produção da Líbia, depois de um grupo não identificado ter alegadamente encerrado a maior unidade de exploração do país.
Nesta altura, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, sobe 1,82% para 56,64 dólares, enquanto o Brent, transacionado em Londres, soma 2,10% para 63,78 dólares.
Esta captura levou o governo britânico a agendar uma reunião de crise para esta segunda-feira, que será presidida pela primeira-ministra Theresa May, antes de abandonar o cargo na quarta-feira.
Ouro em alta ligeira
O metal amarelo está a negociar em alta esta segunda-feira, numa altura em que os investidores já estão de olhos postos nas reuniões do BCE e da Fed, nesta e na próxima semana, respetivamente. O mercado espera que os bancos centrais reforcem a garantia de que avançarão com os estímulos necessários para apoiar a economia, o que poderá implicar cortes de juros.
Nesta altura, o ouro valoriza 0,20% para 1.428,27 dólares, enquanto a prata ganha 0,92% para 16,3478 dólares.