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Abertura dos mercados: Bolsas mornas à espera da reunião EUA/China. Euro regista a primeira subida mensal em 2019
A última sessão do mês de junho está a ser pautada por oscilações pouco definidas nos mercados bolsistas. Mas o balanço do mês dita subidas nas bolsas, euro, petróleo e ouro, com as tensões geopolíticas e os bancos centrais em destaque.
Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,03% para 5.104,47 pontos
Stoxx 600 perde 0,04% para 382,36 pontos
Nikkei desvalorizou 0,29% para 21.275,92 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 0,4 pontos base para 0,470%
Euro aprecia 0,15% para 1,1386 dólares
Petróleo em Londres desce 0,27% para 66,37 dólares o barril
Bolsas europeias mornas
A sessão será marcada pela cautela, numa altura em que os investidores aguardam pelo desfecho da reunião entre Donald Trump e Xi Jinping, agendada para as 11:30, hora de Osaka, o que corresponde às 3:30 de Lisboa. Isto significa que os investidores só terão novidades já durante a madrugada de sábado, pelo que a negociação deverá refletir alguma incerteza.
Ainda assim, os últimos sinais são positivos, o que está a gerar uma expectativa de que seja possível alcançar um acordo entre os líderes das duas maiores economias do mundo. O que se espera é que Donald Trump e Xi Jinping acordem uma nova trégua na guerra comercial e que China e EUA regressem à mesa das negociações.
As bolsas europeias seguem com ganhos muito ligeiros, com o Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, a apreciar 0,04% para 382,36 pontos. O balanço do mês de junho é positivo, com o índice a subir mais de 3%.
Na bolsa nacional, o PSI-20 sobe 0,03% para 5.104,47 pontos, numa altura em que o BCP é o grande destaque, ao subir 1,19% para 0,2713 dólares, negociando em máximos de julho de 2018.
Juros portugueses renovam mínimos
As taxas de juro implícitas na dívida nacional estão novamente em queda, renovando mínimos históricos. A "yield" associada à dívida a 10 anos está a descer 0,4 pontos base para 0,470%, enquanto a taxa da dívida alemã está a subir 0,9 pontos para -0,314%.
As obrigações portuguesas continuam a beneficiar dos receios geopolíticos e têm refletido a expectativa de descida de juros na Zona Euro e nos EUA.
Euro com a primeira subida mensal em 2019
Junho será marcado pela primeira valorização da moeda europeia contra o dólar em 2019. A perspetiva de descida de juros do outro lado do Atlântico, num ambiente de elevada tensão geopolítica envolvendo os EUA. Este contexto tem beneficiado o euro em detrimento do dólar, o que está a provocar uma subida acumulada de 2% no euro em junho. A confirmar-se será a primeira vez este ano que a moeda da Zona Euro consegue valorizar-se contra a divisa americana. O euro está a subir 0,15% para 1,1386 dólares.
Petróleo regista a maior subida desde janeiro nos EUA
Os preços do petróleo estão a subir e preparam-se para encerrar o mês com uma subida pronunciada, sobretudo o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque. Este contrato está a acumular uma subida superior a 10% em junho, o que representa a maior valorização desde janeiro. Já o Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a ganhar quase 3%.
A contribuir para a subida dos preços do petróleo está a tensão entre os EUA e o Irão, com os investidores a refletirem os receios de um conflito militar naquela região.
A marcar a negociação estão também dois eventos agendados para os próximos dias que deverão ditar a evolução dos preços da matéria-prima. Por um lado, a reunião entre Trump e Xi poderá ditar um rumo diferente. Se houver tréguas, os receios sobre uma recessão económica diminuem e isso é benéfico para o petróleo. Se, ao contrário, não houver acordo, os preços do petróleo tendem a descer.
Na segunda e terça-feira vai também decorrer a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), com os seus membros e aliados a debaterem os níveis de produção. A expectativa é de que seja acordado o prolongamento dos cortes de produção, o que se se confirmar poderá impulsionar o preço da matéria-prima.
Ouro acima dos 1.400 dólares
O ouro continua a negociar acima dos 1.400 dólares por onça, próximo de máximos de seis anos, a refletir a expectativa de corte de juros e as tensões geopolíticas que têm envolvido os EUA e que levam os investidores a apostarem em ativos considerados de refúgio, como é o caso deste metal precioso. O ouro está a apreciar 0,39% para 1.415,34 dólares por onça.